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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

image É uma verdade revelada na Escritura que todos que são ou que serão salvo estão e estarão nessa condição em consequência do propósito eterno de Deus. Em outras palavras, todos os crentes são pessoas eleitas, escolhidas em Cristo antes da fundação do mundo, e que ninguém crerá em Cristo e será aprticipante de sua salvação exceto aqueles que são sujeitos desse propósito ou decreto divino.

Está também revelado nas Escrituras que há um propósito divino em relação àqueles que não são eleitos ou escolhidos. pensamos que é impossível admitir um sem admitir outro. A eleição é um ato da mente de Deus sobre a parte de Deus em relação a alguns – reprovação ou preterição ou qualquer outro nome que possa ser empregado, é também um ato da mente sobre a parte de Deus em relação a outros – a quem Ele recusou-se a escolher.

Realmente lemos, por exemplo, que o nome de alguns foram escritos no Livro da Vida? Lemos também que o nome de outros não foram escritos. Encontramos alguns mencionados como vasos de misericórdia preparados de antemão para a glória? Encontramos outros de quem se fala como vasos de ira preparados para a destruição. É dito que alguns foram escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo? É também dito que outros foram antecipadamente ordenados para a codnenação, que tropeçam na Palavra, sendo desobedientes, para o que foram colocados.

Ora, devemos tomar a Palavra de Deus como a encontramos e receber suas afirmações como verdadeiras com quaisquer que sejam as dificuldades que a recepção delas possa trazer. Podemos não ser capazes de ver quanto a existência desses decretos pode coexistir com a liberdade e a responsabilidade humanas ou com a justiça e a bondade de Deus. Mas o fato é que nada temos a ver com a reconciliação dessas coisas aparentemente contrárias. Isto está no domínio de Deus, não no nosso. Se achamos que ambas as coisas estão claramente reveladas, estamos obrigado a receber ambas.

Alex W. Brown
In: Institutes of Theology, de Hermann Venema

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? (1 Coríntios 5:11-12)

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É  perigoso não ser julgado. Nós precisamos de outras pessoas que nos julguem, com julgamento justo (João 7:24). Precisamos prestar contas. Se não tivermos amigos cristãos que sejam próximos o suficiente para nos confrontar quando nossa vida não combinar com nossa confissão, então devemos tremer.

O tipo de julgamento a que eu me refiro não é aquele gerado pelo desejo de diminuir os outros ou por causa do sentimento de superioridade – numa disposição paternalista. Pelo contrário, vem de uma tenra disposição de amor. Vem de um Natã que está disposto a dizer a Davi que ele deve se arrepender e voltar para Deus (2 Samuel 12).

Devemos temer a Deus à luz do pecado que pode nos enganar e destruir. Não devemos temer o julgamento que vem de amigos na igreja que nos ajuda a lutar contra o pecado. Isso é graça!

É infinitamente mais seguro ser parte de uma igreja local que se preocupa com nossas almas. Glória a Deus pela segurança que há no julgamento justo de seu povo. É graça do céu!

Jef Lacine
In: iPródigo

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

image … determinado candidato porque ele te deu ou prometeu dar algo se for eleito;

… determinado candidato porque o líder de sua denominação ou o seu pastor assumiu compromisso com ele e agora tem que mostrar resultados;

… determinado candidato porque é famoso, evangélico ou evangélico famoso;

… determinado candidato porque ele é honesto, se isto for tudo o que ele tem a oferecer, vote em meu pai, que além de honesto dirige ônibus que é uma beleza;

… determinado canditato porque recebeu email dizendo que os outros são ateus ou satanistas, desafiaram Cristo ou são favoráveis a casamento de gays e que fecharão igrejas e prenderão pastores que não realizarem as cerimônias;

… determinado candidato evangélico porque estão tramitando leis no Congresso que obrigarão as igrejas pagar imposto, vão proibir programa evangélico no rádio e na TV e somente os “irmãos” podem parar isso;

… determinado candidato que cita versos bíblicos em propaganda política para você pensar que o mandato dele será uma extensão de seu ministério;

… determinado candidato porque ele prometeu ajudar a igreja, doando terrenos, patrocinando eventos evangelísticos ou inaugurando praças da Bíblia e monumentos do tipo “Barbaquá do Sul é do Senhor Jesus”;

… determinados pastores que desprezam sua vocação ao sagrado ministério (se é que tinham) e utilizam-se de seus “títulos” e jargões evangélicos como trampolim para arrebanhar votos junto a incautos;

… em qualquer candidato sem antes analisar seus compromissos passados, os valores que esposa e sem orar a Deus pedindo sabedoria e direção para essa importante decisão.

Soli Deo Gloria

domingo, 26 de setembro de 2010
A Intervenção Salvífica de Deus

Porque Deus, que é rico em misericórdia, de acordo com seu imutável propósito da eleição, não retira completamente seu Espírito Santo dos [que são] seus, mesmo quando eles dolorosamente caem. Nem os deixa cair tão fundo que venham a perder a graça da adoção e o estado de justificação, ou cometam o pecado que conduz à morte (o pecado contra o Espírito Santo), e mergulhem a si mesmos, inteiramente abandonados por ele, em eterna ruína.

Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade, Ef 1:11

Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Ef 2:4

Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão. Sl 51:13

Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. Gl 4:5

Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda a iniqüidade é pecado, e há pecado que não é para morte. Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. 1Jo 5:16-18

Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.

E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro. Mt 12:31,32
sábado, 25 de setembro de 2010

image Escrevi três artigos sobre o arianismo dos pioneiros adventistas (comece lendo aqui). Como resultado, perdi alguns leitores adventistas que comentavam ativamente no Cinco Solas, mas que repentinamente perderam interesse pelo debate. O que é uma pena, pois gostaria muito de ler o que acham dos outros artigos a serem publicados, sobre o adventismo histórico e contemporâneo. E como sempre, recorrerei a fontes adventistas acima de suspeita.

Como prometi, vou continuar a escrever sobre a cristologia adventista, mostrando que o antitrinitarianismo de seus fundadores contaminou sua doutrina da pessoa de Cristo, havendo resíduos dela até hoje. Mas antes de abordar a questão de Jesus e Miguel, gostaria de concluir esta primeira parte da série, mostrando que a heresia dos pioneiros não era algo circunstancial e sem importância, visto que com ela o adventismo desonrou a Cristo, ao Espírito Santo e à Bíblia.

Negar a Trindade é negar, automaticamente, a divindade de Jesus. João começa seu evangelho dizendo que “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1:1). Agora, compare isso com as negativas de J. N. Andrews faz referência à "velha e absurda doutrina trinitariana na qual diz que Jesus é verdadeiramente o Deus eterno"  ou de D. W. Hull que escreveu “nós não acreditamos… que Cristo é verdadeiramente o Deus eterno, e ao mesmo tempo homem...". Que os adventistas originais negavam a eternidade de Cristo é fato reconhecido pelo Biblical Research Institute, órgão oficial sabatista: “a visão de Cristo apresentado nesses anos pelos autores adventistas foi que houve um tempo em que Cristo não existia, que sua divindade foi uma divindade delegada e que dessa forma Ele é inferior ao Pai”. Ou seja, negavam diretamente Jo 1:1.

Apesar de antrinitarianismo de Tiago White (marido de Ellen White) levá-lo a negar a divindade eterna do Filho e o mesmo antitrinitarianismo de Willie White (filho de Ellen White) levá-lo à conclusão de que o Espírito Santo não é uma pessoa, não parece que ela tenha reprendido-os por isso, nem que tenha discordado deles. Pelo contrário, o pesquisador adventista Jerry Moon, escrevendo no Journal of the Adventist Theological Society em 2006, diz que quando Tiago White escreveu sua denúncia contra a doutrina da Trindade e negou a eterna divindade do Filho, ela concordou plenamente com ele.

A eternidade e a completa divindade Filho não se baseia num texto bíblico isolado, como Jo 1:1. Em Isaías 9:6 Ele é chamado de “Pai da Eternidade” e Miquéias diz que suas “saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5:2). Ele mesmo afirmava, “antes que Abraão existisse, Eu Sou” (Jo 8:58), e com isso se fez igual a Deus, pelo que seus adversários pegaram em pedras para apedrejá-lo por blasfêmia. A Bíblia inteira atribui a Jesus atributos e prerrogativas exclusivas da Divindade, portanto negar que Ele é Deus, é negar a Palavra de Deus, que diz que “nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2:9).

Soli Deo Gloria

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Genizah

Fiquei feliz com a referência ao Cinco Solas. E feliz pelas companhias, a maioria de blogueiros que admiro e que procuro seguir o exemplo, quando não imitar desavergonhadamente. Além da referência ao blog, fui retatado quase fielmente na descrição. E nas formas carinhosas que às vezes sou tratado por quem levou uma “solada”. Enfim, o Daniel acertou em cheio.

Como acertou também na descrição do crente George Lucas… mas para conhecer este terá que clicar aqui e ir ao blog subversivo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

image A questão não é se podemos escolher, mas como e de que forma escolhemos. E se somos pecadores, a nossa escolha será sempre na direção do pecado,"porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser" [Rm 8.7]. Desta forma, a Bíblia afirma que o homem natural é um pecador, o qual é desprovido da capacidade de obedecer a Deus, tornando-o moralmente responsável, tenha ou não capacidade moral. O homem será sempre condenável diante de Deus se não obedecê-lO, ou seja, a desobediência aos princípios morais estabelecidos pelo Criador é que o tornam responsável por seus delitos. A responsabilidade moral não está baseada na capacidade moral [que o homem natural não possui] ou no livre-arbítrio [que nenhuma criatura possui], mas na autoridade e soberania de Deus que determinou a não-obediência aos Seus mandamentos como a causa pela qual o homem será condenado e tornado indesculpável.

Jorge Fernandes Isah
In: A incoerência do livre-arbítrio

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

image Crente é um bicho estranho. Você grita “AMÉM?” e ele responde gritando o mesmo. Se perguntar pela segunda vez, ele responderá mais alto. Se no meio do louvor você gritar “pule na presença do Senhorrrrrrrr”, então eles pulam. Se você dançar de modo estranho, verá correspondência imediata nas pessoas.

Sua linguagem é facilmente influenciável por jargões. Basta pegar qualquer expressão bíblica cujo significado seja obscuro para a maioria, e pronto! Também colam as expressões inventadas que possuem aparência de espiritual, como por exemplo “ato profético”. Difícil de crer que nem existe esta expressão na Bíblia né?

Facilmente também estereotipamos outras coisas que fazem do crente um ser quase alienígena: os lugares que frequenta, o conteúdo de suas conversas e a aversão às coisas “do mundo”.

Pena quem os crentes não são condicionados a obedecer a todo tipo de “comando”. Parece que o adestramento a que foram submetidos possui limitações. Nem todos aceitam sugestionamentos que os levem a renunciar a seus interesses; ou dividirem suas posses com os necessitados; ou mesmo disponibilizar tempo para aqueles que estão abandonados em asilos, orfanatos e nas ruas.

Ah… antes que eu me esqueça, quero deixar claro que amo os crentes. E exatamente por ser um deles é que me incomodo tanto com estas coisas incompreensíveis que aceitamos passivamente em nossa conduta.

Posso ouvir (ler) um “Amém” nos comentários?! rs

Ariovaldo Jr
In: Adestramento Cristão via Genizah

terça-feira, 21 de setembro de 2010

image Nenhum domínio é tão absoluto como o que se funda na criação. Aquele que bem podia não ter feito coisa alguma, tinha o direito de fazer todas as coisas de acordo com o Seu be­neplácito. No exercício do Seu poder indomável, Ele fez algumas partes da criação simples matéria inanimada, de textura mais grosseira ou mais refinada, e distinguida por qualidades diferen­tes, mas sempre matéria inerte e inconsciente. Ele deu organiza­ção a outras partes, e as fez suscetíveis de crescimento e expan­são, mas ainda destituídas de vida no sentido próprio do termo. A outras não só deu organização, mas também vida consciente, os órgãos dos sentidos, e energia para auto-motivação. A estas Ele acrescentou, no homem, o dom da razão e um espírito imortal, pelos quais o homem se junta a uma ordem mais elevada de seres localizados nas regiões superiores. Sobre o mundo que criou, Ele empunha o cetro da onipotência. "... eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. E todos os moradores da terra são reputados em nada; e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra: não há quem possa estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes? — Daniel 4:34-35

John Dick
Apud: A. W. Pink, Deus é soberano

segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Leitor não salvo, não rejeite o Salvador, pois se você morrer em seus pecados seu clamor para todo o sempre será, “Tenho sede”. Esse é o lamento do condenado eternamente. No lago de fogo o perdido sofrerá entre as chamas da ira divina por toda a eternidade. Se Cristo clamou “Tenho sede” quando padecia da ira de Deus só por três horas, qual o estado daqueles que terão de suportá-la eternamente! Quando milhões de anos tiverem se passado, mais dez milhões haverá à frente. Há uma sede perene no inferno, que não admite alívio algum. Lembre-se das pavorosas palavras do homem rico: “E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama” (Lc 16.24). Ó, meu leitor, pense. Se a sede física extrema é insuportável mesmo quando suportada por algumas poucas horas, como será aquela sede que está infinitamente além de qualquer sede do presente, e que nunca será saciada! Não diga que é cruel da parte de Deus lidar desse modo com suas criaturas que erram. Lembre ao que ele expôs seu querido Filho, quando o pecado lhe foi imputado — seguramente, aquele que despreza a Cristo é merecedor do mais quente lugar no inferno! Dizemo-lo outra vez, Receba-o agora como seu. Receba-o como seu Salvador, e submeta-se a ele como seu Senhor.

A. W. Pink
In: Os sete brados do Salvador na cruz
domingo, 19 de setembro de 2010
Os efeitos dos pecados dos crentes

Por tais monstruosos pecados, contudo, eles grandemente ofendem a Deus, fazem por merecer uma sentença de morte, entristecem o Espírito Santo, suspendem o exercício da fé, ferem severamente a consciência, e algumas vezes perdem a consciência da graça por um tempo — até que, após terem retornado ao caminho por genuíno arrependimento, a paterna face de Deus novamente brilhe sobre eles.

E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. Ef 4:30

Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. Sl 32:3-5

O SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti Nm 6:25
sábado, 18 de setembro de 2010
image Uma irmã me pergunta sobre manter passarinhos presos. Não posso lhe oferecer uma resposta bíblica, embora acredite que haja, mas para não ficar sem responder nada, segue uma posição pessoal, sem a mínima pretensão de sequer parecer normativa.
Eu sou absolutamente contra a qualquer maltrato dos animais. O máximo que me permito é deixar meu cachorro solto no pátio. Não o amarro (exceto por curtos períodos, por causa de visitantes), nem durmo sem me certificar de que ele está alimentado e dessedentado.
Da mesma forma, não tenho passarinhos presos, embora goste de aves. Minha vizinha coloca água com açúcar em recepientes especiais para atrair beija-flores, assim sempre há alguns que às vezes entram dentro de casa e ficam presos. Quando chego a eles antes de meu gato, são postos em liberdade imediatamente.
Resumindo: não tenho nenhum animal que precise ficar preso. Base bíblica? Não tenho, mas tomo a passagem seguinte como princípio para meu cuidado com meus bichos (cachorro e gato):
"O justo tem consideração pela vida dos seus animais, mas as afeições dos ímpios são cruéis." Pv 12:10
Sobre touradas, farra do boi, rinhas de galo e animais em circos: totalmente contra. E mesmo sendo cristão, não posso negar que sinto certo prazer quando vejo o toureiro levar a pior, na verdade vibro por dentro, e só não grito “Touro! Touro! Touro!” para não escandalizar eventuais torcedores contrários. Mas sou Touro desde criancinha.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010

image "O estudo próprio do cristão é o da Deidade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais vigorosa filosofia, com o poder de empolgar a atenção de um filho de Deus, é o nome, a natureza, a pessoa, os feitos e a existência do grande Deus, a Quem ele chama seu Pai. Na contemplação da Deidade há algo capaz de comunicar sumo progresso à mente. É um as­sunto tão vasto que todos os nossos pensamentos se perdem em sua imensidade; tão profundo que o nosso orgulho se submerge em sua infinidade. Outros assuntos podemos compreender e ten­tar assimilar; neles sentimos uma espécie de satisfação própria, e seguimos nosso caminho pensando: "Vejam como sou sábio! Mas quando chegamos a este assunto magistral, vendo que a nos­sa sonda não consegue sondar a sua profundidade e que o nosso olho de águia não consegue ver a sua altura, vamos embora pen­sando: "Eu sou de ontem apenas, e nada sei"

Charles Spurgeon
In: Sermão sobre Malaquias 3:6, apud A. W. Pink, Os atributos de Deus

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

image "De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando". Sl 5:3

Sabemos que precisamos estar com Deus. E que isto deve acontecer todos os dias. E que este encontro não precisa durar o dia todo. E que a maior desculpa que damos é que, em meio à correria, não nos sobra tempo para isto. Portanto, o melhor remédio para isto é fazer de seu período devocional com Deus a primeira atividade do dia. Se você o faz antes das outras coisas, não corre o risco de acabar ficando sem fazer.

O que fazemos quando nos encontramos financeiramente "apertados", e temos várias contas a pagar, sabendo que talvez naquele dia ou semana não haja recursos suficientes para pagar tudo? A maioria de nós tem experiência nisto. Começamos pagando as contas mais importantes, as prioritárias. E o resto ajusta-se depois. Se conseguirmos transferir a mesma mentalidade e raciocínio para a prática do devocional, tudo será diferente. Estar com Deus é a conta prioritária a ser paga a cada dia, portanto devemos começar por ela, e o resto vai ajustando-se como der!

Luciano Subirá
In: Devocional Diário

quarta-feira, 15 de setembro de 2010
“Não somos justificados pela fé por crermos na justificação pela fé. Somos justificados pela fé por crermos no próprio evangelho – em outras palavras, por crermos que Jesus é Senhor e que Deus o ressuscitou dos mortos” – N. T. Wright (“New Perspectives on Paul”, em Justification in Perspective).

Nos anos recentes, N. T. Wright, bispo inglês e erudito em Novo Testamento, emergiu como um ícone de teologia bíblica ao redor do mundo. Sua obra excelente sobre a ressurreição de Cristo tem influenciado muitas pessoas, incluindo Antony Flew, o ex-ateísta e famoso filósofo de seu próprio país, que se converteu ao deísmo. Wright é famoso também por ser um dos principais arquitetos da Nova Perspectiva sobre Paulo, na qual ele redefine a doutrina da justificação de um modo que transcende a disputa histórica entre o catolicismo romano e o protestantismo da Reforma. Em um sentido, Wright diz: “Uma praga em ambas as casas”, afirmando que tanto Roma como a Reforma entenderam errado e distorceram o ponto de vista bíblico quanto à justificação. Em sua resposta à crítica de John Piper à sua obra, Wright expressa condescendente menosprezo por Piper e por todos os que adotam o ponto de vista tradicional protestante quanto à justificação. Wright critica as tradições teológicas que ele acha não entendem o ensino bíblico.

No curso do debate, um dos argumentos mais enganadores e eficazes usado freqüentemente chama-se “falácia do espantalho”. O valor de um espantalho está no fato de que ele é uma imitação de um ser humano e idealizado para afastar alguns pássaros. É um recurso eficiente, mas não é tão eficaz como se um lavrador vigiasse seus próprios campos com uma espingarda. O lavrador feito de palha não é tão formidável como o verdadeiro lavrador. Isso é verdade no que diz respeito à diferença entre o autêntico e o falsificado. A falácia do espantalho acontece quando alguém cria um falso conceito da posição de seus oponentes em uma representação distorcida pela qual ele, então, destrói facilmente essa posição, em total refutação.

Uma das afirmações que N. T. Wright emprega, usando esse mesmo estratagema, é a declaração de que “não somos justificados pela fé por crermos na justificação pela fé”. Insinuar que a ortodoxia protestante crê que somos justificados por crermos na doutrina da justificação pela fé é o rei de todo os espantalhos. É o Golias dos espantalhos, o King Kong das falácias do espantalho. Em outras palavras, é uma grande mentira. Não sei de nenhum teólogo na história da tradição reformada que crê ou argumenta que uma pessoa pode ser justificada por crer na doutrina da justificação pela fé. Isso é pura e simples distorção da tradição reformada.

Na afirmação de Wright, vemos um argumento de espantalho que cai por seu próprio peso. Contém mais palha do que a figura de galhos pode suportar. A doutrina da justificação pela fé somente não ensina que a justificação acontece por crermos na doutrina da justificação pela fé somente; mas, de fato, ela ensina aquilo que é exatamente o oposto dessa idéia. A expressão “justificação pela fé somente” é uma abreviação teológica para afirmar que a justificação se dá somente por meio de Cristo. Qualquer um que entende e advoga a doutrina da justificação pela fé somente sabe que o ponto central é aquilo que justifica – confiança em Cristo e não confiança na doutrina.

Um dos termos-chave da expressão “justificação pela fé” é o vocábulo “por”, o qual demonstra que a fé é o meio ou o instrumento que nos une a Cristo e aos seus benefícios. O conceito indica que a fé é a causa “instrumental” de nossa justificação. O que está em vista na formulação protestante é uma distinção do ponto de vista católico romano quanto à causa instrumental. Roma declara que o sacramento do batismo, em primeira instância, e o da penitência, em segunda instância, são as causas instrumentais da justificação. Por isso, a disputa a respeito de que instrumento é a base pela qual somos justificados foi e continua sendo a disputa clássica entre a Igreja de Roma e o protestantismo. O ponto de vista protestante, seguindo o ensino de Paulo no Novo Testamento, é o de que a fé é o único instrumento pelo qual somos unidos a Cristo.

Intimamente relacionada a isso, está a disputadíssima questão dos fundamentos de nossa justificação diante de Deus. Nesse ponto, o conceito bíblico da imputação é sobremodo importante. Aqueles que negam a imputação como fundamento de nossa justificação declaram que isso é uma ficção jurídica, um erro judicial ou mesmo uma manifestação de abuso infantil cósmico. No entanto, ao mesmo tempo, a imputação é a explicação bíblica para o fundamento de nossa redenção. Nenhum texto bíblico ensina isso mais claramente esse conceito de transferência ou imputação do que o texto de Isaías 53, que a igreja do Novo Testamento ressaltou como uma explicação profética crucial do drama da redenção. O Novo Testamento declara que Cristo é a nossa justiça, e é precisamente a nossa confiança na justiça de Cristo como fundamento de nossa justificação que é o foco da doutrina da justificação pela fé. Entendemos que crer na doutrina de Sola Fides não salva ninguém. A fé em uma doutrina não é suficiente para salvar. Contudo, embora não sejamos salvos por crer na doutrina da justificação, a negação dessa mesma doutrina pode ser fatal, porque nega a doutrina da justificação pela fé somente. O apóstolo Paulo mostrou, na Epístola aos Gálatas, que tal negação equivale a rejeitar o evangelho e substituí-lo por alguma outra coisa; e isso resultaria em sua anatematização por parte de Paulo. O evangelho é importante demais para ser rejeitado por inclinar-nos diante de espantalhos.

John Piper
Traduzido por: Wellington Ferreira
Copyright:© Ligonier Ministries / Tabletalk Magazine / R. C. Sproul
Traduzido do original em inglês: Tilting at Scarecrows, publicado na Revista Tabletalk, Fevereiro de 2010. Com permissão de Ligonier Ministries.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Como fica a prosperidade do ímpio neste mundo em relação à justiça de Deus? "Por que prospera o caminho dos perversos, e vivem em paz todos os que procedem perfidamente?" (Jr 12.1). Tal dúvida tem sido uma grande pedra de tropeço e tem levado muitos a questionar a justiça de Deus. Os que são mais pecaminosos são mais poderosos. Diógenes,52 quando viu o ladrão Harpalus prosperando, disse: "É certo que Deus jogou fora o governo do mundo e não se importa como as coisas acontecem aqui embaixo".

Deus se relaciona com a prosperidade do ímpio das seguintes maneiras:

a. Usando-a como instrumento de sua vontade

Os ímpios, às vezes, podem ser instrumentos da obra de Deus. Embora não tenham em vista a glória de Deus, podem promovê-la. Ciro (Ed 1.7) foi um instrumento na construção do templo de Deus em Jerusalém. Deus permite que esses prosperem sob as asas de quem seu povo é protegido. Deus não fica em débito com homem algum. "Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar" (Ml 1.10).

b. Usando-a para torná-los ainda mais indesculpáveis

Deus permite que os homens pequem e prosperem de maneira que fiquem ainda mais indesculpáveis. "Dei-lhe tempo para se arrependesse... da sua prostituição" (Ap 2.21). Deus adia o julgamento, estica suas misericórdias para com os pecadores e, se não se arrependem, sua paciência será testemunha contra eles e sua justiça será mais clara na condenação deles. "Serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar" (SI 51.4).

c. Usando-a para destacar ainda mais sua justiça

Deus nem sempre deixa o ímpio prosperar em seu pecado. Alguns ímpios, Deus pune abertamente, para que sua justiça seja observada. "Faz-se conhecido o SENHOR, pelo juízo que executa" (SI 9.16), isto é, sua justiça faz homens caírem no ato do pecado. Assim fez com Zimri e Cozbi no ato da impureza.

d. Usando-a para encher plenamente o cálice de sua ira

Quando Deus permite que os homens prosperem um pouco em seus pecados, o cálice de sua ira está sempre enchendo, sua espada está sempre afiada: e embora Deus possa evitar os homens por um pouco, a demora em agir não é perdão. Quanto mais Deus demorar em tomar uma atitude, mais pesado será no final. Enquanto existir a eternidade, Deus tem tempo o suficiente para lidar com seus inimigos. 

A justiça pode ser como um leão adormecido, mas o leão acordará e rugirá sobre o pecador. Nero, Júlio e Caim já não se depararam com a justiça de Deus? É tempo de todos os homens se aperceberem que é inevitável, e a justiça de Deus, por fim, os encontrará.

Thomas Watson
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Um irmão ex-pentecostal me enviou um conjunto de notas hermenêuticas sobre o falar em línguas, as quais deveriam ser "ser seriamente enfrentadas, aceitas ou então respondidas". Com algumas notas concordo, de outras discordo pelo menos parcialmente, e por isso comento aqui.

1. Não deseje ou procure falar em línguas. (I Coríntios 12:31,28)

O irmão foi além do que o apóstolo escreveu, ao usar o imperativo "não deseje ou procure". Ele diz "procurai com zelo os melhores dons" mas não diz ser errado desejar ou buscar o dom de línguas. Logo adiante ele diz "e eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis". Além disso, o verso 28, referenciado por você diz "a uns pôs Deus na igreja... variedades de línguas", logo se é de Deus por que não desejar e procurar?

2. Línguas não tem valor algum se você não tem o verdadeiro amor. (I Coríntios 13:1)

Amém. Mas o mesmo pode ser dito do dom de profecia, do conhecimento pleno de mistérios e de todas as ciências, da fé que transporta montanhas, da doação de bens aos pobres, do sacrifício da própria vida e de tantas outras coisas que Paulo não mencionou mas que também não tem valor algum sem o verdadeiro amor (1Co 13.1-3).

3. As línguas verdadeiras não causarão divisões na Igreja, mas melhor estabelecerão a unidade. (I Coríntios 12:25)... Não haverá nenhuma confusão causada pelas línguas, mas resultará sempre em paz. (I Coríntios 14:33)... Todas as coisas, inclusive, línguas, são para ser praticadas decentemente e com ordem. (I Coríntios 14:40)

Amém, amém e amém.

4. Nem todo o salvo será capaz de falar em línguas. (I Coríntios 12:30,10,11)

Amém. O mesmo vale para os demais dons e ministérios. 

5. Línguas são as menos valiosas e minimamente menos importantes de todos os dons (I Coríntios 12:28,30), e portanto não devem usurpar os dons mais importantes do Espírito Santo.

Concordo que relativamente aos outros dons, línguas tem importância reduzida, mas não é tão insignificante como o irmão tenta fazer parecer, pois Paulo não permitiu que fossem proibidas e queria que todos falassem línguas e ele mesmo disse falar em outras línguas.

6. Cinco palavras faladas com compreensão são mais importantes do que 10.000 palavras em uma língua desconhecida (I Coríntios 14:19), e, portanto, línguas não servirão para o ensino nem para a pregação.

Faltou o irmão mencionar que quem fala em línguas pode também receber o dom de interpretação ou outro pode interpretar, o que na prática equipara línguas ao dom de profecia (1Co 14.13, 28). Nesse caso toda igreja é edificada.

7. Línguas não são para ser utilizadas a menos que elas edificam os outros. (I Coríntios 14:26,23)

Línguas podem ser utilizadas, não para se dirigir à igreja, mas para orar a Deus, caso em que o espírito é edificado, embora a mente fique sem entendimento. Por isso Paulo diz "orarei em espírito, mas também orarei com entendimento" (1Co 14.14-15; 28)

8. Quando for para falar línguas, as verdadeiras, devem ser ao menos dois, mas não mais do que três verdadeiros falantes. (I Coríntios 14:27)

Onde diz que deve ser "ao menos dois"? Paulo está tratando de impor limites para que haja ordem no culto, que está falando de excessos e não de "pelo menos" fica claro na expressão "e por sua vez", no mesmo versículo. Penso que o irmão, no afã de diminuir o dom de línguas, está indo além do texto bíblico, e nisso faz má hermenêutica. Outro detalhe nesse versículo é que Paulo se refere a línguas para se dirigir à assembléia (note a exigência de intérprete e veja o verso seguinte) e nesse caso a regra é a mesma dos profetas: falar dois ou três, um após o outro e não no mínimo dois e no máximo três.

9. Esses dois ou três devem falar cada qual em sua vez, não podem falar as línguas verdadeiras dois ou mais simultaneamente. (I Coríntios 14:27)

Creio ser mais correto dizer que não podem dirigir-se à igreja em línguas simultaneamente e sem intérprete. Vide resposta no item anterior.

10. Tem que ter somente um intérprete - não mais, nem menos que um. (I Coríntios 14:27)

Novamente, de onde o irmão deduziu que tem que ser um, "não mais nem menos que um"? Paulo apenas diz "e haja quem interprete" (ARA), "e haja intérprete" (ARC). Paulo diz para quem tem o dom de línguas, e vários o tinham em Corínto, orar para poder interpretar. Será que apenas um deles poderia receber o dom de interprretar? Mas se o irmão estiver dizendo que seria um, "não mais nem menos que um" por vez, então é a mesma questão de ordem, dos que falam línguas e dos que profetizam, que também o façam cada um por sua vez.

11. Se não há intérprete, não há falante. (I Coríntios 14:28)

Não há falante dirigindo-se à assembléia, mas pode haver falante falando consigo mesmo e com Deus (1Co 14.13-15, 28)

12. Mulheres não são permitidas falar em línguas ou interpreta-las. (I Coríntios 14:34)

As palavras "eu quero que todos vós faleis línguas estranhas" e "porque todos podereis profetizar" foram ditas apenas aos homens? E o que dizer de "Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada." (1Co 11.5). Se as mulheres podem profetizar, um dom mais importante que línguas, porque não podem falar em línguas? Se para profetizar é preciso falar e as mulheres profetizam, porque aplicar o "estejam caladas" apenas às línguas e intepretação?
domingo, 12 de setembro de 2010
O Perigo dos Verdadeiros Crentes Caírem em Sérios Pecados

Apesar do poder de Deus que fortalece e preserva os verdadeiros crentes em graça ser superior à carne, ainda assim os convertidos não estão sempre tão ativos e motivados por Deus que não possam, em certas ações específicas, e por seu próprio erro em lidar com a graça, ser desencaminhados pelos desejos da carne, e acabem sendo levados a eles. Por esta razão devem constantemente vigiar e orar para que possam não ser levados em tentações. Quando falham em assim fazer, não somente podem ser levados pela carne, pelo mundo, e por Satanás aos pecados, mesmo os mais sérios e ultrajantes, mas também pela justa permissão de Deus eles algumas vezes são assim levados — verifique os tristes casos descritos nas Escrituras de Davi, Pedro, e outros santos que caíram em pecados.

E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, Ef 1:19

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Mt 26:41

Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios... Orai sem cessar. 1Ts 5:6,17
sábado, 11 de setembro de 2010
Comecei esta série de artigos perguntando "Eram os adventistas arianos?", mas nos dois artigos que a este precederam referi-me apenas ao antitrinitarianismo dos pioneiros, o que não é muito coerente com o título da série. Pois a heresia de Ário tem a ver com a pessoa de Cristo, e não diretamente com a Trindade. Mas foi o antitrinitarianimos dos primeiros adventistas que os levou ao arianismo (ou semi-arianismo como preferem os historiadores adventistas), pois uma vez que se nega a Trindade, só resta negar a divindade de Cristo (como os TJ o fazem) ou afirmar que Jesus é o mesmo que o Pai, como os heréticos da Voz da Verdade ensinam.

No presente artigo, vamos centrar nossa atenção no que os fundadores do adventismo sabatista ensinavam sobre a pessoa de Cristo. E nos seguintes abordaremos a questão que envolve Miguel e Jesus e, para terminar a série, a visão que os adventistas tinham do Espírito Santo. Como pretendo textos curtos, não poderei aprofundar as questões tratadas, mas nada impede que uma discussão mais ampla seja feita nos comentários. Isto posto, vamos ao tema de hoje.

A doutrina dos pioneiros adventistas sobre a pessoa de Cristo é bastante variada, mas em todas as suas expressões se enquadram no que historicamente a ortodoxia classifica como heresia. J. N. Andrews faz referência à "velha e absurda doutrina trinitariana na qual diz que Jesus é verdadeiramente o Deus eterno" e D.W.Hull acrescenta que "a inconsistente posição mantida em relação a Trindade, sem dúvida é a causa de muitos outros erros. Errôneos pontos de vista da divindade de Cristo, levam a erros quanto a expiação. Vendo a expiação num quadro arbitrário, (e todos devem acreditar assim, os que acreditam que Jesus é Deus eterno) levam a conclusões arbitrárias a uma ou duas classes de pessoas: Os que creem na predestinação e universalismo". E depois de defender Ário, acrescenta "Aqui encontramos uma pergunta que é frequentemente feita: Você acredita na divindade de Cristo? Inquestionavelmente, a maioria de nós acredita. Mas nós não acreditamos como a igreja M. E. que ensina, que Cristo é verdadeiramente o Deus eterno, e ao mesmo tempo homem...".

E Ellen White? Ele reconhecia a igualdade entre Jesus e Deus. Mas em seus primeiros escritos dizia que essa igualdade foi atribuída num determinado momento. Eis suas palavras: “O grande Criador convocou os exércitos celestiais para, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor. O Pai então fez saber que, por Sua própria decisão, Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar os exércitos celestiais". Noutra ocasião ela escrevera “Deus é o Pai de Cristo; Cristo é o Filho de Deus. A Cristo foi atribuída uma posição exaltada. Foi feito igual ao Pai. Cristo participa de todos os desígnios de Deus”.

O arianismo dos pioneiros é admitido pela principal publicação adventista, a Adventist Review de 5 de janeiro de 1994: "As doutrinas Adventistas mudam com o passar dos anos no impacto da "verdade presente". Os mais fascinantes são os ensinamentos relativos a Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor. Muitos dos pioneiros, inclusive James White, J. N. Andrews, Urias Smith e Waggoner tinham um entendimento Ariano ou semi-Ariano - isto é, que o Filho a certo ponto do tempo antes de criação do nosso mundo foi gerado pelo Pai. Da mesma forma o entendimento Trinitariano de Deus, agora parte das nossas crenças fundamentais, não era aceita pelos primeiros Adventistas".

Neste contexto, é natural que uma cristologia que confunde Miguel e Jesus seja aceita e mantida, como veremos a seguir.

Soli Deo Gloria

Acompanhe a série desdo o começo: Eram os adventistas arianos? - 1
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Deve ficar claro que os mercadejadores modernos da igreja não podem olhar para o apóstolo Paulo em busca de aprovação para suas metodologias ou reivindicar que ele foi o pai da filosofia que abraçaram. Embora tenha pregado aos pagãos mais vis do mundo romano, Paulo jamais adaptou a igreja ao gosto da sociedade secular; ele não pensaria em alterar quer a mensagem, quer a natureza da igreja. Cada igreja que ele fundou tinha sua própria personalidade e seus próprios problemas, mas os ensinamentos de Paulo, sua estratégia e, acima de tudo, sua mensagem permaneceram os mesmos por todo o seu ministério. Seu instrumento de ministério, como veremos no próximo capítulo, sempre foi a pregação — a proclamação direta da verdade bíblica.

Em contraste, a "contextualização" do evangelho em nossos dias infectou a igreja com o espírito desta época. Escancarou as portas da igreja para o mundanismo, para a superficialidade e, em alguns casos, para uma grotesca atmosfera de festividade. Agora é o mundo que dita a agenda da igreja.

John MacArthur
segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Estou com o Bispo Macedo em seu artigo "Jesus fala sobre o aborto": se o aborto for descriminalizado, "pode sim acontecer uma expressiva diminuição do número de crianças pobres, desnutridas e vítimas de todo tipo de abuso por serem pobres e abandonadas". E como crianças pobres, desnutridas e vítimas de abuso não são economicamente ativas e não tem meios de sacrificar na fogueira santa de Israel, não há razão para que vivam. Seria um investimento sem retorno.

Apenas que em nome da prudência, recomendaria algum cuidado, pois é verdade que há algumas exceções à regra: algumas dessas criança podem vir a ser amadas por seus pais, caso venham para a Igreja Universal, ou sejam adotadas por famílias que amem e cuidem dela, não sendo impossível que até prosperem e se tornem dizimistas fiéis. Então é bom ter certeza antes de tomar uma medida irreversível como o aborto.

Minha sugestão ao bispo é que se espere um pouco mais antes de matar um bebê sem futuro. Não apenas nove meses, acho que isso é pouco tempo e poderíamos estar matando um futuro auxiliar do bispo Macedo. Sugiro nove anos. É tempo suficiente para termos certeza se o aborto seria mesmo a melhor medida do ponto de vista econômico e social.

Se até aos nove anos a criança não estiver numa família que lhe dê amor e educação, seja seus pais naturais ou adotivos, então é certo que ela estará pelas ruas, abandonada, pobre, vítima de violência e iniciando sua vida criminosa, possivelmente já viciada em drogas. Neste caso, é só instituir uma espécie de carrocinha para crianças desgraçadas da vida, que à noite percorrerá viadutos, praças e outros depósitos de gente que não contribui para a sociedade e pegá-las enquanto tentam se proteger do frio com jornais velhos.

O procedimento a partir daí é padrão. Depois de uma espera de 15 dias, elas serão exterminadas. Mas não se preocupem, não sentirão dor, será com uma injeção letal, não perceberão jamais o que lhes aconteceu. Será bem menos doloroso e angustiante que um aborto por sucção ou injeção de solução salina, em que o bebê se debate e luta por sua vida. É um procedimento simples, rápido e limpo.

Mas, por que esperar mais 15 dias, se já se esperou nove anos? Bem, é que até a última hora pode aparecer alguém querendo adotar a criança. Veja bem, se cada família da Igreja Universal adotar uma criança abandonada nas ruas ou orfanato, praticamente se resolve o problema de crianças pobres, subnutridas e vítimas de violência no Brasil. E se cada família de outras igrejas fizerem o mesmo, faltarão crianças.

Mas não sejamos hipócritas, isso não vai acontecer mesmo, então o bispo está certo, a solução é matar crianças com potencial para pobreza e abandono. Esperar até os nove anos é dar uma chance a elas de provarem que são econômica e socialmente viáveis. É mais do que merecem, não podem reclamar quando forem recolhidas pela carrocinha, tiveram sua chance.

Sugestão dada, espero que o bispo a considere.

PS.: Veja a contundente resposta de Hermes Fernandes ao antibispo Macedo:

domingo, 5 de setembro de 2010
A Preservação de Deus dos Convertidos

Por causa destes remanescentes de pecado habitando neles e também por causa das tentações do mundo e de Satanás, aqueles que foram convertidos não podem permanecer em pé nesta graça se deixados por conta de seus próprios recursos. Mas, Deus é fiel, misericordiosamente fortalecendo-os na graça que uma vez lhes foi conferida e poderosamente preservando-os nela até o fim.

Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Rm 7:20

Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar. 1Co 10:13

Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, 1Pe 1:5
sábado, 4 de setembro de 2010
Diante da impossibilidade de negar o antitrinitarianismo de seus pioneiros, adventistas mais esclarecidos justificam-se dizendo que a culpa é dos congregacionalistas unitarianos anti-calvinistas e dos arminianos do livre-arbítrio da chamada Conexão Cristã, que tinham em comum, além da oposição às doutrinas da graça dos calvinistas, a repulsa pela doutrina da Trindade. Assim, dizem eles, o adventismo "pegou" seu arianismo por osmose na maternidade, pois nasceu no mesmo lugar onde germinava o antitrinitarianismo.

A verdade, porém, é que nem todos os que fizeram parte do movimento milerista eram antitrinitarianos. Havia muitos batistas trinitarianos, o próprio Guilherme Miller publicou uma declaração de fé na qual declarava crer na Trindade, mas quando o movimento adventista sabatista tomou corpo próprio, todos os seus escritores eram antitrinitarianos. E quando a IASD percebeu que, enquanto antitrinitariana suas pretenções de ser reconhecida como igreja evangélica tinham chance zero, esperou os pioneiros morrerem para, aos poucos, se tornar trinitariana.

Em resumo, os adventistas desculpam-se pela sua heresia dizendo que foi contaminada pelos unitaristas que se juntaram a ela e aparentemente era uma doença incurável, da qual só puderam se ver livres com a morte de seus fundadores. E nisso tudo ainda conseguem enxergar a mão de Deus guiando o "remanescente fiel" à verdade. Mas os farrapos da desculpa logo se revelam quando analisamos um outro movimento, que também foi ameaçado pela mesma praga, mas que agiu de maneira diferente: o movimento pentecostal.

Como todo o movimento nascente, o pentecostalismo atraiu gente de toda parte e de todo jeito, assim muitos unitarianos se juntaram ao movimento. Mas logo que eles começaram a se manifestar, negando a Trindade e (re)batizando apenas em nome de Jesus, a reação da liderança pentecostal foi firme e imediata. Reuniu-se num Concílio Geral e escreveu um credo em que a doutrina da Trindade era colocada de forma explícita, não deixando outra alternativa aos antinitrinitarianos, senão abandonar sua heresia ou sair do movimento, o que de fato fizeram, todos de uma vez.

O que caracteriza a mão de Deus guiando o povo à verdade é a defesa firme da fé uma vez entregue aos santos, e não o deixar tempo passar esperando que com a morte do doente, morra também a doença.  A história da Igreja é marcada por controvérsias teológicas, com o erro teimando em se infiltrar, mas com a verdade sendo defendida bravamente até ao sangue pelos fiéis, e não com tolerância e esperança de que a heresia morra de velhice com o herege. Prova de que isso não funciona é que "uma minoria crescente" dentre os adventistas se esforça para que a IASD retroceda à fé dos pioneiros. O que acontece com uma minoria crescente que continua a crescer?