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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Se nós quisermos ver uma nova cosmovisão implantada nos corações dos homens, os homens tem que ser convertidos a Deus em Jesus Cristo por meio de Sua Palavra e Espírito, quer dizer, por meio da fé nas boas novas da cruz. Nesta mensagem, o homem é restaurado a Deus, seu Criador e Salvador, seu pecado é perdoado, sua natureza melhorada, sua relação com o mundo mudada e seu futuro garantido. Só o evangelho é capaz de mudar a vida e o pensamento de um homem, de dentro para fora. Esta mensagem é vital para o êxito de nossa cosmovisão.

A morte e ressurreição de Cristo é o princípio transformador do calvinismo. Pela morte de Jesus, Cristo mesmo apresenta os pecadores como justos diante de Deus. Por Sua ressurreição vence a morte e nos assegura uma glorificação futura. Jesus mesmo pagou o castigo inteiro de nossos pecados de modo que  já não há condenação para os que estão Nele. O juízo de Deus em Cristo tem sido desfeito. Nos redimiu da culpa do pecado. Mas a verdade é que tem feito muito mais que isso. Também nos salvou do poder do pecado. Como Machen observou faz muitos anos, "O Novo Testamento não termina com a morte de Cristo... a morte resultou na ressurreição, e Sua ressurreição como Sua morte, foi por nós. Jesus ressuscitou dos mortos para uma vida de glória e de poder, e a esta vida introduz aqueles por quem morreu. O cristão, com base na obra redentora de Cristo, não está somente morte para o pecado, mas também vive para Deus". Esta vida se vive para Deus, diante de Sua face e consiste de todas nossas atividades humanas aqui na terra. E o que aqui Deus começou, na glória será consumado e estaremos para sempre com o Senhor.

O calvinismo carece de poder sem esta mensagem, porque a cruz é o seu princípio fundador. Na cruz, toda sua cosmovisão se encontra. A redenção e restauração a Deus por meio de Seu Filho, que é a imagem do Deus invisível, é o poder de Deus para a transformação: do pecado para a santidade, do pecador ao santo, da criação caída para a nova criação. Esta é uma obra de Deus e o calvinismo não verá êxito a menos que Deus atue poderosa e milagrosamente nos corações dos homens. O calvinismo não é uma mera filosofia, sinal um princípio vital religioso de fé em Deus por meio de Jesus Cristo, onde Cristo é Soberano da nova criação, mediante Seu sangue e ressurreição. O homem não pode salvar-se a si mesmo. O homem não pode encontrar Deus por si mesmo. O homem, estando morto em seus pecados, não pode levantar-se. Só Deus pode levantar o homem e dar-lhe nova vida. A salvação é de Deus.

Nicholas Lammé
In: Una mente cristiana
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
No decurso da história do Cristianismo, sempre houve pessoas que buscaram "algo mais" em sua peregrinação espiritual, e que, ocasionalmente, eram levadas a indagar acerca do significado do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. A erudição recente tem lançado mais luz sobre os movimentos carismáticos, demonstrando que o interesse pela obra do Espírito Santo tem perdurado através da história da Igreja.

Pelo menos dois reavivamentos no século XIX podem ser considerados precursores do moderno pentecostalismo. O primeiro ocorreu na Inglaterra, em torno de 1830, durante o ministério de Edward Irving; o segundo, no extremo sul da índia, por volta de 1860, mediante a influência da teologia dos Irmãos de Plymouth e sob a liderança do leigo indiano J. C. Aroolappen. Documentos contemporâneos a respeito de ambos os movimentos incluíam referências ao falar noutras línguas e à profecia.

As conclusões dessa pesquisa corrigem, em parte, a crença existente em alguns círculos teológicos de que os dons espirituais cessaram na Era Apostólica. Opinião esta, aliás, proposta enfaticamente por Benjamin B. Warfield em Counterfeit Miracles (1918). Warfield argumentava que a autoridade escrita e objetiva das Escrituras, que são inspiradas pelo Espírito Santo, seria inevitavelmente subvertida por aqueles que ensinassem um conceito subjetivo do mesmo Espírito. Nos últimos anos, essa perspectiva vem perdendo terreno nos círculos evangélicos.

Com a chegada do reavivalismo, no fim do século XVII e início do século XVIII, na Europa e na América do Norte, os pregadores calvinistas, luteranos e arminianos passaram a enfatizar o arrependimento e a piedade na vida cristã. Qualquer estudo do Pentecostalismo tem de se ater aos eventos desse período, especialmente à doutrina da perfeição cristã ensinada por João Wesley, o pai do Metodismo, e pelo seu assistente, João Fletcher. A publicação por Wesley de A Short Account of Christian Perfection (1760) conclama seus seguidores a buscarem uma nova dimensão espiritual. Essa segunda obra da graça, posterior à conversão, libertaria os crentes de sua natureza moral imperfeita, que os tem induzido ao comportamento pecaminoso.

Essa doutrina chegou à América do Norte, e inspirou o crescimento do Movimento da Santidade. A ênfase voltada à vida santificada, mas sem mencionar o falar noutras línguas, registrado nas Escrituras ("derramamento do Espírito", "batismo no Espírito Santo", "línguas de fogo"), tornou-se "marca registrada" da literatura e hinódia do Movimento da Santidade. Uma das principais líderes da ala metodista do movimento, Phoebe Palmer, editou o Guide to Holiness e escreveu, entre outros livros, The Promise of the Father (1859). Outro escritor popular, William Arthur, escreveu Tongue ofFire (1856), um grande sucesso literário.

Aos que procuravam receber a "segunda bênção" era ensinado que cada cristão precisa "esperar" (Lc 24-49) pela promessa do batismo no Espírito Santo. E, assim, seria que¬brado o poder do pecado que domina a pessoa desde o seu nascimento, levando-a a viver cheia do Espírito. Além disso, Joel profetizou que, como resultado do derramamento do Espírito de Deus, "vossos filhos e vossas filhas profetizarão" nos últimos dias (Jl 2.28).

A crença numa segunda obra da graça não ficou confinada ao círculo metodista. Charles G. Finney, por exemplo, acreditava que o batismo no Espírito Santo provesse o revestimento do poder divino para se obter a perfeição cristã. Sua teologia, porém, não se encaixava nem na categoria wesleyana, nem na reformada. Embora a teologia da Reforma haja identificado o batismo no Espírito com a conversão, alguns reavivalistas, dentro dessa tradição, aceitavam o conceito de uma segunda obra da graça para revestir os cristãos do poder do alto. Entre eles se encontravam Dwight L. Moody e R. A. Torrey. Apesar desse revestimento de poder, acreditavam, a santificação mantinha-se em sua obra progressiva. Outro personagem-chave, um ex-presbiteriano, A. B. Simpson, fundador da Aliança Cristã e Missionária, cuja forma de pensar teve grande impacto na formação doutrinária das Assembleias de Deus, enfatizava nitidamente o batismo no Espírito Santo.

Semelhantemente, as conferências em Keswick, na Grã-Bretanha (que tiveram início em 1875), também influenciaram grandemente o Movimento da Santidade na América do Norte. Os conferencistas em Keswick acreditavam que o batismo no Espírito Santo produzia uma vida de contínua vitória (a vida "mais sublime" ou "mais profunda"), caracterizada pela "plenitude do Espírito". Esta veio a ser a interpretação preferida ao conceito wesleyano, que sustentava que o batismo no Espírito produzia a perfeição cristã.

No século XIX, a ciência médica avançava lentamente e pouca ajuda oferecia aos que se achavam gravemente enfermos. A fé no poder miraculoso de Deus para a cura física era acolhida em alguns círculos. Na Alemanha do século XIX, os ministérios que ressaltavam a oração pelos enfermos (especialmente os de Dorothea Trudel, Johann Cristoph Blumhardt e Otto Stockmayer) chamavam a atenção dos norte-americanos. A teologia da Santidade, com sua crença na purificação instantânea do pecado ou no revestimento de poder do Espírito Santo, produziu um ambiente receptivo aos ensinos da cura imediata através da fé.

Para muitos cristãos, o batismo no Espírito restaura plenamente o relacionamento espiritual que Adão e Eva tinham com Deus no jardim do Éden. De modo significante, a vida mais sublime em Cristo podia, também, inverter os efeitos físicos da queda, capacitando os cristãos a adquirir autoridade sobre as enfermidades do corpo. Os defensores da cura divina, tais como Charles C. Cullis, A. B. Simpson, A. J. Gordon, Carrie Judd Montgomery, Maria B. Woodworth-Etter e John Alexander Dowie, baseavam boa parte dessa crença em Isaías 53.4,5, bem como nas promessas neotestamentárias de cura divina. Posto que Cristo não somente perdoava os pecados, mas também curava as enfermidades, os que viviam pela fé na promessa de Deus (Ex 15.26) já não precisavam de assistência médica. Caso lançassem mão desta, estariam demonstrando falta de fé.

As características cada vez mais "pentecostais" do movimento da Santidade deixavam seus adeptos dispostos a considerar os dons do Espírito na vida da Igreja. Embora a maioria deles cresse que o falar noutras línguas tivesse cessado na Igreja primitiva, os demais dons, inclusive a cura miraculosa, estavam à disposição dos cristãos. A partir daí, somente a incredulidade poderia impedir fosse a Igreja do Novo Testamento restabelecida em santidade e poder.

Quando, porém, o pregador wesleyano radical da Santidade, Benjamin Hardin Irwin, começou, em 1895, a ensinar sobre as três obras da graça, os problemas começaram a surgir. Segundo Irwin, a segunda bênção iniciava a santificação, e a terceira trazia o "batismo do amor ardente" (o batismo no Espírito Santo). A maior parte do movimento da Santidade condenava essa "terceira bênção", classificando-a como heresia (a qual, entre outras coisas, criava o problema das evidências distintivas entre a segunda e a terceira bênçãos). Não obstante, a noção que Irwin possuía de uma terceira obra da graça - o revestimento do poder no serviço cristão - firmou-se como alicerce do Movimento Pentecostal.

Gary B. Mc Gee
In: Teologia sistemática: uma perspectiva pentecostal
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
“A quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos” Rm 8:30

A expiação é uma reconciliação de partes alienadas entre si, a restauração de um relacionamento rompido. A expiação é realizada por ressarcir os danos, apagando-se os delitos e oferecendo satisfação pelas injustiças cometidas.

Segundo as Escrituras, toda pessoa peca e precisa fazer expiação de suas culpas, porém faltam o poder e os recursos para isso. Temos ofendido o nosso Criador, cuja natureza é odiar o pecado (jr 44.4; Hc 1.13) e punir o mesmo (Sl 5.4-6; Rm 1.18; 2.5-9). Os que têm pecado não podem ser aceitos por Deus e não podem ter comunhão com ele, a menos que seja feita expiação. Uma vez que há pecado mesmo nas melhores ações das criaturas pecadoras, qualquer coisa que façamos na esperança de ressarcir os danos só pode aumentar a nossa culpa ou piorar a nossa situação, porque “o sacrifício dos perversos é abominável ao SENHOR” (Pv 15.8). Não há modo de a pessoa poder estabelecer a própria justiça diante de Deus (Jó 15.14-16; Is 64.6; Rm 10.2-3); isso simplesmente não pode ser feito. 

Porém, contra esse fundo de desesperança humana, as Escrituras revelam a graça e a misericórdia de Deus, que, pessoalmente, providencia a expiação que o pecado torna necessária. A maravilhosa graça de Deus é o enfoque da fé bíblica; do Gênesis ao Apocalipse, a graça brilha com glória maravilhosa. 

Quando Deus tirou Israel do Egito, ele estabeleceu, como parte do relacionamento da aliança, um sistema de sacrifícios, que tinha seu âmago no derramamento de sangue de animais “para fazer expiação por vossa alma” (Lv 17.11). Esses sacrifícios eram “típicos”, isto é, como “tipos”, prenunciavam alguma coisa melhor. Pecados eram perdoados quando os sacrifícios eram fielmente oferecidos, mas não era o sangue dos animais que apagava os pecados (Hb 10.4); era o sangue do “antítipo”, Jesus Cristo, cuja morte na cruz expiou os pecados já cometidos, bem como os pecados que seriam cometidos posteriormente (Rm 3.25-26; 4.3-8; Hb 9.11-15). 

De acordo com o Novo Testamento, o sangue de Cristo foi derramado como sacrifício (Rm 3.25; 5.9; Ef 1.7; Ap 1.15). Cristo redimiu os seu povo por meio de um resgate; sua morte foi o preço que nos livrou da culpa e da escravidão ao pecado (Rm 3.24; Gl 4.4-5; Cl 1.14). Na morte de Cristo, Deus nos reconciliou consigo mesmo, vencendo a sua própria hostilidade causada por nossos pecados (Rm 5.10; 2Co 5.18-19; C 1.20-22). A cruz aplacou Deus. Isso significa que ela aplacou a ira de Deus contra nós, expiando nossos pecados e, desse modo, removendo-os de diante de seus olhos (Rm 3.25; Hb 2.17j; 1Jo 2.2; 4.10). A cruz produziu esse resultado porque, em seu sofrimento, Cristo assumiu nossa identidade e suportou o juízo retributivo que pesava contra nós, isto é, “a maldição da lei” (Gl 3.13). Ele sofreu como nosso substituto, com o registro condenatório de nossas transgressões pregado por Deus na sua cruz, como a lista de crimes pelos quais ele morreu (Cl 2.14; conforme Mt 27.37; Is 53.4-6; Lc 22.37). 

Bíblia de Estudo Genebra
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
O poder de Deus não deve ser identificado com Sua vontade, embora a vontade de Deus implique em poder para realizar o que Ele quer. 

A onipotência de Deus não significa que Ele pode fazer uma mentira ser verdade, ou que Ele possa pecar. Não há poder absoluto em Deus que opere em contradição com Suas perfeições. Deus é a fonte da possibilidade. O que é possível é determinado pela natureza de Deus. A própria questão de que se Deus pode fazer o impossível é impossível. Ela não tem sentido, a menos que tenhamos assumido primeiramente que haja tal coisa como uma impossibilidade aparte de Deus. Agora, se há tal impossibilidade, Deus não é Deus, de forma que a questão se perde. Por outro lado, se não há tal impossibilidade, isto é, se Deus é a fonte da possibilidade, a questão é respondida antes que se formule a mesma: isto é, então Deus não quer quebrar uma impossibilidade. Ele estaria negando a si mesmo, o que Ele nos diz que não pode fazer. Números 23.19, 1 Samuel 15.29, 2 Timóteo 2.12, Hebreus 6.18, Tiago 1.13 e Tiago 1.17.

Nem tudo o que é possível para Deus é realmente realizado. Nesse sentido, a possibilidade é maior do que a realidade atual. Gênesis 18.14, Jeremias 32.27, Zacarias 8.6, Mateus 3.9, Mateus 26.53. É necessário manter isso uma vez mais contra o panteísmo, o qual mantém, por causa da sua elevação do princípio acima da personalidade, que tudo o que é possível no universo já foi realizado também. Isso comprometeria uma vez mais a liberdade e a independência de Deus. 

Cornelius Van Til
In: An Introduction To Systematic Theology
Fonte: Monergismo

domingo, 26 de janeiro de 2014
Confessamos que a palavra de Deus não foi enviada nem produzida "por vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo", como diz o apóstolo Pedro (2 Pedro 1:21).

Depois, Deus, por seu cuidado especial para conosco e para com a nossa salvação, mandou seus servos, os profetas e os apóstolos, escreverem sua palavra revelada [1]. Ele mesmo escreveu com o próprio dedo as duas tábuas da lei [2].

Por isso, chamamos estas escritas: sagradas e divinas Escrituras [3].

1 Êx 34:27; Sl 102:18; Ap 1:11,19. 2 Êx 31:18. 3 2Tm 3:16.

Confissão de Fé Belga
Artigo 3
sábado, 25 de janeiro de 2014
Os que tem aprendido a responsabilidade entendem a seriedade e a severidade da dor da vida. Mas se a vida em geral é difícil, a vida do cristão é guerra. Guerra? A plavra te surpreende? Não deveria surpreender. E, sem dúvida, a igreja em geral vai perdendo esta perspectiva da vida mais e mais todos os dias.

É triste como a igreja vê Jesus Cristo. Em vez de ve-lo como Senhor de toda a terra, o Criador e Sustentador e único Redentor da humanidade, Alto e Sublime e sentado sobre seu trono, muitos (e dentro da igreja!) o vê apenas como um amuleto que serve para garantir a sorte no amor, na economia, na saúde e no trabalho. Até o slogan da Coca-cola tem sido adpatdado pra chamar os ímpios a uma relação pessoal com o Rei do Universo: as coisas andam melhor com Jesus Cristo. Para um cristianismo ocidental que conhece relativamente pouco da perseguição verbal e física, tal convite pode parecer linda e animadora. Sem dúvida, como o cristinianismo do resto do mundo sabe e cada cristão verdadeiro tem aprendido, a vida cristão não é nada fácil. Frequentemente, em vez de linda e cheia de bênçãos, a vida cristã é árdua, tortuosa e problemática.

Para os que pensam que alguém pode simplesmente agregar a Cristo à vida para que as coisas andem melhor, Cristo aconselha que considere o custo antes de comrpometer-se a seguir após Ele (Lucas 14:28-29). Não há ninguém que siga após Cristo sem custo. Não nos ensinou Cristo que seríamos odiados pelo mundo? Não comparou Paulo a vida cristã à guerra quando mandou a Timóteo que fosse um soldado? Não nos diz João no Apocalipse que temos que ser fiel até à morte para receber a coroa da vida?

A vida Cristã é sim uma guerra, uma guerra contro o erro que Satanás tem infiltrado na igreja evangélica, uma guerra contra a depravação de nossos próprios corações idólatras, uma guerra contra a inércia espiritual e a carnalidade, e uma guerra contra o mundo, que se opõe a tudo que a igreja valoriza. Estes são inimigos gigantescos que a igreja e cada membro dela tem que confrontar dia após dia. Mas também se deve advertir que estes inimigos não morrem facilmente. Os vencemos hoje apenas para batalhar contra eles amanhã. Tal é a natureza dessa guerra.

A guerra é um evento que se compões de episódios de luta, que chamamos batalhas. No vocabulário bíblico, as chamamos provas ou tribulações. Às vezes, passam os dias, semanas, e até meses sem muitas provas, mas eventualmente, estas batalhas nos chegam a todos. Se você não está passando por uma prova, prepare-se, porque amanhã poderá estar envolvido em uma batalha que lhe parecerá irá arruinar a sua vida.

Estes episódios de conflito e luta espiritual não devem nos surpreender. Paulo, que conhecia demasiado bem o significado de tribulações, sentiu a necessidade de advertir tanto a igreja em geral como seus amigos mais próximos sobre a promessa de provas iminentes:

“Fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.” (Atos 14.22)

“E enviamos nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo, para, em benefício da vossa fé, confirmar-vos e exortar-vos, a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto; pois, quando ainda estávamos convosco, predissemos que íamos ser afligidos, o que, de fato, aconteceu e é do vosso conhecimento.” (1Tessalonicenses 3.2–4)

“Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” (2Timóteo 3.12)

Mas não somente Paulo que escreveu sobre a realidade das tribulações na vida dos crentes. Pedro escreveu toda uma epístola a respeito dos sofrimentos e como devemos enfrentá-los. Tiago dedica espaço a este tema, do mesmo modo que João no livro de Apocalipse, onde descreve as tribulações da igreja durante os séculos da história. Este tema, como já temos visto, foi um tema repetido por Jesus Cristo em seus sermões mais conhecidos (Mateus 5-7; 24-25).

Quão diferente é este evangelho de tomar a cruz, morrer para si mesmo a cada dia e seguir após Jesus Cristo para ser perseguido e odiado pelo mundo e pelos líderes que promovem o evangelho popular! Segundo muitos dos novo (e falso!) evangelho, Paulo padeceu devido a sua falta de fé. Eles insistem que deus quer que vivamos com todos os bens que desejamos e merecemos por sermos os filhos do Rei dos reis. Dizem que cada cristão deve viver em vitória. Mas o problema aqui é sua ideia do que significa vitória. Definem vitória como ter o melhor deste mundo.

No entanto, esse "evangelho" é uma contradição ao ensinamento claro das Escrituras. A Bíblia nos ensina que há somente uma vida vitoriosa e não é a nossa. Cristo conquistou a vitória, mas Sua vitória veio por meio de uma cruz. Sua vitória, que é imputada a nós pela fé, foi por haver conquistado a morte. Há vitória em Jesus, não há dúvida. Mas essa vitória em nossa experiência não se realiza completamente até a eternidade. O cristão é aquele que investe sua emoções, seus esforços e seus anelos em outro reino. Não se contenta com o que este mundo oferece. Busca, como Abraão e os patriarcas outra cidade, uma cidade celestial, cujo Arquiteto e Construtor é Deus.

Steven Henning
In: Esperanza en medio de la crisis: Lo que la biblia enseña acerca del sufrimiento.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
A mesma doutrina é estabelecida pela conexão entre a expiação e a intercessão de Cristo. Como as duas são parte de seu ofício sacerdotal, elas devem ser da mesma extensão, de modo que por todos os que Ele fez satisfação, Ele deve também interceder, e não fazer expiação por aqueles que nunca teriam lugar em Sua intercessão. O objeto de Sua propiciação e de Sua apresentação na presença de Deus deve ser o mesmo. Os apóstolos Paulo e João representam sua conexão como indissolúveis (Rm 8:34; 1Jo 2:2,3). Que Ele não intercede por todos, mas somente pelos que lhe foram dados pelo Pai, Cristo mesmo expressamente o declara: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste” (Jo 17.9). 

Quando é tão mais fácil orar por uma pessoa do que morrer por ela, pode alguém dizer que Cristo iria morrer por aqueles por quem não iria interceder? Diriam eles que no exato momento antes de Sua morte Ele iria se recusar a orar em favor daqueles por quem estava prestes a derramar Seu sangue? Aqueles que afirmam que Cristo morreu por todos os homens de todas as nações devem afirmar isso, ou de outro modo, em consequência da expiação, todo homem será participante da vida eterna, da bendita imortalidade, pois o Pai sempre ouve a Cristo. Se Ele ora por todos, todos irão se salvar.

Francis Turrettin
In: A Historical Sketch of Opinions on the Atonement
Tradução: Cinco Solas
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Por que Van Til disse que o mundo não é mau? Tem havido em vários ramos da igreja uma tendência para ver o mundo e os elementos do mundo como essencialmente maus. Faz muitos anos, estava em Piedra Hincada, México, um pequeno povoado indígena no estado de Hidalgo. À noite, estava caminhando com um amigo, um missionário, para a casa onde me hospeavam e parei no caminho para contemplar a magestade dos milhões de estrelas que podíamos ver nesse lugar, sem a contaminação das luzes da cidade. Enquanto admirava a beleza da criação, meu amigo se voltou e me perguntou o que estava fazendo. Quando lhe disse o que fazia, comentou: está louco? tudo vai ser queimado de qualquer modo. Sigamos. Mas eu não podia compartilhar de seu pessimismo. O mundo material não é produto do Diabo. Tampouco é um parque de diversão para os demônios. Mesmo em seu estado caído, não é algo a ser rejeitado. Em seu livro Criação Recuperada, Albert M. Wolters argumenta que a criação é ainda estruturalmente boa. A criação é fundamentalmente boa, ainda que esta qualidade tenha sido distorcida e obscurecida pelo pecado do homem. Wolters diz:

Não obstante, a distorção ocasionada pelo pecado não pode erradicar a boa qualidade da criação. O pecado e o mal continuam sendo parasitas da boa criação de Deus. Nem o ódio pode existir sem alimentar-se dos recursos criacionais positivos da emotividade e resolução humanas... o conceito bíblico ensina que esta boa qualidade continua porque Deus é fiel a suas ordenanças criacionais, para que um pouco de seu bom caráter continue manifestando-se apesar da direção religiosa de tudo o que está sujeito a elas.

Deus mesmo criou o mundo material e o chamou de bom. Sofre os efeitos do pecado, mas Deus não o arruinou. Pelo contrário, devido à sua bondade e porque Ele é bom, tem preservado a sua criação em meio à queda. Podemos que ver ainda que a criação é boa no fato de que as sociedades funcionam, o mundo segue girando ao redor do sol, temos as estações do ano, a gravidade nos mantém firmemente na terra, a tecnologia continua se desenvolvendo a favor da raça humana, podemos melhorar a qualidade a qualidade de vida pela medicina, etc. Mas há mais. Deus nos tem dito em Sua Palavra que tem a intenção de restaurar esta mesma criação quando vier de novo em toda a Sua glória.

Nicholas Lammé. Una mente cristiana.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Talvez, a minha maior proximidade com um verdadeiro avivamento tenha acontecido na Romênia. Eu comecei a viajar para lá nos anos 80. Eu era um pastor na Alemanha quando fui para a Romênia e vi algo que nunca havia vistro antes. Eu fui para a cidade de Oradea. Lá, estavam alguns crentes que tinham sido aprisionados pela fé. Eu fui pregar numa igreja lá e Deus operou. Eu tinha um grupo de cantores comigo e nós chegamos cerca de duas horas antes do culto começar para arrumarmos o som. Por toda a igreja havia pessoas orando, clamando e chorando baixinho nos bancos. Conforme eu entrei na igreja, eu tive a nítida sensação de que Deus estava ali! Quando o culto começou, não havia espaço para todo mundo. Eles ficaram ao redor do púlpito e fora da igreja para ouvir a Palavra de Deus.


Em 1984, eu voltei para a mesma igreja e preguei lá. O lugar estava lotado; pessoas sentando nos corredores. Muitos conheceram a Cristo naquela noite. Após o culto terminar, um dos líderes da igreja veio a mim e disse: "Irmão Sammy, o Senhor operou?" Eu perguntei: "O que você quer dizer com ‘o Senhor operou’? Por que você está me perguntando isso? Você não viu quantas pessoas estavam na igreja? Você não viu o que aconteceu? Muitos vieram a Cristo! Por que você está perguntando se o Senhor operou?" Ele disse: "Ah, você não sabe. Eu não estava no templo. Eu estava numa outra sala com 100 homens e nós estávamos orando por todo o tempo que você estava pregando. Havia uma outra sala com 100 mulheres e elas também estavam orando enquanto você pregava." Até aquele momento, eu nunca tinha estado em nenhum lugar onde houvesse 100 homens e 100 mulheres orando enquanto eu pregava. 

Ele disse que houve um pastor que foi naquela igreja e ensinou o povo a orar. Ele fez duas coisas: ele ensinou as pessoas a orarem e pediu por arrependimento. Na Romênia, Europa Oriental, os crentes são chamados de "arrependedores". A mensagem do pastor foi: "Os arrependedores devem se arrepender!". A igreja, na verdade, fez uma aliança de arrependimento. Eles se arrependeram pelos pecados que haviam na vida deles e por pecados da igreja. Eles foram quebrantados perante Deus e fizeram uma aliança de arrependimento. 

Então, eles começaram a orar e houve uma explosão; uma ‘dunamis’ dominou o lugar. Dentro de 6 meses, 200 foram batizados. Na Europa Oriental, nos dias do comunismo, ser batizado era muito perigoso. Quando Deus começou a mover, a igreja começou a crescer. Um grande avivamento aconteceu. Ele se espalhou por todo o quadrante nordeste da Romênia. 

O pastor ensinou aquelas pessoas a orarem de uma maneira incomum. Ele disse para orarem para que um dia eles fossem para os grandes estádios da Romênia e proclamassem o Evangelho de Jesus Cristo. Disse para orarem para que um dia, através do rádio e de todos jornais, eles proclamassem o Evangelho de Jesus Cristo. Orem, orem, orem. E eles oraram, oraram, oraram. E, quanto mais eles oraram, mais tenebroso ficou e pior se tornou. Deus estava preparando as pessoas. 

Em 1988, eu estava indo para a Romênia. O trem parou e uns soldados vieram e me tiraram do trem. Me mantiveram sob guarda. Eu fui deportado do país e eles disseram que eu nunca mais colocaria meus pés em solo romeno novamente. 

Meu coração se quebrou, porque eu amo os romenos. Eu tinha um relacionamento tão maravilhoso com eles! Mas, eu sabia que, apesar dos comunistas terem me deportado, eles não podiam deportar o Espírito Santo e, também, não podiam deportar as orações do povo de Deus. Eu recebi uma mensagem, de um dos meus amigos, que simplesmente dizia: "Sammy, continue orando. Lembre-se: a glória de Deus vem do sofrimento. Continue orando". 

Em dezembro de 1989, eu estava visitando minha mãe, na época do Natal, e meu filho veio de onde ele estava assistindo tv e disse: "Pai, você precisa ver o que está passando. Alguma coisa está acontecendo na Romênia". Ao de investigarmos, soubemos que um pastor evangélico havia sido preso. Os crentes de todas as igrejas foram ao apartamento dele e fizeram um círculo ao redor, tentando evitar que o pastor fosse preso pela polícia secreta. A polícia secreta começou a incendiar a multidão, matando homens, mulheres e crianças inocentes. 

Quando o sangue dos mártires começou a correr nas ruas de Timisoara, houve um derramamento da ira de Deus sobre o maligno regime de Ceausescu e um derramamento da glória de Deus sobre Seu povo. Cerca de 200.000 pessoas reuniram-se na praça principal. Eles eram todos ateístas. Eles foram ensinados no ateísmo científico desde o jardim de infância até o doutorado universitário. Eles foram ensinados de que não havia Deus. O pastor da Primeira Igreja Batista ficou de pé perante a multidão e começou a pregar. Conforme ele pregava sobre a cruz de Jesus Cristo, uma dunamis tomou conta do lugar. 

Um amigo meu de Ohio ficou discando 16 horas, tentando falar com Titus, um amigo meu na Romênia. Finalmente, ele conseguiu falar com Titus e ele perguntou: "Titus, você está bem? E sua família? O que está acontecendo?" 

A única coisa que Titus falava era: "A glória de Deus veio sobre meu povo! A glória de Deus veio sobre meu povo! Diga ao Sammy que o que ele vinha orando a tanto tempo finalmente aconteceu! Diga que ele deve voltar!" 

Eu larguei tudo que estava fazendo, peguei um avião e fui para Viena, na Áustria. Uns amigos me buscaram lá e dirigimos pela Hungria até a fronteira romena. Oramos por todo o trajeto, porque sabíamos que meu nome estava no computador. Antes da revolução, a primeira pergunta que eles faziam na fronteira era: "você está trazendo Bíblias? E, se você tivesse carregando Bíblias, estaria com sérios problemas. 

Chegamos na fronteira naquela noite. A revolução ainda estava em processo. Estava frio, escuro e nevando. Nós éramos o único carro no local. Os soldados vieram até o carro. Eles disseram: "Saiam". Nós saímos. Eles fizeram a seguinte pergunta: "Vocês são cristãos?" Meu coração começou a disparar. Eu olhei para aquele soldado e disse: "Sim, senhor, somos cristãos". 

Meu amigo Titus estava esperando no prédio da alfândega. Ele ?. Ele veio e me abraçou e, no mesmo lugar onde me disseram que eu nunca, nunca mais, iria colocar meus pés em solo romeno, nós ajoelhamos e demos a glória, honra e louvor a Jesus Cristo! 

Nós entramos na Romênia e meus olhos viram coisas que eu nunca sonhei que iriam ver. A última vez que estive lá, quando nós íamos na casa de um cristão, nós tínhamos que estacionar o carro longe, bem tarde da noite, e dar uma boa volta, para despistar o lugar para onde estávamos indo para comer. 

Ao caminhar pelas ruas, pessoas que não me conheciam, mas viam que eu era do ocidente, muitas dessas pessoas (não pessoas da igreja, mas pessoas na rua), se juntavam ao meu redor e começavam a gritar: "Deus existe! Deus existe! Deus existe!" O hino dos dias da revolução era uma canção sobre a segunda vinda de Jesus Cristo. Não que todo país tinha se convertido, mas houve uma visita de Deus sobre a nação na qual o espírito do ateísmo, em um momento divino, foi lançado fora do país. 

Sammy Tippit
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Chegou-me ao conhecimento uma resposta dada pelo Leandro Quadros no programa Na Mira da Verdade sobre o dom de línguas. Tendo meus meus comentários sistematicamente bloqueados no blog do programa, mesmo tendo Leandro e sua equipe me garantido que os mesmos seriam liberados (e repetido a mentira desde 2010), desisti de analisar o que ele diz. Porém, ouvir o simpático Tito dizer "eu queria deixar aqui aberto o espaço para que você manifestasse a sua opinião... acesse o nosso blog... se você quiser contestar alguma coisa que nós falamos aqui, estamos de portas abertas e teremos o maior prazer em atender ao seu questionamento", me animei a uma resposta, mesmo já tendo abordado o assunto no artigo Leandro Quadros e o dom de línguas

Na resposta do Leandro é claro que não poderia faltar uma descrição bizarra do dom de línguas. Admitindo acreditar que o dom de línguas na Bíblia era uma capacidade sobrenatural (34:50), ele porém o descreve como "pessoas que se jogam no chão e até espumam pela boca" (36:20). E cita passagens com exemplos de pessoas possuídas por demônios. É claro que o dom de línguas não tem nada a ver com pessoas caindo no chão e espumando pela boca. Isso não merece resposta.

E seguindo o costume de selecionar passagens pela conveniência, o professor escolheu uma única passagem para fundamentar sua resposta, muito embora o seu assistente Tito tivesse lembrado que há passagens que parecem falar "de línguas estranhas" (sic) e até "língua de anjos". O texto lido pelo professor foi o seguinte:

"Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua" (At 2.5–6). 

Ele simplesmente concluiu que "a capacitação para falar em línguas é dada pelo Espírito para comunicar o evangelho, não para confundir a cabeça das pessoas" e demonstra espanto que uma "pessoa que leia Atos 2 possa afirmar essas coisas que essas pessoas afirmaram", ou seja, que o dom de línguas não é mero idioma humano. Vejamos alguns motivos porque o professor está errado em sua emotiva resposta.

Em primeiro lugar, o dom de línguas na ocasião era desnecessário para comunicar o evangelho. O texto diz que as pessoas presentes eram "judeus". Pedro os chama de "homens de Judá" (At 2:14), "israelitas" (At 2:22) e "Israel" (At 2:36). Será que um judeu precisaria da capacidade de falar outros idiomas para evangelizar judeus? Ah sim, mais adiante é dito que eram “tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios" (At 2.11). Mesmo que os prosélitos não entendessem o aramaico dos galileus, entendiam grego, que estes falavam.

Em segundo lugar, o dom de línguas não foi utilizado para evangelizar na ocasião. Quando “todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2.4) eles estavam apenas entre crentes, haja vista que o Espírito “encheu toda a casa onde estavam assentados” (At 2.2). Não havia necessidade de evangelização em língua estrangeira, pois eram todos judeus crentes naquela casa.

Em terceiro lugar, Pedro não evangelizou em línguas. É dito que “se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras” (At 2.14). O pedido de atenção de Pedro sugere que só ele falou e falou numa língua inteligível a todos, provavelmente o grego. Se o dom de línguas fosse idioma estrangeiro com finalidade evangelísticas, os 120 continuariam falando, mas não foi o que houve.

Há outras razões neste texto e nas demais referências neotestamentárias ao falar em outras línguas que deixam claro que esse dom não visava a evangelização, aliás, lidas sob essa perspectiva, algumas passagens tornam-se mais estranhas que as próprias línguas. Concluímos que a resposta do professor Leandro foi superficial e controlada pelos seus pressupostos e portanto o conselho dado por ele serve primariamente a si mesmo.

Soli Deo Gloria
domingo, 19 de janeiro de 2014
Nós O conhecemos por dois meios. Primeiro: pela criação, manutenção e governo do mundo inteiro, visto que o mundo, perante nossos olhos, é como um livro formoso [1], em que todas as criaturas, grandes e pequenas, servem de letras que nos fazem contemplar "os atributos invisíveis de Deus", isto é, "o seu eterno poder e a sua divindade", como diz o apóstolo Paulo (Romanos 1:20). Todos estes atributos são suficientes para convencer os homens e torná-los indesculpáveis.

Segundo: Deus se fez conhecer, ainda mais clara e plenamente, por sua sagrada e divina Palavra [2], isto é, tanto quanto nos é necessário nesta vida, para sua glória e para a salvação dos que Lhe pertencem.


1 Sl 19:1-4. 2 Sl 19:7,8; 1Co 1:18-21.

Confissão de Fé Belga
Artigo 2
sábado, 18 de janeiro de 2014
Somos abençoados quando nos aproximamos de Deus através da oração. Sentimos tristeza ao perceber que muitas igrejas demonstram tão pouca importância à oração coletiva. De que maneira receberemos alguma bênção, se nos mostramos negligentes em pedi-la? Podemos aguardar um Pentecostes, se jamais nos reunimos uns com os outros, a fim de esperar no Senhor? Irmãos, nossas igrejas nunca serão melhores, enquanto os crentes não estimarem intensamente a reunião de oração. Mas, estando reunidos para oração, de que maneira devemos orar? Tenhamos cuidado para não cair no formalismo, pois estaremos mortos, imaginando que possuímos vida. Não duvidemos, motivados por incredulidade, ou estaremos orando em vão. Oh! que tenhamos fé imensa, para com ela apresentarmos a Deus grandes súplicas! Temos misturado o louvor e a oração como um precioso composto de especiarias, adequado para ser oferecido sobre o altar de incenso por intermédio de Cristo, nosso Senhor. Não poderíamos agora apresentar- Lhe uma súplica especial, de maior alcance? Parece a mim que deveríamos orar em favor de um verdadeiro e puro avivamento em todo o mundo.

1. Um avivamento genuíno e duradouro. Regozijo-me com quaisquer evidências de vida espiritual, ainda que sejam entusiásticas e temporárias, e não sou precipitado em condenar qualquer movimento bem-intencionado. Contudo, tenho bastante receio de que muitos dos chamados avivamentos, em última análise, causaram mais danos do que benefícios. Uma espécie de loteria religiosa tem fascinado muitos homens, trazendo-lhes repúdio pelo bom senso da verdadeira piedade. Não desejo menosprezar o ouro genuíno, ao desmascarar as falsificações. Longe disso. Acima de tudo, desejamos que o Senhor envie-nos um verdadeiro e duradouro avivamento espiritual. Precisamos de uma obra sobrenatural da parte do Espírito Santo, trazendo poder à pregação da Palavra, motivando com vigor celestial todos os crentes, afetando solenemente os corações dos indolentes, para que se convertam a Deus e vivam. Se este avivamento acontecesse, não seríamos embriagados pelo vinho do entusiasmo carnal, mas cheios do Espírito. Contemplaríamos o fogo dos céus manifestando-se em resposta às fervorosas orações de homens piedosos. Não podemos rogar que o Senhor, nosso Deus, revele seu poderoso braço aos olhos de todos os homens nestes dias de declínio e vaidade?

2. Antigas doutrinas. Queremos um avivamento das antigas doutrinas. Não conhecemos uma doutrina bíblica que, no presente, não tenha sido cuidadosamente prejudicada por aqueles que deveriam defendê-la. Há muitas doutrinas preciosas às nossas almas que têm sido negadas por aqueles cujo ofício é proclamá-las. Para mim é evidente que necessitamos de um avivamento da antiga pregação do evangelho, tal como a de Whitefield e de Wesley. As Escrituras têm de se tornar o infalível alicerce de todo o ensino da igreja; a queda, a redenção e a regeneração dos homens precisam ser apresentadas em termos inconfundíveis.

3. Devoção pessoal. Necessitamos urgentemente de um avivamento da devoção pessoal. Este é, sem dúvida, o segredo do progresso da igreja. Se os crentes perdem a sua firmeza, a igreja é arremessada de um lado para o outro. Quando eles permanecem firmes na fé, a igreja continua fiel ao seu Senhor. O futuro da igreja, nas mãos de Deus, depende de pessoas que na realidade são espirituais e piedosas. Oh! que o Senhor levante mais homens genuinamente piedosos, vivificados pelo Espírito Santo, consagrados ao Senhor e santificados pela verdade! Irmãos, cada um de nós precisa viver, para que a igreja continue viva. Temos de viver para Deus, se desejamos ver a vontade do Senhor prosperar em nossas mãos. Homens consagrados tornam-se o sal da sociedade e os salvadores da raça humana. 

4. Espiritualidade no lar. Necessitamos profundamente do avivamento da espiritualidade no lar. A família cristã era o baluarte da piedade na época dos puritanos; mas, nesses dias maus, centenas de famílias chamadas cristãs não realizam adoração no lar, não estabelecem restrições, nem ministram qualquer disciplina e ensino aos seus filhos. Como podemos esperar que o reino de Deus prospere, quando os discípulos de Cristo não ensinam o evangelho a seus próprios filhos? Ó homens e mulheres crentes, sejam cuidadosos naquilo que fazem, sabem e ensinam! Suas famílias devem ser treinadas no temor do Senhor, e sejam vocês mesmos “santos ao Senhor”. Deste modo, permanecerão firmes como uma rocha no meio das ondas de terror que surgirão e da impiedade que nos assedia.

5. Intenso e consagrado poder. Desejamos um avivamento de intenso e consagrado poder. Tenho suplicado por verdadeira piedade; agora imploro por um de seus mais nobres resultados. Precisamos de santos. Precisamos de mentes graciosas, experimentadas em uma elevada qualidade de vida espiritual resultante de freqüente comunhão com Deus, na quietude. Os santos adquirem nobreza por meio de sua constante permanência no lugar onde se encontram com o Senhor. É aí que adquirem o poder na oração que tanto necessitamos. Oh! que o Senhor levante na igreja mais homens como John Knox, cujas orações causavam à rainha Maria mais terror do que 10.000 soldados! Oh! que tenhamos mais homens como Elias, que através de sua fé abriu e fechou as janelas dos céus! Esse poder não surge por meio de um esforço repentino; resulta de uma vida devotada ao Deus de Israel. Se toda a nossa vida for pública, teremos uma existência insignificante, transitória e ineficaz. Entretanto, se mantivermos intensa comunhão com Deus, em secreto, seremos poderosos em fazer o bem. Aquele que é um príncipe com Deus ocupará uma posição nobre entre os homens, de acordo com a verdadeira avaliação de nobreza. Estejamos atentos para não sermos pessoas dependentes de outras; nos esforcemos para descansar em nossa verdadeira confiança no Senhor Jesus. Que nenhum de nós caia numa situação de infeliz e medíocre dependência dos homens! 

Desejamos ter entre nós crentes firmes e resistentes, assim como as grandes mansões que permanecem, de geração em geração, como pontos de referência de nosso país; não almejamos crentes semelhantes a casas de saibro, e sim a edifícios bem construídos, capazes de suportar todas as intempéries e desafiar o próprio tempo. Se na igreja tivermos um exército de homens inabaláveis, firmes, constantes e sempre abundantes na obra do Senhor, a glória da graça de Deus será claramente manifestada, não somente neles mesmos, mas também naqueles que vivem ao seu redor. Que o Senhor nos envie um avivamento de poder consagrado e celestial! Pregue por intermédio de suas mãos, se você não pode pregar por meio de seus lábios. Quando os membros de nossas igrejas demonstrarem o fruto de verdadeira piedade, imediatamente encontraremos pesso- as perguntando qual a árvore que produz esse fruto. A oração coletiva dos crentes é a primeira parte de um Pentecostes; a conversão dos pecadores, a outra.

Começa somente com “uma reunião de oração”, mas termina com um grande batismo de milhares de convertidos. Oh! que as orações dos crentes se tornem como ímãs para os pecadores! E que o reunir-se de homens piedosos seja uma isca para atrair os homens a Cristo! Venham muitas pessoas a Jesus, porque vêem outros correrem em direção a Ele. “Senhor, afastamos nosso olhar desses pobres e tolos procrastinadores e buscamos a Ti, rogando-Te que os abençoes com o teu onisciente e gracioso Espírito. Senhor, converte-os, e eles serão convertidos! Através de sua conversão, rogamos que um avivamento comece hoje mesmo. Que este avivamento se espalhe por todas as nossas casas e, depois, pela igreja, até que todos os crentes sejam inflamados pelo fogo que desce dos céus!”

Charles Haddon Spurgeon
In: Revista Fé Para Hoje
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Sem dúvida, tenho chegado a entender que o giro dos dados não é assunto de sorte, pois “a sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda decisão” (Pv 16.33). Deus é soberano inclusive sobre os assuntos mais mundanos de Sua criação. Agora me dou conta de que todas as vitórias e todas as derrotas de todos os eventos esportivos na história tem sucedido conforme o plano soberano de Deus. Isto pode ser duro de aceitar, como o foi para mim quando Christian Laettner fez um lançamento "milagroso" no torneio de 1992 na NCAA, com o qual venceu meus amados Kentucky Wildcats. Sem dúvida, o Deus que as trevas e a luz e que ordena a adversidade para Seus próprios propósitos (Is 45:7) teve por bem propor que meus Wildcats caíssem naquela tarde. Portanto, ainda que todo atleta cristão devesse expressar gratidão por cada vitória e inclusive pelas derrotas, nenhum cristão deve pensar que tais vitórias são um sinal de favor de Deus sobre certa equipe ou indivíduo dessa equipe. Deus não necessariamente faz cálculos precisos de valor ou mérito espiritual e então recompensa os pesos pesados espirituais com uma vitória. A fé grande nem sempre resulta numa libertação milagrosa. Em outras palavras, para cada história de Davi e Golias há muitas histórias de cristãos que aparentemente são derrotados nas mãos de inimigos ímpios. O autor de Hebreus abordou este assunto em seu "Quem é Quem no Hall da Fama da Fé":

“Outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa” (Hb 11.36–39).

Portanto, não devemos pensar que o povo de Deus será mais saudável, próspero e estará mais tranquilo que os ímpios. Não devemos pensar que de alguma maneira Deus será mais glorificado convertendo a Seus filhos em milionários para mostrar aos perdidos que cristãos também podem fazer dinheiro. Ainda que alguns cristãos sejam ricos, não devemos crer que esses homens e mulheres tem algum favor único da parte de Deus que poderia ser nosso se nós, de alguma forma, preenchamos certos requisitos divinos. Deus, para Seus próprios propósitos, derrama misericordiosamente Deus dons como Ele considera melhor.

Esta outorga divina de dons é certa também para os ímpios, pois Deus abençoa os ímpios com muitos de seus dons misericordiosos. Asafe foi testemunha disto, igual ao que fizeram outros homens na Bíblia. Não estamos falando apenas de chuva, alimento ou ar para respirar. O rei Davi escreveu sobre a generosidade de Deus para com o ímpio:

“Levanta-te, SENHOR, defronta-os, arrasa-os; livra do ímpio a minha alma com a tua espada, com a tua mão, SENHOR, dos homens mundanos, cujo quinhão é desta vida e cujo ventre tu enches dos teus tesouros; os quais se fartam de filhos e o que lhes sobra deixam aos seus pequeninos” (Sl 17.13–14).

Longe de crer que os ímpios são arquitetos de sua própria riqueza e comodidade, Davi deixou assentado que era Deus quem derramava sobre eles tesouros de saúde, riqueza e tranquilidade. Não há homem que tenha se feito a si mesmo, e não existem histórias de sucesso por auto-realização. Jeová é um Deus pessoal, atuando e controlando por Sua própria sabedoria todos os aspectos da vida. O fato é, quer gostemos ou não, que Ele dá a todos os homens como Ele o deseja. Ele não simplesmente pôs em movimento leis físicas para governar o universo, preferindo distanciar-se de Sua criação, mas propriamente Ele soberanamente confere dons a todos os homens, seja eles seus filhos ou não. Desde Abrãao e o rei Salomão, até Donald Trunp e Bill Gates, todos eles devem a origem de sua riqueza unicamente a Deus.

O fato de que Deus distribui saúde e riqueza é um ponto importante. Para muitos cristãos professantes, Deus não é absolutamente soberano. Eles olham o homem como um ser que controla seu próprio destino. A riqueza vem nada mais que do uso dos meios estabelecidos por Deus, do trabalho duro e dos investimentos. Outros olham a riqueza como originando-se num "golpe de sorte", tal como no caso de uma bilhete de loteria. E outros veem a Deus como alguém caprichoso. Creen que Ele pode ser influenciado pela vida santa, a oração ou a fidelidade para dar-lhes os desejos de seu coração, mesmo quando esses desejos não são para glória de Deus.

Não nos enganemos neste ponto. Não estou dizendo que Deus não recompensa a oração, a fidelidade e a santidade, nem estou dizendo que Deus vai anular as leis que Ele estabeleceu para dar ao preguiçoso uma grande riqueza. Não obstante, o que estou dizendo é que toda a prosperidade e o sucesso provém, em última instância, da mão divina da Providência. O servo de Abraão não lhe deu o crédito pela riqueza de seu amo como se esta proviesse da gennialidade de Abraão, e sim da bondade de Deus sobre ele.

Stevan Henning
In: Cuando las cosas buenas le suceden a gente mala: El cristiano y la envidia.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Literalmente o texto original reza "nem um deles cairá na terra sem vosso Pai". Os tradutores das versões modernas supõem, seguramente com muita razão, que isto quer dizer: sem que vosso Pai o conheça, permita ou consinta. Sem dúvida, a providência de Deus não é uma mera permissão passiva. Deus atua de tal maneira em seu controle soberano que tudo o que ocorre no universo opera para adiantar seus propósitos. Fazemos bem, pois, em entender que nenhuma criatura morre sem que Deus o permita; mas também que nenhuma morre sem que, de alguma maneira, Deus o queira e o determine, vale dizer, sem que sua morte caia dentro da vontade divina.

(...)

No versículo 30 Jesus leva o tema da providência de Deus um passo adiante. Acaba de dizer que a Deus importa a queda de uma passarinho. O incrível é que, ademais, lhe importa a queda de um só cabelo de nossa cabeça. Seguramente, se vivesse em nossa geração, Jesus teria dito: até as células e os cromossomos de vosso corpo estão todos contados. Não há nenhum detalhe de nossa existência, por mínimo que seja, que escape da onisciência e do controle soberano de Deus. A perda de um cabelo é talvez o danos pessoal mais insignificante que podemos sofrer (cf. 1Sm 14:45; At 27:34). Se Deus vela por um dano tão pequeno, caso não se preocupará se os discípulos estão sujeitos a insultos, maltratos, torturas e morte?

David F. Burt
In: Compasión, Misión y Persecución
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
A soberania de Deus pode ser dividida em duas partes. Podemos pensar em sua soberana vontade e em seu soberano poder. A vontade de deus é seu desejo, prazer ou agrado. A vontade de Deus é seu livre poder de escolha (Dn 4:35; 6:18), o qual Ele exerce em favor de Sua glória e Sua criação, de uma maneira pessoal. Seu poder é aquela capacidade de Deus pela qual Ele executa a Sua vontade. É o seu poder onipotente para efetuar sem falhar tudo o que deseja, tanto na criação como na redenção.

Até onde se estende a vontade de Deus? Segundo a Escritura, a vontade de Deus se estende à toda vida, inclusive:

1. Tudo se deriva da vontade de Deus (toda criação e sua preservação): “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Apocalipse 4.11).

2. Os governos humanos são estabelecidos pela Sua vontade: “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina” (Provérbios 21.1).

3. Cristo sofreu segundo a vontade de Deus: “dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22.42) e “porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram” (Atos dos Apóstolos 4.27–28).

4. A eleição e reprovação se determinam segundo a vontade de Deus: “Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (Romanos 9.15).

5. A regeneração dos filhos de Deus: “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas” (Tiago 1.18).

6. A santificação: “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2.13).

7. Os sofrimentos dos crentes são determinados por Sua vontade: “porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal” (1Pedro 3.17).

8. Toda a vida e nosso destino são determinados por Sua vontade: “Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tiago 4.15, ver também At 18:21 e Rm 15:32).

O soberano poder de Deus é a Sua capacidade de efetuar ou realizar tudo o que deseja. A Bíblia diz:

1. “Não te espantes diante deles, porque o SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, Deus grande e temível” (Deuteronômio 7.21, ver também Is 1:24).

2. “Tu usas de misericórdia para com milhares e retribuis a iniquidade dos pais nos filhos; tu és o grande, o poderoso Deus, cujo nome é o SENHOR dos Exércitos” (Jeremias 32.18).

3. “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada” (Salmos 115.3).

4. Ver também: Jó 9:4; 36:5; Sl 24:8; Mt 11:25; 28:18; 2Co 6:18; 1Tm 6:15; Ap 1:8; 22:5.

Sua vontade Seu poder são soberanos porque são supremos e ilimitados, no sentido de que nada na criação os limitam. Sua vontade somente é limitada por Sua própria natureza.

Nicolás Lammé
In: Una mente cristiana
Tradução: Cinco Solas
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Três dos seis primeiros oradores principais na Conferência de Bethlehem para Pastores disseram que o escritor mais influente em suas vidas (depois dos escritores da Bíblia) foi John Owen. JI Packer, Roger Nicole e Sinclair Ferguson colocaram Owen mesmo acima de Jonathan Edwards — imagine você!

John Owen nasceu em 1616. Ele foi provavelmente o maior pastor-teólogo entre os puritanos. Como J. I Packer diria, ele foi o mais alto entre as sequóias Puritanas. Seus vinte e três grossos volumes ainda estão impressos, formando e alimentando pastores de hoje (como eu).

Ele era um homem de incrível atividade—politicamente (como capelão de Oliver Cromwell e orador freqüente do Parlamento), “denominacionalmente” (como o homem chave para todas as controvérsias entre puritanos congregacionais e puritanos presbiterianos),teologicamente (como o principal puritano defensor da verdade calvinista) ,academicamente (como reitor e vice-chanceler da Universidade de Oxford) , pastoralmente(servindo as igrejas e em torno de Londres quase toda a sua vida adulta, mesmo quando era ilegal reunir-se) e pessoalmente (com uma família de 11 crianças, 10 das quais morreram enquanto jovens, seguido pela 11ª, quando ela era uma jovem adulta).

O que me surpreendeu sobre este homem é que no meio de toda essa atividade, a sua paixão não era atuação pública, mas a santidade pessoal. Ele disse,

O desejo do meu coração para com Deus e o propósito principal da minha vida… são que… a santidade universal possa ser promovida no meu próprio e nos corações e caminhos de outros.

Eu preciso de heróis como este. Não muitos líderes hoje declaram as metas de suas vidas em termos de santidade. E mais e mais líderes abertamente confessam que sua santidade pessoal não tem significado para a sua atuação pública. Por exemplo, o presidente dos Estados Unidos comunicou claramente que ele não acredita que sua pureza pessoal foi um fator significativo em sua liderança desta nação. Da mesma forma lemos recentemente: “Príncipe Charles declaradamente já teria acabado de terminar um prolongado caso de adultério com Camilla Parker-Bowles a fim de remover qualquer obstáculo à sua sucessão ao trono.” Então, em ambos os lados do Atlântico, nossos estadistas dizem com suas vidas: santidade pessoal não é grande negócio — atuação pública e pureza pessoal não estão relacionadas.

Não é assim com Owen. A maravilha, o poder e a beleza de sua vida pública foi a constância de sua comunhão pessoal com Deus em pureza e alegria. Um de seus biógrafos descreveu assim:

Em meio ao barulho da controvérsia teológica, as atividades cativantes e desconcertantes de um posto público de alta posição, e os desânimos depressivos de uma universidade, ele ainda estava vivendo perto de Deus, e como Jacó no meio das pedras da deserto, [ele estava] mantendo relações secretas com o eterno e invisível.

Em suas próprias palavras ele deu o segredo para a sua santidade pessoal em meio a todas as pressões e as dores da vida:

Que melhor preparação pode haver para o [nosso futuro gozo da glória de Cristo] do que em uma contemplação anterior constante desta glória na revelação que é feita no Evangelho.

Lá está a chave para a pureza e santidade, e a chave para a eficácia duradoura de toda a vida: constante contemplação da glória de Cristo.

Vindo (a cada hora) para a Pedra Viva,

Pastor John

Por John Piper © Desiring God Foundation. Usado com permissão. Site em inglês: desiringGod.org | Português: satisfacaoemDeus.org |. Original: Uma Paixão por Santidade
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia. Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada” (Hb 6.4–8) .
O texto da carta aos Hebreus destacado acima é um dos mais difíceis das Escrituras. No passado o mesmo foi utilizado por grupos hereges chamados de donatistas e novacianos, os quais apelavam a ele para negar que os que uma vez negaram a fé pudessem ser readmitidos à comunhão da igreja. Diante da dificuldade de oferecer uma resposta apropriada aos hereges, muitos chegaram a questionar a canonicidade da carta.

E sobre o texto já se debruçaram estudiosos da envergadura de Calvino, Lutero, Mathew Henry, Tertuliano e um sem número de eruditos. Embora alguns deles tenham defendido a sua interpretação como sendo a correta, os mais prudentes não só reconheceram a dificuldade, como evitaram ser dogmáticos e conformaram-se em esperar a volta do Senhor para afirmar uma certeza sobre o que o autor ensina. É óbvio que escrevendo depois de homens com tal envergadura, nem sonho dizer qual estava certo, menos ainda apresentar uma interpretação inédita e melhor que a deles. Limito-me a fazer um apanhado das principais possibilidades.

O desafio arminiano. Quando um arminiano apresenta essa passagem como um desafio a um calvinista, em geral está defendendo a possibilidade de perda da salvação. Identificam os que foram “iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro” como crentes regenerados e o fato de que “caíram” significando que perderam a salvação. Não é uma interpretação livre de problemas, pois implica que “é impossível outra vez renová-los para arrependimento”, ou seja, tais pessoas não podem ser trazidas de volta à salvação. E levanta a questão de qual pecado configuraria essa queda? O escritor diz que “se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados” (Hb 10.26, ACF). Quem de nós já não cometeu tal pecado? Sugere-se que se trata de apostasia, mas a palavra apostasia não ocorre no texto em estudo.

As respostas calvinistas concentram-se principalmente em negar que o autor da carta esteja se referindo a verdadeiros crentes ou que a queda implique real perda da salvação, podendo tratar-se de um caso hipotético ou uma outra consequência real, que não a perdição eterna. Nenhuma delas é livre de dificuldades.

1. Não eram regenerados. Vários calvinistas e alguns arminianos não identificam as pessoas descritas como sendo crentes regenerados, mas falsos professantes, que estiveram perto de se converterem. Para eles “iluminados” refere-se compreender a mensagem do evangelho, “provaram” significam que apenas degustaram e o “participantes” que usufruíram de um graça comum, não necessariamente salvífica. Em geral, entendem o “caíram” como sendo apostasia total e definitiva. Sendo assim, foi do conhecimento da verdade que essas pessoas caíram, não da possessão pessoal dela, saíram de uma participação relativa do Espírito Santo, não da participação da natureza divina. Por rejeitarem o evangelho que compreenderam, chegaram a um tal endurecimento que se pode dizer que “é impossível outra vez renová-los para arrependimento”.

2. A queda é hipotética. Essa posição encontra representantes entre muitos calvinistas e alguns arminianos. Para esses intérpretes, o texto descreve crentes regenerados e uma apostasia final e irreversível. Porém, trata-se de uma situação hipotética, o que poderia, em tese, acontecer se um verdadeiro crente se apostatasse total e finalmente da fé. Se fosse possível um verdadeiro crente perder a salvação, então seria impossível para ele recuperá-la. Os que defendem essa posição o apoiam-se no fato de que o escritor não usa os pronome “nós” ou “vós” ao descrever a queda dos iluminados, como o faz nas porções anteriores e posteriores de sua mensagem (Hb 6:9).

3. A queda não é a perda da salvação. Finalmente, uma outra posição afirma que o texto descreve verdadeiros crentes, porém a queda não significa perda da salvação. A perda seria no progresso espiritual ou dos galardões. Seguindo o raciocínio de Hb 6:1-3, o autor estaria tratando do progresso na fé. Assim, o ser iluminado refere-se ao batismo, provar o dom espiritual é participar da ceia, participar do Espírito Santo é ser batizado com o mesmo e provar os poderes do mundo vindouro é receber/realizar os sinais que acompanham os que creem. Se após tudo isso a pessoa cai, vale dizer, deixa de progredir, é impossível voltar no início e recomeçar com o arrependimento, pois seria como crucificar de novo o Salvador. Por isso o autor espera de seus leitores coisas melhores, ou seja, o contínuo progresso na fé. Uma versão dessa explicação faz referência à perda dos frutos e dos galardões, representada pela terra queimada em Hb 6:8, onde o que de fato é queimado é o que a terra produziu.

Minha posição. O que eu creio é que Hebreus 6:4-6 deve ser lido e interpretado à luz do ensino do Novo Testamento sobre a segurança eterna dos crentes. Parafraseando C. I. Scofield, o “se” de Hb 6:6 não pode anular o “em verdade” de Jo 5:24. E não é o caso de contrapor um verso a outro, e sim de iluminar um texto particular com o ensino geral das Escrituras.

Jesus disse “em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Disse também que “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.28). Paulo afirma que “agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1), que fomos “selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Ef 1.13–14) e que sendo assim “quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Rm 8.34). Pedro completa que somos “guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1Pe 1.5). As passagens bíblicas que asseguram a preservação do salvo são tantas que citar todas aqui alongaria demais esse parágrafo.

Portanto, à luz dessas passagens e muitas outras é impossível que alguém que foi eleito, predestinado, chamado e justificado se apostate total e finalmente e perca a salvação, não sendo glorificado (Rm 8:28-30). Como a Escritura não se contradiz, Hebreus 6:4-6 não pode estar ensinando que um regenerado pode perder a salvação. Restam três possibilidades: as pessoas referidas não eram crentes verdadeiros, o que se perde não é a salvação ou é uma situação hipotética. Eu não poderia afirmar com certeza qual delas é a correta (inclino-me mais para a da “queda hipotética”), mas isso não é necessário, pois sei o que o texto não ensina: a perda da salvação. O texto simplesmente não afirma que um crente pode, de fato, a perder a salvação e interpretar dessa forma força ceder a um erro parecido com os de Donato e Novaciano.

Soli Deo Gloria
domingo, 12 de janeiro de 2014
Todos nós cremos com o coração e confessamos com a boca [1] que há um só Deus [2], um único e simples ser espiritual [3]. Ele é eterno [4], incompreensíve [5] invisível [6], imutável [7], infinito [8], todo-poderoso [9]; totalmente sábio [10], justo [11] e bom [12], e uma fonte muito abundante de todo bem.

1 Rm 10:10. 2 Dt 6:4; 1Co 8:4,6; 1Tm 2:5. 3 Jo 4:24. 4 S1 90:2. 5 Rm 11:33. 6 Cl 1:15; 1Tm 6:16. 7 Tg 1:17. 8 1Rs 8:27; Jr 23:24. 9 Gn 17:1; Mt 19:26; Ap 1:8. 10 Rm 16:27. 11 Rm 3:25,26; Rm 9:14; Ap 16:5,7. 12 Mt 19:17. Veja também Is 40, 44 e 46.

Confissão de Fé Belga
Artigo 1
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Max Lucado é um sucesso editorial, com mais de 80 milhões de livros vendidos. Seus títulos costumam aparecer em listas dos mais vendidos, inclusive nas do The New York Times, USA Today, e outras. Além de escritor de mais de 70 títulos, é pastor e serviu como missionário no Rio de Janeiro por cinco anos.

Confesso que não costumo ler seus livros. Se bem me lembro, li Nas Garras da Graça (recomendo) e, recentemente, Graça: mais do que merecemos, maior do que imaginamos. Nos dois casos, fui atraído pelo título, e neste último, o livro também foi um presente. Não estou dizendo isso para desmerecer o autor, de forma alguma, apenas que ele publica um gênero que não me atrai muito.

O livro é composto de duas partes. Na primeira, temos 11 capítulos curtos e uma conclusão, a segunda é um guia do leitor, escrito por Kate Etue, que destaca um trecho de cada capítulo, sugere passagens bíblicas seguidas de perguntas para meditação, motivo de oração e dica para aplicação prática. Voltemos para a primeira parte.

Como dissemos, os capítulos são curtos, inspiradores mas nada profundos, geralmente iniciados com um fato conhecido pelo autor, a título de ilustração, seguidos de um episódio do ministério de Jesus, do qual Max extrai lições sobre a graça de Deus, aplicando-as pastoralmente a situações que o leitor pode estar passando ou vir a passar. Alguns dos aspectos relacionados à graça são transformação, perdão, descanso, serviço, confissão, confiança, alegria, etc.

Não é um livro teológico, tecnicamente falando. Portanto, não tem uma ênfase soteriológica e fica longe das disputas teológicas sobre a graça, embora os dois últimos capítulos, "Filhos escolhidos" e "Céu: garantido" possam sugerir uma posição do autor, sendo este último uma defesa da segurança eterna dos crentes.

Certamente alguns gostarão mais do livro do que eu. E outros acharão que não vale a pena lê-lo. Para estes últimos asseguro que como livro de inspiração cristã é uma boa leitura, com passagens comoventes que justificam o termo "graça maravilhosa". Além de que, se o livro não é teológicamente assertivo, tampouco faz uma representação errada da graça de Deus, quer dizer, não enfatiza os aspectos doutrinários da graça, mas não os nega nem contradiz. Merece as horas gastas na leitura.

LUCADO, Max. Graça: mais do que merecemos, maior do que imaginamos. Rio de Janeiro: Tomas Nelson Brasil, 2012. 226p

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
A sabedoria convencional  cria uma linha no meio dessas flutuações. Aja acima dessa linha e aprecie a aceitação de Deus. Mas mergulhe abaixo dela e espere uma carta de dispensa do céu. Nesse paradigma, uma pessoa se perde e é salva múltiplas vezes por dia, dentro e fora do reino, regularmente. A salvação torna-se uma questão de tempo. Você simplesmente espera morrer em ascensão. Não tem segurança, estabilidade ou confiança.

Esse não é o plano de Deus. Ele desenha uma linha, certamente. Mas Ele a desenha debaixo de seus altos e baixos. A linguagem de Jesus não poderia ser mais forte. "Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais se perderão ou perecerão; [por toda a eternidade elas nunca poderão ser destruídas] ninguém é capaz de arrancá-las da minha mão" (Jo 10:28, tradução livre).

Jesus prometeu uma nova vida que [não] poderia ser fortificada ou terminada. "Quem houve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida" (Jo 5:24). Pontes são queimadas e a transferência é completa. Fluxos e refluxos continuam, mas eles nunca desclassificam. Altos e baixos podem marcar nossos dias, mas nunca nos expulsam do reino dEle. Jesus concluiu nossa vida com graça.

Além disso, Deus reclama seu direito sobre nós. "Nos selou como sua propriedade e pôs o seu espírito em nossos coração como garantia do que está por vir" (2Co 1:22). Você fez algo parecido: estampou seu nome num anel de compromisso, gravou sua identidade em uma ferramenta ou no iPad. Os boiadeiros marcam o gado com a marca da fazenda. Estampar declara propriedade. Pelo Seu Espírito Deus nos estampa. Futuros conquistadores são repelidos pela presença de Seu nome. Satanás é rechaçado pela declaração: "Tire as mãos. Este filho é meu! Eternamente, Deus".

A salvação esporádica nunca aparece na Bíblia. A salvação não é um fenômeno repetido. A Escritura não contém nenhum exemplo de nenhuma pessoa que tenha sido salva, depois perdida, e em seguida salva de novo e, então, perdida outra vez.

Onde não há segurança de salvação, não há paz. Nenhuma paz significa nenhuma alegria. Não há alegria em uma vida baseada no medo. É essa a vida que Deus cria? Não. A graça cria uma alma confiante que declara: "Sei em quem tenho crido e estou bem certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia" (2Tm 1:12).

De tudo o que não sabemos na vida, sabemos isso: nós temos o cartão de embarque. "Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que creem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna" (1Jo 5:13). Confie que Deus se mantém mais firme em você do que você se mantém firme em Deus. A fidelidade dele não depende da sua. O desempenho dele não está fundamentado no seu. O amor dele não é dependente do seu. A chama de sua vela pode tremeluzir, mas não se apagará.

Max Lucado