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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Evidentemente, a Bíblia ensina uma escolha feita por Deus: a eleição divina. O Antigo Testamento diz que Deus escolheu Abraão (Ne 9.7), o povo de Israel (Dt 7.6; 14-2; At 13.17), Davi (1 Rs 11.34), Jerusalém (2 Rs 23.27) e o Servo (Is 42.1; 43.10). No Novo Testamento, a escolha divina inclui anjos (1 Tm 5.21), Cristo (Mt 12.18; 1 Pe 2.4,6), um remanescente de Israel (Rm 11.5) e os crentes, isto é, os eleitos, quer individual (Rm 16.13; 2 Jo 1.1,13) ou coletivamente (Rm 8.33; 1 Pe 2.9). Sempre a iniciativa é de Deus. Ele não escolheu Israel pela grandeza da nação (Dt 7.7). Jesus diz aos seus discípulos: "Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós" (Jo 15.16).73 Paulo deixa bem claro esse fato em Romanos 9.6-24, ao declarar que Deus escolhera apenas os descendentes de Isaque para serem seus filhos (vv. 7-8) e que, antes do nascimento, Ele escolheu Jacó, e não o seu gêmeo, Esaú, "para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme".

Daniel B. Pecota
In: Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

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Meu pai, pastor batista, nunca deixou de compartilhar o evangelho; minha mãe sempre conversava comigo sobre o evangelho; nossa igreja nunca deixou de proclamar o evangelho. Eu já tinha ouvido a mensagem da cruz tantas vezes que, quando a professora começou a repeti-la naquele domingo, a história mais me parecia um par de sapatos velhos, muito confortável, mas comum.

Apesar disso, havia alguma coisa especial naquela mensagem; o Espírito Santo iniciou sua obra em meu coração. Sem mais nem menos, algo mudou. Percebi de maneira completamente nova que a cruz tinha a ver com o meu pecado, e que aquela história bastante conhecida exigia uma resposta. Fiquei desarmado, convencido de que era pecador. Passei o resto do dia imaginando Jesus pregado na cruz, morrendo e sendo sacrificado em pagamento pelo que eu tinha feito. Lembro-me vividamente de que, naquela noite, deitado na cama, fiz uma oração simples, como só uma criança sabe fazer, e pedi que Deus perdoasse meus pecados. Não foi a maior confissão que o mundo já ouviu. Também não foi perfeita do ponto de vista da teologia nem precisa do ponto da vista da soteriologia. Mas foi obra do Espírito Santo, que de modo gentil e persuasivo levou a mim, um garoto de seis anos, à cruz do Salvador. 

Penso carinhosamente naquele domingo como o dia em que nasci de novo, pelo poder do Espírito Santo que trabalhou em minha vida por meio da proclamação do evangelho. Quando reflito naquele dia, não posso deixar de reconhecer que dois grupos de pessoas foram vitais em minha conversão e subsequente discipulado: meus pais e a igreja local.

O plano de Deus é que haja uma bela parceria entre o lar e a igreja local. Na verdade, a intenção de Deus é que o lar cristão seja um microcosmo do corpo de Cristo. Como George Whitefield disse: “Cada lar... uma pequena igreja, cada pai um sacerdote, cada família um rebanho...”.

No entanto, é raro ver na história mundial o lar cristão funcionando, ainda que remotamente, como uma pequena igreja. Quando me lembro dos amigos de infância que participavam da escola dominical comigo, vejo que muitos não tiveram a bênção de ser discipulados por seus pais. Poucos deles são ativos na igreja hoje.

Ted Thompson
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Pois, quem torna você diferente de qualquer outra pessoa? O que você tem que não tenha recebido? E se o recebeu, por que se orgulha, como se assim não fosse? (1Co 4:7 NVI)
Paulo dirige três perguntas aos orgulhosos coríntios, que consideravam-se superiores aos outros, seja por serem discípulo deste ou daquele apóstolo, seja por terem este ou aquele dom. Mas as perguntas não são cabíveis apenas à igreja corintiana, precisamos considerá-las como se dirigidas diretamente a cada um de nós. Ainda que não as respondamos publicamente.

Quem torna você diferente de qualquer outra pessoa? Não há diferença essencial entre duas pessoas. E espiritualmente falando, todos nascemos na mesma condição. "Como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram" (Rm 5:12), todas as pessoas se encontram na mesma situação, "não há diferença entre judeus e gentios" (Rm 10:12), pois "todos pecaram e separados estão da glória de Deus" (Rm 3:23). Não importa o gênero, não interessa a idade, classe socio-econômica ou raça não distingue uma pessoa diante de Deus quanto à aceitação ou capacidade, melhor dizendo, incapacidade de agradá-lo.

Porém, a pergunta do apóstolo pressupõe uma diferença. Toda a humanidade divide-se em classes: os perdidos e os salvos, sendo que estes últimos pertenciam anteriormente ao primeiro grupo. "Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira" (Ef 2:3). Portanto, existe "diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não o servem" (Ml 3:18). Essa diferença que não existia antes passou a existir. Iguais em pecado e culpa, tornam-se diferentes e justificados, num dizer, os salvos sobressam-se do contingente de perdidos. A diferença resultante não é negada, mas o causador dela é que se investiga.

O que você tem que não tenha recebido? Da pergunta conclui-se que a diferença não se deve a nada essencial ou inerente a você. Não é algo que você ou contém em sua natureza, mas algo que você passa a possuir. O que diferencia o salvo do perdido não é nada em sua constituição, mas a fé depositada na pessoa e obra de Jesus Cristo. Mas mesmo essa mesma fé não é própria de todos os homens, nem mesmo de alguns homens, mas é recebida como presente. "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus" (Ef 2:8). A fé, e tudo o mais que precisamos para nossa vida na terra e felicidade no céu nos é dada pelo Senhor, pois o "Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2Pe 1:3).

Tampouco é o caso de dizermos que Paulo está enfatizando o fato de você ter recebido e que este ato que te diferencia. Fosse assim, o seu esforço para corrigir o orgulho espiritual seria anulado pela própria afirmação e sua pergunta seguinte perderia sentido. O motivo pelo qual a fé e tudo o mais que compõe a salvação é um dom de Deus é exatamente "para que ninguém se glorie" (Ef 2:9). Isto nos leva para a próxima pergunta:

E se o recebeu, por que se orgulha, como se assim não fosse? Recapitulemos. Como pecador, você era exatamente igual aos filhos da ira, na verdade, era um deles. Então Deus te deu o Espírito Santo e a fé, e assim você foi diferenciado dos demais, passando a ser filho de Deus. O perigo agora é que você, olhando para a sua nova posição diante de Deus, venha a se orgulhar, como se de alguma forma tivesse contribuído para estar onde e como está. Paulo está mostrando o absurdo disso, uma vez que você era tão pecador quanto os demais e que não foi aceito como justo diante de Deus devido à sua vontade boa, inteligência superior ou bom uso de seu arbítrio. Não foi nada que você tivesse ou que viesse a ter de si mesmo que te diferenciou dentre os pecadores, mas Deus te fez diferente por meio daquilo que te deu.

Sendo assim, "onde está, então, o motivo de vanglória? É excluído. Baseado em que princípio? No da obediência à lei? Não, mas no princípio da fé" (Rm 3:27). Duas coisas contribuem para que todo motivo de orgulho seja aniquilado. Negativamente, o fato de que você não era capaz, nem mesmo potencialmente capaz, de obedecer a Lei. Nisto, você era tal e qual o pior dos pecadores. Positivamente, a fé que te diferencia diante do tribunal de Deus é um dom, que lhe foi dado incondicionalmente, portanto, conta crédito para Deus e não para você. Você é humilhado por falhar na obediência da Lei e Deus é glorificado por te salvar mediante a fé, como presente imerecido Dele.

As respostas às três perguntas são as seguintes. A primeira questão deve ser respondida afirmando-se que é Deus quem nos diferencia. A resposta da segunda é que não temos nada que Deus, graciosamente não nos tenha dado. E finalmente, a última pergunta não pede resposta. Mas reconhecimento que do Senhor é a salvação, por Jesus Cristo que é o Autor e Consumador da fé que nos salva.

Soli Deo Gloria
domingo, 26 de fevereiro de 2012
O Senhor Jesus Cristo, de quem Moisés e os profetas escreveram, que foi pregado pelos apóstolos, é o Filho de Deus, a plenitude de sua glória etc., por quem ele fez o mundo; é quem sustenta e governa todas as coisas que ele criou; é quem também, quando chegou a plenitude dos tempos, foi feito de uma mulher, da tribo de Judá, da semente de Abraão e Davi; isto é, da virgem Maria, quando o Espírito desceu sobre ela, quando o poder do Altíssimo lhe amparou; e Ele foi tentado como nós somos tentados, mas sem pecar.

Artigo 9
Primeira Confissão Londrina, 1642/44
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Já foi bem explicado que a verdadeira prosperidade não consiste em se acumular bens ou dinheiro, nem em depositar o coração nas incertezas das riquezas. A prosperidade bíblica contempla necessidades supridas com a bênção de Deus por intermédio primeiramente do trabalho, e depois da misericórdia, nos casos em que a pessoa não tem os recursos necessários para sua subsistência.

A verdadeira prosperidade é alcançada dependendo de Deus. Há pessoas que desejam prosperar com a ajuda do dinheiro, de jogos de azar ou mesmo atividades ilícitas, mas nós, servos do Senhor, somos desafiados sempre a depender de Deus e do trabalho. E Deus quem derrama suas bênçãos em nós, e por Ele temos sabedoria, crescimento e trabalho, para que com este, não apenas possamos suprir nossas necessidades, mas também deixar de lado a ociosidade que e a preguiça e também contribuir para ajudar outras pessoas e a obra de Deus. A uns Deus concede mais, a outros menos, mas nem por isso sua sabedoria é colocada em cheque, pois ele conhece nossos corações e sabe até quanto pode nos dar.

A verdadeira prosperidade é alcançada por meio do trabalho. Diferente do que muitas pessoas imaginam, o trabalho não é o julgamento de Deus por causa do pecado de Adão. Se examinarmos corretamente as Escrituras, veremos que Deus colocou Adão no jardim do Eden para o lavrar, ou seja, antes de desobedece a Deus Adão já trabalhava, cuidando do Jardim. Uma das conseqüências do pecado, além da morte, foi que o trabalho seria penoso e suado. Isso não significa que o trabalho seja amaldiçoado por Deus. Na verdade, Deus honra aqueles que trabalham para se manter. Davi era pastor de ovelhas, Jesus era carpinteiro, e Paulo um fazedor de tendas. 

Este, ao escrever a Segunda Carta aos Tessalinocenses, teve de tocar no assunto da indisciplina de alguns crentes daquela igreja que deixaram de trabalhar para aguardar, de forma contemplativa, o retorno de Jesus. A estes, Paulo deixou claro duas coisas: 

a) que ele deu o exemplo quando estivera com eles, trabalhando de dia e de noite para não ser um fardo a ninguém, 
b) se alguém não quiser trabalhar, que também não coma (2 Ts 3.7-12). Uma pessoa poderia ficar um período de tempo sem comer, mas não poderia ficar muito tempo sem comer, ou morreria de inanição.

Portanto, a Bíblia valoriza o trabalho honesto, lembrando-nos de que devemos trabalhar não como se estivéssemos agradando aos homens e sim como a Deus Cl 3.22-24).

Revista Ensinador Cristão, Ano 13, Nr. 49, Jan-Mar 2012.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Extremamente laboriosos são nossos oponentes em coligir testemunhos da Escritura, e isto fazem zelosamente para que ao menos pelo número nos levem de vencida, já que não o podem pelo peso. Mas, tal como se dá nas batalhas quando a luta vem a ser corpo a corpo, sem importar o que tenha de pompa e ostentação, com uns poucos golpes de imediato se destroça e em debandada se põe a multidão não adestrada para a guerra, assim facílimo nos será desbaratá-los juntamente com sua turba.

Ora, já que, onde forem distribuídas em suas classes, a pouquíssimos tópicos convergem todas as referências de que usam mal contra nós, uma só resposta será bastante para muitas, nem será preciso aplicar-se a refutá-las uma a uma. A força principal é posta nos preceitos divinos, os quais consideram ser de tal modo ajustados às nossas faculdades, que tudo quanto se prova ser por eles exigido, segue-se necessariamente poder-se cumprir. Portanto, os percorrem a todos, um por um, e deles medem a extensão de nossas forças. Pois, dizem eles, ou Deus está a zombar de nós quando ordena santidade, piedade, obediência, castidade, amor, mansidão, quando proíbe impureza, idolatria, imoralidade, ira, furto, soberba e coisas afins, ou apenas exige aquilo que está em nosso poder.

Com efeito, quase todos os preceitos que amontoam podem ser distribuídos em três categorias. Uns, em primeiro lugar, requerem a conversão em relação Deus; outros simplesmente falam da observância da lei; outros ordenam perseverar na graça de Deus recebida. Tratemos primeiramente de todas no geral; a seguir desceremos às categorias propriamente ditas.

Estender as capacidades humanas à medida dos preceitos da lei divina, na verdade começou isto a ser comum já de longa data, e tem alguma consistência, mas afinal provém da mais crassa ignorância da lei. Ora, aqueles que consideram ser grande crime dizer ser impossível a observância da lei, insistem no argumento aparentemente poderosíssimo de que, de outra sorte, a lei foi dada em vão. Pois arrazoam exatamente como se Paulo em parte alguma houvesse falado acerca da lei.

Pergunto, pois, que lhes significam estas passagens: “A lei foi outorgada por causa das transgressões” [Gl 3.19]; “O conhecimento do pecado é mediante a lei” [Rm 3.20]; “A lei engendra o pecado” [Rm 7.7, 8]; “Sobreveio a lei para que abundasse a ofensa” [Rm 5.20]? A lei deveria limitar-se às nossas forças, para que não fosse dada em vão? Pelo contrário, antes a lei foi posta muito acima de nós, para que nos convencesse de nossa incapacidade. Na verdade, à luz da própria definição do mesmo Paulo, o propósito e cumprimento da lei é o amor [1Tm 1.5]. Com efeito, quando ora para que dele plenifique o coração dos tessalonicenses [1Ts 3.12], confessa sobejamente que a lei nos soa aos ouvidos sem proveito, a menos que Deus nos instile no coração.

João Calvino
In: Josemar Bessa
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A psicóloga cristã Marisa Lobo foi intimada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) a tirar, dentro de 15 dias, de suas redes sociais todas as informações sobre sua fé. Isso porque diversos ativistas do movimento gay e também ateus fizeram denúncias contra a profissional, que agora corre o risco de perder seu registro.

No início de fevereiro, Marisa Lobo foi chamada ao Conselho Regional de Psicologia de Curitiba onde foi informada sobre as diversas denúncias que fizeram contra ela. Os denunciantes são ativistas gays, usuários de maconha e ateus que se sentiram incomodados com as declarações da psicóloga nas redes sociais.

As fiscais do CRP leram para Marisa o código de ética dizendo que ao expressar suas crenças religiosas ela estaria violando os termos do conselho, principalmente quando induz posições contrárias ao homossexualismo. Ao sair da reunião a psicóloga relatou o que aconteceu e iniciou uma campanha em seu Twitter contra a perseguição religiosa.

No documento que Marisa precisou assinar está escrito que ela tem 15 dias corridos para adequar o material no seu blog e twitter. E 30 dias corridos para adequar o seu site conforme as orientações do CRP. “Me senti perseguida, ouvi coisas absurdas, uma pressão psicológica que se eu não tivesse sanidade mental, teria me acovardado e desistido de minha fé”, escreveu Marisa relatando como foi a reunião no conselho.

A profissional deixou claro que não usa a religião para tratar seus pacientes e que tem o direito de se expressar sobre suas convicções. “Quando questionei que estavam me pedindo para negar Deus se quisesse continuar exercendo minha profissão, elas se olhavam, e diziam: ‘Não é isso, você pode ter sua fé mas não pode externar, guarde pra você, pois está induzindo pessoas a acreditarem em você pela sua influência’”.

Fonte: Gospel Prime
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
O destino eterno dos que morrem na infância suscita debate sempre que a questão é levantada. Porém, as diferenças de opinião não são assim tão grandes. Deixando de lado os pelagianos, os demais cristãos diferem mais em nuanças. Alguns dizem que todos os que morrem na infância serão salvos. O restante diz que não podemos ter certeza de que todos os infantes que morrem na infância serão salvos. Quase ninguém, se é que há alguém, defende com certeza que alguns bebês serão condenados se falecerem nessa idade. E diante da escassez da dados bíblicos sobre o tema, não é prudente causarmos divisão por causa disso. O que não impede de assumirmos uma posição e defende-la.

A discussão começa com o estado das crianças. Os pelagianos negavam o pecado original, logo, todas as crianças nascem puras e se morrem na infância vão para o céu. Para os arminianos todas as crianças, ainda que herdem o pecado original, nascem em estado de graça e se morrerem vão para o céu, mas perderão esse estado na idade de discrição. Os romanistas (e os luteranos e anglicanos, com modificações) creem que todas as crianças nascem condenadas, permanecendo assim até o batismo. Se morrem batizadas, vão para o céu. Se não forem batizadas, não vão. Os reformados creem que todas as crianças nascem contaminadas pelo pecado, e se forem eleitas, são regeneradas e salvas. Mas se dividem em dois grupos. Um deles, acho que a maioria, acredita que não há diferença entre filhos de pais crentes e descrentes, e outro que os filhos de pais crentes gozam de uma posição privilegiada. Esta última é a minha posição e será fra(n)camente defendida neste artigo.

Minha posição pode ser expressa em três afirmações, feitas e explicadas, sem pretensão de serem absolutas.

1. As crianças que morrem na infância, se forem eleitas, serão salvas. Esta minha convicção decorre da relação que a Bíblia estabelece entre eleição e salvação. O decreto da eleição é de tal forma infalível que nenhum eleito jamais irá perecer, mas será levado inevitavelmente à salvação em Cristo. E ninguém que venha a se salvar está fora do grupo dos eleitos. Por isso, todos os bebês que morrem e são salvos haviam sido eleitos na eternidade.

2. Não sei se todas as crianças que morrem na infância são eleitas. Creio que há um silêncio escriturístico a respeito dessa questão, sendo que as posições assumidas geralmente partem de inferências feitas de textos indiretos. O máximo que chego neste ponto é ter esperança de que todos os infantes que morrem sejam salvos. Mas não tenho base bíblica para fazer afirmações categóricas.

3. Os filhos de pais crentes serão salvos, se forem chamados pelo Senhor antes de uma decisão pessoal. E este ponto pede uma fundamentação um pouco melhor, pois creio que temos elementos bíblicos para isso. Quando Deus estabeleceu sua aliança com Abraão, incluiu seus filhos nela. “Estabelecerei a minha aliança como aliança eterna entre mim e você e os seus futuros descendentes, para ser o seu Deus e o Deus dos seus descendentes” (Gn 17:7). E complementa com a promessa, referindo-se aos seus filhos, “e serei o Deus deles” (Gn 17:8). No Novo Testamento temos a promessa “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa” (At 16:31). Por isso, os filhos dos crentes são chamados de “descendência santa” (Ed 9:2), “semente consagrada” (Ml 2:15), “semente santa” (Is 6:13), “povo abençoado” (Is 61:9; 65:23) e “santos” (1Co 7:14).

Não é o caso de se dizer, nem que os filhos de crentes não precisam ser regenerados, ou que são automaticamente salvos. O meio ordinário de Deus salvar é a pregação do evangelho. No caso de Abraão, lemos de Deus considerando “Pois eu o escolhi, para que ordene aos seus filhos e aos seus descendentes que se conservem no caminho do Senhor, fazendo o que é justo e direito, para que o Senhor faça vir a Abraão o que lhe havia prometido" (Gn 18:19). A promessa realiza-se pela pregação do evangelho. Daí a ordem “Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar” (Dt 6:6-7). O mesmo padrão se observa na casa do Centurião, de onde lemos “E pregaram a palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa” (At 16:32).

Porém, havendo a promessa e faltando a oportunidade de se pregar para que os filhos creiam, nada deve levar a pensarmos que os pequeninos filhos de crentes não sejam salvos se morrerem. E isso se dá pela regeneração, pois a eles se aplica igualmente as palavras de Davi: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51:5). Alguém talvez pergunte, como pode ser regenerado sem fé? Para o arminiano talvez essa seja uma pergunta embaraçosa. Mas para o calvinista, que crê que a regeneração precede a fé, não há dificuldade alguma em que uma criança seja regenerada sem crer.

Concluindo, reafirmo que creio que somente os eleitos que morrem na infância serão salvos, que não sei se todos os infantes que morrem são eleitos mas, que tenho convicção de que todos os bebês filhos de crentes que morrem são eleitos, portanto, salvos.

Soli Deo Gloria
domingo, 19 de fevereiro de 2012
A regra do conhecimento, a fé, a obediência, a adoração de Deus, na qual está escrita toda a obrigação do homem, não é a lei dos homens, ou suas tradições, senão a palavra de Deus contida nas Sagradas Escrituras; nas quais está plenamente escrito tudo o que necessitamos saber, crer e praticar; elas são a única regra de santidade e obediência para todos os santos, em todos os tempos, em todos os lugares.

Artigo 8
Primeira Confissão Londrina, 1642/44
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Foi a certeza da eleição incondicional que deu ao apóstolo Paulo tamanha tenacidade e impulso para a obra do evangelho. Ele escreveu a Timóteo: "Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória" (2Tm 2:10). Paulo sabia que não fracassaria. Ele estava profundamente convencido de que a sua pregação do evangelho e seus aprisionamentos não seriam em vão. Ele poderia se levantar, à beira de rios, dentro das sinagogas, na presença de reis, ou estar acorrentado em escuras masmorras e pregar as insondáveis riquezas de Cristo, plenamente persuadido de que cada um dos que foram escolhidos antes da fundação do mundo, no tempo devido, haveria de prostrar-se perante o Cristo que ele pregava, e seria salvo. A palavra pregada não haveria de voltar vazia. Antes, haveria de realizar exatamente aquilo para o que Deus a tinha mandado. É Deus que faz Sua Palavra prosperar com sucesso, e não o homem (Is 55:11). O Seu propósito soberano determina quando os corações são quebrados ou endurecidos.

Esta foi a confiança que susteve o movimento missionário: "Deus salvará o Seu povo dos pecados deles - não falharemos!". Não temos que aparar arestas e nem lapidar as facetas difíceis do evangelho. Devemos pregar a soberania e a santidade de Deus, a depravação total e a culpa da alma humana, e a absoluta necessidade de arrependimento pessoal - todas estas verdades que fazem o homem natural estremecer de aversão e ferver de raiva. Devemos então nos regozijar na certeza de que, mesmo se os homens se afastam, contudo, Deus é honrado e alguns homens irão corresponder. Para perplexidade do homem mortal, as verdades que Deus usa para efetuar o sucesso maior das verdadeiras conversões, são as verdades que mais exaltam a Deus, mais rebaixam o homem, e que mais magnificam a graça de Jeová.  Cristo precisa ser anunciado de maneira ousada, fervorosa e amplamente; e todas as suas ovelhas irão ouvir a Sua voz e segui-Lo. Ele não perderá nenhuma de suas ovelhas (Jo 6:37-39; 10:27).

Robert B. Selph
In: Os batistas e a doutrina da eleição
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
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Se você comparar o mal do pecado com os outros males, verá quão pequeno os outros males são em relação ao pecado.

1. Antes de tudo mais, os outros males são somente externos. São relacionados somente ao corpo, o estado, o nome, porém o pecado é um mal interior, um mal da alma, e este é o pior dos males.

2. Todos os outros males são somente de natureza temporal, eles têm um fim. Pobreza, doença, desgraça, todos esses são grandes males, mas estes e todos os outros, têm um fim. A morte põe um fim em todos eles. Contudo, o mal do pecado é de natureza eterna e nunca terá fim. A eternidade em si nunca porá um fim nisso.

3. Todos os outros males não fazem do homem o objeto da ira e da inimizade de Deus. O homem pode ter todos os outros males e ainda assim permanecer no amor de Deus. Você pode ser pobre e ainda ser precioso na avaliação de Deus. Você pode estar debaixo de toda espécie de miséria e ainda assim ser amado por Deus. Todavia existe um mal que faz da alma o objeto da ira e da inimizade de Deus. A ausência de todos os outros bens, e a presença de todos os males criados, não tornará você abominável para Deus se não houver pecado, contudo, a presença de todos os outros bens e a ausência de todos os outros males não irão tornar você amado se houver pecado.

4. Todos os outros males somente se oporiam ao seu bem-estar presente, porque eles não podem roubar as suas futuras alegrias, mas o pecado se oporia ao seu bem-estar para sempre. Você não pode ser feliz se não for santo. E ainda mais, este se opõe ao seu ser. Ele o leva a morte. Você pecaria até morrer, caso Deus não o impedisse e fizesse com que se sentisse um miserável, por causa do seu pecado.

5. Todos os outros males são destrutivos para o homem em si; eles lutam contra particularidades. Entretanto este é contrário ao bem universal, sendo contrário a Deus, e é, até onde pode ser, destrutivo ao próprio ser de Deus, como mostrarei doravante.

6. Todos os outros males são criações de Deus, e portanto bons. Ele é o possuidor de tudo; Ele é o autor de tudo o mais. "... sucederá qualquer mal à cidade, e o Senhor não o terá feito?" (Am 3:6), significando todos os males de punição penal, não mal pecaminoso, pois este é criação do diabo e realmente pior do que tudo mais, sendo todo pecado.

7. Todos os outros males são medicina de Deus e são usados como remédios, tanto para a prevenção, como para a cura do pecado. Como prevenção do pecado: para que você não seja condenado com o mundo, Ele envia aflições e males sobre você (I Cor. 11:32). Ele permitiu a satanás tentar Paulo e o entregou aos seus ataques, o que no entanto é o maior mal no mundo e o mais próximo do pecado, o maior mal punível no mundo. E para que impedisse o pecado, como disse o apóstolo em II Cor. 12:7, Deus enviou um mensageiro de satanás para esbofeteá-lo, e qual era o motivo? Só para prevenir o pecado, para que nao se exaltasse, isto é, para que não ficasse orgulhoso.

E como Ele usa todos os outros males para prevenção, do mesmo modo Ele os usa para a cura do pecado. Não se conhece nenhum remédio que possa ser tão ruim como é essa doença. Todos os outros males Deus tem permitido sobre o Seu povo para a cura ou para a recuperação do estado pecaminoso. E para falar sem exagero, não há tanto mal na condenação de mil mundos de homens como existe no menor pecado, no menor pensamento pecaminoso que se levante no espírito, visto que o bem destes carece do bem e da glória de
Deus.

Pela comparação deste mal com os outros males, pode ver que de todos, o pecado é o mal supremo.

Samuel Bolton
In: Os puritanos e a conversão
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Muito bem moçada, chegamos ao fim da exposição arminiana, feita pelo nosso convidado Paulo Cesar, do site arminianismo.com Ouça e depois comente. É muito importante ouvir a primeira parte.

Os comentários estão se tornando uma verdadeira arena intelectual, pegue seus argumentos e entre nessa saudável batalha.

Agradecemos ao Clovis e ao Paulo pela participação!

Ouça no PLAYER abaixo ou clique em DOWNLOAD para baixar (clique com o botão direito do mouse e escolha a opção Salvar Destino Como, ou Salvar Link) Arquivo MP3!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Se alguém ensina uma doutrina diferente (1 Tm 6.3,4). A palavra no grego é um verbo composto e pode ser traduzido: "ensinar outras coisas". Mas não há dúvida sobre o seu significado; o apóstolo está condenando todos os que não aceitam esse tipo de ensino, mesmo que não se oponham aberta e irrestritamente à sã doutrina. E possível não professar um erro ímpio e público, e no entanto corromper a doutrina da piedade através de sofismas ostentosos. Porque, quando não há progresso ou edificação procedente de algum ensino, o afastamento da instituição de Cristo já está concretizado. Mas ainda que Paulo não esteja falando dos confessos originadores de doutrinas ímpias, e, sim, acerca de mestres fúteis e destituídos de religião, que do egoísmo ou avareza deformam a simples e genuína doutrina da piedade, não obstante percebemos quão aguda e veementemente ele os ataca.

E não é de estranhar, pois é quase impossível exagerar o volume de prejuízo causado pela pregação hipócrita, cujo único alvo é a ostentação e o espetáculo vazio de conteúdo. Torna-se, porém, ainda mais evidente, à luz do que segue, a quem precisamente ele está responsabilizando aqui. Pois a próxima cláusula - e não consente com as sãs palavras - é tencionada como uma descrição de homens desse tipo, desviados por tola curiosidade, comumente desprezam tudo o que é benéfico e sólido e se entregam a excentricidades extravagantes, à semelhança de cavalos obstinados. E o que é isso senão a rejeição das sãs palavras de Cristo? São chamadas sãs em virtude de seu efeito de conferir-nos solidez, ou porque são qualificadas para promover a solidez.

E com a doutrina da piedade tem o mesmo sentido. Pois ela só será consistente com a piedade se nos estabelecer no temor e no culto divino, se edificar nossa fé, se nos exercitar na paciência e na humildade e em todos os deveres do amor. Portanto, aquele que não tenta ensinar com o intuito de beneficiar, não pode ensinar corretamente; por mais que faça boa apresentação, a doutrinação não será sã, a menos que cuide para que seja proveitosa a seus ouvintes. Paulo acusa a esses infrutíferos mestres, primeiro de insensatez e de fútil orgulho. Em segundo lugar, visto que o melhor castigo para os interesseiros é condenar todas as coisas nas quais, em sua ignorância, se deleitam, o apóstolo diz que eles nada sabem, embora estejam inchados com argumentos inúmeros e sutis. Não têm nada sólido senão só vácuo. Ao mesmo tempo, o apóstolo adverte a todos os piedosos a não se permitirem que se desviem por esse gênero de exibição fútil, mas que, ao contrário, permaneçam firmes na simplicidade do evangelho.


João Calvino
domingo, 12 de fevereiro de 2012
A vida eterna é conhecer a Ele, o único e verdadeiro Deus, e a Jesus Cristo a quem Ele enviou. Mas por outro lado, aqueles que não conhecem a Deus e não obedecem ao evangelho de Jesus Cristo, Ele os recompensará com a vingança.

Artigo 7
Primeira Confissão Londrina, 1642/44

sábado, 11 de fevereiro de 2012
Podemos revigorar nossa fé e renovar nossa coragem com a reflexão de que o poder divino tem sempre acompanhado a pregação da doutrina, quando feita no verdadeiro espírito de pregação. Grandes reavivamentos têm resultado da heroica pregação das doutrinas da graça - predestinação, eleição, e toda aquela elevada cadeia montanhosa de doutrinas, sobre as quais Jeová se assenta entronizado, soberano em graça, bem como em todas as outras coisas.

Deus honra a pregação que honra a Ele. Existe muita pregação aguada hoje em dia, tentando induzir os pecadores a uma trégua com seu Criador - "Parem de pecar e venham para a igreja". Mas a situação não requer uma trégua, e, sim, uma rendição. Vamos trazer a artilharia pesada do céu e trovejar contra esta nossa época presunçosa, como fizeram Whitefield, Edwards, Spurgeon e Paulo, e haverá muitos mortos pelo Senhor, ressuscitando para andarem em novidade de vida.

J. B. Gambrell
In: Baptist Principles Reset
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
O Pai impôs sua ira devida a, e o Filho suportou a punição por:

a. Todos os pecados de todos os homens,
b. Todos os pecados de alguns homens ou
c. Alguns dos pecados de todos os homens.

Neste caso, podemos dizer:

Que, se o último caso é verdadeiro, todos os homens têm alguns dos pecados pelos quais tem de responder, e, portanto, ninguém é salvo.

Que, se o segundo caso é verdadeiro, então Cristo, sofreu em lugar deles por todos os pecados de todos os eleitos no mundo. E isto é a verdade.

Mas, se o primeiro caso é verdadeiro, por que todos os homens não são livres da punição devida aos seus pecados?

Você responde: “Por causa de incredulidade”.

Eu pergunto: esta incredulidade é pecado ou não? Se é, então Cristo sofreu a punição devida a ela, ou ele não sofreu. Se ele sofreu, por que isso tem de impedi-los, mais do que quaisquer outros pecados pelos quais Cristo morreu? Se Cristo não sofreu tal punição, ele não morreu por todos os pecados deles!

Este é um trecho da obra de John Owen “A Morte da Morte na Morte de Cristo”, Livro 1, Capítulo 3.

Via: blog Fiel
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
É apenas um dos títulos. 

Editora Fiel e site Satisfação em Deus, a versão portuguesa do site Desiring God, estão disponibilizando alguns livros escritos pelo pastor John Piper. O pastor Piper já tem esse interessante costume de disponibilizar livros gratuitos em seu site, mas eram somente em língua inglesa. Com essa parceria com a Editora Fiel algumas traduções interessantes, como o livro Penetrado pela Palavra, estão disponíveis, legalmente, para download.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Sendo coerente com a proposta do Cinco Solas, publicamos aqui a primeira parte da entrevista do Paulo Cesar. Isto não significa nem implica endosso ao arminianismo, mas reconhecimento de que os leitores deste blog são pessoas pensantes, que sabem analisar tudo e reter o que for bom, decidindo isso a partir da Bíblia aberta.
-=/\=-


Agora é a vez dos arminianos terem voz e vez aqui no #BTCast e explicar sua doutrina. Nesse podcast Bibo e Mac recebem o Paulo Cesar do site www.arminianismo.com que sem rodeios explica por que é arminiano e o acha mais consistente que o calvinismo.

Se liga, essa é a parte A, semana que vem tem mais!

AINDA ESTAMOS ARRUMANDO O FEEDS

Ouça no PLAYER abaixo ou clique em DOWNLOAD (clique com o botão direito do mouse no link e escolha a opção Salvar Destino Como) para baixar o arquivo em MP3!


Os comentários estão aí, com respeito e amor, defenda seu posicionamento e vamos todos pensar juntos!
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Raquel era pastora. Mas de ovelhas.
Quando escrevi sobre o costume de chamar esposas de pastor de pastoras, perguntaram-me sobre meu posicionamento quanto à ordenação de mulheres. Não quis dar uma resposta direta, sem explicar e fundamentar meu pensamento. Farei isso agora, com a graça de Deus.

Sou contrário à ordenação de mulheres ao pastorado. Não é uma posição preconceituosa ou irrefletida, e o que segue são argumento bíblicos, teológicos e históricos em favor da exclusividade da ordenação masculina.

Há vários textos bíblicos diretos que depõe contra a consagração de mulheres ao ministério da Palavra. “A mulher aprenda em silêncio com toda a sujeição; pois não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem; mas que esteja em silêncio. Pois Adão foi formado primeiro, depois Eva. Adão não foi seduzido, mas a mulher é que, deixando-se iludir, caiu na transgressão” (1Tm 2:11-14). Este texto limita a ponto de inviabilizar o ministério pastoral feminino. Num contexto em que a igreja está reunida, à mulher é proibido ensinar com autoridade o seu marido, mas deve ficar em silêncio nesse sentido. No entanto, “é necessário, pois, que o bispo seja... capaz de ensinar” (1Tm 3:2) e que tenha autoridade, “a fim de poder exortar na sã doutrina e convencer aos que contradizem” (Tt 1:9). À congregação é ordenado “obedecei aos que vos governam e sede-lhes sujeitos, pois eles velam pelas vossas almas como os que têm de dar conta” (Hb 13:17). Como um esposo poderia se sujeitar à autoridade de sua mulher pastora, sem que a ordem familiar estabelecida por Deus seja subvertida? Ensinar e governar a igreja são funções inerentes ao ofício ministerial ordenado e isto Paulo proíbe as mulheres de fazer.

Corrigindo confusões na igreja, Paulo escreve aos coríntios dizendo “como em todas as igrejas dos santos, as mulheres estejam caladas nas igrejas; pois não lhes é permitido falar, mas estejam em sujeição, como também diz a Lei. Se, porém, querem aprender alguma coisa, perguntem-na em casa a seus maridos; porque é vergonhoso para uma mulher o falar na igreja. Porventura saiu de vós a palavra de Deus, ou não veio ela senão para vós?” (1Co 14:33-36). Paulo não está prescrevendo o silêncio absoluto (vide 1Co 11:5). Tampouco dizendo que elas deveriam para de fofocar durante o culto. Mas sim, como na carta a Timóteo, vetando a elas o ensino autoritativo. É mais coerente com o contexto e com 1Tm 2:11-14 que se trate do ensino autoritativo. Assim, por não poderem exercer atividades que são inerentes ao ofício pastoral, as mulheres não podem ser separadas para esse ministério.

Além disso, há passagens que estabelecem requisitos que não podem ser preenchidos por mulheres. Na primeira pastoral Paulo diz que o pastor deve ser “esposo de uma só mulher” (1Tm 3:2). Exige que ele “saiba governar bem a sua casa” (1Tm 3:4). Alguns objetarão que uma mulher pode ter um só marido e governar bem a sua casa. Não se trata de capacidade, mas de atribuição. A ordem familiar estabelecida por Deus é “o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja” (Ef 5:23). Paulo não tem em mente mulheres como candidatas ao pastorado, pois escreve “se um homem não sabe governar a sua casa, como cuidará da igreja de Deus?” (1Tm 3:5). A Tito, a quem Paulo deixou em Creta “a fim de que regulasses o que ainda faltava, e que estabelecesses presbíteros em cada cidade, assim como eu te ordenei” (Tt 1:5), também foi dada a instrução de que os tais deveriam ser “marido de uma só mulher” (Tt 1:6). O mesmo padrão é observado. As condições não apenas pressupõe, mas implicam que os ministros sejam homens.

O exemplo dos apóstolos reforça a ideia da exclusividade do ministério masculino. Embora reconheçamos a distinção entre apóstolo e pastor, é notável que Jesus não tenha escolhido nenhuma mulher, das tantas que lhe serviam devotadamente, para serem apóstolas. Os doze apóstolos que se assentarão em doze trono para julgar e cujos nomes estão escritos nos fundamentos da cidade santa, são todos homens: “Em verdade vos digo que vós que me seguistes, quando na Regeneração o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, sentar-vos-eis também em doze tronos, para julgardes as doze tribos de Israel” (Mt 19:28). Quando a eternidade foi descortinada aos olhos de João e ele viu a santa cidade de Jerusalém, divisou que “o muro da cidade tinha doze fundamentos e sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21:14). Não resta base para afirmar que haverá uma equalização de todos os níveis de autoridade na igreja, entre homem e mulher, com o avançar dos séculos, pois na eternidade, assim como na história passada, Deus ordenou ao homem a liderança no lar e na igreja. E assim deve ser hoje.

No Antigo Testamento, os responsáveis pelo ensino eram os sacerdotes, todos homens. Salvo raras exceções em circunstâncias incomuns (Atália, Débora, Hulda) o modelo de liderança é sempre masculino, e essas exceções não são dadas e não servem como padrões a serem adotados. Não há, em toda a Bíblia, um só exemplo de uma mulher realizando o tipo de ensino e governo que se espera dos bispos/pastores/presbíteros nas igrejas do Novo Testamento.

Eis o porquê de eu ser contrário à ordenação de mulheres ao ministério pastoral.

Soli Deo Gloria
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Uma vez que todos os eleitos são amados com um amor eterno, são, portanto, redimidos, vivificados e salvos, mas não por eles mesmos, nem por suas próprias obras, para que ninguém tenha do que se orgulhar; pois são salvos só e totalmente por Deus, por sua graça e misericórdia, por meio de Jesus Cristo, o qual é feito por Deus, para nós, sabedoria, justiça, santificação e redenção; e em tudo isto aquele que se regozija possa regozijar-se no Senhor.

Artigo 6
Primeira Confissão Londrina, 1642/44
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo é fácil significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. 

Na verdade, os pais esquecem que precisamos mesmo é ensinar aos nossos filhos que o objetivo principal da vida é fazer algo que glorifique a Deus que os criou e os colocou nesse mundo, já que ninguém individualmente pediu para nascer. Os filhos são dádivas de Deus. E se foi Deus quem nos agraciou com essas criaturas maravilhosas, então nós temos o dever de mostrar a elas que o Criador quer ser louvado por isso. Compreender esse mistério significa entender a origem da felicidade, a origem da alegria.

Elbem Cesar
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A igreja do século XXI enfrenta muitas crises. Uma das mais sérias é a crise de pregação. Filosofias de pregação amplamente diversas competem por aceitação no clero contemporâneo. Alguns veem o sermão como um discurso informal; outros, como um estímulo para saúde psicológica; outros, como um comentário sobre política contemporânea. Mas alguns ainda veem a exposição da Escritura Sagrada como um ingrediente necessário ao ofício de pregar.

À luz desses pontos de vista, sempre é proveitoso ir ao Novo Testamento para procurar ou determinar o método e a mensagem da pregação apostólica apresentados no relato bíblico.

Em primeira instância, temos de distinguir entre dois tipos de pregação. A primeira tem sido chamada kerygma; a segunda, didache. Esta distinção se refere à diferença entre proclamação (kerygma) e ensino ou instrução (didache).

Parece que a estratégia da igreja apostólica era ganhar convertidos por meio da proclamação do evangelho. Uma vez que as pessoas respondiam ao evangelho, eram batizadas e recebidas na igreja visível. Elas se colocavam sob uma exposição regular e sistemática do ensino do apóstolos, por meio de pregação regular (homilias) e em grupos específicos de instrução catequética.

Na evangelização inicial da comunidade gentílica, os apóstolos não entraram em grandes detalhes sobre a história redentora no Antigo Testamento. Tal conhecimento era pressuposto entre os ouvintes judeus, mas não era argumentado entre os gentios. No entanto, mesmo para os ouvintes judeus, a ênfase central da pregação evangelística estava no anúncio de que o Messias já viera e inaugurara o reino de Deus.

Se tomássemos tempo para examinar os sermões dos apóstolos registrados no livro de Atos dos Apóstolos, veríamos neles uma estrutura comum e familiar. Nesta análise, podemos discernir akerygma apostólica, a proclamação básica do evangelho. Nestakerygma, o foco da pregação era a pessoa e a obra de Jesus. O próprio evangelho era chamado o evangelho de Jesus Cristo. O evangelho é sobre Jesus. Envolve a proclamação e a declaração do que Cristo realizou em sua vida, em sua morte e em sua ressurreição. Depois de serem pregados os detalhes da morte, da ressurreição e da ascensão de Jesus para a direita do Pai, os apóstolos chamavam as pessoas a se convertem a Cristo - a se arrependerem de seus pecados e receberem a Cristo, pela fé.

Quando procuramos inferir destes exemplos como a igreja apostólica realizou a evangelização, temos de perguntar: o que é apropriado para transferirmos os princípios da pregação apostólica para a igreja contemporânea? Algumas igrejas acreditam que é imprescindível o pastor pregar o evangelho ou comunicar a kerygma em todo sermão que ele pregar. Essa opinião vê a ênfase da pregação no domingo de manhã como uma ênfase de evangelização, de proclamação do evangelho. Hoje, muitos pregadores dizem que estão pregando o evangelho com regularidade, quando em alguns casos nunca pregaram o evangelho, de modo algum. O que eles chamam de evangelho não é a mensagem a respeito da pessoa e da obra de Cristo e de como sua obra consumada e seus benefícios podem ser apropriados pela pessoa, por meio da fé. Em vez disso, o evangelho de Cristo é substituído por promessas terapêuticas de uma vida de propósitos ou de ter realização pessoal por vir a Cristo. Em mensagens como essas, o foco está em nós, e não em Jesus.

Por outro lado, examinando o padrão de adoração da igreja primitiva, vemos que a assembleia semanal dos santos envolvia reunirem-se para adoração, comunhão, oração, celebração da Ceia do Senhor e dedicação ao ensino dos apóstolos. Se estivéssemos lá, veríamos que a pregação apostólica abrangia toda a história redentora e os principais assuntos da revelação divina, não se restringindo apenas à kerygmaevangelística.

Portanto, a kerygma é a proclamação essencial da vida, morte, ressurreição, ascensão e governo de Jesus Cristo, bem como uma chamada à conversão e ao arrependimento. É esta kerygma que o Novo Testamento indica ser o poder de Deus para a salvação (Rm 1.16). Não pode haver nenhum substituto aceitável para ela. Quando a igreja perde sua kerygma, ela perde sua identidade.

R. C. Sproul
Traduzido por: Francisco Wellington Ferreira
Copyright © R. C. Sproul / Tabletalk Magazine
Copyright © Editora Fiel 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Portanto, observemos como a Igreja é adequadamente edificada sobre Cristo, a saber, se exclusivamente ele é posto como justiça, redenção, santificação, sabedoria, satisfação, purificação, em síntese, como vida e glória; ou, se se preferir de forma mais breve, se ele é pregado de tal forma que seu ofício e virtude são entendidos da forma como são apresentados no final do primeiro capítulo. Ora, se Cristo não é adequadamente conhecido e lhe é simplesmente atribuído o nome de Redentor, enquanto que, ao mesmo tempo, a justiça, a santificação e a salvação são buscadas em outras fontes, ele é lançado para fora do fundamento e pedras falsas são postas em seu lugar. Temos um exemplo disto no procedimento dos papistas, ou seja, ao despirem Cristo de quase todos os seus ornamentos, e não lhe deixam quase nada senão um simples nome. Tais pessoas, pois, não estão de forma alguma sendo fundamentadas em Cristo. Ora, visto que Cristo é o fundamento da Igreja em razão de ser ele a única fonte de salvação e vida eterna, em razão de que é nele que conhecemos Deus o Pai e em razão de se achar nele a fonte de todas as nossas bênçãos - então, se não é reconhecido como tal, ele, imediatamente, cessa de ser o fundamento.

João Calvino
In: Comentário da Carta aos Coríntios, 3:11-12.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012



Junte o que sobrou de seus miolos e entenda mais o Calvinismo nessa segunda parte do #BTCast 020.
É muito importante ouvir a primeira parte, para viajar menos na segunda, clique aqui e baixe!

SEMANA QUE VEM voltamos com mais podcast, só que agora, os arminianos terão voz, receberemos o Paulo Cesar do site arminianismo.com também em 2 episódios semanais!


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ESTAMOS TRABALHANDO NOS FEEDS


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