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domingo, 23 de fevereiro de 2014
Cremos que esta Sagrada Escritura contém perfeitamente a vontade de Deus e suficientemente ensina tudo o que o homem deve crer para ser salvo [1]. Nela, Deus descreveu, por extenso, toda a maneira de servi-Lo. por isso, não e lícito aos homens, mesmo que fossem apóstolos "ou um anjo vindo do céu", conforme diz o apóstolo Paulo (Gálatas 1:8), ensinarem outra doutrina, senão aquela da Sagrada Escritura [2]. É proibido "acrescentar algo a Palavra de Deus ou tirar algo dela" [3] (Deuteronômio 12:32; Apocalipse 22:18,19). Assim se mostra claramente que sua doutrina é perfeitíssima e, em todos os sentidos, completa [4].

Não se pode igualar escritos de homens, por mais santos que fossem os autores, às Escrituras divinas. Nem se pode igualar à verdade de Deus costumes, opiniões da maioria, instituições antigas, sucessão de tempos ou de pessoas, ou concílios, decretos ou resoluções [5]. Pois a verdade está acima de tudo e todos os homens são mentirosos (Salmo 116:11) e "mais leves que a vaidade" (Salmo 62:9).

Por isso, rejeitamos, de todo o coração, tudo que não está de acordo com esta regra infalível [6], conforme os apóstolos nos ensinaram: "Provai os espíritos se procedem de Deus" (l João 4:1), e: "Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa" (2 João :10).

1 2Tm 3:16,17; 1Pe 1:10-12. 2 1Co 15:2; 1Tm 1:3. 3 Dt 4:2; Pv 30:6; At 26:22; 1Co 4:6. 4 Sl 19:7; Jo 15:15; At 18:28; At 20:27; Rm 15:4. 5 Mc 7:7-9; At 4:19; Cl 2:8; 1Jo 2:19. 6 Dt 4:5,6; Is 8:20; 1Co 3:11; Ef 4:4-6; 2Ts 2:2; 2Tm 3:14,15.

Confissão de Fé Belga
Artigo 7
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Esta é outra passagem das Escrituras freqüentemente usada por aqueles que iriam argumentar que morte de Cristo é para todos e cada um dos homens. Diz-se que a expressão "todo o mundo" tem que significar "todas as pessoas do mundo", e que a expressão contrastante "não somente pelos nossos" inclui, deliberadamente, todos e cada um dos homens como aqueles pelos quais Cristo morreu, além dos crentes.

Eu poderia responder isso abreviadamente, dizendo que como em outras passagens "o mundo" significa "as pessoas que vivem no mundo"; assim "todo o mundo", não significa mais do que "pessoas vivendo em todo o mundo", como é mencionado em Apocalipse 5.9, a respeito dos redimidos. Mas visto que esse texto em 1 João é tão usado, vou sugerir que se faça um estudo mais detalhado, usando para isso quatro perguntas.

1. A quem João está escrevendo? Embora seja verdade que as Escrituras são para toda a Igreja, contudo, muitas de suas partes foram escritas a determinadas pessoas em particular. Tais partes devem ser entendidas à luz dessa verdade. Notemos portanto que:

a. João foi especialmente um apóstolo aos judeus – Gálatas 2.9
b. Ele escreveu àqueles que ouviram previamente a Palavra de Deus (1 João 2.7) e nós sabemos que a Palavra de Deus era "primeiro ao judeu".
c. ...o contraste que João fez entre "nós" e "o mundo" deixa claro que ele escreve àqueles que, como ele mesmo, eram judeus.
d. ...João freqüentemente adverte contra os falsos profetas por exemplo, 1 João 2.19. Visto que ele escreveu que tais mestres "saíram de nós", ele está obviamente escrevendo aos seus compatriotas.

Lembrando a aversão nacional dos judeus contra todos os gentios e a opinião judaica de que só a nação deles constituía o povo de Deus, o que poderia ser mais natural do que João enfatizar que Jesus morreu não somente pelos judeus crentes, e sim por todos os crentes espalhados pelo mundo inteiro? Temos um outro versículo das Escrituras que enfatiza a mesma coisa: João 11.52. João está claramente desejando evitar que os judeus-cristãos caiam no velhor erro de supor que eles são os únicos cristãos. João insiste em que havia gentios cristãos, também, no mundo inteiro. Não há aqui uma doutrina no sentido de que Cristo morreu por todos os homens.

2. Por que João estava escrevendo? Ele escreveu para confortar os crentes angustiados por seus pecados, a fim de que eles não se desesperassem. "Se alguém pecar..." Daí, observamos que:

a. ...somente os crentes seriam confortados pelo fato de Cristo ser o seu advogado.
b. ...somente os crentes podem ser confortados; os incrédulos estão sob a ira de Deus.
c. ...João descreve como "filhinhos... cujos pecados são perdoados".

Em outras palavras o alvo de João se aplica somente aos crentes. Como pode servir de conforto aos crentes, dizer-lhes que Cristo morreu por todos e por cada um dos homens, muitos dos quais não são salvos? Este versículo não oferece nenhum conforto, a menos que seja entendido como significando que Cristo é o Salvador de todos os crentes em qualquer parte do mundo.

3. Qual é o significado de "propiciação"? A palavra grega aqui traduzida como propiciação está relacionada com a palavra traduzida como "propiciatório", em Hebreus 9.5. Isso nos dá um entendimento do significado da palavra. O "propiciatório" era a sólida placa de ouro usada para cobrir a arca na qual estavam as tábuas da lei (Êxcdo 25.17-22). A lei, que acusava os homens de serem pecadores, estava escondida pelo propiciatório. Essa era uma ilustração de como Jesus Cristo, pela Sua morte, escondeu a lei de Deus, de modo que ela não pode acusar nenhum daqueles que crêem nEle. Jesus é a propiciação (propiciatório) do crente. Poderia ser dito que todos e cada um dos que estão no mundo são livres de serem condenados como pecadores? Poderia ser realmente discutido que Cristo é a propiciação de todo o mundo, nesse sentido?

4. Qual é, então o significado de "todo o mundo"? Esta frase ocorre várias vezes no Novo Testamento, e freqüentemente não significa todos e cada um dos homens. Por exemplo:

Lucas 2.1 – Mas o alistamento somente aconteceu no Império Romano.

Romanos 1.8 – Mas muitas partes do mundo não tinham ouvido a respeito da igreja de Roma naquele tempo.

Colossenses 1.6 – Mas muitas partes do mundo ainda não haviam recebido o evangelho.

Apocalipse 3.10 – O mundo inteiro deve sofrer – mas isso não significa todos, sem exceção, pois alguns serão preservados disso.

Nessas e em outras passagens, todo o mundo significa nada mais que muitas pessoas, indefinidamente. Além disso, em certos versículos das Escrituras, frases como "toda a carne" significam nada mais que todos os tipos de pessoas, como por exemplo: Salmo 98.3; Joel 2.28 (cumprida em Atos 2.17). Algumas vezes, de fato, o mundo significa todos¸exceto os crentes, como por exemplo: 1 João 5.19; Apocalipse 12.9. Esses exemplos nos mostram, claramente, que não é essencial entender a expressão "todo o mundo" como sentido de "todos inclusive". O sentido não precisa ser outro senão o que o contexto da expressão sensatamente permite.

Concluo que esta passagem das Escrituras se refere à obra de Cristo para todos os crentes, judeus e gentios, igualmente. A passagem diz que Cristo é verdadeiramente a propiciação deles. Ninguém argumenta com seriedade que todos os homens, em todos os lugares, são realmente salvos por Cristo. Também de nada adianta sugerir que Cristo é uma propiciação suficiente para todos e cada um dos homens. Jacó não teria sido confortado pelo simples fato de ouvir dizer que havia bastante trigo no Egito. Ele teria morrido de fome se o trigo não houvesse se tornado possessão dele. Da mesma maneira, Cristo só pode ser um conforto para aqueles que, em todo o mundo, são realmente salvos.

John Owen
In: Por quem Cristo morreu?
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
1. A verdadeira adoração é prestada a Deus somente por aqueles que nasceram do Espírito de Deus. “Aquele que é nascido da carne, é carne”, disse Jesus, e, portanto, toda assim chamada adoração feita por pecadores não regenerados é carnal. Somente um coração regenerado pode cantar a nova canção (Salmo 40:3).

2. A verdadeira adoração só pode ser realizada através do Espírito Santo, “Os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito”, disse Jesus, e, portanto, unicamente através da iluminação que o Espírito concede a nossas mentes, e os sentimentos dela produzidos em nossos corações é que a nossa adoração pode ser edificante para nós e agradável a Deus. Os dons de liderança concedidos pelo Espírito a pastores e mestres são uma parte essencial da adoração pública. 

3. A verdadeira adoração é estruturada pelas Escrituras. “Os verdadeiros adoradores adoram...em verdade”, disse Jesus. A Bíblia nos revela o Deus a Quem devemos adorar e como devemos fazê-lo: “com reverência e santo temor”. As Escrituras produzem a atmosfera e fornecem os temas, as orações, os louvores e a pregação. Dessa forma, possuímos um padrão para conhecer o que é certo e o que é errado em tudo o que é falado e cantado. Desfrutamos, também, uma maravilhosa liberdade de todas as tradições e artefatos que são introduzidos por homens não espirituais, na inútil tentativa de “tornar” a adoração mais importante e “significativa”. A verdadeira adoração é essencialmente simples.

4. A verdadeira adoração é centralizada em Deus. Não é centralizada na “inspiração”, tampouco nos sentimentos; nem mesmo é centralizada em Jesus –– não somos adoradores só de Jesus. Ela se centraliza no Pai. Disse Jesus: “os verdadeiros adoradores adoram o Pai”. Naturalmente, o Pai só pode ser adorado através do Filho e o objeto da nossa adoração é a Divindade como um todo: Pai, Filho e Espírito Santo. Certamente nós adoramos a Jesus, mas é errado adorarmos somente a Jesus e torná-lo o centro da nossa adoração, negligenciando o Pai.

5. A verdadeira adoração surge a partir de um contínuo andar com Deus. Um homem que dificilmente pensa em Deus durante os seis dias da semana, não está apto a adorá-lo corretamente no sétimo dia. Se tal pessoa fala quanto está se “regozijando” na adoração, alguma coisa está errada com ele! Ele está se entretendo ou está recebendo aquela vaga sensação de desafio que o homem natural desfruta. Por outro lado, em meio à verdadeira adoração, tal pessoa deveria sentir quanto está afastada de Deus e sentir uma tristeza santa por sua negligência para com a glória do Senhor. 

6. A verdadeira adoração requer preparação. Um homem não pode simplesmente achegar-se à presença de Deus sem qualquer preparação de coração e alma, e esperar, então, por uma “adoração instantânea”. Davi disse: “Ao meu coração me ocorre: buscai a minha presença; buscarei, pois, Senhor, a Tua presença” (Salmo 27:8). A verdadeira adoração, no dia do Senhor, surge de uma mente preparada para Deus, encorajada por uma oração ardorosa pela bênção do Senhor sobre a noite do sábado e a manhã do dia do Senhor. 

7. A verdadeira adoração deveria ser acompanhada pela meditação. Eis por que exortamos as pessoas a cuidarem da maneira com a qual empregam o seu tempo após o término do culto. Todo o proveito advindo da exposição e aplicação da Palavra de Deus pode ser destruído. A graça é uma planta delicada, pode ser facilmente danificada. Se queremos aproveitar da adoração prestada, isso deve ser feito por meio de uma tentativa verdadeira de reter a principal lição da pregação.

8. A verdadeira adoração é sempre um produto e uma perspectiva da grandeza de Deus e da nossa pequenez. O profeta Isaías vê a grandeza de Deus e clama: “Ai de mim! Estou perdido! porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6:5). João, na ilha de Patmos, vê o Senhor e nos diz: “Quando O vi, caí a seus pés, como morto” (Apocalipse 1:17). Qualquer coisa de novo que introduzimos na adoração, que não tenha como objetivo exaltar a Deus, é simplesmente uma concessão ao desejo por novidade que, caracteriza todos os homens naturais.

9. A verdadeira adoração sempre é aceita por Deus. Devemos ser muito cuidados para não abrigar pensamentos que inferiorizem a nossa adoração! Expressões depreciativas, tais como aquelas que descrevem a adoração como um “sanduíche de hinos”, somente encorajam a atitude que revela que nossa adoração é forma, exterior e sem liberdade e que, se nós estivéssemos realmente adorando, então deveríamos ter barulho, liderança espontânea e excitação. Na realidade, na verdadeira adoração, as pessoas não ficam sempre sentadas na ponta dos bancos imaginando quem será o próximo a dizer ou fazer algo inesperado. Não, eles não devem concentrar-se muito nos meios de adoração; seus pensamentos devem estar centralizados em Deus. A verdadeira adoração é caracterizada pelo esquecimento de si mesmo e pela ausência de qualquer concentração no homem. O publicano permaneceu em pé, distante, abaixou sua cabeça e orou: “Ó Deus, sê misericordioso comigo, pecador”. Em nossos cultos, dirigidos pelas Escrituras e dependentes de Cristo, estamos verdadeiramente adorando a Deus; não deixamos simplesmente que as coisas caminhem, mas unicamente queremos adorar; nós adoramos o Deus vivo em espírito e em verdade, sabendo que o Pai está buscando ativamente tais pessoas que O adorem! Nós não cremos que todas essas novas ênfases na espontaneidade e na condução da adoração por homens, mulheres e jovens nos esteja levando a uma conscientização maior sobre Deus e à verdadeira adoração. Pelo contrário, existem abundantes evidências de que a adoração se encontra em declínio. Consideremos, por exemplo, a mudança em nosso modo de nos endereçarmos a Deus, o que tem ocorrido nos últimos vinte anos. Será que isso representa um progresso e um amadurecimento no culto e oração pública? O que será que significa essa nova linguagem utilizada para orarmos: “Nós só queremos Te adorar, Te louvar”; “Somente a Ti, Jesus, queremos adorar”? As frases truncadas e curtas podem ser comparadas desfavoravelmente com os argumentos bem construídos e confiantes, acoplados com a reverência constante observadas nas orações das gerações anteriores.

10. A verdadeira adoração tem o seu clímax no dia do Senhor. A liberdade que o povo de Deus desfruta sob a nova aliança não lhes dá o direito de se reunirem somente quando se sentirem conduzidos ou dirigidos a fazê-lo. Na igreja apostólica, a adoração tinha períodos pré-determinados para ocorrer. No primeiro dia da semana eles se reuniam para partir o pão, ouvir a Palavra de Deus e recolher as ofertas (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2). Mesmo que eles não sentissem o mesmo ânimo para realizar essas coisas naquele dia e se sentissem mais inclinados às coisas religiosas no terceiro dia, por exemplo, era no primeiro dia que eles deviam reunir-se para adorar. O mesmo pode ser dito hoje. Nós não somos “Adventistas do quinto dia”, daqueles que se reúnem na quinta feira, à noite, e nos orgulhamos das bênçãos maravilhosas e da fantástica comunhão quando o Senhor “realmente” se reúne com dez de nós. Não, nós devemos reunir-nos no Espírito, no dia designado, o dia do Senhor, e com todo o povo de Deus.

“Podemos muito bem dizer que adoramos a Deus, ainda que não sejamos perfeitos. Porém, não podemos dizer que O adoramos, se nos falta sinceridade”. (Stephen Charnock)

“Nós não vamos à igreja para adorar, porque a adoração deveria ser a atividade e atitude constantes do cristão dedicado. Nós vamos à igreja para adorar pública e corporativamente”. (John Armstrong)

“Muitos vêm ouvir a Palavra somente para satisfazer seus ouvidos; eles apreciam a melodia da voz, a doçura suave da expressão, a novidade do conceito (At.17:21). Isso é amar mais o enfeite do prato do que o alimento em si; isso é o mesmo que desejar mais agradar a si mesmo do que ser edificado. É o mesmo que uma mulher que pinta o seu rosto e se esquece de sua saúde”. (Thomas Watson)

“Deus não pode ter concorrentes! Somente Ele deve ser louvado”. (John Armstrong) 

Geoffrey Thomas
In: Revista Os Puritanos.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmo 51.5)
Há quem diga que as crianças nascem com "a semente do pecado". Considero essa maneira de falar um eufemismo, uma suavização desnecessária e sem apoio bíblico. “Todos pecaram e separados estão da glória de Deus” (Rm 3:23), e isto inclui os infantes que morrem, inclusive os abortados, se é que consideramos que uma pessoa forma-se na concepção.

Outros falaram que as crianças tem uma natureza pecaminosa, mas não o pecado. Também é uma maneira de reduzir o mal-estar por considerar pecadores os que nós intuitivamente achamos "inocentes". É verdade que as crianças possuem uma natureza pecaminosa, uma inclinação, predisposição para o mal. Mas elas também vem a este mundo com a culpa pelo pecado de Adão, que é imputada à toda raça, sem exceção. 

Por isso, afirmo que todas as crianças nascem merecendo o inferno e as que morrem na infância não são inocente diante de Deus. Considerá-las irracionais ("não atingiram a idade da razão"), inocentes ou ignorantes ("Deus não leva em conta o tempo da ignorância") e que por isso mereçam ou devam ir para o céu é forçar a situação sem apoio escriturístico. A única maneira de ser salvo, seja criança ou adulto, é sendo remido pelo sangue de Jesus e regenerado pelo Espírito Santo. 

Então, como fica a situação dos que morrem na infância? 

Os calvinistas afirmamos que somente as crianças eleitas são salvas. Aliás, no calvinismo é ponto pacífico que somente os eleitos serão salvos e a discussão gira em torno de quantos dos infantes que morrem são eleitos (se todos ou uma parte deles). A Confissão de Fé de Westminster diz que "as crianças que morrem na infância, sendo eleitas, são regeneradas e por Cristo salvas, por meio do Espírito, que opera quando, onde e como quer" (CFW, X, III). Uns interpretam "sendo eleitas" como significando "se forem eleitas" e outros como "por serem eleitas". No primeiro caso, admite-se que apenas parte das crianças são eleitas, no segundo, todas são eleitas, e por isso, salvas. 

Assim, temos duas possibilidades dentro do esquema calvinista:

1. Todas as crianças que morrem na infância são eleitas, e por isso salvas extraordinariamente por Deus; 

2. Somente parte das crianças que morrem na infância são eleitas e 

a) podemos ter certeza com relação aos filhos de pais crentes; ou 
b) não podemos ter certeza com relação a nenhuma delas especificamente. 

A posição que assumo é a de número 1, ou seja, não creio que uma criança seja salva porque merece o céu, porque não tem pecado, porque lhe conhecimento ou qualquer outra coisa, pois as considero que diante de Deus todos os infantes são réus do fogo do inferno, mas creio que Deus elegeu a todas e que é por sua graça e misericórdia que são compradas pelo sangue de Cristo e feitas novas criaturas pelo Espírito do Senhor.

Soli Deo Gloria
Texto escrito em novembro de 2004.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Distinguimos estes livros sagrados dos livros apócrifos que são os seguintes: 3 e 4 Esdras, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, os Acréscimos ao livro de Ester e Daniel, a Oração de Manassés e 1 e 2 Macabeus.

A igreja pode, sim, ler estes livros e tirar deles ensino, na medida em que concordem com os livros canonicos. Porém, os apocrifos não tem tanto poder e autoridade que o testemunho deles possa confirmar qualquer artigo da fé ou da religião cristã; e muito menos podem eles diminuir a autoridade dos sagrados livros.

Confissão de Fé Belga
Artigo 6
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Todos os reformadores do século XVI, seguindo o exemplo de Agostinho e do apóstolo Paulo, - como eles o entenderam - adotaram, sob o senso controlador da depravação humana e da graça salvadora, e em antagonismo à auto-justificação legalista, a doutrina da dupla predestinação que decide o destino eterno de todo homem. Também não parece ser possível, logicamente, fugir da conclusão se admitirmos as duas premissas do catolicismo romano e do protestantismo ortodoxo, a saber, a condenação de todos os homens em Adão e a limitação da graça salvadora na presente vida. Todas as confissões ortodoxas rejeitam o universalismo e ensinam que alguns homens são salvos e alguns são perdidos e que não há salvação além túmulo. Os predestinarianos mantém que esse duplo resultado resultado decorre de um duplo decreto, que a história deve harmonizar-se com a vontade divina e não pode derrotá-la. Eles raciocinam do efeito para a causa, do fim para o começo.

No entanto, houve algumas diferenças características nas visões dos líderes reformadores sobre este assunto. Lutero, como Agostinho, partiu da total inabilidade moral ou do servum arbitrium; Zwinglio, da ideia de uma toda-inclusiva providentia; Calvino do eterno decretum absolutum

O predestinismo agostiano e luterano é moderado pelo tornar-se membro da igreja e o princípio sacramental da regeneração batismal. O predestinismo calvinista confina a eficácia sacremental ao eleitos e torna o batismo dos não eleitos numa forma vazia; mas, por outro lado, abre a porta para a extensão da graça eletiva para além dos limites da igreja visível. A posição de Zwinglio é peculiar: por um lado, ele foi tão longe em seu supralapsarianismo a ponto de fazer Deus o autor sem pecado do pecado (como o magistrado ao infligir a pena capital ou o soldado na batalha que são inocentemente culpados de morte); mas, por outro lado, ele minou a própria fundação do sistema agostiniano, ou seja, a condenação de todos pelo pecado de um; ele admitiu o pecado hereditário, mas negou a culpa herdada; e ele incluiu todos os infantes e pagãos piedosos no reino dos céus. Tal ponto de vista foi universalmente abominado, como perigoso e herético.

Melâncton, depois de mais estudos e reflexões, recuou na direção semi-pelagiana, e preparou o caminho para o arminianismo, o qual surgiu, independentemente, no coração do calvinismo no começo do século XVII. Ele abandonou sua visão anterior, a qual ele caracterizou como fatalismo estóico, e propôs um esquema sinergístico, o qual é um compromisso entre agostianismo e semipelagianismo, e fez a vontade humana cooperadora com a precedente graça divina, mas negou o mérito.

A fórmula de Concórdia (1577) rejeitou tanto o calvinismo como o sinergismo, e ensinou ainda, por uma inconsistência lógica, a inabilidade total e a eleição incondicional, bem como a vocação universal.

Schaff, P., & Schaff, D. S. (1910). History of the Christian church.
Tradução livre: CincoSolas
* Críticas e sugestões que melhorem a tradução são mais que bem-vindas
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Recebemos [1] todos estes livros, e somente estes, como sagrados e canônicos, para regular, fundamentar e confirmar nossa fé [2]. Acreditamos, sem dúvida nenhuma, em tudo que eles contêm, não tanto porque a igreja aceita e reconhece estes livros como canônicos, mas principalmente porque o Espírito Santo testifica em nossos corações que eles vêm de Deus [3], como eles mesmos provam. Pois até os cegos podem sentir que as coisas, preditas neles, se cumprem [4]. 

1 1Ts 2:13. 2 2Tm 3:16,17. 3 1Co 12:3; 1Jo 4:6; 1Jo 5:6b. 4 Dt 18:21,22; 1Rs 22:28; Jr 28:9; Ez 33:33.

Confissão de Fé Belga
Artigo 5
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
A expiação é definida em termos de sacrifício, reconciliação, redenção, satisfação à justiça divina, pagamento de débito, e portanto, é definida por aqueles a quem Deus predestinou à vida, a saber, os eleitos. Eles são salvos porque Cristo, por sua obra redentora assegurou sua salvação. Aqueles definitivamente perdidos não estão dentro da proteção desta salvação assegurada, e portanto, eles não estão dentro daquilo que a asseguraria, a redenção conquistada por Cristo. É justamente aqui que a diferença entre o Arminianismo e o Calvinismo pode ser mais claramente afirmada. Cristo morreu e ofereceu-se a Si mesmo como sacrifício a Deus para tornar a salvação de todos os homens possível, ou Ele ofereceu-Se como sacrifício para assegurar infalivelmente a salvação de Seu povo? Os arminianos professam a primeira e negam a segunda opção; os artigos em nossa Confissão, como cremos, juntamente com a Sagrada Escritura ensinam o último.

O termo expiação “limitada” gera muitos ataques contrários. Realmente não é a terminologia mais feliz. É passível de entendimento e interpretações errôneas. Por esta razão, alguns preferem o termo expiação “definida” ou “particular”. Porém, o motivo de sermos particularmente insistentes em defender este termo é o que ele historicamente conota e, assim, o desuso do termo “limitada” poderia criar a impressão de que renunciamos à doutrina da qual o termo é um símbolo. Em outras palavras, se o desuso pode animar os inimigos de nossa Fé Reformada, então devemos resolutamente negar a idéia de deixar de usá-lo. A expiação é limitada, porque em seus precisos significado, intenção e efeito, ela é para aqueles e por aqueles somente que estão destinados à salvação no propósito determinado de Deus. Nós podemos louvar a Deus porque estes não são um grupo magro, mas uma multidão que ninguém pode contar, de toda raça, tribo, língua e nação.

Não devemos pensar que o arminiano, por sua doutrina, escapa da expiação limitada. A verdade é que ele professa uma profana doutrina de expiação limitada. Ele professa uma expiação que é tragicamente limitada em sua eficácia e poder, uma expiação que não assegura a salvação de ninguém. O arminiano claramente elimina da expiação aquilo que a faz supremamemente preciosa ao coração cristão. Nas palavras de B.B. Warfield, “a substância da expiação é evaporada para que se refira a elade forma universal”. O que queremos dizer é que, caso abriguemos a posição de restauração universal para toda a humanidade – uma posição contra a qual o testemunho da Escritura é decisivo – uma interpretação da expiação em termos universais deve, com razão, anular seu caráter redentor e substitutivo. Temos de escolher entre uma extensão limitada ou eficácia limitada, ou fazer uma escolha entre expiação limitada ou expiação sem eficácia. A expiação, necessariamente, ou salva os eleitos de forma infalível, ou na verdade não salva ninguém.

Algumas vezes, objeta-se que a doutrina da expiação limitada torna impossível a pregação da salvação completa e livre. Isto é totalmente falso. A salvação consumada pela morte de Cristo é infinitamente suficiente e universalmente digna, e pode-se dizer que sua suficiência infinita e perfeita dignidade nos dá base para uma oferta autêntica de salvação a todos, sem distinção. A doutrina da expiação limitada, tanto quanto a doutrina da eleição soberana, não cria uma barreira para a oferta do Evangelho. A apresentação do Evangelho, oferecendo paz e salvação por meio de Jesus Cristo, é para todos sem distinção, portanto é verdadeiramente do coração da eleição soberana e expiação limitada que esta mensagem de Graça apresentada universalmente nasce. Se pudermos mudar a ilustração, é do alto do monte da soberania divina e da expiação limitada que a oferta livre e completa do Evangelho desce aos nossos pés. A oferta da salvação a todos é autêntica. Tudo que se proclama é absolutamente verdadeiro. Todo pecador, ao crer, inevitavelmente será salvo, porque a fidelidade e o propósito de Deus não podem ser violados.

A crítica de que a doutrina da expiação limitada proibe a oferta livre do Evangelho repousa num profundo engano sobre o que a garantia da pregação do Evangelho, e mesmo o ato primário da fé realmente são. Esta garantia não é a de que Cristo morreu por todos os homens, e sim o convite, a proclamação e a promessa universais do Evangelho unidas aos perfeitos méritos e suficiência de Cristo como Salvador e Redentor. O que o embaixador do Evangelho pede, em nome de Cristo, é que o perdido e incapaz pecador, com base apenas nesta garantia de fé, se entregue a este Salvador, com a segurança de que, confiando nele será salvo. Aquilo em que ele acredita, em primeira instância, não é que ele foi salvo, mas que por crer em Cristo, a salvação torna-se sua. A convicção de que Cristo morreu por ele, ou em outras palavras, de que ele é objeto do amor redentivo de Deus em Cristo, não é o ato primário da fé. No entendimento do crente, é freqüente esta convicção estar tão firmemente ligada ao ato primário de fé que ele é incapaz de estar consciente de uma distinção lógica e psicológica. Porém, apesar disto, o ato primário de fé é uma auto-entrega ao todo-suficiente e digno Salvador, e a única garantia para esta confiança é a indiscriminada, completa e livre oferta de graça e salvação em Cristo Jesus.

John Murray
Tradução: Josaías Cardoso Ribeiro Jr.
Fonte: Monergismo
Um discípulo (do latim discípulus, "aluno ou aprendiz", que corresponde ao grego mathetes, de manthano, "aprender") é basicamente o aluno de um mestre. O termo hebraico correspondente limmûd não émuito comum no AT (Is 8:16; 50:4; 54:13; cf. Jr 13:23), mas nos escríticos rabínicos o talmid (cf. 1Cr 25:8) é uma figura muito familiar como o aluno de um rabino, de quem aprendia osaber tradicional. No mundo grego, da mesma maneira, os filósofos estavam rodeados de seus alunos. Dado que os alunos comumente adotam os ensinos característicos de seus meses, a palavra chegou a significar aderente a uma concepção particular na religião ou filosofia.

O uso que lhe davam os judeus se vê nas referências neotestamentárias aos discípulos dos fariseus (Mc 2:18). Os judeus se consideravam, em última instância, discípulos de Moisés (Jo 9:28), já que seus ensinos formavam a base da instrução rabínica. Os seguidores de João Batista eram conhecidos como seus discípulos (Mc 2:18; Jo 1:35). Provavelmente se aplicava este termos aos seus seguidores mais chegados. Praticavam a oração e o jejum de acordo com suas instruções (Mc 2:18; Lc 11:1) e alguns deles lhe prestaram auxílio quando estava no cárcere e se ocuparam de seu sepultamento (Mt 11:2-7; Mc 6:29).

Ainda que Jesus (assim como João) não foi reconhecido oficialmente como um mestre (Jo 7:14s), etre o povo era cconhecido como mestre ou rabino (Mc 9:15; 11:21; Jo 3:2) e os que se associavam com ele eram conhecidos como discípulos. O vocábulo pode aplicar-se a todos aqueles que aceitavam sua mensagem (Mt 5:1; Lc 6:17; 19:37), mas também pode referir-se mais precisamente aqueles que o acompanhavam em viagens (Mc 6:45; Lc 8:2s; 10:1) e especialmente os doze apóstolos (Mc 3:14).O discipulados se baseava num chamamento de Jesus (Mc 1:16-20; 2:13s; Lc 9:59-62; ainda Lc 9:57 pressupõe um convite por parte de Jesus em termos gerais). Compreendi a lealdade pessoal a Ele, expressa em outorga-lhe absoluta fidelidade e em segui-lo em todo momento (Mc 6:45; Lc 14:26-33). Em alguns casos, pelo menos, significava literalmente o abandono do lar, de compromissos comerciais e de posses (Mc 10:21,28), mas em todos os casos a disposição de por em primeiro lugar as demandas de Jesus, sem calcular o custo, era a condição primordial. Semelhante atitude sobrepassada amplamente a relação normal aluno-mestre, e deu um novo sentido à palavra "discípulo". A fé em Jesus e a fidelidade diante dele são as condições que vão determinar a sorte dos homens no juízo final (Lc 12:8s). Aqueles que se fizeram discípulos foram ensinados por Jesus e designados como seus representantes para pregar sua mensagem, expulsar demônios e curar os enfermos (Mc 3:14s). Ainda que essas responsabilidades foram designadas primeiramente aos Doze, não estavam limitadas a eles (Mc 5:19; 9:38-41; Lc 10:1-16).

Segundo Lucas, os membros da igreja primitiva eram conhecidos como discípulos (At 6:1s, e frequentemente depois desse momento). Isto esclarece que os discípulos terrenos de Jesus formaram o núcleo da igreja e que o modelo da relação entre Jesus e Seus discípulos terrenos serviu de pauta para o relacionamento e o Senhor ressuscitado e os membros de Sua igreja. Sem dúvida, o vocábulo não aparece fora dos evangelhos e Atos e outros escritores neotestamentários utilizaram uma variedade de termos (crentes, santos, irmãos) com o fim de expressar de forma mais completa as características de discipulado depois da páscoa.

J. D. Douglas
Novo Dicionário Bíblico
domingo, 2 de fevereiro de 2014
A Sagrada Escritura consiste de dois volumes: O Antigo e o Novo Testamento, que são canônicos e não podem ser contraditos de forma alguma.

A Igreja de Deus reconhece a lista seguinte:

Os livros do Antigo Testamento:

Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio (os cinco livros de Moisés); Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares; Isaías, Jeremias (com Lamentações), Ezequiel, Daniel (os quatro profetas maiores); Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (os doze profetas menores);

Os livros do Novo Testamento:

Mateus, Marcos, Lucas, João (os quatro evangelistas); Atos dos Apóstolos; Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,

Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom (as treze epístolas do apóstolo Paulo); Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro,

1, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse.

Confissão de Fé Belga
Artigo 4