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quarta-feira, 30 de setembro de 2009
"Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que possa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento."

A. W. Tozer
terça-feira, 29 de setembro de 2009

Li no blog do André Valadão sobre o show gospel-católico realizado em Goiânia. Com a chamada "Quer viver algo novo de Deus? Então faça algo que você nunca fez!", o pastor anunciou que ele e "o Grupo Rosa de Saron nos unimos esta noite em Goiânia para proclamarmos isso: o que nos une é muito maior do que aquilo que nos separa, nossa fé pode gerar em nós amizade, maturidade e comunhão". Para ele, o show "foi mais uma marca da Igreja do Senhor envergonhando o inimigo e declarando que somos mais do que vencedores em Deus". A nota termina agradecendo o povo que "vieram [sic] nos prestigiar nesta noite inesquecível para todos nós". Seguem-se elogios rasgados de fãs evangélicos e neo-fãs católicos.

Tenho algumas coisas a dizer sobre o assunto. Primeiro, que a empolgação dos Valadões com a Igreja Católica seria preocupante, não fosse o fato que não há nenhuma motivação teológica mais séria, mas apenas interesse comercial, uma intenção em ampliar o market-share fonográfico com o atrativo mercado católico popular, especialmente os que seguem padres melosos. Mesmo assim, os seguidores do DT podem ser presa fácil, haja vista que poucos se incomodaram com a Ave Maria cantada pelo Rosa de Saron.

Por outro lado, parece que a outro lado não se entusiasmou tanto assim. No blog da banda Rosa de Saron não há nenhuma menção ao show conjunto. Por isso, quando um pastor batista disse que essa aproximação se dá "impondo os nossos termos", me dei ao direito de duvidar. Me parece que batistas usarão água benta antes de católicos descerem às águas da lagoa.

Antes que me tomem por anti-católico, digo que não sou. Reconheço que pode haver entre católicos romanos verdadeiros crentes em Jesus. Também reconheço que em muitas e importantes doutrinas estamos juntos, caso da doutrina da Trindade e da pessoa de Cristo, por exemplo. E reconheço ainda que há áreas em que pode haver cooperação entre protestantes e católicos. Mas, ao lado disso tudo, tenho que reconhecer que o romanismo é um covil de falsas doutrinas, a principal delas a doutrina da justificação, pela qual a Igreja está em pé ou cai. E neste ponto, a ICAR está caída desde antes da Reforma.

Além disso, há de se considerar que apesar de todo doscurso ecumênico e o carinhoso "irmãos separados", ainda estamos sob o anátema pronunciado no Concílio de Trento. Mas como importa mais "entrar em unidade sem levantar bandeira religiosa" que defender a fé uma vez dada aos santos, a tendência é esses shows conjuntos se popularizarem.

PS.: Leia as considerações de Allen Porto Clicando Aqui
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Há duas passagens no Novo Testamento que, tomadas de certa forma, pareceriam indicar que Cristo desceu ao inferno. Uma está em Efésios 4:9, onde é dito que Cristo desceu às partes mais baixas da terra. Isso provavelmente significa que ele desceu à terra, que é as partes mais baixas. O “da” ali não significa que ele estava afundando na terra. Assim, não penso que o texto garanta a interpretação que ele desceu ao inferno.

O outro texto é 1 Pedro 3:18-20, onde é dito que Cristo foi pregar aos espíritos que agora estão em prisão. Isto é, eles tinham morrido – tendo vivido nos dias de Noé – e estão agora em prisão; e Cristo foi pregar a eles. Alguns tomam isso como significando que entre a Sexta Feira da Paixão e o Domingo da Ressurreição, Cristo desceu ao inferno e pregou o evangelho ali. Mas tampouco penso que esse seja o significado desse texto. Acredito que ele significa que, quando essas pessoas estavam vivas nos dias de Noé, o Espírito de Cristo pregou a eles através da pregação de Noé; e agora eles estão em prisão.

Assim, minha conclusão é que não existe nenhuma base textual para crer que Cristo desceu ao inferno. De fato, ele disse ao ladrão sobre a cruz: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” Essa é a única pista que temos quanto ao que Jesus estava fazendo entre a morte e a ressurreição. Ele disse, “Hoje — na tarde dessa Sexta, após estarmos mortos — você e eu estaremos no Paraíso juntos.” Não penso que o ladrão foi ao inferno e que o inferno seja chamado Paraíso. Acredito que ele foi para o céu, e que Jesus estava ali com ele.

Dessa forma, eu não digo aquela frase “ele desceu ao inferno [hades]” quando recito o Credo Apostólico. Estude você mesmo e veja se encontra outros fundamentos para tal afirmativa. Quanto a mim, diria que o fundamento para essa sentença particular no Credo Apostólico é, biblicamente falando, muitíssimo fraco.

John Piper
In: Cristo desceu ao inferno?
domingo, 27 de setembro de 2009
104. 0 que Deus exige no quinto mandamento?

R. Devo prestar toda honra, amor e fidelidade a meu pai e a minha mãe e a todos os meus superiores; devo submeter-me à sua boa instrução e disciplina com a devida obediência (1) , e também ter paciência com seus defeitos (2) ; porque Deus nos quer governar pelas mãos deles (3).

(1) Êx 21:17; Pv 1:8; Pv 4:1; Pv 15:20; Pv 20:20; Rm 13:1; Ef 5:22; Ef 6:1,2,5; Cl 3:18,20,22. (2) Pv 23:22; 1Pe 2:18. (3) Mt 22:21; Rm 13:2,4; Ef 6:4; Cl 3:20.
sábado, 26 de setembro de 2009

"Diploma de dizimista" de Edson Luiz de Melo, ex-zelador, de 45 anos, em Belo Horizonte, Minas Gerais, terça-feira (11). Dulce Conceição de Melo, de 65 anos, mãe de Edson, entrou com a ação na Justiça contra a Igreja Universal do Reino de Deus por prejuízo de R$ 55 mil. Ela teve que pedir a interdição civil do filho para impedir que o prejuízo fosse maior e que ele desse mais dinheiro à igreja. Dulce conta que por causa da igreja o filho teve até que ser internado.
Fonte: UOL
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Leia antes as parte 1, parte 2 e parte 3.

Esta preciosa verdade do amor soberano e particular de Deus proporciona um conforto maravilhoso para o povo de Deus. Retornemos à nossa pergunta por um momento. A ênfase sobre o amor de Deus leva ao Arminianismo ou ao conforto para o povo de Deus? Ao Arminianismo? Nunca! O amor de Deus é soberano e particular. O Arminianismo não pode suportar isto! Confortar o povo de Deus? Com toda certeza! Este é todo o nosso conforto. Sabendo que o amor de Deus é soberano e particular, eu posso estar seguro da minha eleição em Cristo; o amor de Deus não depende de mim. Olhando para este amor de Deus como manifestado na cruz de Jesus Cristo, estou certo da minha redenção. Considerando que este amor é sempre o mesmo e nunca muda, estou certo da minha preservação para a glória. Este é o meu conforto. Ele é um conforto fundamentado no Deus Soberano Todo-poderoso.

Este é precisamente o tema daquele hino de vitória de Romanos 8. Após falar da predestinação eterna de Deus, o apóstolo lança o desafio: Quem nos separará do amor de Cristo? A resposta é: nada! Em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo que nada poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor! Este mesmo apóstolo tem esta oração registrada em II Tessalonicenses 2:16-17: "Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra".

Este é o amor de Deus. Ele deve ser enfatizado porque a Escritura o enfatiza. Somente o amor de Deus deve ser enfatizado, não alguma noção distorcida e corrompida dele. E este amor é, de fato, todo nosso conforto.

Robert D. Decker
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
In: Eleitos de Deus
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Com o passar dos anos, a figura histórica de João Calvino foi prejudicada por conta de suas supostas posições teológicas. Contudo, o professor Franklin Ferreira diz que muito do que se atribui ao reformador francês é meia-verdade ou simples mito. Confira:

Mito: Calvino inventou a doutrina da predestinação

Fato: Agostinho, Aquino, Lutero e Zwinglio ensinaram e escreveram sobre a doutrina da predestinação antes de Calvino, enfatizando a livre graça de Deus que triunfa sobre a miséria e escravidão ao pecado

Mito: Calvino é o pai do capitalismo

Fato: Calvino de fato valorizou o trabalho, a economia, a disciplina, o senso de vocação. Mas forças que moldaram o capitalismo contemporâneo já estavam presentes na cultura ocidental quase 100 anos antes da Reforma

Mito: Calvino era o ditador de Genebra

Fato: Ele tinha pouca influência sobre as decisões acerca do ordenamento civil da cidade e nem tinha direito de voto em decisões políticas ou eclesiásticas no conselho municipal. Sua influência era persuasiva, por meio de seus sermões e escritos

Mito: Calvino não tinha interesse em missões

Fato: Os primeiros mártires da fé evangélica nas Américas foram enviados ao Brasil, em 1555, pelo próprio reformador francês

Mito: Os ensinos de Calvino são social e politicamente alienantes

Fato: Pode-se ver a influência do pensamento de Calvino na revolução puritana de 1641 e na primeira deposição e execução de um rei tirano em 1649, na Inglaterra; no surgimento do governo republicano (com a divisão e alternância do poder, além de ênfase no pacto social); na revolução americana de 1776; na libertação dos escravos e na defesa da liberdade de imprensa.

Yuri Nikolai
In: Calvino vive
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Continuação das partes 1 e 2

Este amor de Deus tem duas características principais ou dominantes. Em primeiro lugar, ele é um amor soberano. Isto está escrito em quase toda página da Escritura. Em Deuteronômio 7:7-8 encontramos Moisés se dirigindo a Israel: "Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava." O amor de Deus não dependia de algo em Israel. Na verdade, Israel se manifestou repetidamente como um povo rebelde e de dura cerviz. Não havia nada neles que os tornassem dignos do amor de Deus. A Bíblia ensina (cf. Efésios 1:3-11) que fomos abençoados com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo Jesus, escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo e predestinados para a adoção de filhos por Cristo. E Deus fez tudo isto em amor, em seu soberano amor. Portanto, não há outra razão para a nossa eleição em Jesus Cristo do que o amor soberano de Deus. De acordo com esta mesma passagem da Escritura, este amor de Deus é de acordo com o bom propósito da sua vontade! Deus determinou livremente nos amar em Cristo. Então, há a passagem clássica de 1João 4:10: "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados." Literalmente, o texto diz: "Nisto está o amor ... " todo amor: o amor de Deus por nós e nosso amor a Deus e aos nossos irmãos em Cristo. Todo amor consiste nisto, não que tenhamos amado a Deus, mas que ele nos amou. O amor de Deus sempre vem primeiro. Aparte disso não poderia haver nenhum amor.

Este é o caráter soberano do amor de Deus. Negativamente, isto significa que o amor de Deus não depende de nada fora do próprio Deus. Deus coloca seu amor sobre Israel e o escolhe para ser seu povo, não por causa do valor ou amor de Israel, mas simplesmente porque Deus os amava. Em amor Deus escolheu seus eleitos em Cristo Jesus antes da fundação do mundo. Isto não aconteceu por causa de algo nos eleitos. Deus não precisa do nosso amor para nos amar. Seu amor é soberano. Ele nos amou de acordo com o bom propósito da sua vontade, sua determinação soberana. Positivamente, isto significa que o amor de Deus sempre vem primeiro. Ele sempre é a fonte de todo nosso amor, tanto a Deus como ao nosso próximo. De fato, o amor que está em nós não é nosso, mas de Deus.

Este é um golpe fatal contra todo Arminianismo. O Arminianismo faz o amor de Deus vir em segundo lugar. Deus ama todos os homens, de acordo com o Arminiano, mas ele não pode salvar ninguém, exceto o homem que o ame. Por conseguinte, de acordo com o Arminianismo, o amor do homem deve vir em primeiro lugar e então Deus poderá amá-lo. De acordo com esta visão, o amor de Deus não produz soberanamente o amor do homem, mas é dependente, controlado e limitado pelo homem—ele é uma resposta ao amor do homem. Isto é o oposto do precioso ensino da Bíblia e torna impossível todo conforto para o filho de Deus.

A segunda característica do amor de Deus é que ele é particular. Isto também está escrito em quase toda página da Escritura. A passagem clássica é Romanos 9:13: "Amei Jacó e odiei Esaú" (KJV). Alguns, de fato, tentam explicar que isso significa: "Amei menos a Esaú." Isso é tolice. A palavra é odiar.1 Deus odiou Esaú, embora seu amor estivesse sobre Jacó. Isto se tornou muito óbvio na história das duas nações que procederam de Jacó e Esaú. Israel era escolhido e precioso para Deus, enquanto Edom aparece como o inimigo réprobo da causa de Deus. Jesus ensinou a mesma verdade repetidamente. Nos capítulos seis e dez de João o nosso Senhor nos diz que ele veio para dar sua vida por aqueles a quem o Pai amava e tinha lhe dado: suas ovelhas. Ele disse aos incrédulos que eles não eram das suas ovelhas e, portanto, não o ouviam e seguiam.2 Em João 17 Jesus ora e ama aqueles a quem o Pai havia lhe dado, mas ele não ora pelo mundo.

Tudo isto significa que o amor de Deus é particular. Ele é por seus eleitos em Cristo Jesus. A ira de Deus reside sobre o restante, que são vasos de ira preparados para a destruição (Romanos 9). Uma pessoa pode traçar isso também por toda a história da Bíblia. De acordo com Gênesis 3:15, Deus colocou inimizade entre a semente da mulher e a semente da serpente. Esta semente da mulher é Abel, Sete, Enoque, Noé, Sem (com Jafé habitando em suas tendas), Abraão, Isaque, Jacó, Israel, Davi, Cristo. Gálatas 3 ensina que esta semente é Cristo e todos os que estão nele pela fé. Esta semente é o amado do Senhor.

Robert D. Decker

Continua
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Ser um calvinista é um ato de fé. Ser arminiano, nem tanto. Pois, vivendo a vida diária, parece muito mais evidente que somos absolutamente livres para fazer o que quisermos. Sinto-me livre para escolher um prato do cardápio no restaurante. Sinto-me livre para escolher a camisa que preciso comprar. Senti-me livre quando escolhi, olhando o mapa, que viria ao Recife pela BR 101 e não pela 116. Quando resolvi que iria aceitar a explicação que meu filho adolescente deu para ter agredido o irmão mais novo, sinto que não havia nada me impedindo de fazê-lo. Se estas escolhas ou outras foram determinadas por Deus antes da fundação do mundo, certamente não pareceu, na hora que as tomei. Não me senti em nada compelido a fazer qualquer uma destas coisas. Aliás, senti que podia ter escolhido exatamente o oposto.

Pensando naquele dia de setembro de 1977 em que decidi orar e buscar a Deus em minha angústia, lembro-me de que o fiz livremente. Foi ali que nasci de novo. Confesso, contudo, que não posso dizer que poderia não ter orado. De qualquer forma, meu ponto neste post é que o arminianismo, que ensina o pleno livre arbítrio do homem e nega os decretos de Deus em nível da predestinação individual, com certeza parece ser muito mais evidente aos nossos olhos. Em meados de 1975, jovem rebelde e desviado da Igreja, fui confrontado por uma mensagem poderosa, que me exigia uma decisão. Lutei por vários minutos. Sai do local da reunião. Tomei a decisão de rejeitar aquele apelo. Senti, de fato, uma compulsão para aceitá-lo, mas tive forças para recusá-lo. Não é de admirar que quando me tornei um cristão verdadeiro em 1977, senti muito naturalmente que o arminianismo era a coisa certa. Durante os primeiros anos da minha vida cristã cheguei a enfrentar calvinistas e desafiá-los. Afinal, era óbvio que o homem era livre.

Hoje, vinte e cinco anos depois, libertado por Charles Haddon Spurgeon dos últimos escrúpulos arminianos, continuo operando diariamente como se fosse absolutamente livre diante de todas as escolhas com que me deparo. O apelo do arminianismo é a prova da experiência diária. Já o calvinismo não tem como provar pragmaticamente que esta ou aquela decisão já havia sido antecipadamente decretada por Deus, e que ao livremente escolhermos nosso caminho, o fizemos em perfeita harmonia com o que Deus havia decretado. O calvinista tem de, realmente, viver pela fé, acreditando no ensino bíblico de uma Providência invisível, imperceptível, silenciosa, inaudível, que guia seus passos. Ele tem de diariamente aprender a ver além daquilo que seus sentidos, emoções e experiência parecem confirmar, que é o pleno livre arbítrio.

Eu já não me preocupo mais com isto. Convivo diariamente com o meu suposto livre arbítrio e a declarada soberania de Deus na minha vida. Não paro para refletir teologicamente diante das decisões. Simplesmente, tomo-as. Reflito, é claro, nos valores e princípios teológicos que controlam as escolhas, para que possa fazer aquelas que sejam acertadas Mas, não mais me pergunto “qual a escolha que Deus já determinou para mim”? Esse tipo de pergunta pode paralisar o calvinista, pois provavelmente ele só terá a resposta se for em frente e escolher. Sei que no final, Deus terá realizado seu plano sábio, justo e bom na minha vida. É nisto que creio.

Augustus Nicodemus Lopes
In: O Tempora, o Mores
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
"Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis, e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles" 2Pe 3:14-16


O pastor Elder Cunha se propõe a expor a verdade sobre predestinação e eleição, tema segundo ele "muito discutido e mau [sic] interpretado por muitos". Por ele inclusive, como se conclui das afirmações que faz sobre a doutrina da predestinação e sobre a salvação em si.

Entre as informações erradas a respeito do calvinismo estão, por exemplo, a de que eleitos são "um grupo de pessoas que poderiam fazer tudo errado, mas seriam salvas" e que os réprobos são "outro grupo as pessoas poderiam fazer tudo certo, mas jamais se salvariam". Isso o leva a conclusão de que "os que Deus destinou a salvação serão salvos mesmo pecando ou não querendo ser salvos. E os que destinou à perdição não serão salvos mesmo aceitando o Sacrifício de Jesus, e vivendo vida santificada".


Para o pastor, todos os homens são predestinados à salvação. Antes da pergunta inevitável do porque nem todos são salvos, ele afirma que a salvação "é exclusivamente uma decisão pessoal" e que Deus "não pode interferir nas decisões do homem, por força do livre arbítrio que conferiu ao ser humano". Seu golpe final na doutrina da predestinação vem nas palavras "se a predestinação fosse uma doutrina verdadeira, creio que não precisávamos de Jesus, do Seu sacrifício, nem do evangelho, nem da igreja, muito menos do Plano de Salvação. Bastava viver e aguardar a morte."


Um blog chamado "Semeando a verdadeira doutrina de Cristo" e um artigo que pretende ser "A verdade sobre predestinação e eleição" mereciam uma pesquisa mais cuidadosa, sob pena de desvirtuar a verdade que se pretende semear e defender. Além disso, as afirmações do pastor implicam universalismo e aniquilacionismo. Apenas faremos um breve esclarecimento a respeito das más representações acima.


1. Eleitos não tem imunidade para pecar

A diferença entre eleitos e reprovados não é intrínsica. Ambos são, até a operação infalível do Espírito Santo, pecadores merecedores do fogo do inferno. Paulo explica que "nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais" (Ef 2:3). A experiência de cada salvo é que "nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros" (Tt3:3). Além disso, a salvação dos eleitos não se dá à margem da santificação, "sem qual ninguém verá o Senhor". (Hb 12:14). Pelo contrário, a salvação dos eleitos se dá pela santificação, "porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" (1Ts 2:13). Somos finalmente salvos pela conformação à imagem de Jesus, que foi decretada na eternidade, é iniciada e prosseguida nesta vida e será completada na volta do Senhor.


2. Não eleitos bonzinhos não vão para o céu

Isto não se dá pelo fato de serem não eleitos, mas porque não existe ninguém, eleito ou não, que seja bonzinho a ponto de merecer ir para o céu. É verdade que Jesus promete "
o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora", mas antes, no mesmo verso, Ele disse "todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim" (Jo 6:37). A barreira, portanto, não está no fato de Jesus rejeitar o pecador que vai a Ele, mas no próprio pecador que não quer e não pode voltar a Deus por si mesmo. O veredito do Senhor sobre a vontade e a capacidade do homem é inapelável: "não quereis vir a mim para terdes vida" (Jo 5:40) e "ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer" (Jo 6:44).

3. Pecadores deixados por conta própria, não decidem por Cristo

Como vimos (Jo 5:40; 6:37; 6:44), se a salvação dependesse exclusivamente de uma decisão pessoal, sem a ação invencível do Espírito Santo, então a Casa do Pai de Família ficaria vazia e no inferno teria gente saindo pelo ladrão. Pois a Bíblia afirma que "
não há ninguém que busque a Deus" (Rm 3:11). Uma pesquisa capaz de sondar o coração dos pecadores teria como resultado "não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19:14). Ou o Senhor age para que o homem se decida por Ele ou ninguém é salvo.

4. Deus pode salvar, e de fato salva, quem Ele quiser


A verdade é que "do Senhor vem a salvação" (Jn 2:9), pois "nosso Deus é o Deus da salvação; e a Jeová, o Senhor, pertencem as saídas para escapar da morte" (Sl 68:20). Jesus não apenas é "Autor da salvação eterna" (Hb 5:9), no sentido de que provê os meios para a salvação, como também é "Autor e Consumador da fé" (Hb 12:2), no sentido de que aplica o recurso necessário ao ato de crer. É "Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2:13) e essa operação é infalível, pois diz "operando eu, quem impedirá?" (Is 43:13). Assim, da eternidade passada à eternidade futura, passando por esta vida, nossa salvação é toda obra do Senhor. Deste fato resulta nossa segurança eterna e a remoção de qualquer chance de nos gloriar por termos feito a nossa parte na salvação.

5. A predestinação é verdadeira


O pastor conclui que, fosse a predestinação verdadeira, "não precisávamos de Jesus, do Seu sacrifício, nem do evangelho, nem da igreja, muito menos do Plano de Salvação". O problema para o pastor é que a predestinação é verdadeira, o que fica provado pelos textos bíblicos que o próprio cita no início de seu artigo e que em nenhum momento refuta. Se o pastor estiver certo, ou a Bíblia está errada ao afirmar a predestinação ou a pessoa do Salvador, a expiação, o evangelho e os meios da graça são inúteis e vãos. Não é o caso, pois o que temos aqui não é uma negação fundamentada da doutrina bíblica da predestinação, nem a anulação da ação divina em favor do perdido, mas simplesmente mais uma pessoa engrossando a estatística dos que discutem muito e interpretam pior as maravilhosas doutrinas da graça.

Soli Deo Gloria
domingo, 20 de setembro de 2009
103. 0 que Deus ordena no quarto mandamento?

R. Primeiro: o ministério do Evangelho e as escolas cristãs devem ser mantidos (1) , e eu devo reunir-me fielmente com o povo de Deus, especialmente no dia de descanso (2) , para conhecer a palavra de Deus (3) , para participar dos sacramentos (4) , para invocar publicamente ao Senhor Deus (5) e para praticar a caridade cristã para com os necessitados (6). Segundo: eu devo, todos os dias da minha vida, desistir das más obras, deixando o Senhor operar em mim, por seu Espírito. Assim começo nesta vida o descanso eterno (7).

(1) 1Co 9:13,14; 1Tm 3:15; 2Tm 2:2; 2Tm 3:14,15; Tt 1:5. (2) Lv 23:3; Sl 40:9,10; Sl 122:1; At 2:42,46. (3) 1Co 14:1,3; lTm 4:13; Ap 1:3. (4) At 20:7; 1Co 11:33. (5) 1Co 14:16; 1Tm 2:1-4. (6) Dt 15:11; 1Co 16:1,2; 1Tm 5:16. (7) Hb 4:9,10.
sábado, 19 de setembro de 2009
Continuação da parte 1...

Antes de qualquer outra coisa, devemos entender que amor, todo amor, procede de Deus. Isto significa que amor não é o que o mundo chama de amor. O mundo fala de amor: amor paternal, amor marital, amor entre amigos, etc. O mundo fala sobre amor em muitos sentidos. De fato, o mundo fala de amor como a cura para todos os seus problemas. Tudo o que o mundo precisa, assim é dito, é um pouco de amor. Isto não é amor. Na melhor das hipóteses, isto é apenas uma certa afeição ou atração natural. No resto, ela é apenas terrena, sensual e diabólica; ela pertence à luxúria da carne, à luxúria dos olhos e ao orgulho da vida. O amor do mundo, de fato, é o próprio oposto do amor de Deus. O amor do mundo é ódio contra Deus, seu Cristo e seu povo. Isto é tudo o que ele pode ser. Não importa quão docemente o mundo possa falar sobre amor; ele odeia a Deus e a sua causa. Esta não é meramente minha opinião; é a Palavra de Deus. A Bíblia ensina que "a mente carnal (literalmente, a mente da carne, R.D.D.) é inimizade (ódio) contra Deus; ela não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser" (Romanos 8:7).

Positivamente, o amor é de Deus. Deus é a única fonte de todo amor. Não pode haver nenhum amor fora de Deus. Isto significa que o único amor que existe é o amor de Deus. Amor é um atributo de Deus, uma característica do seu ser divino, juntamente com outras características tais como santidade, graça, misericórdia, etc. E se podemos fazer comparações, amor é a característica principal do ser de Deus. Em 1 João 4:8 lemos a declaração absolutamente impressionante de que "Deus é amor." Deus é amor. Nós não lemos isto das outras virtudes de Deus, pelo que é do meu conhecimento. Lemos que Deus é o Deus de toda graça, que ele é misericordioso, santo, cheio de longanimidade, etc. Mas em 1João lemos que Deus é amor. Isto significa que, não importa o que mais Deus possa ser, ele é preeminentemente amor. O amor pertence à própria essência do ser de Deus. Em tudo que ele é e em tudo o que ele pensa, deseja, determina e faz, ele é amor. Deus como Deus, o Todo-poderoso, o Criador soberano, o Sustentador de todas as coisas, e o Redentor dos seus eleitos em Cristo – em tudo isso, Deus é amor.

O que é este amor? Em Colossenses 3:14 lemos que: a caridade (amor) é o vínculo da perfeição. Amor é um vínculo. Ele une ou torna um. No amor, dois se tornam um. Eles são unidos num vínculo com uma mente, uma vontade e um desejo. Amor é uma unidade na comunhão. O que é mais: amor é o vínculo da perfeição—isto é, da perfeição moral. Isto é o que a Bíblia chama de santidade. Este é o tipo de vínculo que o amor é. Este, a propósito, é precisamente o porquê o amor não pode existir no mundo de pecado e incredulidade. O amor une num vínculo de justiça e de bondade moral. E novamente, que seja enfatizado, o amor procede primariamente de Deus. Deus o Pai, Filho e Espírito Santo vivem num vínculo íntimo de comunhão, um vínculo baseado na perfeição da justiça e santidade do próprio Deus. Deus ama a si mesmo e não precisa de ninguém fora de si. Deus vive no vínculo da perfeição.

A maravilha é que Deus amou e ainda nos ama! Ele nos amou na eternidade. Antes da fundação do mundo, Deus, em seu amor, nos predestinou para sermos conformados à imagem do seu Filho (Efésios 1). Deus, que não tinha necessidade de nós, determinou colocar seu amor sobre nós e nos tomar em sua comunhão pactual. Este amor de Deus é certamente manifesto em Cristo e na sua cruz. "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16) "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8). Deus nos amou tanto que ele deu seu Filho primogênito à cruz, às agonias do inferno, à morte e ao sepulcro por nós. Olhando para este amor maravilhoso de Deus e considerando nossa indignidade como pecadores depravados e imundos, só podemos exclamar com o apóstolo inspirado: "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus ..." (1João 3:1). Este é o amor de Deus! Vede que grande amor de Deus! Maravilhe-se e seja grato por ele.

A questão é: como recebemos o amor de Deus? A resposta é: da parte do Espírito Santo. O Espírito Santo, enviado pelo Cristo ascendido, derrama o amor de Deus em nossos corações. A Bíblia diz: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio ..." (Gálatas 5:22-23). Note que o texto não diz os frutos do Espírito, mas o fruto do Espírito. Por conseguinte, não há muitos frutos, mas somente um fruto. Este um fruto do Espírito é o amor de Deus. E este amor-fruto do Espírito é composto de muitas virtudes e bênçãos. Alegria, paz, longanimidade, benignidade, etc., tudo isso pertence ao amor de Deus, que é o fruto do Espírito. Ele é de fato um fruto riquíssimo!

Este amor de Deus que recebemos do Espírito Santo é visto em nós. Manifestamos este amor de Deus exatamente ao amar os nossos irmãos. Isto significa que nunca os magoamos ou falamos mal deles. Sempre buscamos o bem-estar deles. Estamos dispostos a até mesmo dar nossas vidas pelos irmãos. Isto é enfatizado fortemente na Escritura. Os capítulos 3 e 4 de 1João estabelecem o ponto de que não podemos amar a Deus se não amarmos o irmão. Jesus disse: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35).

Robert D. Decker

Continua
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Dando presseguimento a série de destaque de comentários, publicamos o comentário de Dri, no qual estabelece uma relação entre pragmatismo, relativismo e pluralismo:
Poucos pastores estão realmente comprometidos com a a sã doutrina. Esse pragmatismo que tem invadido as igrejas, defendendo a tese de que aquilo que funciona e serve para resolver os problemas é o que de fato tem valor. Mas, considerando que cada caso é um caso, e que algo pode ser funcional aqui e não ali, fica subentendido que a verdade é relativa, deixando de lado os princípios absolutos, dessa forma o pragmatismo dá as mãos ao pluralismo e o que temos como resultado disso, é essa 'Teologia' descomprometida com o Evangelho genuíno e a sã doutrina, tão defendida pelos apóstolos. Hoje, o que interessa é que o público ouça aquilo que lhe agrada, aquilo que lhe convêm e que sirva para resolver seus problemas do dia-a-dia.
Dri, un fiori delicato
In: A doutrina é mesmo importante?
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
O assunto me designado pelo comitê foi posto na forma de uma pergunta: "A ênfase sobre o amor de Deus leva ao Arminianismo ou ao conforto para o povo de Deus?" A princípio não entendi a pergunta. Como uma ênfase sobre o amor de Deus pode levar ao Arminianismo? Contudo, após um pouco de reflexão, penso que sei o que o comitê tinha em mente.

Há aqueles que enfatizam o amor de Deus. Deus é amor, eles dizem. E a Bíblia de fato diz que Deus é amor. Mas estas pessoas dizem isto querendo dizer que Deus ama todo mundo, todos os homens. Pertence à própria natureza de Deus amar todos. Porque ele é amor, Deus não pode odiar. Deus não pode e de fato não reprova pessoas, nem determina condená-las com um castigo eterno por causa dos seus pecados. Deus em seu amor dá a todo mundo uma chance de ser salvo. Somente quando uma pessoa recusa de maneira obstinada e persistente se arrepender dos seus pecados é que Deus a condena. Deus oferece seu amor a todo mundo. E alguns vão mais adiante para dizer que Deus de fato salva todo mundo—até mesmo os incrédulos. Por conseguinte, a igreja, de acordo com esta visão, é chamada a pregar o amor de Deus na forma de uma "oferta sincera." A igreja deve dizer às pessoas de todo lugar: Deus te ama; Deus tem um plano maravilhoso para a sua vida; Deus quer te salvar! É tudo amor, amor, amor. E ninguém jamais deve falar sobre ódio ou ira de Deus.

Este conceito extremamente popular do amor de Deus não somente leva ao Arminianismo—ele é Arminianismo, se não um universalismo completo. E, este conceito não fornece absolutamente nenhum conforto para o povo de Deus. Pode soar como uma doutrina confortante dizer que Deus ama todo mundo e não odeia ninguém, mas na realidade isto torna o amor de Deus dependente da vontade inconstante e pecaminosa do homem. Se o homem aceita a oferta do amor de Deus, Deus o salvará. Em outras palavras, Deus não pode amar a menos que o homem ame! Não há nada certo sobre isso! Um homem pode amar num dia e odiar no outro. Não há conforto nisto. Além do mais, se isto é verdade, quem é Deus? De acordo com o conceito Arminiano, o homem é realmente Deus, pois seu amor deve vir primeiro. Isto é blasfêmia. A partir deste ponto de vista, o Arminianismo é tão destrutivo para a fé cristã como o Liberalismo.

De tudo isto vem um temor por parte do povo Reformado, um temor de que a ênfase sobre o amor de Deus levará ao Arminianismo. Eu posso entender muito bem que o Arminianismo é a ultima coisa que eles desejam! Mas na realidade o temor não tem fundamento. Por que? Porque o conceito Arminiano do amor de Deus não é um conceito do amor de Deus, mas sim um conceito distorcido e corrompido do amor de Deus. A ênfase sobre o conceito bíblico do amor de Deus (como exposto nos Credos Reformados) não leva ao Arminianismo, mas é o golpe mortal contra o Arminianismo. Ao mesmo tempo ele é o conforto certo e permanente do povo de Deus. Portanto, a igreja deve enfatizar o amor de Deus. Ela deve fazer isso para que a verdade possa ser conhecida e defendida, para que o povo de Deus possa ser confortado e para que o nome de Deus possa ser glorificado!

Continua...

Autor: Robert D. Decker
quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Minha igreja adquiriu um projetor multimídia. Não parece grande coisa, mas se considerarmos que até pouco tempo nem retroprojetor tínhamos, o avanço foi grande. O resultado de acompanhar o louvor por um telão com ótima resolução é excelente, ainda mais que tenho dificuldade em decorar as letras da maioria dos cânticos contemporâneos. Mas também tenho percebido algumas coisas que me deixam preocupado.

Por exemplo, tenho percebido uma insistência em alguns de colocar pps na hora do culto, seja durante o louvor e até na hora da pregação. Vejo também alguns abusos em nos efeitos especiais, aquelas animações que são desaconselháveis até em apresentações normais, na empresa ou na escola.

Sendo assim pretendo apresentar algumas dicas para bom uso e para evitar o abuso do projetor em minha igreja. Quem quiser pode contribuir com subsídios.

1. Não faça da projeção a atração

A projeção não é um elemento do culto. Ela não faz parte do louvor e menos ainda da pregação. Ela é mero assessório e tem por finalidade apoiar o louvor e a pregação, facilitando o acompanhamento da letra e a leitura de passagens bíblicas. O limite aqui seria colocar um fundo pouco chamativo na letra do hino e as divisões principais do sermão, acompanhados da porção bíblica em exposição.

2. Não faça da projeção uma distração

Aliado ao item anterior, está o risco da projeção distrair os participantes do culto. Então, nada de colocar sons ou ruídos nas projeções ou de projetar videoclipes durante a pregação. Se algo faz a pessoa desviar a atenção do que está sendo dito e cantado, então deve ser desligado.

3. Cuidado com o segundo mandamento

A Bíblia é taxativa: "não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra" (Ex 20:4). Não adianta condenarmos a idolatria romana na forma de imagens, se fazemos representações da divindade e as projetamos num telão. Imagens de Jesus como Bom Pastor, figuras do Crucificado e outras imagens religiosas não tem lugar na igreja, ainda mais no momento da adoração.

4. Cuidado com mensagens açucaradas da net

A Internet é uma fonte inesgotável de mensagens religiosas, algumas emocionantes, outras inspiradoras, mas pouquíssimas realmente bíblicas. Uma linguagem religiosa pode disfarçar venenos espirituais. Recebeu uma mensagem maravilhosa, uma história tocante, um relato que te fez chorar? Não corra projetar na igreja. Muito provavelmente não passam de palavras vazias e sentimentalóides, sem a força do martelo e a energia do fogo que só a Bíblia tem.

5. Cuidado com a dependência

A face oculta da tecnologia é que ela causa dependência. Como nem sempre o recurso tecnológico funciona, alguns tem crises de abstinência. Já vi pessoas deixar de cantar na igreja porque na última hora o playback não funcionou. Não gostaria de ver um pregador deixar de entregar o sermão porque o "PowerPoint não abriu".

De resto, estou amando poder ilustrar meus estudos bíblicos com mapas, imagens de lugares bíblicos, esquemas e etc.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
"Se enxergo corretamente, a cruz do evangelicalismo popular não é a mesma cruz que a do Novo Testamento. É, sim, um ornamento novo e chamativo a ser pendurado no colo de um cristianismo seguro de si e carnal... a velha cruz matou todos os homens; a nova cruz os entretêm. A velha cruz condenou; a nova cruz diverte. A velha cruz destruiu a confiança na carne; a nova cruz promove a confiança na carne... A carne, sorridente e confiante, prega e canta a respeito da cruz; perante a cruz ela se curva e para a cruz ela aponta através de um melodrama cuidadosamente encenado – mas sobre a cruz ela não haverá de morrer, e teimosamente se recusa a carregar a reprovação da cruz"

A. W. Tozer
Citado por Dave Hunt em Escapando da Sedução
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Através do Sola Scriptura tomei conhecimento que o Marco Feliciano está comercializando uma Bíblia Eletrônica, conforme anúncio abaixo:


Na página da sua loja, é informado que a mesma está em promoção, de 249 por apenas 199 podendo ser parcelado em até 10 vezes no cartão. Antes que você saia correndo para comprar, gostaria de fazer algumas considerações.

É claro que eu fico feliz de ver a Bíblia sendo distribuída em diversas mídias. E quanto mais melhor. Portanto, nada contra o aparelhinho em si. Mas acho que a relação custo/benefício não compensa.

Se você tem computador em casa, há diversos sites em que você pode ler a Bíblia em seu computador. Eu utilizo com frequencia o Bíblia Online, que traz diversas traduções, inclusive a ACF e até uma católica, além de inglês e grego. Outra opção em português é a Bíblia Interativa, da SBB. Há duas versões Almeidas para consulta e a NTLH. Para um leque maior de traduções e versões, existe a Logos Bible, que infelizmente não traz opções em português. Há vários outros sites, que você pode descobrir com uma busca no Google.

Mas se seu acesso à rede é limitado ou lento demais, há diversas opções de Bíblias que você pode baixar para seu computador. A maioria delas é gratuita e oferece muito, mas muito mais recursos que a vendida pelo Marco Feliciano. Destaco a Bíblia Hábil, que tem tantos recursos que alongaria este texto se fossem listados. Para estudos mais aprofundados, experimente a S-Word. Você baixa um programa e escolhe entre uma quantidade enorme de Bíblia e outros recursos. A maioria é em inglês, mas existe versões da Bíblia em português. Quer uma coisa mais simples e compacta? Vá para o Google e pesquise uma que se ajusta ao seu gosto.

Mas você quer uma Bíblia que possa carregar para lá e para cá. Bem, você tem celular? Então baixe uma Bíblia para celular. Nem todas funcionam em todos os celulares, mas se encontrar uma em .jar é praticamente certo que funcionará no seu. No meu eu tenho o Go Bible 2.2.6. Há outras opções, que você pode pesquisar e testar.

Se você não abre mão de uma aparelho com uma Bíblia Eletrônica e não faz muita questão de economizar, existe uma outras opção: a BSE. Além de uma versão evangélica e da católica, você pode ouvir a leitura dos versículos. Custa mais caro que a vendida pelo Marco Feliciano, mais ainda sai mais barato que dar uma oferta de 900 para o Malafaia e ganhar uma Bíblia do Cerullo.

Mas se você está irredutível mesmo e quer o aparelhinho de todo jeito, deixa apenas eu te avisar que comprando no Mercado Livre custa 165 em 12X e no site oficial sai por 160. Mas se você gosta mesmo do Feliciano, então considere o que ele está cobrando a mais como uma oferta para o ministério dele.

Boa leitura!
domingo, 13 de setembro de 2009
101. Mas não podemos nós, de modo piedoso, fazer juramento em nome de Deus?

R. Podemos sim, quando as autoridades o exigirem ou quando for preciso, para manter e promover a fidelidade e a verdade, para a glória de Deus e o bem-estar do próximo. Por tal juramento está baseado na Palavra de Deus (1) e era praticado, com razão, pelos santos do Antigo e Novo Testamento (2).

(1) Dt 6:13; Dt 10:20; Hb 6:16. (2) Gn 21:24; Gn 31:53; 1Sm 24:22,23; 2Sm 3:35; 1Rs 1:29,30; Rm 1:9; Rm 9:1; 2Co 1:23.

102. Podemos jurar também pelos santos ou por outras criaturas?

R. Não, porque o juramento legítimo é uma invocação a Deus, para que Ele, o único que conhece os corações, testemunhe a verdade e nos castigue, se jurarmos falsamente. (1) Tal honra não pertence a criatura alguma (2).

(1) Rm 9:1; 2Co 1:23. (2) Mt 5:34-36; Tg 5:12.
sábado, 12 de setembro de 2009
O papel de Judas na morte de Jesus muitas vezes nos causa desconforto. Mas os discípulos entenderam, posteriormente, que a morte sacrificial de Cristo não foi obra do acaso, ou de mera permissão divina. Deus, o Pai, predestinou a morte de Seu único Filho, desde antes da fundação do mundo (Atos 2.22-24; 4.24-28), usando soberana e livremente, sem ser o autor do mal (Tg 1.12), a corrupção (do sinédrio), a covardia (de Pôncio Pilatos) e a traição (de Judas) de homens pecadores. Nos Evangelhos, tanto quanto nas Epístolas, a morte de Jesus é central para o propósito divino (Mc 10.45; Jo 3.16; Hb 2.9,14; 9.26; I Jo 3.5; Lc 9.31; Ap 5.8s) e ele mesmo disse repetidamente que iria morrer como o cumprimento de sua obra na terra (Mt 16.21; 17.22; 20.18s; Mc 9.31; Lc 9.44; ss.21s; Jo 10.18; 12.32s; 15.20).

Fonte: “Perguntas básicas: acerca de Jesus Cristo”, Revista Ultimato, v. 270 (1 maio 2001), p. 54 - 55.
Via: Blog Fiel
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Hb 7:24-25

Querido leitor, convido você a olhar para o Jesus dessa passagem. Ele é nosso sacerdote superior, de uma ordem também superior. Por isso, oferece um sacrifício superior, perfeito. Como Ele é perfeito, perfeita também é a Sua obra. Não reconhecer Sua obra como infinita em valor é também desmerecer a excelência de Seu ofício e diminuir a glória de Sua pessoa.

A obra de Jesus é salvar os que por Ele se achegam a Deus. Seria ofensivo até mesmo pensar que sua obra ficou inacabada, que Ele a fez pela metade, que ele voltou para o Pai dizendo "fiz a minha parte, o resto agora é com eles". Antes de apresentar-se diante de Deus, Ele disse "está consumado!". Diria Ele essas palavras se não tivesse completado a obra que recebeu incumbência de fazer?


Ele completou, de forma perfeita e de uma vez por todas o que veio realizar em favor dos que por Ele se chegam a Deus. Isto é declarado pelo escritor da carta ao Hebreus, dizendo que Ele pode salvar perfeitamente. Paremos um pouco aqui e pensemos na perfeição da salvação em Cristo.
Ele salva completamente. A expressão traduzida completamente é "eis to panteles". A palavra panteles é formada de pan ("tudo") e teles ("fim") e expressa a natureza da salvação em Cristo de uma forma sem igual. Pois o Senhor nos salva completamente (de e em tudo) e nos salva eternamente (para e até o fim). Os tradutores ficam em dúvida na hora de escolher a melhor palavra em português que expresse adequadamente essa completude da salvação de Jesus. Mas todas as escolhas expressam uma salvação perfeita na abrangência e/ou no tempo. Perfeitamente, completamente, perpetuamente, agora e sempre, absolutamente, e definitivamente são algumas das palavras utilizadas. Gosto de uma tradução católica que diz "levar a termo a salvação".

Uma coisa é certa: quando Jesus salva, Ele salva completamente. Salva da natureza, do poder, da culpa, da punição e da presença do pecado. Salva agora, para sempre, em todo tempo, em todos os lugares, em qualquer circunstância. Salva em todos os graus e para todos os fins e propósitos. Ele salva completamente, espírito, alma, corpo, mente, coração. Quando Jesus salva, não resta mais nada para salvar e salva de tal forma que não estamos mais salvos hoje do que sempre estaremos.

E porque é assim? Porque Jesus vive para sempre e sempre intercedendo por nós. Duvidar de que nossa salvação é completa e eterna, é por em dúvida as credenciais de nosso representante junto Pai. É admitir o absurdo de que o Pai e o Filho estão em desacordo e que por isso Sua intercessão pode falhar. Glória a Deus que isto não é assim e o escritor de Hebreus nos dá essa certeza!

Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus. Hb 7:26

Soli Deo Gloria
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Esta nova série visa destacar alguns comentários publicados neste blog. Coerente com o espírito democrático do Cinco Solas, o critério para escolha dos comentários não é a pessoa de quem o fez, e nem se mesmo concorda com a linha teológica do Cinco Solas, mas a relevância do que foi dito. E é claro que a publicação não significa endosso ou apoio do editor do Cinco Solas ao que foi dito.

Os comentários poderão ser publicados parcialmente, destacando o ponto de interesse. Mas não serão editados, excetos para eventuais acertos de português. Mais um detalhe: não serão destacados comentários feitos anonimamente.

Para estrear a série, escolhemos o último comentário feito até a redação deste post:

"Bom seria que todo aquele que é contra o calvinismo, que o conhecesse primeiro para depois fazer juízo de valor. É uma posição centrada na graça e soberania de Deus, que anula todo o nosso "eu" e isso dói muito para muitas pessoas que gostam de se vangloriar no que fazem. O calvinismo não anula a vontade humana, por nós tratada de "Livre Agência", quando no seu quinto ponto fala da "Perseverança na Santidade". Perseverar na santidade é um ato da vontade humana, fazer missões também é um ato da vontade humana. E vaí po aí a afora! O calvinismo preserva a palavra de Deus como centro da vida humana e não as experiências pessoais ou novas revelações como acontece na maioria dos movimentos dos dias atuais."
Ubirajara Quintino
Pastor Presbiteriano, Pentecostal e Reformado em Americana, SP
In:
Como "me reformei"
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Mas, Deus controla não apenas o curso da natureza e dos grandes eventos da história. Como temos visto, Ele se envolve com cada detalhe também. Assim, encontramos na Escritura que Deus controla o curso de cada vida humana. Como poderia ser diferente? Deus controla todos os eventos naturais em seus mínimos detalhes, incluindo os aparentes eventos fortuitos. Ele controla a história das nações e da salvação humana. Contudo, estes governam uma grande extensão de eventos da nossa vida diária. Mas, se do contrário, Deus não controla um vasto número de vidas humanas individualmente, seria difícil imaginar como Ele conseguiria controlar os grandes desenvolvimentos da história.

John M. Frame
In: Traductione Reformata
terça-feira, 8 de setembro de 2009

E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro. Ap 22:19 ACF

Um leitor deste blog, após ler o artigo "O Livro da Vida foi escrito a lápis?", fez uma pergunta sobre o versículo acima, pois numa pregação em sua congregação pentecostal o mesmo foi utilizado "para afirmar que os nomes podem ser tirados do livro da vida". Prometi comentar a referida passagem e o faço agora.

Apocalipse 22:19 está envolto numa controvérsia textual. Em várias traduções, ao invés de Livro da Vida, a expressão utilizada é Árvore da Vida. É assim que a Almeida Revisada da Imprensa Bíblica do Brasil, as Revista e Corrigida e Revista e Atualizada da SBB, a versão da Sociedade Bíblica Britânica e a Nova Versão Internacional traduzem a expressão.

Qual a fonte dessa divergência? O Textus Receptus, que é seguido pela ACF, trás a expressão "απο βιβλου" enquanto que outros textos trazem "απο του ξυλου". O erro começou com Erasmo, quando para fornecer uma cópia em grego dos seis últimos versos de Apocalipse, os quais faltavam na única cópia que tinha em mãos, ele os traduziu para o grego a partir da Vulgata latina. A cópia da Vulgata que ele tinha também continha um erro de transmissão, pois um copista havia transcrito a palavra correta ligno (árvore) como libro (livro). O texto bizantino trás "ἀπὸ τοῦ ξύλου" e a edição de Screvenir do Textus Receptus, de 1881, indica esta expressão como variante. Para ler esses textos gregos recomendo o site Bible.Logos.

Reforça a tese de que a expressão correta é Árvore da Vida e não Livro da Vida a afirmação "Deus tirará a sua parte". Os crentes não são referidos como tendo parte no Livro da Vida e sim como tendo seus nomes inscritos lá. Árvore da Vida também é reforçada pelo verso 14, que diz "bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas".

Portanto, é muito improvável que Ap 22:19 esteja tratando do Livro da Vida, o argumento de que o crente pode ter seu nome apagado do Livro da Vida baseado nesse verso é muitíssimo frágil, tanto que deve ser colocado de lado.

Admitindo, portanto, que a expressão Livro da Vida é um erro de transmissão, resta ainda a pergunta: se alguém pode ter sua parte tirada da Árvore da Vida, significa que o crente pode perder a salvação? Creio que não. Deus conhece os corações e Ele sabe separar ignorância e imaturidade de rebelião. O que assegura o direito de participar da Árvore da Vida e entrar na Cidade Santa é lavar as vestiduras no sangue do Cordeiro (Ap 22:14).
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
O Puritanismo era, acima de tudo, um movimento em favor da Bíblia. Para os Puritanos, a Bíblia era realmente a mais valiosa possessão no mundo. Suas mais profundas convicções eram que a reverência a Deus leva à reverência à Bíblia, e que servir a Deus significa obedecer a Bíblia. No parecer deles, pois, não pode haver insulto maior ao Criador do que negligenciar sua Palavra escrita; e, por outro lado, não pode haver um mais autêntico ato de homenagem a Deus do que prezar a Bíblia e estudá-la cuidadosamente, e então vivenciar os seus ensinamentos e anunciá-los. Uma intensa veneração pelas Escrituras, como a Palavra viva do Deus vivo, e um devotado interesse em saber e cumprir tudo quanto ela prescreve eram o selo de autenticidade do Puritanismo.

J. I. Packer
In: Entre os gigantes de Deus, Editora Fiel.
domingo, 6 de setembro de 2009
Só Jesus salva para sempre. Com Ele, uma vez salvo, sempre salvo. Mas nós e o blogger precisamos fazer backup. Aprendi isso quando o Cinco Solas ficou sem comentários. Procurei e procurei o motivo, mas não teve jeito. E mesmo se achasse não tenho certeza de que conseguiria consertar.

Então fui em busca que uma cópia atualizada do meu template. Encontrei uma, mas não atualizada. Fazer o que, melhor que nada. Upei a dita e fiz os ajustes que lembrei. Mas sei que perdi umas duas mexidas.

Não perdi nenhum post e nenhum comentário se desintegrou no éter da blogsfera. Então, o principal se salvou. Mas posso ter perdido algum blog amigo adicionado mais recentemente, por exemplo. Sendo assim, caso alguém se sinta excluído de alguma coisa aqui, por favor me avise.

Para isso, pode usar os comentários, que voltou a funcionar! Aproveito para dizer que qualquer comentário é sempre bem vindo, mesmo que seja prá descer o porrete. A única coisa que se pede é cordialidade e educação, não é pedir demais, né?
99. 0 que Deus exige no terceiro mandamento?

R. Não devemos blasfemar ou profanar o santo nome de Deus por maldições (1) ou juramentos falsos (2) nem por juramentos desnecessários (3). Também não devemos tomar parte em pecados tão horríveis, ficando calados quando os ouvimos (4). Em resumo, devemos usar o santo nome de Deus somente com temor e reverencia (5) a fim de que Ele, por nós, seja devidamente confessado (6) , invocado (7) e glorificado por todas as nossas palavras e obras (8).

(1) Lv 24:15,16. (2) Lv 19:12. (3) Mt 5:37; Tg 5:12. (4) Lv 5:1; Pv 29:24. (5) Is 45:23; Jr 4:2. (6) Mt 10:32; Rm 10:9,10. (7) Sl 50:15; 1Tm 2:8. (8) Rm 2:24; Cl 3:17; lTm 6:1.

100. Será que blasfemar o nome de Deus por juramentos e maldições é um pecado tão grande, que Deus se ira também contra aqueles que não se esforçam para impedir e proibir tal coisa?

R. Claro que sim, pois não há pecado maior ou que mais provoque a ira de Deus do que blasfemar seu nome. Por isso, Ele mandava castigar este pecado com a pena da morte (1).

(1) Lv 24:16; Ef 5:11.
sábado, 5 de setembro de 2009
Se alguém espera que as Escrituras deveriam ter sido escritas levando em conta opiniões, noções e especulações, a fim de tornar os homens habilidosos e espertos, capazes de falar e disputar, esse alguém está equivocado. A Bíblia nos foi dada para tornar-nos humildes, santos e sábios quanto às realidades espirituais; para dirigir-nos quanto aos nossos deveres, libertar-nos de nossas tentações, consolar-nos nas nossas tribulações, e fazer-nos amar a Deus e viver para Ele. Com esse propósito, há, de forma gloriosa, mais poder e eficácia em uma epístola, em um salmo ou em um capítulo, do que em todos os escritos dos homens...

John Owen (1616-1683)
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
O título é esse mesmo. Por alguma razão desconhecida, de repente o Cinco Solas deixou de exibir o formulário de comentários. O Ednaldo chamou minha atenção para isso e o Helder tentou e também não conseguiu. Eu também não consegui.

Testei uma saída paliativa: coloquei o formulário como popup e parece que assim funciona. Mas não considero o problema resolvido, pois ao se clicar no título de alguma postagem, desaparece tudo o resto, só fica a postagem.

Se alguém tem idéia do que houve e como solucionar, não deixe este "copy-and-paster" de template na mão.
Também estamos resolvidos a pregar apenas a Palavra de Deus. Em grande parte, a alienação das massas ao ouvir o evangelho se explica pelo triste fato de que nem sempre é o evangelho que ouvem quando se dirigem aos lugares de culto, e tudo o mais fracassa em fornecer o que suas almas precisam. Será que você nunca ouviu falar de um rei que fez uma série de grandes banquetes e convidou muitas pessoas, semana após semana? Ele tinha um bom número de servos encarregados de servir sua mesa; e, nos dias marcados, estes saíram e falaram com as pessoas. Mas, de alguma forma, depois de um tempo a maior parte das pessoas não vinha às festas. O número de convidados que comparecia era decrescente; a grande massa de cidadãos dava as costas aos banquetes. O rei indagou e descobriu que o alimento providenciado não parecia satisfazer os homens que vinham olhar os banquetes e, por isso, não vinham mais. Ele resolveu examinar pessoalmente as mesas e os alimentos servidos. Viu muita coisa fina e muitas peças expostas que não eram de seus armazéns. Olhou a comida e disse: "Mas o que é isso? Como esses pratos chegaram aqui? Não são do meu suprimento. Meus bois cevados foram mortos, mas não vejo carne de animais engordados, e sim carne dura de gado magro e faminto. Os ossos estão aqui, onde está a gordura e o tutano? O pão também é de má qualidade, onde está o meu que é feito do melhor trigo? O vinho está misturado com água, e a água não é de um poço limpo".

Um dos presentes respondeu: "Ó rei, achamos que o povo estaria farto de tutano e gordura, assim lhes demos osso e cartilagem para pôr seus dentes à prova. Achamos também que estariam cansados do melhor pão branco, por isso assamos uns poucos em nossas casas, nos quais deixamos o farelo e a casca dos cereais. É opinião dos doutos que nosso alimento é mais adequado a esses tempos do que aquele que vossa majestade prescreveu há tanto tempo. Em relação aos vinhos com borra, o gosto dos homens não é esse na época atual; além disso, um líquido tão transparente como a água pura é uma bebida leve demais para homens que estão acostumados a beber do rio do Egito, cujo gosto é do barro que vem das montanhas da Lua".

Assim, o rei entendeu porque as pessoas não vinham aos banquetes. Será que esse é o motivo pelo qual a casa de Deus tem se tornado tão desagradável para uma grande parcela da população? Creio que sim. Será que os servos do Senhor têm picado seus restos de miscelâneas e pequenas máculas para com isso fazer uma carne cozida para os milhões de fiéis, e, por isso, estes se afastam? Ouça o resto da minha parábola. O rei indignado exclamou: "Esvaziem as mesas! Joguem todo esse lixo para os cães. Tragam os barões da carne, mostrem minha comida real. Tirem essas bugigangas do salão e aquele pão adulterado da mesa e lancem fora a água do rio barrento". Eles fizeram como o rei mandou, e se minha parábola estiver certa, logo houve um rumor pelas ruas de que verdadeiras delícias reais eram oferecidas ali, o povo encheu o palácio e o nome do rei tornou-se de grande excelência por toda terra. Vamos experimentar esse plano. Quem sabe logo estaremos nos regozijando em ver o banquete do Mestre cheio de hóspedes.

Charles Spurgeon
In: Preparado para o combate da fé
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Nenhum homem, ou homens, com o seu próprio entendimento, pode compreender as Escrituras sem a ajuda daquele Secretário Celeste. Foi Ele quem ocultou os tesouros do conhecimento naquele campo, e somente Ele sabe onde estão enterrados esses tesouros. Logo, quão proveitoso é, por meio da oração, destrancar o coração de deus, obtendo a chave do conhecimento que abre o escritório de Deus, permitindo-nos examinar todas as suas anotações e todos os seus documentos.

Thomas Goodwin (1600-1676)
In: Works IV, 302.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
É brincadeira o que alguns pregadores estão fazendo com o texto bíblico, usando e abusando de alegoreses, tudo em nome de uma pseuda revelação espiritual na leitura texto sagrado. São verdadeira aberrações interpretativas, que fazem a própria Bíblia gemer.

Pregadores precisam entender, que como porta vozes de Deus, devem ser fiéis ao que o texto bíblico realmente diz, considerando as questões históricas e gramaticais, para só então fazer a devida aplicação, sem maiores apelações.

É incrível o que alguns conseguem fazer com vasos, panelas, peixe frito, fogueiras, camas, colunas, árvores, cachorros lambendo chagas, túnicas, varas, potes, etc.

Criatividade sem responsabilidade, em termos de interpretação e pregação bíblica, é algo muito sério. Dizer o que Deus não disse na Bíblia, é agressão, deturpação e manipulação textual. É falta de temor.

Longe de demonstrar capacidade criativa, o que os tais pregadores/ensinadores fazem, são, na realidade, aberrações interpretativas.

Esse tipo de alimento não nutre a igreja, só enche barriga.

Leia sobre Interpretação Bíblica em:

A HERMENÊUTICA DE CALVINO (Martorelli Dantas)
A HERMENÊUTICA DE BULTMANN (Esdras Bentho)
HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO CRISTÃ DA BÍBLIA (Monergismo)
INTERPRETAÇÃO ALEGÓRICA Wikipédia)
LUTERO AINDA FALA: UM ENSAIO EM HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA (Augustus Nicodemus)

Autor: Pr. Altair Germano
Fonte: Blog do Autor
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Já falei em algum lugar que occalvinista é um ser folclórico. É o currupira eclesiástico, o unicórnio da fé. Citei estórias de pessoas preocupadas porque os calvinistas estavam ensinando “premonição” na igreja, e não duvido que alguém esteja investigando seriamente atentados terroristas causados por estes fanáticos da predestinação.

Mas não era isso o que eu queria dizer. Lembrei-me de um episódio que merece ser relatado. Estava eu passeando no pátio de uma escola quando encontro o Júnior. Ele é um típico estudante colegial, com a ingenuidade daqueles que acreditam em todos. Eu pensei em associar o fato de ser estudante colegial com a ingenuidade, mas logo percebi que isso não existe. O importante é que oJúnior era assim.

Abriu um sorriso de longe para mim, mas logo percebeu o que estava fazendo e fechou a expressão. Chegou bem perto e falou em tom sigiloso: “Ei Allen, é verdade que você está acreditando nesse negócio de calvinismo”?

Era isso. Alguém espalhou a notícia de que eu estava crendo nas perigosas doutrinas da Graça, e o Júnior, coitado, logo se preocupou comigo. Falou em tom confidente, meio preocupado com a minha postura, meio vigilante para não ser ouvido ao falar sobre o assunto.

A predestinação é tabu maior que sexo em algumas igrejas. Esta lá a irmãzinha psicóloga ou sexóloga a rasgar o verbo em suas elucubrações sobre a prática sexual e a sua importância no contexto do casamento, bem como sobre a validade da educação sexual nas escolas, e o debate sobre “detalhes picantes” entre adolescentes da igreja. Mas falar de predestinação já é demais.

Voltei os olhos para o garoto. Aquela pergunta era muito emblemática. Ele nem falou “acredita”, usou a expressão “está acreditando”. Então respondi em alto e bom som: “Mas é claro que eu creio nisso, cara!”. Ele murchou com uma flor de copo d'água. Saiu cabisbaixo. Eu me tornara um terrorista.

Autor: Allen Porto
Fonte: A Bíblia, o jornal e a caneta