Popular Posts

Blogger templates

Blogger news

Blogroll

About

Blog Archive

Tecnologia do Blogger.

Seguidores

Pesquisar

sábado, 26 de abril de 2008
COMO O PRÓPRIO TERMO INDICA, a teologia histórica, também conhecida como história da teologia ou história da doutrina, tem estreita conexão com duas áreas muito importantes: a história da Igreja e a teologia cristã.

Levanta-se então a seguinte pergunta: A teologia histórica é primordialmente história ou teologia? Qual das duas ênfases é predominante? Variam as posições dos autores sobre essa questão, mas não seria incorreto dizer que ela tem estreita e igual conexão com essas duas áreas correlatas. Inicialmente, é necessário considerar como a teologia histórica se encaixa nas subdivisões dos estudos históricos do cristianismo. A história da Igreja é a mais ampla das disciplinas que tratam do passado cristão. É o estudo da caminhada e do desenvolvimento da Igreja através dos séculos, em muitas áreas diferentes: missões e expansão geográfica; culto, liturgia e sacramentos; espiritualidade e vida cristã prática; organização, estrutura e forma de governo; pregação, arquitetura e arte sacra; relacionamento com a sociedade, a cultura e o Estado. Enfim, pode-se afirmar que a história da Igreja ou do cristianismo inclui tudo o que a Igreja faz no mundo, sendo essencialmente um estudo e uma narrativa de eventos, personagens e movimentos. Inclui o que hoje se denomina história institucional e história social.

Todavia, a história da Igreja, além de analisar a prática da Igreja, também aborda seu pensamento, aquilo que ela ensina. Isto se relaciona mais concretamente com a teologia histórica. Os tópicos acima podem ser considerados com base em duas perspectivas. Por exemplo: a prática da Igreja na área de missões (história da Igreja) e a reflexão que ela faz sobre sua missão (história da teologia), ou a evolução de suas práticas litúrgicas (história da Igreja) e a reflexão sobre o significado do culto e da liturgia (teologia histórica). Esse estudo do pensamento e do ensino da Igreja pode ter várias abordagens.

A história do dogma é a análise de certos temas doutrinários particulares que receberam uma definição oficial e normativa da Igreja. Alguns historiadores entendem que apenas três áreas de doutrina se inserem na história do dogma: a doutrina da Trindade (definida nos Concílios de Nicéia e de Constantinopla), a doutrina da pessoa divino-humana de Cristo (Concílio de Calcedônia) e a doutrina da graça ou, mais especificamente, a relação entre a graça divina e a vontade humana no que se refere à salvação.

No outro extremo está a história do pensamento cristão, que identifica um vasto campo de investigação, incluindo tópicos que estão além dos limites da teologia clássica, como certas questões filosóficas, éticas, políticas e sociais. Os estudiosos também empregam os termos “história das idéias” e “história intelectual” para se referir a esse contexto mais amplo dentro do qual se insere a teologia histórica.

A história da teologia não tem um campo tão limitado como a história do dogma, nem tão amplo como a história do pensamento cristão, mas usa ambas as áreas em sua elaboração. Seu objetivo é considerar o corpo de doutrinas existente na vida da Igreja em cada período da história.

Em contrapartida, é necessário verificar como a teologia histórica se posiciona no outro campo de estudo com o qual está relacionada: a teologia cristã. Ao se considerar a chamada “enciclopédia teológica”, ou seja, o conjunto de disciplinas que se dedicam ao estudo da teologia, é comum fazer a seguinte classificação:

• Estudos bíblicos: trata-se do estudo do texto das Escrituras — a fonte primordial da teologia cristã — nos aspectos literários, históricos e teológicos, o que inclui sua interpretação através da hermenêutica e da exegese. Aqui também pode ser incluída a “teologia bíblica”, que é o esforço de identificar as idéias teológicas de cada documento ou autor das Escrituras: a teologia dos salmos, a teologia de Paulo etc.

• Teologia sistemática: é o esforço de apresentar os dados da teologia de maneira organizada, até mesmo para fins didáticos. No seu sentido tradicional, busca apresentar um panorama claro e ordenado dos principais temas da fé cristã, seguindo com freqüência o padrão do Credo dos apóstolos, ou seja, indo desde a doutrina de Deus até a das últimas coisas ou escatologia.

• Teologia filosófica: é o ramo da teologia que busca encontrar um terreno comum entre a fé cristã e outras áreas de atividade intelectual. Historicamente tem havido aproximação entre a teologia e a filosofia em alguns períodos específicos (patrístico, escolástico, moderno) e em torno de certos tópicos particulares, como a doutrina de Deus. Em contrapartida, em todas as épocas, destacados pensadores cristãos têm expressado reservas em relação à filosofia (dois exemplos antigos são Irineu de Lião e Tertuliano de Cartago; um exemplo moderno é o teólogo neo-ortodoxo Karl Barth).

• Teologia pastoral: esse aspecto da teologia preocupa-se em aplicar os dados da teologia bíblica e sistemática às necessidades do ministério pastoral, especialmente na orientação e no cuidado dos indivíduos que compõem a Igreja ou que são objeto da sua atuação. Também é chamada teologia prática e inclui a pregação, a educação cristã e o aconselhamento.

Finalmente, chega-se à teologia histórica, que, na definição do autor irlandês Alister McGrath, “é o ramo da investigação teológica que objetiva explorar o desenvolvimento histórico das doutrinas cristãs e identificar os fatores que influenciaram sua formulação”. Em outras palavras, a história da teologia documenta as respostas às grandes questões do pensamento cristão e ao mesmo tempo procura explicar os fatores que contribuíram para a elaboração dessas respostas. Esse campo de estudos surgiu no século XVI, no contexto da Reforma Protestante, principalmente por razões polêmicas. Nos intensos debates sobre o que era autenticamente cristão, tornou-se decisivo verificar a continuidade entre as reformas protestante e católica e a Igreja antiga.

A história da teologia é uma ferramenta pedagógica tendo em vista que oferece informações sobre o desenvolvimento dos grandes temas teológicos, os pontos fortes e fracos das diferentes abordagens e os marcos mais notáveis do pensamento cristão, em termos de autores e documentos. É também uma ferramenta crítica, pois permite ver as falhas, as limitações e os condicionamentos de certas formulações doutrinárias, o que possibilita seu contínuo aperfeiçoamento.

Geoffrey W. Bromiley observa que a teologia histórica não é simplesmente uma história da teologia cristã, mas ela mesma implica fazer teologia. A teologia ou a doutrina cristã pode ser conceituada como a palavra da Igreja sobre Deus em resposta à Palavra de Deus à Igreja, ou como as palavras humanas com as quais a Igreja procura testemunhar da Palavra de Deus. Portanto, a tarefa teológica envolve quatro pólos: Deus, as Escrituras, a Igreja e o mundo. Sendo a teologia uma tarefa da Igreja e dos cristãos, ela exige envolvimento e participação responsável, objetivando engrandecer a Deus, valorizar sua revelação e contribuir para o ministério e a missão da Igreja.

Ainda conceituando a teologia, Roger Olson faz algumas observações pertinentes: A teologia é inevitável na medida em que o cristão (ou qualquer outra pessoa) procura pensar de modo coerente e inteligente a respeito de Deus. E não somente é inevitável e universal, como também valiosa e necessária. Sem a reflexão formal a respeito do significado do evangelho da salvação que é parte da teologia, ele se degeneraria rapidamente para a condição de mera religião folclórica e perderia toda a sua convicção da verdade e sua influência sobre a igreja e a sociedade.

Como tal, a teologia não é uma atividade meramente especulativa de pensadores isolados numa torre de marfim. Toda crença cristã relevante surgiu por razões urgentes e práticas, em resposta a desafios internos e externos. Além disso, toda obra de teologia e história da doutrina é um reflexo das pressuposições teológicas do escritor. Nessa área não existe a possibilidade de neutralidade ou objetividade plena. Todavia, mesmo que obedeça aos seus pressupostos e compromissos, todo teólogo tem a responsabilidade de considerar atentamente as contribuições do passado antes de oferecer respostas e reflexões próprias.

Os estudiosos expressam diferentes opiniões ao falarem sobre o objetivo específico da teologia histórica. Roger Olson opina que a história da teologia é essencialmente a história da reflexão cristã sobre a salvação e tudo o que está associado a ela.8 Para ele, então, a soteriologia é o fio condutor dessa história. Por sua vez, Bengt Hägglund considera que a teologia histórica é a análise de como a regra de fé cristã (a confissão cristã original) tem sido interpretada na história e no contexto de diferentes grupos. Essa “regra de fé” consistia em um resumo de vocabulário variável, mas de conteúdo definido, que destacava as verdades centrais da fé cristã na forma de pequenos credos usados na Igreja antiga.

Por sua natureza, ou seja, o estudo de dois mil anos de reflexão teológica cristã, a teologia histórica é um campo extremamente vasto. Como este livro pretende apenas traçar os contornos básicos dessa história, ele não terá o grau de detalhe encontrado em outros livros sobre o assunto, buscando tão-somente destacar os elementos mais salientes de cada período.

Isso significa que diversos temas e personagens foram omitidos ou são abordados apenas de passagem, especialmente no que diz respeito ao período moderno e contemporâneo, quando o campo da teologia se tornou extremamente complexo e diversificado.

O principal texto utilizado neste levantamento foi História da teologia cristã, de Roger Olson. De fato, boa parte de muitos tópicos consiste em uma síntese dessa excelente obra. Todavia, em alguns tópicos, como os que tratam da teologia reformada ou calvinista, foi dada uma orientação diferente. Além disso, foram incluídos vários temas não abordados por esse autor.

Outras fontes bastante utilizadas foram, pela ordem: Uma história do pensamento cristão, de Justo L. González; Teologia sistemática, histórica e filosófica, de Alister McGrath; Pensamento cristão, de Tony Lane; e Teologia dos reformadores (no tópico sobre João Calvino), de Timothy George. Para os dados bibliográficos completos dessas e outras obras, consulte as referências no final do livro.

Vale lembrar que os bons livros de história da Igreja também apresentam material relevante sobre teologia histórica. Outras fontes valiosas são periódicos de teologia e sites da Internet (veja exemplos na seção “Referências bibliográficas”).

Como já foi apontado, no final de cada subdivisão de capítulo são oferecidas informações bibliográficas sobre fontes primárias (documentos históricos) e secundárias (estudos de especialistas) disponíveis em português. As principais coletâneas de textos primários, notadamente para o período patrístico, são as seguintes: Antologia dos santos padres, de Cirilo Folch Gomes; Documentos da Igreja cristã, de Henry Bettenson; e a coleção Patrística da Paulus Editora. Infelizmente, há grande carência de coleções de fontes primárias em português para os outros períodos da história da teologia. Quanto às fontes secundárias, as obras incluídas na
bibliografia podem ser classificadas nas seguintes categorias: panoramas gerais (Berkhof, Elwell, González, Lane, McGrath, Olson, Tillich), história da Igreja (Clouse e outros, Elwell,11 Irvin e Sunquist, Noll), patrística (Altaner e Stuiber, Campenhausen, Cavalcante, Figueiredo, Frangiotti, Hall, Hamman, Kelly, Liébaert, Moreschini e Norelli, Padovese, Spanneut), Reforma Protestante (George, McGrath) e teologia contemporânea (Costa, Grenz e Olson, Gundry, Mondin, Sanders).

É importante destacar que a história da teologia pode ser estudada tomando-se por base duas abordagens: temática e cronológica. A primeira considera separadamente cada um dos grandes temas da teologia cristã (Deus, Cristo, o ser humano, a salvação, a Igreja etc.), mostrando como ele foi estudado ao longo dos séculos. A segunda perspectiva considera os principais autores e tópicos de discussão em cada período da história, começando com a Igreja antiga e prosseguindo até o período moderno. Este livro adota a última abordagem.
Adquira essa obra em http://www.mundocristao.com.br
terça-feira, 22 de abril de 2008

Como pode Deus soberanamente escolher uns e rejeitar outros se a Bíblia diz que Ele não faz acepção de pessoas? É um questionamento justo e vou tentar respondê-lo.

Primeiro vamos diferenciar parcialidade de parcialidade injusta. Deus seria injustamente parcial se Ele não tratasse as pessoas de acordo com seu caráter, mas que retivesse de alguns aquilo que lhe é de direito e desse a outros o que não é justamente deles, guiado por preconceito e motivos sinistros. Mas Ele sempre age baseado em lei e justiça. O Senhor não escolhe um e rejeita outro por causa de raça, nacionalidade, riqueza, poder, nobreza, etc. Mas Ele estará sendo parcial se daquilo que não é direito de ninguém, Ele der a alguns e não a outros. Veremos que Deus é parcial, mas não injustamente parcial.

É um fato que no Seu governo sobre tudo e sobre todos Ele não confere os mesmos e iguais favores a todas as pessoas. A experiência nos mostra, e as Escrituras confirmam que há variação na distribuição dos favores divinos. Observar os homens nos leva à conclusão de que há diferenças entre eles quanto à forma e intensidade em que são favorecidos por Deus. Não dá para negar isso.

Uma criança nasce saudável, em um lar rico, com pais bons e sábios, que os criam desde pequenas nos caminhos do Senhor, quando adultas tornam-se pessoas honradas e abençoadas. Outra, porém, nasce doente e em pobreza, filha de pais alcoólicos e depravados, que não lhe dão a mínima educação, abandonando-a em um crescimento sem contato com a verdade do Evangelho. Suas chances de levar um tiro são maiores que a de entrar para universidade. Uma cresce com um coração susceptível e sobram-lhe oportunidades de ouvir o Evangelho e ser por ele transformadas em novas criaturas. Outra desenvolve paixões violentas e inclinações para o mal, aparentemente herdadas. Qualquer pessoa honesta e sem preconceito dirá que se trocassem de “nascimento”, trocariam também de características. Deus colocou pessoas sob influências extremamente diferentes, os resultados também são diferentes. Claro que você pode afirmar que Deus não intervém no nascimento de alguém, e que essas condições diferentes são obra do acaso cego, mas aí se estaria aproximando mais do ateísmo que do teísmo bíblico.

Observe a história, e notará que Deus não tem tratado a todos de igual maneira. Apareceu a Moisés, mas não a Hamurabi. Apareceu a Saulo em Damasco de forma diferente da que se apresentou a Pilatos. Os americanos foram colonizados pelo peregrinos puritanos, que traziam no coração a Palavra de Deus, o Brasil pelos idólatras portugueses, aos quais se somaram os paganismo dos africanos e índios brasileiros.

Olhemos para a Bíblia. Deus deu bênçãos a Israel que não deu à Pérsia. Embora os judeus fossem uma nação pequena e desobediente, Deus conferiu a eles favores que não estendeu a outros povos que haviam no mundo:

“De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos escolhi...” Os 3:2

“Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos. Aleluia!” Sl 147:20

Não havia nada nos judeus que justificasse Deus tê-los escolhidos como Seu povo peculiar. Da mesma forma, hoje quando Deus revela a Sua vontade a uns e deixa os outros em seu estado de pecado, não há nada neles mesmo que os distinga:

“Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” Mt 11:25-26

Interessante observar que aquilo que os arminianos consideram injusto, para Jesus é motivo de ação de graças e para o Pai é do Seu agrado.

Muito embora Deus dispense tratamento diferenciado, isto não o torna injusto, pois o que Ele dá a uns e não dá a outros são favores de graça e não de débito. Deus não está sob obrigação nenhuma de dar a quem quer que seja qualquer bênção. Ele não seria Deus e não seria soberano se houvesse qualquer coisa que lhe fosse imposta. Tudo o que Deus faz é porque quer, e tudo o que quer, ele faz. Assim, o Todo-Poderoso não deve nada a ninguém.

“Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.” Jó 41:11

Qualquer coisa que Deus dê a alguém é mais que esse alguém mereceu. Ninguém até hoje recebeu do Senhor menos que merecia. Logo, ninguém pode acusá-lo de injusto. A situação de todos os homens é tal que Deus fazê-los perecer no inferno é simples aplicação de Sua justiça. E se sobre alguns Ele não aplica o castigo merecido, mas por Sua graça os elege para a salvação, não há injustiça nenhuma, pois ninguém recebeu menos do que merecia. Agostinho explica isso com as seguintes palavras:

“Danação é destinada aos perversos a título de débito, de justiça e de merecimento, enquanto que a graça dada àqueles aos quais é entregue é livre e imerecida, de modo que o pecador condenado não possa alegar que não merece o castigo, nem o santo gabar ou vangloriar como se fosse merecedor da recompensa. Assim, em todo o desenrolar deste procedimento, não há discriminação de pessoas. Aqueles que são condenado e os que são libertos constituíram ambos, originalmente, somente um bando infectado e condenáveis à vingança. Daí o homem justificado aprender que a condenação do resto é o que teria sido o seu próprio castigo, não tivesse ele sido resgatado pela graça de Deus”.

Da mesma forma Calvino diz que:

“O Senhor, portanto, pode dar Sua graça a todos a quem Ele queira, porque Ele é misericordioso, e contudo não dá a todos porque Ele é um juiz justo; Ele pode manifestar a Sua graça livre ao dar a alguns o que eles não merecem nunca, enquanto que não dando a todos Ele declara o demérito de todos”.

A palavra parcial não pode ser aplicada no âmbito da graça, apenas da justiça, onde os envolvidos na demanda tem direitos e deveres. Por exemplo, podemos dar esmola a um mendigo e não dar a outro, pois não devemos nada a nenhum deles. Mas se devemos a dois credores, temos obrigação de pagar a ambos. A natureza da graça requer que ela seja livre. Se alguém pudesse demandá-la justamente, ela deixaria de ser graça para ser dívida. E como dissemos acima, a soberania de Deus implica que ele não deve nada a ninguém.

Este caráter livre da graça é maravilhosamente expresso na conclusão da parábola dos trabalhadores:

“Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom? Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Mt 20:13-16

Dar o pagamento devido a cada um é aplicar a justiça. Exercer misericórdia sobre aqueles que não a mereciam jamais é ser bom, gracioso. Assim, reconhecemos que a doutrina da predestinação faz de Deus parcial, mas negamos que o faça injustamente parcial.

Rapidamente, vejamos algumas passagens que se referem ao fato de Deus não fazer acepção de pessoas:

“Quanto menos àquele que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre; porque todos são obra de suas mãos.” Jó 34:19

“E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas.” Ef 6:9


Aqui a Bíblia está afirmando que Deus não trata diferentemente alguém por causa de sua posição social ou riquezas. Isto está de acordo com o exposto acima, pois a ninguém Deus escolhe ou rejeita com base nesses critérios.

“Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas” At 10:34

Pedro até então entendia que o Reino de Deus pertencia unicamente aos judeus. Após a visão dos animais imundos que desciam do céu em um lençol, ele foi convencido a ir até a casa de Cornélio, onde reconheceu que Deus não escolhia os seus com base na nacionalidade. O que está de acordo com o exposto acima.

“Porque para com Deus não há acepção de pessoas.” Rm 2:11

“pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas.” Cl 3:25

“Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” 1Pe 1:17

O contexto dessas passagens julgamento, ou seja, aplicação de Sua justiça. Como dissemos, se na aplicação da justiça Deus for parcial, então Ele estará sendo injusto. Mas a graça a livre e está relacionada à misericórdia divina, e não à Sua justiça.