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terça-feira, 31 de agosto de 2010
Ele pode fazer o que quiser com suas criaturas. Quem poderá discutir com ele? Quem pedirá a ele uma razão por seus feitos? "Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?" (Dn 4.35). Deus se assenta para julgar na corte suprema; ele chama os monarcas da terra para julgamento e não tem de dar uma razão de seus procedimentos. "Deus é o juiz; a um abate, a outro exalta" (SI 75.7). Ele tem a salvação e a perdição em suas mãos. Ele tem a chave da justiça consigo para prender quem desejar na prisão terrível do inferno e tem a chave da misericórdia em sua mão para abrir a porta dos céus para quem ele desejar. O nome gravado em suas vestes é: "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Ap 19.16). Ele se apresenta como o Senhor soberano, quem pode lhe pedir satisfação? "Farei toda a minha vontade" (Is 46.10). O mundo é o bispado de Deus, não faria o que quisesse em seus domínios? Foi ele quem fez o rei Nabucodonosor comer grama e lançou no inferno os anjos que pecaram. Foi ele quem quebrou a cabeça do império babilónico. "Como caístes do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como fostes lançado porteira, tu que debilitavas as nações!" (Is 14.12). "Até aqui virás e não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas?" (Jó 38.11). Deus é o monarca supremo e todo o poder reside originalmente nele. "Não há autoridade que não proceda de Deus" (Rm 13.1). Os reis possuem coroa por causa dele: "Por meu intermédio, reinam os reis" (Pv 8.15).

Thomas Whatson
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Certa vez, o Senhor escolheu 70 discípulos e os enviou aos pares para as cidades que ele pretendia visitar, dando-lhe ordem para que curassem os enfermos. Quando voltaram, eles estavam extasiados, pois segundo disseram “Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lc 10:17). Então Jesus lhes diz que maior razão têm para se alegrar em terem seus nomes escritos no céu. Com isso, aprendemos que podemos nos gloriar, mas pelos motivos certos. Paulo aprendeu isso de uma forma bem mais dolorosa.

1. Paulo tinha de que se gloriar

Se há um cristão que poderia se gloriar de experiências com o Senhor, esse alguém era Paulo. Ele recebia “visões e revelações do Senhor” (2Co 12:1). Não sendo um dos doze apóstolo, não andou com Jesus e por isso não recebeu as instruções gerais nem as privilegiadas que Jesus dava aos seus discípulos em seu ministério terreno. Além disso, quando ele exerceu o seu ministério, nenhum dos quatro evangelhos havia sido ainda escritos, com a improvável exceção de Marcos. Por isso, quando foi chamado pelo Senhor, precisou receber revelações especiais de Jesus. Uma delas foi a respeito da ceia do Senhor, pois ele escreveu “eu recebi do Senhor o que também vos entreguei” (1Co 11:23).

Paulo também “foi arrebatado até ao terceiro céu” (2Co 12:2), “foi arrebatado ao paraíso” (2Co 12:4). Embora João, o evangelista, anos mais tarde também tivesse uma experiência semelhante (Ap 4:1-2), até então de nenhum outro apóstolo é dito que tenha sido levado até ao céu em vida. Certamente esta era uma vantagem que Paulo poderia listar para mostrar a singularidade de seu apostolado em relação aos demais. Além disso, nesse arrebatamento, “ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir” (2Co 12:4). Ou seja, o apóstolo dos gentios não apenas recebeu do Senhor glorificado revelações que os demais apóstolos receberam quando Jesus estava neste mundo em estado de humilhação, mas também ouviu coisas que, inefáveis que eram não podiam ser transmitidas aos homens. Por tudo isso, Paulo pôde dizer “em nada fui inferior a esses tais apóstolos” (2Co 2:11), referindo-se aos seus opositores na cidade de Corinto.

De fato, Paulo tinha motivos para se gloriar. E se tal não ocorreu, foi porque o Senhor, em Sua providência, tomou as medidas necessárias, como veremos a seguir.

2. Deus cuidou para que Paulo não viesse se gloriar

Paulo reconhecia que poderia se engrandecer com “a grandeza das revelações” (2Co 12:7) recebidas. Segundo ele mesmo diz, foi-lhe “posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte” (2Co 12:7). Não vem ao caso aqui discorrermos sobre a natureza desse espinho da carne, sendo suficiente saber que era algo que abatia sobremodo o apóstolo, tirando todo ânimo de se considerar o máximo. Nisto vemos o cuidado de Deus para com os seus! Além do incômodo espinho, Deus mostrou-lhe o lugar que lhe cabia na relação entre servo e Senhor quando demorou ao dar-lhe resposta à sua oração. Por “três vezes” (2Co 12:8) ele pediu que Deus removesse o espinho e Deus silenciou. Assim, o homem que foi levado ao terceiro céu, que teve revelações excelentes e ouviu palavras exclusivas agora ora a Deus duas vezes e nem sinal do Senhor lhe atender. E na terceira vez a resposta não foi exatamente o que ele esperava, pois ao seu pedido de que afastasse o espinho Deus lhe diz apenas “a minha graça te basta” (2Co 12:9). A forma de Deus quebrar a soberba de Paulo foi enviar-lhe uma prova, demorar em responder a sua oração e por fim responder de forma diferente à pedida.

3. Paulo então escolhe se gloriar em outras coisas

Não podendo gloriar-se na excelência de suas visões e revelações, Paulo opta então por gloriar-se em coisas legítimas a um cristão. Ele diz que “de boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas” (2Co 12:9). Ele começa a ver vantagem em sua fragilidade e passa a ter “prazer nas fraquezas” (2Co 12:10), pois o seu Senhor também “foi crucificado em fraqueza” (2Co 13:4). Paulo também se gloriava e tinha prazer “nas injúrias” e “nas perseguições” (2Co 12:10), pois já havia dito a essa mesma igreja “quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos” (1Co 4:12). A injúria e a perseguição, inclusive com açoites e prisões, foi uma constante na vida desse apóstolo, podendo ele dizer “ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gl 6:17).

Além do sofrimento infligido pelos adversários, o apóstolo alegrava-se “nas necessidades” e “nas angústias” (2Co 12:10). Embora reconhecesse que “o trabalhador é digno do seu salário” (1Tm 5:18) e tivesse a pouco dito que estivera “em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez” (2Co 11:27), ele escreve “eis que, pela terceira vez, estou pronto a ir ter convosco e não vos serei pesado; pois não vou atrás dos vossos bens, mas procuro a vós outros” (2Co 12:14). Além dessa coisas, que o apóstolo chamava de “coisas exteriores”, pesava diariamente sobre ele “a preocupação com todas as igrejas” (2Co 11:28).

A escolha de Paulo em se gloriar nas fraquezas ao invés nas revelações não resultava de um desvio masoquista, mas da descoberta de uma verdade fundamental, à qual nos referiremos a seguir.

4. Paulo descobre o segredo do poder

Quando Deus lhe disse, “a minha graça te basta”, acrescentou “porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12:9). E Paulo imediatamente percebeu a vantagem de trocar a glória das revelações grandiosas pela glória do sofrimento. Disse ele, “mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2Co 12:9). Essa descoberta incrível do apóstolo o levou a concluir “quando sou fraco, então, é que sou forte” (2Co 12:10). Numa outra ocasião ele escreveria “tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:12-13).

Quem sabe se nos orgulhássemos menos de nossos cargos, títulos, conhecimentos, capacidades e habilidades não experimentaríamos mais do poder de Deus em nossa vida e na vida daqueles a quem ministramos?

Soli Deo Gloria
11/07/2005
domingo, 29 de agosto de 2010
O Regenerado Não Inteiramente Livre do Pecado

Aquelas pessoas a quem Deus de acordo com o seu propósito chama à comunhão com seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor e regenera pelo Espírito Santo, ele também liberta do reino e da escravidão do pecado, ainda que nesta vida não inteiramente da carne e do corpo do pecado.

Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. Jo 8:34

Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. Rm 6:17

Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Rm 7:21-24

A Reação do Crente aos Pecados de Fraqueza

Por isso, surgem pecados diários de fraqueza, e manchas se agarram até mesmo às melhores obras do povo de Deus, dando-lhes contínua razão para se humilharem diante de Deus, para correndo buscar refúgio no Cristo crucificado, para mortificar a carne mais e mais pelo Espírito em súplica e pelos santos exercícios da piedade, e para esforçar-se em direção ao objetivo da perfeição, até que sejam libertos deste corpo mortal e reinem com o Cordeiro de Deus no céu.

Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 1Jo 1:8

Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria Cl 3:5

Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercita-te a ti mesmo em piedade, 1Tm 4:7 

Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus (...) Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Fl 3:12,14

E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.  Ap 5:6,10

sábado, 28 de agosto de 2010
Os adventistas do sétimo dia, que referem-se a si mesmos como igreja verdadeira, confessam crer na doutrina da Trindade. E isto é uma verdade atual. O que boa parte dos adventistas não sabe é que nem sempre foi assim. Na maior parte de sua história, o adventismo foi anti-trinitariano. E hoje existe um movimento crescente na IASD para que a mesma retorne à crença de seus pioneiros.

A editora oficial adventista admite estes fatos na sinopse do livro A Trindade: "A doutrina da Trindade faz parte das crenças fundamentais dos adventistas do sétimo dia. Mas uma crescente minoria tem defendido a volta à posição antitrinitariana de muitos pioneiros. Em resposta a esse desafio, os autores dessa obra, cada um especialista em sua área, analisam o tema sob vários ângulos". Quem eram esses pioneiros antitrinitarianos e quando a posição adventista mudou oficialmente?

Se alguém dissesse "todos os pioneiros" não erraria muito. A começar com o marido de Ellen White, que classificava a doutrina da Trindade como fábula papista e dizia que ela degradava a redenção. Morreu antitrinitariano. Outros expoentes do adventismo nascente que foram ferozes combatentes da Trindade são J.N. Lougborough, J.B.Frisbie, J.N. Andrews (líder da IASD, criador de seus estatutos), D.W.Hull, R.F.Cottrell e Willie White, filho de Ellen White.

E quanto à própria Ellen White? A posição dela é bastante ambígua. Enquanto seja fato que ela nunca se referiu à doutrina da Trindade como sendo de procedência diabólica, como fez Cotrell, é igualmente fato que ela nunca utilizou a expressão Trindade em seus escritos. Além disso, é impossível que ela não tivesse conhecimento das heresias de seu marido e de seu filho, e se não as reprovou jamais, como fez com o panteísmo de Kellogs, por exemplo, é porque concordava com eles.

Mas se os pioneiros adventistas eram antitrinitarianos militantes, quando sua posição mudou? Sabemos que até 1912, três anos antes da morte de Ellen White, a IASD eram oficialmente não trinitariana. Foi somente depois da morte de Willie White que o adventismo começou sua guinada para o trinitarianismo, isso porque queria deixar de ser considerada uma seita e ser reconhecida como igreja evangélica. Mas foi somente em 1980, na Conferência Geral de Dallas que a IASD passou a ser oficalmente trinitariana, conforme nos informa o historiador adventista Gerhard Pfandl.

Leia também: Eram os adventistas arianos? - 2 e Eram os adventistas arianos? - 3
Soli Deo Gloria
terça-feira, 24 de agosto de 2010
O calvinismo chegou à França em 1555. A igreja protestante francesa foi oficialmente estabelecida em 1559, contando com 72 congregações no sínodo de Paris. Missionários de Estrasburgo e outras cidades calvinistas anuíam para lá. Em um curto espaço de tempo, havia 2 mil igrejas e cerca de 400 mil freqüentadores. Os protestantes franceses ficaram conhecidos como huguenotes.

A luta se iniciou em 1562, com um massacre dos huguenotes em Vassy. Os protestantes desenvolveram sua liderança militar e se defenderam em três "guerras de religião" distintas. A movimentação entre essas duas facções tinha toda a complexidade de um jogo de xadrez. A rainha, Catarina de Mediei, buscara consolidar seu poder sobre o trono de seu filho, levando, por meio de artimanhas, seus rivais a se posicionarem uns contra os outros.

Uma mistura de rivalidades nos aspectos nacional, dinástico, religioso e político alimentou ainda mais as diferenças. De que maneira a França poderia se relacionar com nações como a Espanha, os Países Baixos e a Inglaterra? No aspecto dinástico, a rainha se aliara aos de Guisa, para opor-se aos de Bourbon. Política e religião pareciam se fundir, pois os nobres huguenotes apresentavam tendência de ser mais republicanos, antimonarquistas e antipapistas.

Ao mesmo tempo em que Catarina elaborava esse intricado casamento, também planejava o assassinato de Gaspar de Coligny, o líder huguenote. Coligny era um herói de guerra francês, muito popular, que se tornara protestante. Recentemente, alcançara a atenção do rei adolescente. Particularmente, ele propusera que a França apoiasse os Países Baixos na luta contra a Espanha, estratégia à qual Catarina se opunha grandemente. Em 22 de agosto, a tentativa de assassinato fracassou totalmente. Um plano desonesto como aquele, às vésperas de um casamento, ameaçava causar um terrível embaraço à família real. Diz-se que o rei fez o seguinte comentário: "Já que você vai assassinar Coligny, por que não mata todos os huguenotes da França, de modo que não fique um sequer para me odiar?".

Foi quase isso o que aconteceu. Em pânico, Catarina ordenou o massacre dos líderes protestantes em Paris. O alerta soou às quatro da manhã do dia 24 de agosto de 1572, o dia de São Bartolomeu. Coligny foi assassinado em seu quarto. Claude Marcel, um oficial da cidade, reuniu grupos de pessoas (incluindo alguns assassinos de aluguel estrangeiros) para percorrer as ruas da cidade caçando outros líderes huguenotes. Não foi difícil encontrá-los. De modo geral, os huguenotes eram prósperos comerciantes da cidade e donos de lojas. De uma hora para outra, o ressentimento das classes mais humildes foi atiçado contra esses cidadãos de classe média. Um horrendo massacre teve início em nome da pureza religiosa.

Corpos foram empilhados às centenas. Muitos foram jogados no rio Sena. A barbaridade era aterrorizante: um livreiro foi queimado, com seus sete filhos, em uma fogueira feita com seus livros. Nem mesmo os bebês foram poupados desse banho de sangue.

Fonte: 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo
domingo, 22 de agosto de 2010
O Uso de Deus dos Mecanismos de Regeneração

Tal como a poderosa obra de Deus pela qual ele faz brotar e sustenta nossa vida natural, não exclui, mas requer o uso de meios pelos quais Deus, de acordo com sua infinita sabedoria e bondade, tem exercitado seu poder, assim também a obra de Deus citada anteriormente, pela qual ele nos restaura, de modo algum exclui ou cancela [a necessidade] do uso do Evangelho, o qual Deus em sua grande sabedoria designou para ser a semente da regeneração e o alimento da alma.

Por esta razão, os apóstolos e os professores que piedosamente os seguiram ensinavam ao povo sobre esta graça de Deus, para dar glória a ele e para humilhar todo o orgulho humano; não negligenciando, neste meio tempo, o manter o povo através das santas admoestações do evangelho, sob a ministração da Palavra, das coisas sagradas, e da disciplina. Assim, mesmo hoje, está fora de questão que os professores ou os que são ensinados na igreja conjeturarem testar Deus separando o que ele, em seu bom propósito, deseja que esteja estritamente unido. Porque a graça é concedida através das admoestações, e quanto mais prontamente nós fizermos nosso dever, usualmente, tanto mais resplandecerão em nós os benefícios da obra de Deus e melhor sua obra [em nós] avançará. A ele somente, tanto pelos meios quanto por seus frutos salvíficos e [por sua] efetividade, toda a glória seja devida eternamente. Amém.

Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei. Is 55:10-11

Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. 1Co 1:21

Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas. Tg.1:18

Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. 1Pe 1:23

Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. 1Pe 1:25

Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo, 1Pe 2:2

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. At.2:42

Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a Deus; e espero que nas vossas consciências sejamos também manifestos. Porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração. Porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós. Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. 2Co 5:11-21

Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina, 2Tm 4:2

Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? Rm 10:14-17

Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém. Jd 24-25
sábado, 21 de agosto de 2010
Desculpem o oportunismo do título. Se esperava encontrar boas notícias sobre a necessária reforma da igreja brasileira ou do tão esperado avivamento que vem de braços dados com a reforma, sinto desapontá-lo. O artigo não é alvissareiro. Não nesse sentido.

O que quero dizer é que estou reogarnizando minha vida profissional, o que é claro envolve também minhas atividades não "seculares", como a manutenção deste blog, para a glória de Deus. E vocês devem ter percebido que ele está precisando de manutenção, especialmente no que se refere à parte estrutural. Além disso está desatualizado por não exibir links de sites e blogs utilíssimos, trazer alguns que foram abandonados por seus donos, além de outros reparos necessários.

O que tenho tentando fazer é manter a publicação diária (os mais assíduos devem ter percebido umas duas lacunas neste mês) e acompanhar e responder os comentários. Mesmo isto tem sido feito de um modo indigno da importância dos temas aqui tratados, além de desconsiderar a importância dos residentes e visitantes.

Se serve de alguma justificativa, em julho deixei de ser um funcionário com uma rotina fixa para abrir uma empresa de consultoria. Isto bagunçou um pouco a minha já agitada vida, que inclui, além do trabalho normal, aulas na faculdade à noite, cursos aos sábados pela manhã e teologia aos sábados à noite, além de uma aula mensal sábado à noite e domingo de dia numa outra cidade. Ah, sim, sou casado, tenho um filho e um cão que teima em passear.

Neste mês tenho me ocupado com o site da empresa, com a organização da empresa e o atendimento de meu principal cliente que demandou um volume de trabalho acima do previsto em contrato. Por isso, a correria e minha quase ausência da blogosfera.

Mas chega de choradeira e vamos falar de reforma. Tão logo coloque as coisas em ordem na vida profissional, pretendo mexer na estrutura e no visual do Cinco Solas. A ênfase será na funcionalidade e no conteúdo, se possível tornando-o mais leve. Para isso, preciso da ajuda de vocês.

Quanto à estrutura e peso do mesmo, me digam se é amigável, se é fácil encontrar o que procuram, se demora muito a carregar, se apresenta alguma incompatibilidade com o navegador ou sistema operacional que usam. Principalmente, verifiquem se seu site ou blog está referenciado aqui. Não significa que estará, mas se for um blog com a boa doutrina reformada e/ou pentecostal, então é bem possível que se não constar é porque me passou despercebido. Favor indicar.

Resumindo, ficarei muito agradecido se me disser o que não gosta no Cinco Solas (do editor não vale falar), o que esperaria ver ou encontrar aqui, etc. Enfim, sinta-se a vontade para encher a caixinha de sugestões, que serão aproveitadas nos próximos meses.

Soli Deo Gloria
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Deus é santo e, por conseguinte, não aceita ver pecado. Ele é justo e, portanto, julga o pecado em qualquer lugar onde seja encontrado. Mas Deus também é amor: Ele se deleita na misericórdia e, em conseqüência, a infinita sabedoria ideou um meio pelo qual a justiça pudesse ser satisfeita e a misericórdia liberada para fluir aos culpados pecadores. Esse meio foi o da substituição, o justo padecendo pelo injusto. O próprio Filho de Deus foi o selecionado para ser o substituto, pois nenhum outro satisfaria.

Através de Naum, a questão fora feita: “Quem pode manter-se diante do seu furor? e quem pode subsistir diante do ardor da sua ira?” (1.6, ARA). Essa questão recebeu sua resposta na adorável pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Só ele podia “manter-se”. Somente um podia levar a maldição e ainda ressurgir como um vitorioso sobre ela. Somente um podia suportar toda a ira vingativa e, todavia, glorificar a lei e torná-la digna de honra. Somente um podia suportar que seu calcanhar fosse ferido por Satanás e contudo naquela ferida destruir a ele, que tinha o poder da morte.

Deus sustentou um que era “poderoso” (Sl 89.19, ARA). Um que era ninguém menos que o Companheiro de Jeová, o resplendor da sua glória, a expressa imagem de sua pessoa. Desse modo, vemos que o amor ilimitado, a justiça inflexível e o poder onipotente combinaram-se todos para tornar possível a salvação daqueles que crêem.

A. W. Pink
In: Os sete brados do Salvador na cruz
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
  • Se Deus fala a nós a respeito de si mesmo, nós respondemos nos humilhando perante ele em adoração.
  • Se Deus fala a respeito de nós — nossa desobediência, leviandade e culpa — então respondemos em penitência e confissão.
  • Se ele fala a nós a respeito de Jesus Cristo e a glória de sua pessoa e obra, nós respondemos em fé, agarrando-nos a esse Salvador.
  • Se ele fala a respeito de suas promessas, nós nos determinamos a herdá-las.
  • Se ele fala a respeito de seus mandamentos, nós nos determinamos a obedecer-lhes.
  • Se ele fala a nós a respeito do mundo exterior e suas colossais necessidades materiais e espirituais, então respondemos quando surge dentro de nós sua compaixão para levar o evangelho por todo o mundo, para alimentar os famintos e cuidar dos pobres.
  • Se ele fala a nós a respeito do futuro, a respeito da vinda de Cristo e da glória que se seguirá, então nossa esperança está acesa e decidimos ser santos e estar ocupados até que ele venha.

John Stott
In: A arte e o ofício da pregação

image If God speaks, then...

If God speaks to us about yourself, we answer the humiliating before him in worship.

If God talks about us - our disobedience, frivolity and guilt - so we respond in repentance and confession.

If he talks to us about Jesus Christ and the glory of his person and work, we respond in faith, holding on to that Savior.

If he talks about his promises, we are determined to inherit them.

If he talks about his commandments, we determine to obey them.

If he talks to us about the outside world and its enormous material and spiritual needs, then respond when it arises within us compassion to take the gospel around the world to feed the hungry and care for the poor.

If he talks to us about the future, about the coming of Christ and the glory that should follow, then our hope is alive and decided to be holy and to be busy until he comes.

terça-feira, 17 de agosto de 2010
Deus não tem de dar justificativas de suas atitudes às suas criaturas. Assim como não se pode dizer para um rei: "Que fazes?" (Ec 8.4), muito menos para Deus. Isto é o suficiente, Deus é o Senhor supremo, tem um poder soberano sobre suas criaturas, portanto não pode fazer injustiça. "Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?" (Rm 9.21). Deus tem liberdade em si para salvar um e não outro, e sua justiça não é culpada ou manchada.

Se dois homens lhe deverem dinheiro, você pode, sem qualquer injustiça, cobrar de um e esquecer a dívida do outro. Se dois malfeitores são condenados à morte, o rei pode perdoar um e não o outro. Ele não é injusto se deixar um sofrer, porque quebrou a lei, e o outro salvar, usando sua prerrogativa real de perdoar.

b. O ímpio é totalmente culpado por suas decisões. Embora uns sejam salvos e outros pereçam, não há injustiça da parte de Deus, pois quem se perde é culpado por isso. "A tua ruína, ó Israel, vem de ti, e só de mim, o teu socorro" (Os 13.9). Deus oferece graça e os pecadores a rejeitam. Deus é obrigado a dar graça? Se um cirurgião tenta curar a ferida de alguém e esse alguém não é curado, o cirurgião é obrigado a curá-lo? "Clamei, e vós recusastes" (Pv 1.24). "Israel não me atendeu" (SI 81.11). Deus não é obrigado a impor suas misericórdias sobre os homens. Se recusarem livremente a oferta da graça, seus pecados devem ser considerados como a causa de sua perdição, não a justiça de Deus.

Thomas Watson
domingo, 15 de agosto de 2010

Efeito da Regeneração

Porém, tal como pela queda o homem não deixou de ser homem, dotado de intelecto e vontade, e tal como o pecado, que foi propagado a toda a raça humana, não aboliu a natureza da raça humana, mas a distorceu e a matou espiritualmente, assim também esta graça divina da regeneração não age nas pessoas como se elas fossem tijolo e cimento; nem anula a vontade e suas propriedades ou coage uma vontade relutante pela força, mas revive espiritualmente, cura, reforma, e — de uma forma ao mesmo tempo prazerosa e poderosa — a converte. Como resultado, uma obediência pronta e sincera ao Espírito agora começa a prevalecer onde antes a rebelião e a resistência da carne foram completamente dominantes. É nisto que a verdade e a restauração espiritual e a liberdade da nossa vontade consistem. Desta forma, se o maravilhoso Criador de todas as boas coisas não estivesse lidando conosco, o homem não teria esperança de se levantar de sua queda por sua própria livre escolha, através da qual ele mergulhou a si mesmo em ruína, quando ainda estava em pé.

Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Rm 8:2

E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Ef 2:1

Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário. Sl 51:12

Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Fp 2:13
sábado, 14 de agosto de 2010
image Todo sermão tem um centro de gravidade. Qualquer que seja o objetivo do sermão — explicar, provar ou aplicar algo — o pregador precisa de uma base para sua argumentação. A base da pregação expositiva é a Palavra de Deus. É essa ênfase que torna um sermão verdadeiramente bíblico. Thomas Long, professor de homilética na Candler School of Theology, comenta: “O compromisso fiel com as Escrituras é a régua com a qual devemos medir toda pregação. A prática semanal de pregar deve consistir de sermões extraídos de textos bíblicos específicos”. De acordo com Long, esse tipo de pregação deve ser normativo nas igrejas. “A pregação bíblica, nesse sentido estrito, deve ser a regra, e não a exceção”.
A presente era pós-moderna, contudo, passa por uma transformação sísmica cujas repercussões estão sacudindo os púlpitos do Ocidente. Na pregação pósmoderna, o centro de gravidade se deslocou do texto bíblico para a experiência do pregador e dos ouvintes. Esse tipo de pregação inverte a relação tradicional entre texto e relato ou história pessoal. Em vez de servir para ilustrar a verdade central do texto, a história pessoal se torna a verdade central da mensagem e é corroborada pelas Escrituras. O ônus da prova do sermão não se baseia em proposições, mas em experiências identificáveis.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010

image Se alguém é chamado por Deus, deve incansavelmente, se submeter ao profundo estudo das Sagradas Escrituras. Com o estudo da Bíblia, as virtudes necessárias para o ministério serão formadas no homem (1 Tm 3.1-7), proporcionando um crescimento diário para este cuidar da igreja de Cristo. É imprenscindível que um pastor saiba ensinar aqueles que o ouve. Esta é uma das características mais importantes, posto que o pastor será o guia espiritual dos escolhidos de Deus, ensinando-os a guardar tudo aquilo que Cristo ordenou. A vida cristã é longa, e se não houver um homem sábio para ensinar as ovelhas, certamente elas perecerão no caminho. "O que ensina esmere-se no fazê-lo" disse Paulo aos romanos (Rm 12.7). Um pastor só será um grande ensinador, se for um grande aprendiz da Palavra de Deus. Para isso, deve haver bastante estudo da Bíblia, se possível for, um curso teológico também será de grande utilidade.

Eduardo Carolino
In: Regozije-se em Cristo

quinta-feira, 12 de agosto de 2010
image Se é verdade que, de alguma forma, Deus preordena tudo o que acontece, então seguese, sem dúvida, que Deus deve ter preordenado a entrada do pecado no mundo. Isso não quer dizer que Ele forçou o acontecimento, ou que impôs o mal sobre a criação. Tudo o que significa é que Deus deve ter decidido permitir que acontecesse. Se Ele não permitisse que acontecesse, então não poderia ter acontecido, ou então Ele não é soberano.
Nós sabemos que Deus é soberano porque sabemos que Deus é Deus. Portanto, devemos concluir que Deus preordenou o pecado. O que mais podemos concluir? Podemos concluir que a decisão de Deus de permitir que o pecado entrasse no mundo foi uma boa decisão. Isto não quer dizer que nosso pecado seja uma boa coisa, mas meramente que a permissão de Deus para que pequemos, o que é mau, é uma boa coisa. Que Deus permita o mal é bom, mas o mal que Ele permite ainda é mau. O envolvimento de Deus em tudo isto é perfeitamente justo. Nosso envolvimento nisso é mau. O fato de ter Deus decidido permitir que pecássemos não nos absolve de nossa responsabilidade pelo pecado.

R. C. Sproul
In: Eleitos de Deus
Sovereignty of God and our sin
If it is true that, somehow, God foreordained everything that happens, then next item is, without doubt, that God must have foreordained the entrance of sin in the world. This does not mean that he forced the event, or the evil it has imposed on the establishment. All that means is that God must have decided to allow it to happen. He was not allowed to happen, then there could have happened, or else He is not sovereign.
We know that God is sovereign because we know that God is God. Therefore, we must conclude that God ordained sin. What else can we conclude? We can conclude that God's decision to allow the entrance of sin was a good decision. This is not to say that our sin is a good thing, but merely that God's permission to sin, which is bad, it's a good thing. May God allow evil is good, but the evil that He allows is still bad. The involvement of God in all this is perfectly fair. Our involvement in this is bad. The fact that God decided to allow pecássemos not absolve us of our responsibility for sin.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Que Deus, de alguma forma, preordena tudo que acontece é um resultado necessário de sua soberania. Em si própria, a idéia não apela para o calvinismo. Somente declara que Deus é absolutamente soberano sobre sua criação. Deus pode preordenar coisas de diferentes modos. Mas, tudo que acontece deve, pelo menos, acontecer por sua permissão. Se Ele decide permitir alguma coisa, então, num certo sentido, Ele a está preordenando. Quem, entre os cristãos, discutiria que Deus não pode, neste mundo, impedir alguma coisa de acontecer? Se Deus assim quiser, Ele tem o poder de parar o mundo inteiro.

Dizer que Deus preordena tudo o que acontece é dizer simplesmente que Deus é soberano sobre sua criação inteira. Se alguma coisa viesse a acontecer à parte de sua soberana permissão, então isso que aconteceu frustraria sua soberania. Se Deus se recusasse a permitir que alguma coisa acontecesse, e ela acontecesse mesmo assim, então o que quer que a tenha feito acontecer teria mais autoridade e poder do que o próprio Deus. Se existe alguma parte da criação fora da soberania de Deus, então Deus simplesmente não é soberano. Se Deus não é soberano, então Deus não é Deus.

R. C. Sproul
In: Eleitos de Deus

Sovereignty and foreordination

image That God, somehow preordains everything that happens is a necessary result of its sovereignty. In itself, the idea does not appeal to Calvinism. Only states that God is absolutely sovereign over his creation. God can preordain things in different ways. But everything that happens should at least be for your permission. If he decides to allow something, then in a sense, He is foreordained. Who among Christians argue that God can not in this world to prevent something from happening? If God so wills, He has the power to stop the world.

Saying that God foreordained everything that happens is simply saying that God is sovereign over his creation. If something were to happen apart from His sovereign permission, then what happened frustrate its sovereignty. If God refused to allow something to happen and it happened anyway, so whatever they happen to have done would have more authority and power than God himself. If there is any part of creation outside the sovereignty of God, then God is simply not sovereign. If God is not sovereign, then God is not God.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

image Por último, para os justos esta doutrina é uma fonte de consolação abundante. Em cada lugar eles encontram um amigo, um protetor e um pai. A voz do trovão, ou o marulhar do oceano, ou a fúria da tempestade, anuncia a sua presença? Eles não tem o que temer, por amor deles Ele preside os movimentos dos elementos. Eles O percebem nas cenas mais tranquilas da natureza, no progresso silente da vegetação, no sorriso dos céus, e na beneficiência regular que supre as suas necessidades constantes, e que difunde tanta alegria entre todas as espécies de seres animados? Oh! Quão prazeroso é o pensamento de que Ele, em quem depositam confiança, está tão próximo que eles podem sempre se assegurar de uma ajuda pronta e eficaz! Este pensamento serve para avivar cada cena, e para adoçar cada condição, e fará com que as fontas da alegria irrompam no deserto árido e sedento, e revistam os lugares desnudos e tristes de verdor. Ele dará sabor ao bocado seco, e um copo de água fria. Ele vai iluminar a premência da pobreza e suavizar as dores da aflição. Ele vai dissipar os horrores do calabouço, e consolar o exílio de seu país e de seus amigos. Como nos eleva o pensamento o fato de que não podemos ir onde Deus não está! Um bom homem pode ficar privado de sua reputação, de sua liberdade e de tudo o que há aqui na terra; mas o ódio mortal de seus inimigos nunca poderá fazê-lo queixar-se com tristeza: “Vocês me tiraram Deus, e o que mais tenho eu?”. Com quaisquer que sejam as aflições, sua fé e paciência venham a ser provadas, e quaisquer que sejam as mudanças de circunstâncias que a Providência o faça passar, e embora não haja um coração humano para simpatizar-se com ele, o mesmo pode expressar sua fé e alegria nas palavras dos salmista: “Todavia estou sempre contigo; tu me seguras a mão direita. Tu me guias com o teu conselho, e depois me receberás em glória” (Sl 73:23,24).

John Dick
In: Lectures on Theology

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

 

"Suas ações não lhes permitem voltar para o seu Deus. Um espírito de prostituição está no coração deles; não reconhecem o Senhor”. Os 5:4

imageAs duras palavras ditas por Deus através do profeta era dirigida aos religiosos, ao povo em geral e à família real, sem deixar ninguém de fora: “Ouçam isto, sacerdotes! Atenção, israelitas! Escute, ó família real! Esta sentença é contra vocês” (Os 5:1). As terríveis consequências da Queda não desviam de nenhum filho de Adão. “Todos pecaram e separados estão da glória de Deus” (Rm 3:23). Mas o texto nos mostra que o problema com o pecado não é apenas sua extensão, atingindo a todos os homens, mas também a profundidade em que penetra em cada ser humano, afetando todas as suas faculdades.

As obras impedem de voltar para Deus, Is 59:2

O proceder do homem natural é corrompido de tal forma que ele só faz pecar e pecar. Nem mesmo uma reforma exterior ele pode apresentar de forma consistente, pois “suas ações não lhes permitem voltar para o seu Deus” (Os 5:4a). A prática do pecado se torna um hábito tão natural que o homem quase nunca percebe que sua natureza está dominada pelo pecado. Não raro as pessoas consideram seus pecados como sendo falhas desculpáveis, e as vezes os defendem como uma virtude. Na verdade, estão tão acostumados aos seus pecados quanto se acostumaram à cor da pele. “Será que o etíope pode mudar a sua pele? Ou o leopardo as suas pintas? Assim também vocês são incapazes de fazer o bem, vocês que estão acostumados a praticar o mal” Jr 13:23.

Contrariando os profetas citados, os homens acreditam que é tudo uma questão de escolha, que basta ao homem preferir o bem que é capaz de fazê-lo. Chamam a essa capacidade de livre-arbítrio. Porém, a Escritura não oferece nenhum respaldo a essa filosofia humanista, quando diz que “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3:12). Isto é corroborado pela observação e a experiência de cada um, que não consegue encontrar um só homem na história que tenha superado sua inclinação para o mal e vivido sem pecar. E quando olhamos para nós, temos que confessar que o “porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7:19).

O coração é dominado pelo pecado, Mc 7:21-23

Num nível mais profundo, o pecado domina o coração das pessoas, “um espírito de prostituição está no coração deles” (Os 5:4b), diz o mensageiro do Senhor. No Gênesis o diagnóstico divino sobre o coração humano era de que “toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gn 6:5) e que tal condição não exclui nem as crianças, pois “a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice” (Gn 8:21). As palavras de Salomão sobre o ímpio de que “há no seu coração perversidade, todo o tempo maquina mal” (Pv 6:14) não se aplica apenas a Hitler e a quem esquarteja namoradas, mas também a pais de famílias honestos, pois “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso” (Jr 17:9).

Não é o homem que determina como seu coração deve ser, mas o coração é que determina como o homem é, “porque, como imaginou no seu coração, assim é ele” (Pv 23:7). Um homem sempre procederá de acordo com a natureza de seu coração. Se este for endurecido e mau, então tal pessoa resistirá ao Espírito e procederá de forma contrária à lei de Deus. Por isso que as pessoas dos dias de Oséias não podiam voltar para Deus, pois seus coração estavam dominados por um espírito de prostituição e dominavam o comportamento deles. E é por isso que o homem moderno não pode converter-se a Deus, pois a natureza de seu coração é má e o incapacita para o bem.

O pecado cega o entendimento, 1Co 2:14

O pecado afeta também a mente do homem, cegando-o para as coisas de Deus. “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2:14). Ao invés de se voltar para Deus “o povo que não tem entendimento corre para a sua perdição” (Os 4:14), ainda mais que “por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (Rm 1:28). Outro profeta descreve a cegueira do povo como sendo pior que a dos animais, pois “o boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” (Is 1:3).

Como “tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tt 1:5), não são capazes de compreender a mensagem do evangelho. Precisam, antes, ter “iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos” (Ef 1:18), do contrário sua mente irá das trevas presente para as trevas exteriores, sem conhecer a luz do Senhor.

Conclusão

O livre-arbítrio como capacidade do homem se voltar para Deus é uma mentira de Satanás, que assim perverte o evangelho, levando homens a torná-lo persuasivo a defuntos. Pois os pecadores não experimentam outra realidade senão o pecar, tornando a rebelião a Deus um hábito que não podem mudar. Além disso, seu coração que determina suas ações é fonte de toda sorte de males, sendo enganoso e perverso, portanto desinclinado às coisas de Deus. E sua mente é corrompida de tal forma pelo pecado que o evangelho lhe parece loucura indigna de crédito, só aceitando naturalmente se a mensagem for modificada de tal maneira que não se pareça em nada com o evangelho da glória de Deus. Diante disso, eles até “voltam, mas não para o Altíssimo” (Os 7:16). Igrejas lotam, mas corações continuam vazios de Deus, ocupados somente com a prostituição espiritual “porque um espírito de prostituição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o seu Deus” (Os 4:12).

Soli Deo Gloria

sábado, 7 de agosto de 2010
Havia uma glória invisível em tudo o que Cristo fez e sofreu na terra. Se as pessoas a tivessem visto, elas não teriam crucificado o Senhor da glória. Entretanto, aquela glória foi revelada a alguns; os discípulos “viram a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.14).

Primeiro, vamos considerar a obediência de Cristo naquilo que Ele fez. Ele livremente escolheu obedecer. Ele disse: “Eu vim pra fazer a tua vontade, ó Deus”, antes de haver necessidade para Ele fazer essa vontade. Ele não era como nós, criaturas humanas, que necessariamente sempre estivemos sujeitos à lei de Deus. João Batista sabia que Jesus não tinha necessidade de ser batizado. Mas Cristo disse: “Deixai por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça” (Mt 3.15). Cristo voluntariamente Se identificou com os pecadores quando foi batizado.

Deus deu-Lhe honra e glória porque, pela Sua obediência, a Igreja toda se tornou justa (Rm 5.19). A obediência de Cristo a cada parte da lei foi perfeita. A lei era gloriosa quando os Dez Mandamentos foram escritos pelo dedo de Deus. Ela se torna mais gloriosa ainda quando é obedecida nos corações dos crentes. Mas é apenas na mais absoluta e perfeita obediência de Cristo que a santidade de Deus na lei é vista em sua glória total. “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Hb 5.8). O Senhor de todos, que fez a todos, viveu em estrita obediência possui a glória de Sua singularidade.

Ora, considerem a glória da obediência de Cristo demonstrada naquilo que Ele sofreu. Ninguém jamais pode medir a profundidade dos sofrimentos de Cristo. Podemos olhar para Ele sob o peso da ira de Deus, em Sua agonia o suor de sangue, nos Seus fortes gritos e lágrimas. Podemos olhar para Ele orando, sangrando, morrendo, fazendo da Sua alma uma oblação pelo pecado. “Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo de sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo foi ele atingido” (Isa 53.8). “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos” (Rm 11.33).

Quão glorioso é o Senhor Jesus aos olhos dos seus redimidos.

John Owen
sexta-feira, 6 de agosto de 2010

image Nasceu em Torre de Tavares, em Portugal, em 1628. Emigrou para a Holanda, e daí seguiu para Java, achando-se aí em 1641. Converteuse na Igreja Reformada Holandesa em 1642 por meio de um folheto que tratava sobre a "Diferença da Cristandade entre a Igreja Reformada e a Igreja Romana". Casou-se em 1651 com a filha de um pastor. Foi ordenado ao santo ministério em 16 de outubro de 1656. Aprendeu grego e hebraico e começou a traduzir o Novo Testamento, tendo como base o "Textus Receptus" dos irmãos Elzevirs, segunda edição de 1633. Faleceu em 6 de agosto de 1691. A Igreja Católica, através do tribunal da Inquisição, queimou-o em estátua, em Gôa, antiga possessão portuguesa na índia. A Igreja Romana, nem mesmo agora, no chamado Ecumenismo, se desculpou de tais coisas...

Antonio Gilberto
In: A Bíblia através dos séculos

João Ferreira de Almeida

Born in Torre de Tavares, Portugal, in 1628. He emigrated to Holland, and then went to Java, finding herself there in 1641. Converteuse the Dutch Reformed Church in 1642 through a brochure that was on the difference between the Christianity of the Reformed Church and the Roman Church. " Married in 1651 to the daughter of a pastor. He was ordained to the holy ministry in October 16, 1656. He learned Greek and Hebrew and began translating the New Testament, based on the Textus Receptus Brothers Elzevirs, second edition, 1633. He died on August 6, 1691. The Catholic Church, through the court of the Inquisition, burned him in effigy in Goa, a former Portuguese possession in India. The Roman Church, even now, called on Ecumenism, apologized for such things ...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Temos, pois, que deter-nos na Palavra de Deus que nos descreve a Deus de um modo perfeito pelas suas obras. Nela se julgam suas obras não segundo a perversidade de nosso juízo, senão segundo a regra da eterna verdade. Ali aprendemos que nosso único e eterno Deus é a origem e fonte de toda vida, justiça, sabedoria, poder, bondade e clemência; que dEle procede, sem exceção alguma, todo bem; e que, portanto, a Ele se deve com justiça todo louvor. E embora todas estas coisas aparecem claramente em qualquer parte do céu e da terra, em definitiva só a Palavra de Deus nos fará compreender sempre e com toda verdade o fim principal para o qual tendem, qual é seu valor, e em que sentido devemos interpretá-las. Então aprofundaremos em nós mesmos e aprenderemos como manifesta o Senhor em nós sua vida, sua sabedoria, seu poder; e como operam em nós sua justiça, sua clemência e sua bondade.

João Calvino
In: Breve Instrução Cristã
quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A equipe Teologia e Vida decidiu fazer do mês de agosto o Mês Missionário no blog. Teremos durante todo o mês postagens relacionadas com evangelismo e missões: aos domingos artigos doutrinários e às quartas-feiras artigos mais práticos, relatando nossas recentes experiências missionárias.

Mas tem muito mais! Em cada um dos quatro primeiros domingos abordaremos um tema diferente nos artigos doutrinários. Então, abriremos um concurso por semana, no qual o visitante que nos enviar a melhor frase, curta e objetiva, sobre o tema tratado naquela semana, ganhará um livro relacionado com o tema. A melhor frase será escolhida pela própria equipe Teologia e Vida e o vencedor de um concurso não poderá participar de outro.

Ao todo teremos quatro concursos, cada um deles iniciando-se no domingo e encerrando-se no sábado, e os prêmios serão quatro livros: Alegrem-se os Povos (John Piper), Sermões Sobre a Salvação (Charles H. Spurgeon), A Evangelização e a Soberania de Deus (J. I. Packer) e A Vida de David Brainerd (Jonathan Edwards).

Fique atento, pois logo mais, ainda neste domingo, teremos o primeiro artigo e o início do primeiro concurso! Ajude a divulgar este concurso em seu blog e entre seus amigos e conhecidos.

Para participar, visite o Teologia e Vida.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O Neto recomendeu este vídeo ao Roger e eu achei que todos precisamos assisti-lo. Pois fazemos um juízo muito favorável, e falso, do homem caído.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010
“E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Mt 6:13 (ACF)

Esta petição do Pai Nosso tem causado algumas dificuldades aos estudantes da Bíblia. O pedido parece indicar que Deus pode induzir alguém à tentação, o que seria negado por Tiago 1:13, que diz que Deus a ninguém tenta.

Como vimos, a Almeida Corrigida Fiel opta por “não nos induzas à tentação”, no que é acompanhada pela Almeida Revista e Corrigida. Isto dá a idéia de que Deus ativamente causa ou introduz o crente na tentação. A maioria da traduções, contudo, adotam uma linguagem que sugere uma permissão e não uma causação divina, dizendo “não nos deixe cair em tentação” (Almeida Revista e Atualizada, Tradução Brasileira e Nova Versão Internacional) ou “não deixes que sejamos tentados” (Nova Tradução na Linguagem de Hoje) e “não nos deixe entrar em tentação” (Almeida Revisada). Não pretendemos, e seria duma presunção absurda, determinar qual a melhor tradução, mas tentar analisar as implicações da tradução que sugere que Deus leva o crente a ser tentado.

O verbo εισενεγκης é formado pela preposição eis, que significa “para dentro” e phero, que pode ser traduzido como “levar”, então temos “levar para dentro”. Outras ocorrências de eisphero são traduzidas pela ARC como “fazê-lo entrar” (Lc 5:18), “levar” (Lc 5:19), “conduzas” (Lc 11:4), “trazes” (At 17:20), “trouxemos para” (1Tm 6:7) e “trazido... para [dentro]” (Hb 13:11). E considerando que o verbo está na voz ativa, não é nenhum absurdo considerar que Deus introduz ou leva o crente para dentro da tentação.

Neste caso, precisamos examinar a palavra tentação, para verificar se conflita com a declaração de Tiago. O substantivo πειρασμον, traduzido como tentação pode significar “uma prova ou um teste”, como a tentação enfrentada pelos Gálatas por causa da condição física do apóstolo, que serviu para testar o amor deles por Paulo (Gl 4:14). Alguns exemplos de ocorrência de peirasmos com o sentido de “provação” (Lc 8:13; At 20:19; Tg 1:12; 1Pe 1:6; 1Pe 4:12; Ap 3:10). É nesse sentido que tentação deve ser tomado aqui, bem como em Lucas 22:28.

Embora seja certo que “Deus não pode ser tentado pelo mal e ele a ninguém tenta” (Tg 1:13), devemos entender que o Senhor a ninguém tenta pelo mal, no sentido de induzir alguém a pecar. Porém, devemos considerar que Deus pode submeter o crente à prova, no processo de transformação na imagem de Seu filho. O próprio Tiago diz “meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações” e “bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam” (Tg 1:12). Paulo também anima os crentes dizendo “não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10:13).

Em resumo, e de acordo com Paulo, podemos afirmar que Deus pode, de acordo com Sua santa vontade e para o nosso bem, nos levar à provação, conforme as traduções mais tradicionais o indicam. Porém, podemos estar seguros que Deus nem permitirá que o crente venha a cair quando tentado, nem deixará que seja tentado além de suas forças. Comentando esta petição, João Calvino disse:
Não pedimos aqui não ter que sofrer nenhuma tentação. Temos grandíssima necessidade de que as tentações nos despertem, estimulem e sacudam, pois corremos o perigo de converter-nos em seres amorfos e preguiçosos se permanecermos numa calma excessiva. Cada dia o Senhor prova seus escolhidos, adestrando-os por meio da ignomínia, da pobreza, da tribulação e outras classes de cruzes. Porém nossa demanda consiste em pedir que o Senhor nos dê também, ao mesmo tempo que as tentações, o meio de sair delas, para não sermos vencidos e esmagados; antes, fortalecidos com a força de Deus, poder manter-nos constantemente contra todos os poderes que nos assaltam (Breve Instrução Cristã).
domingo, 1 de agosto de 2010
O Modo como Deus Dá Fé

Deste modo, portanto, fé é um dom de Deus, não no sentido de que é oferecida por Deus para que o homem a escolha, mas que é de fato aplicada ao homem, inspirada e infundida nele. Nem é um dom no sentido de que Deus confere somente o potencial para crer, e então espera assentimento — o ato de crer — de acordo com a escolha do homem; ao contrário, é um dom no sentido de que aquele que opera tanto o querer quanto o efetuar, e em verdade opera todas as coisas em todas as pessoas, produz no homem tanto o querer crer quanto o próprio [ato de] crer.

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Ef 2:8

Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Fp 2:13

Respostas à Graça de Deus

Esta graça Deus não deve a ninguém. Pois o que Deus poderia dever a alguém que não tem nada para dar que possa ser devolvido? Em verdade, o que Deus poderia dever a alguém que não tem nada de seu além de pecado e falsidade? Por esta razão a pessoa que recebe a graça deve e [de fato] rende eterna gratidão somente a Deus; a pessoa que não a recebe, ou de todo não liga para estas coisas espirituais e está satisfeita consigo mesma nesta condição, ou então em autoconfiança exulta tolamente de que é pouco o que lhe falta. Além disso, seguindo o exemplo dos apóstolos, nós devemos pensar e falar do modo mais favorável sobre aqueles que externamente professam sua fé e melhoram suas vidas, porque a câmara interior do coração nos é desconhecida. Mas, pelos outros, que ainda não foram chamados, nós devemos orar a Deus que chama coisas que não existem à existência. Todavia, de modo algum, devemos nos assoberbar como se fossemos melhores que eles, como se nós tivéssemos distinguido a nós mesmos deles.

Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Rm 11:35

Ai dos que vivem sossegados em Sião, e dos que estão confiados no monte de Samaria, que têm nome entre as primeiras das nações, e aos quais vem a casa de Israel! Am 6:1

Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este. Jr 7:4

Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Rm 14:10

(Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem. Rm 4:17

(Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem. 1Co 4:7