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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 1Ts 5:18

Dai graças. A ingratidão a Deus é a marca do homem caído. Sua natureza corrompida pelo pecado o impede de reconhecer que o sol e a chuva, a vida e o ar que respira, a saúde e a força de trabalho são dádivas de Deus, pelas quais deveria viver agradecido. Mesmo quando prospera mais que os filhos de Deus, não vê nisso o favor divino, e por isso não o glorifica.

O mais triste, porém, é que muitos crentes revelam essa mesma atitude de ingratidão. Passivamente, não agradecem a Deus por todas as bênçãos com as quais Ele os tem cumulado, e até distinguido dos ímpios. Vivem como se tudo o que tem fosse resultado de conquista pessoal. E ativamente murmuram e reclamam dos eventuais reveses que enfrentam. Mesmo sendo seus maus momentos passageiros e para seu bem, assumem uma atitude de injustiçados diante do seu Senhor, como se merecessem o que lhes falta. Mas o mandamento do Senhor é "sejam agradecidos".


Em tudo. Outra falha na atitude dos crentes consiste em atribuir a Deus o bem que experimentam e culpar o Diabo por qualquer vento contrário. Isto mostra mais que ingratidão, revela desconhecimento do controle providencial de Deus sobre todas as coisas, fazendo com que tudo concorra para o bem daqueles que amam a Deus. Não precisamos dar graça por tudo, pois algumas coisas são realmente ruins, e seríamos hipócritas diante de Deus se não disséssemos que está doendo. Porém, devemos dar graças em tudo, vale dizer, em qualquer situação, pois mesmo naquilo que realmente é maligno o Senhor está transformando-o em um bem maior para os Seus filhos, visando sua glória.


É a vontade de Deus. Pelo fato de Deus controlar todas as coisas para Sua glória e para nosso bem, Sua vontade é que aprendamos a viver contentes, em toda e qualquer situação. Nosso contentamento, expresso em atitude e palavras, demonstra nossa submissão à vontade divina e nossa gratidão em tudo. A vontade de Deus, pois, não é que vivamos ambicionando e numa busca cosntante de coisas melhores, mas que sejamos agradecidos com o que temos, sabendo que na fartura ou na privação, Deus cuida de nós.


Em Cristo Jesus para convosco. Todas as bênçãos que experimentamos chegam a nós por meio de Jesus. Por isso, a vontade de Deus que demos graças a ele por tudo, também é em Cristo Jesus. Assim, o crente que está em Cristo, deve viver em Cristo, e nEle ser grato ao Pai. Finalmente, devemos considerar que este mandamento é para nós, crentes dos dias de hoje. A vontade de Deus é para conosco.
Aprendamos a viver sóbrios e satisfeitos em tudo, dando sempre graças ao Pai.

Soli Deo Gloria

domingo, 30 de agosto de 2009
96. 0 que Deus exige no segundo mandamento?

R. Não podemos, de maneira alguma, representar Deus por imagem ou figura (1). Devemos adorá-Lo somente da maneira que Ele ordenou em sua palavra (2).

(1) Dt 4:15,16; Is 40:18,19,25; At 17:29; Rm 1:23-25. (2) Dt 12:30-32; lSm 15:23; Mt 15:9.

97. Não se pode fazer imagem alguma?

R. Não se pode nem deve fazer nenhuma imagem de Deus. As criaturas podem ser representadas, mas Deus nos proíbe fazer ou ter imagens delas para adorá-las ou para servir a Deus por meio delas (1).

(1) Êx 34:13,14,17; Dt 12:3,4; Dt 16:22; 2Rs 18:4 Is 40:25.

98. Mas não podem ser toleradas as imagens nas igrejas como ‘livros para ignorantes’?

R. Não, porque não devemos ser mais sábios do que Deus. Ele não quer ensinar a seu povo por meio de ídolos mudos (1) , mas pela pregação viva de sua Palavra (2).

(1) Jr 10:5,8; Hc 2:18,19. (2) Rm 10:14-17; 2Tm 3:16,17; 2Pe 1:19.
sábado, 29 de agosto de 2009
Vocês estão prontos para permanecer firmes em prol da deidade de Cristo? Do Seu nascimento virginal? Dos milagres? Vocês estão prontos para permanecer firmes em prol da morte expiatória, sacrificial, substitutiva do nosso Senhor? Vocês estão prontos para permanecer firmes em prol da ressurreição de Cristo como um fato literal, físico? Vocês estão prontos para permanecer firmes em prol da Pessoa do Espírito Santo? Sabem onde querem estar firmes, conhecem a sua posição? Como poderão combater o inimigo, se não conhecem a sua posição? Ás vezes penso que a leitura sobre as artes bélicas deveria ser obrigatória, que deveríamos ler sobre os grandes comandantes de exércitos como Alexandre, Cromwell, Napoleão e outros. Eles sempre escolhiam o seu lugar e a sua posição; sabiam onde iam estar firmes. E nós não devemos deixar a decisão com o inimigo: Tome a sua posição e diga: “Aqui estou firme!” Tome posição com Martinho Lutero, que não se perturbou com o fato de que tinha contra si doze séculos de catolicismo romano e de tradição. “Aqui estou firme; não posso fazer outra coisa”, disse ele; e nós também temos que aprender a estar firmes. Temos de saber o que cremos ser resolutos e estar determinados a permanecer firmes por isso, venha o que vier.

Martin Lloy-Jones
In: Fé Reformada Veritas
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Ap 3:5

Este artigo é uma continuação de "Quando o Livro da Vida foi escrito?" e ambos pretendem ser um contraponto ao artigo de autoria do Pr. Ciro Zibordi, sobre o mesmo tema. Os textos bíblicos utilizados pelo pastor são Ap 3:5, Ex 32:32-33, Ap 21:27, Lc 10:20, At 1:17,25, Mt 24:13 e Ap 21:7. Nesta análise focalizarei Ap 3:5, mas ao final abordarei as demais passagens, a título de resposta a objeções.

O contexto de Ap 3:5

O texto está inserida na porção do Apocalipse conhecida como "Cartas às Sete Igrejas da Ásia"., assim chamadas porque Jesus orientou a João dizendo "o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia" (Ap 1:11) e a declaração final em cada carta é "quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Ap 2:7; 2:11; 2:17; 2:29; 3:6; 3:13; 3:22).

Cada uma das cartas segue uma estrutura padrão, na qual Jesus faz uma declaração sobre Sua pessoa ("isto diz o que é santo, o que é verdadeiro", 3:7), elogia ("tendo pouca força, guardaste a minha palavra", 3:8) ou repreende a igreja ("tenho, porém, contra ti", 2:4), faz ameaças aos desobedientes ("vomitar-te-ei da minha boca", 3:16) e promessas aos fiéis ("a quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus", 3:12), geralmente terminando com o apelo para que se ouça o Espírito.

Pois bem, onde se encaixa Ap 3:5 nesse esquema? Não nas ameaças, como seria de se esperar se os que defendem a tese do livro que se apaga estivessem certos, mas na seção de promessa! Especificamente, o Senhor está se referindo ao fato de que numa igreja onde havia gente de quem se diz "tens nome de que vives, e estás morto" (Ap 3:1), também havia "algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco" (3:4). É a essas pessoas que ele promete "o que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida" (3:5). Portanto, interpretar essa promessa gloriosa do Senhor como uma ameaça, vai contra a intenção do Senhor, que era de consolar e incentivar os que estavam passando por provas terríveis e não atemorizá-las com a perda da salvação.

Notemos também que as palavras "de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida" se refere a uma situação futura, após a vitória nesta vida. Isto significa que Jesus sequer está se referindo a não riscar o nome dos crentes enquanto estão no mundo. Mas está dando a eles uma certeza de que seus nomes, escritos que estão no Livro da Vida no presente, lá continuará pela eternidade afora. Isto torna especialmente claro quando notamos que há um paralelo entre os versos 4 (vida presente) e 5 (vida futura). Observe:

No verso 4 Jesus diz "não contaminaram suas vestes" e no verso 5 "será vestido de vestes brancas". No verso 4, "são dignas" e no 5, "confessarei o seu nome diante de meu Pai". E, o mais significativo para a questão ao lume, no verso 4, "tens em Sardes algumas pessoas" e no 5, "de maneira nenhuma riscarei o seu nome". Aqui o paralelo não é aparente, pois nossas Bíblias traduzem "algumas pessoas" onde o original grego diz "tens em Sardes alguns nomes" (εχεις ολιγα ονοματα). O que Jesus está assegurando àquelas pessoas é que a condição atual deles diante de Deus continuará por toda a eternidade, apenas que de forma perfeita.

O que Ap 3:5 diz e o que não diz

É espantoso como alguns deixam seus pressupostos prevalecerem sobre o texto sagrado, fazendo-o dizer o que não diz e até o contrário do que afirma! O uso que arminianos, assumidos ou não, fazem desse texto demonstra bem esse fato.

O texto diz "jamais apagarei o seu nome do Livro da Vida" (NVI). Usar essa passagem para afirmar o contrário do que diz requer argumentos textuais muito fortes ou obstinação em manter preconceitos teológicos. Veremos mais adiante que não se trata do primeiro caso. Diz ainda o texto "será vestido de vestes brancas" e "e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos". Num só versículo temos três promessas maravilhosas, de vestiduras brancas, de eternidade da salvação e de menção do nome diante de Deus e dos anjos e tudo o que algumas pessoas vêem é uma ameaça inexistente!

O texto não diz "riscarei o seu nome do Livro da Vida". Nem mesmo diz "se não vencer, riscarei seu nome do Livro da Vida". O raciocínio "se quem vencer não terá seu nome riscado, então aquele que não vencer terá seu nome riscado" é uma inferência falaciosa e não se baseia numa proposição bíblica, mas é trazida para dentro do texto pelo leitor que assim quer enxergar a questão. Se ficarmos apenas com o que o texto diz, então só podemos afirmar que é certo que os vencedores não terão seus nomes apagados do Livro da Vida.

E os outros textos?

O articulista lança mão de outras passagens bíblicas para afirmar que um nome pode ser apagado do Livro da Vida. Jogar com referências bíblicas, sem nem mesmo mencionar o que dizem e sem analisar o que realmente significam é fácil e satisfaz a muitos que se contentam com uma afirmação forte seguida de um endereço bíblico, que não visitarão. Veremos o que as pessoas descobririam se agissem como bereanos.

Baeado em Ap 21:27 ele afirma que os nomes dos que permanecerem desviados e em pecado serão riscados. Porém, o que o versículo diz, de fato, é que na Nova Jerusalém entrarão "só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro" (Ap 21:27). Ora, não diz "os que não tiveram seu nome riscados do Livro da Vida". De onde o pastor tirou a sua conclusão? Do texto sagrado é que não foi.

Baseado em Lc 10:20 e At 1:17,25 o autor sugere que o nome de Judas estava escrito no Livro da Vida e que mesmo assim se desviou, presumindo-se que seu nome foi apagado. Quando Jesus disse "não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus" (Lc 10:20), estava se referindo aos 70, dos quais Judas não fazia parte. A isto acrescentemos que quando Pedro disse "foi contado conosco e alcançou sorte neste ministério" (At 1:17) não estava se referindo ao rol dos salvos no céu, mas à lista do doze apóstolos, o que fica confirmado ao escolherem Matias para seu lugar, orando "para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou" (At 1:25). Portanto, somente por vias hermêuticas tortas se conclui que Judas teve seu nome no Livro da Vida apagado. Mais adequado seria pensar que Judas nunca teve seu nome ali inscrito, haja vista que ao se desviar foi "para o seu próprio lugar" (At 1:25).

Outra passagem a que o pastor apela é a que diz "mas aquele que perseverar até ao fim será salvo" (Mt 24:13). Ainda não vi um calvinista que discordasse dessa verdade. Porém, engana-se quem pensa que a perseverança é a causa da salvação final, antes ela é consequência da salvação inicial. No mesmo capítulo Jesus diz "se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias" (Mt 24:22). Deus abreviará os tempos para que nenhum dos que tiveram seus nomes escritos no Livro da Vida venham a se perder.

Seria engraçado, se não fosse trágico demais, as tentativas que se faz para semear a dúvida sobre a fidelidade do Senhor no coração de seus filhos. De que outro modo se poderia considerar o uso de Fp 4:1,3 para defender a tese do mata borrão no Livro da Vida? O texto afirma "portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados" (Fp 4:1). Cadê o tom de ameaça aqui? A palavra "portanto" nos remete aos versos anteriores, que dizem "a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas" (Fp 3:20-21). Então, ele faz referência nominal a alguns irmãos e a "os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida" (Fp 4:3). Está o apóstolo infundindo medo nos seus leitores? Não, mas dando motivos para afirmar em seguida "regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos" (Fp 4:4).

A esta altura você deve ter percebido que pulei Ex 32:32-33. Não me esqueci nem me esquivei, apenas que considero, das passagens listadas pelo autor, a mais relevante para esta questão. E creio que ela merece um artigo à parte, que escreverei se Deus me der graça.

Conclusão

Nenhuma das passagens analisadas acima ensinam que algum nome pode ser apagado do Livro da Vida. Pelo contrário, a maioria dos textos utilizados pelo pastor ensinam exatamente o contrário, que a intenção do autor era fortalecer irmãos em meio à luta, e não colocá-los sob risco de terem seus nomes eliminados do rol dos salvos. A impressão que fica é que enquanto Jesus deseja que seus filhos se alegrem por terem seus nomes escritos nos céus, outros se esforçam para que esses mesmos crentes vivam atemorizados ante a idéia de serem excluídos do livro de Deus a qualquer momento. Enquanto Paulo menciona o Livro da Vida e diz em seguida "alegrem-se", outros dizem "tenham medo, outra vez lhes digo, tenham muito medo".

Soli Deo Gloria
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Eu não acredito em contingências. Eu não acredito em imprevistos, nem tampouco em acontecimentos que fujam aos propósitos eternos do Criador. Nosso Deus é bom e tem controle sobre todas as coisas, e absolutamente nada foge aos seus desígnios. As Escrituras afirmam que o governo está em suas mãos e que Ele possui domínio sobre tudo aquilo que acontece no céu e na terra. O Deus Todo-Poderoso governa o mundo. Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Altíssimo Deus. A Ele pertence todo poder e toda autoridade para fazer o que lhe agrade. O mundo e tudo que nele há é o seu mundo e toda criatura que nele vive é controlada por sua soberana vontade e poder.

Renato Vargens
In: Eu não acredito em contingências
terça-feira, 25 de agosto de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
A razão de não sucumbirmos, mesmo entre os severos conflitos, nada mais é que, recebemos o cuidado do Espírito Santo. Realmente, Ele nem sempre põe sobre nós o seu poder de um modo evidente e notável, (pois Ele nos aperfeiçoa em nossa fraqueza), mas é suficiente que Ele nos socorra, ainda que sejamos ignorantes e inconscientes disto, que Ele nos sustenta quando nos humilhamos, e ainda nos levanta quando caímos.

João Calvino
In: Traductione Reformata
domingo, 23 de agosto de 2009
92. Que diz a lei do SENHOR?

R. Deus falou todas estas palavras (Êxodo 20:1-17; Deuteronômio 5:6-2 (1) :

"Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. "

Primeiro mandamento: "Não terás outros deuses diante de mim. "

Segundo mandamento: "Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. "

Terceiro mandamento: "Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar seu nome em vão. "

Quarto mandamento: "Lembra-te do dia de descanso, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: por isso o SENHOR abençoou o dia de sábado, e o santificou. "

Quinto mandamento: "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá. "

Sexto mandamento: "Não matarás. "

Sétimo mandamento: "Não adulterarás. "

Oitavo mandamento: "Não furtarás. "

Nono mandamento: "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. "

Décimo mandamento: "Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo".

93. Como se dividem estes Dez Mandamentos?

R. Em duas partes (1). A primeira nos ensina, em quatro mandamentos, como devemos viver diante de Deus; a segunda nos ensina, em seis mandamentos, as nossas obrigações para com nosso próximo (2).

(1) Êx 31:18; Dt 4:13; Dt 10:3,4. (2) Mt 22:37-40.

94. 0 que Deus ordena no primeiro mandamento?

R. Primeiro, que eu, se minha salvação me for preciosa, devo evitar e fugir de toda idolatria (1) , feitiçaria, adivinhação e superstição (2). Também não posso invocar os santos ou outras criaturas (3). Segundo: devo reconhecer devidamente o único e verdadeiro Deus (4) , confiar somente nEle (5) , me submeter somente a Ele (6) com toda humildade (7) e paciência. Devo amar (8) , temer (9) e honrarl0) a Deus de todo o coração, e esperar todo o bem somente dElel (1). Em resumo, devo renunciar a todas as criaturas e não fazer a menor coisa contra a vontade de Deusl (2).

(1) 1Co 6:10; 1Co 10:7,14; 1Jo 5:21. (2) Lv 19:31; Dt 18:9-12. (3) Mt 4:10; Ap 19:10; Ap 22:8,9. (4) Jo 17:3. (5) Jr 17:5,7. (6) Rm 5:3-5; 1Co 10:10; Fp 2:14; Cl 1:11; Hb 10:36. (7) 1Pe 5:5. (8) Dt 6:5; Mt 22:37,38. (9) Dt 6:2; Sl 111:10; Pv 1:7; Pv 9:10; Mt 10:28. (10) Dt 10:20; Mt 4:10. 1 (1) Sl 104:27-30; Is 45:7; Tg 1:17. 1 (2) Mt 5:29,30; Mt 10:37-39; At 5:29.

95. Que é idolatria?

R. Idolatria é inventar ou ter alguma coisa em que se deposite confiança, em lugar ou ao lado do único e verdadeiro Deus, que se revelou em sua Palavra (1).

(1) 1Cr 16:26; Is 44:16,17; Jo 5:23; Gl 4:8; Ef 2:12; Ef 5:5; Fp 3:19; 1Jo 2:23; 2Jo :9.
sábado, 22 de agosto de 2009

Você me diz: “Pregador do Evangelho, você nos condenou a todos”. Isto é verdade, meus queridos ouvintes. Entretanto, não sou eu, mas Deus é quem condena. Eu posso dizer diante dos céus: eu lhes amo a todos, individualmente, como um irmão ama seus irmãos. Se lhes falo com severidade, é unicamente para o seu bem. Meu coração, minha alma, estão cheios de compaixão por vocês; e em minhas palavras, aquelas aparentemente mais duras, há na realidade mais amor que nos discursos agradáveis daqueles que lhes dizem Paz, Paz! Quando não há paz.

Oh! Não creiam que tenho prazer em pregar como fiz hoje. Não, Deus me é testemunha! Eu prefiro mil vezes lhes alimentar de Jesus, de sua doce e gloriosa pessoa, de sua graça e de sua justiça perfeita; também, tenho em meu coração, antes de terminar, de lhes fazer ouvir palavras de paz. Então se aproxime meu irmão; dê-me sua mão e escute a mensagem da graça que lhe trago.

Você se sente culpado, condenado, maldito? Você diz neste mesmo instante: “Oh, Deus! Eu reconheço que o senhor será justo em fazer cair sobre mim todo o peso de sua maldição?” Você compreende que longe de poder ser salvo por causa de suas obras, você está inteiramente perdido por causa de seus pecados? E você tem um ódio profundo pelo mal? Você se arrepende sinceramente? Se é assim, cara alma, deixe-me lhe dizer onde você encontrará a libertação.

Homens irmãos! Saibam todos isto. Jesus Cristo, descendente de Davi, foi crucificado, morto e enterrado. Agora, ele está ressuscitado, e assentado à direita de Deus de onde intercede por nós. Ele veio ao mundo para salvar os pecadores pela sua morte. Vendo que os pobres filhos de Adão estavam sujeitos à maldição, ele mesmo se encarregou dessa maldição e assim lhes libertou. Se, então, Deus amaldiçoou Cristo no lugar deste ou daquele homem, é impossível que ele amaldiçoe esse homem de novo.

“Mas Cristo foi amaldiçoado por mim?” – alguém me pergunta. A isto lhe respondo: Deus o Santo Espírito lhe fez ver seu pecado ? Ele lhe tem feito sentir toda a amargura? Ele lhe ensinou a dar este grito de humilhação: Oh, Deus! Tem misericórdia de mim que sou pecador? Se, na sinceridade de seu coração, você pode responder afirmativamente a estas questões, tenha bom ânimo, meu muito amado; Cristo foi feito maldição em seu lugar; e se Cristo foi feito maldito em seu lugar, você não está mais sujeito à maldição.

“Mas eu queria ter certeza - talvez você insista; gostaria de não poder duvidar que Jesus foi realmente feito maldição por mim.” E por que você duvidaria, meu irmão? Você não vê Jesus expirando sobre a cruz? Não vê suas mãos e seus pés ensangüentados? Olhe para Ele, pobre pecador. Não olhe mais para si nem para suas iniqüidades; olhe para Ele e seja salvo. Tudo o que ele exige de você, é que você olhe para Ele e por isso mesmo Ele lhe dará a sua segurança. Venha a Ele, confie e creia. Oh! Eu lhe suplico, aceite com simplicidade e fé esta declaração da Escritura: é uma coisa certa e digna de ser recebida com inteira confiança, que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar o pecador.

Charles Spurgeon
In: Sermão 174 (Chamado aos não-convertidos)
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Rm 3:23

Alguns não gostam de ser rotulados como católico, protestante, reformado, evangélico, arminiano, calvinista, batista, milenista, trinitariano, fundamentalista, dicotomista, contemporanista, e outras tantas etiquetas que penduramos nas pessoas. Tem razão, embora possam ser úteis, esses rótulos trazem alguns problemas, inclusive porque alguns na sua origem ou no uso atual são pejorativos.

Para evitar ser rotulados, alguns rotuladores dizem "sou cristão, sou crente, sou salvo". Na verdade, não lhes incomoda serem rotulados, mas querem escolher o seu próprio rótulo.

O fato é que Deus também nos rotula. E o rótulo que ele coloca em nós não é aquele que preferimos, mas o que expressa realmente quem e como somos. O rótulo que Deus carimba em nós é "pecador". Este rótulo diz bem o tipo de gente que somos. Alguns não gostam, não ostentariam. Mas outros reconhecem, como Lutero, "não tenho outro nome, senão o de pecador; pecador é meu nome; pecador, meu sobrenome".

Mas há dois tipos de pecadores. Não grandes pecadores e pequenos pecadores, pois o inferno é um lugar apropriado tanto para uns como para outros. A subdivisão da classe dos pecadores é "pecadores arrependidos" e "pecadores impenitentes". Estas duas subdivisões também são conhecidas como salvos e perdidos, mas ambos ainda fazem parte da classe dos pecadores.

Se nenhum outro rótulos nos agrada, fiquemos como o rótulo que Deus nos dá: pecadores.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Ensinados pelos preceitos acerca da vontade de Deus, somos advertidos de nossa miséria, nós que, de todo o coração, dela tanto discrepamos. Ao mesmo tempo, somos instigados a invocar-lhe o Espírito, por quem somos dirigidos pelo reto caminho. No entanto, uma vez que nossa displicência não é suficientemente acicatada pelos preceitos, acrescentam-se as promessas para que, por um certo dulçor, a seu amor nos aliciam.

João Calvino
In: Institutas da Religião Cristã
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Juan de Paula é um jovem pastor batista, que serve na Igreja Batista da Esperança, no Rio de Janeiro. No artigo "Viva o Novo Calvinismo! Para a glória de Deus", ele escreve rapidamente sobre sua peregrinação rumo ao calvinismo. Como costuma ser nestes casos, ele também teve que lutar com conflitos internos.

Mas o que eu quero destacar aqui, e recomendar a leitura, é a comparação que ele faz entre o "velho calvinismo" e o "novo calvinismo", datacando seis pontos de dessemelhança. Por fim, apresenta alguns cuidados que os "novos calvinistas" precisam ter.

Vale a leitura.
terça-feira, 18 de agosto de 2009

Admiramos a Cristo por sua glória,
porém O admiramos muito mais
por sua glória estar mesclada
com humildade.

Admiramos a Cristo por sua transcendência,
mas O admiramos muito mais
porque sua transcendência
está acompanhada por condescendência.

Admiramos a Cristo por sua justiça inflexível,
contudo, O admiramos muito mais porque sua justiça
é temperada com misericórdia.


John Piper
In: Deus é o Evangelho, Editora Fiel
segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado" Hb 3:12-13

Alguém me perguntou "como o irmão entende o texto de Hebreus 3.12,13?", dando em seguida seu entendimento de que "mesmo um coração habitado pelo Espírito pode se tornar duro, infiel e mau". Não vou me deter na análise de sua conclusão, dedicando-me a responder a sua pergunta.

Uma prática obrigatória na interpretação da Bíblia é considerar uma passagem à luz de seu contexto. No caso, interessa-nos particularmente os capítulos 3 e 4 de Hebreus.

O escritor se dirige a "irmãos santos, participantes da vocação celestial" (3:1), portanto é indubitável que escrevia a crentes. Estes são os mesmos "irmãos" do verso 12 a quem disse "que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo". Não podemos enfraquecer a força dessa advertência, dizendo que o crente não precisa vigiar, tendo em mente o que aconteceu na sedição de Cades (Nm 14), quando Deus "jurou que não entrariam no seu repouso" (3:18). Até este ponto creio que não temos que divergir. Mas ele basta para afirmarmos que "um coração habitado pelo Espírito pode se tornar duro, infiel e mau"? Creio que um exame mais cuidadoso responde negativamente.

Embora se dirigisse a uma congregação de crentes, o escritor estava consciente de que alguns dentre eles poderiam não serem crentes genuínos. Tomando o exemplo utilizado pelo autor, ele diz que "havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés" (3:16). O que distinguiu Moisés, Josué e Calebe dos que pereceram no deserto não foi o fato de fazerem parte da congregação do deserto nem o ter ouvido a Palavra de Deus, mas a genuína fé, característica dos nascidos de novo. Hebreus é clara quanto a isso: "porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram" (4:2).

Visto exteriormente, como o homem vê, quando pessoas da congregação endurecem seu coração e perecem na incredulidade, parece que foram crentes nascidos de novo que se endureceram até a completa apostasia. Mas é apenas uma aparência externa, como bem expressa o escritor ao dizer "temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás" (4:1, grifei). Apesar dessa aparência, os verdadeiramente nascidos de novo podem afirmar "porque nós, os que temos crido, entramos no repouso" (4:3). A prova de que "nos tornamos participantes de Cristo" é retermos "firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim" (3:14).

O escritor indica dois antídotos para o risco de endurecimento daqueles que misturados ao povo ainda não nasceram de novo. Um deles é "exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado" (3:13). Além da ajuda mútua, temos a infalível intercessão de Jesus, nosso Sumo-Sacerdote: "porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno." (4:15-16).
domingo, 16 de agosto de 2009
Se você acessa este blog usando o Internet Explorer, talvez tenha notado que ele aparece desconjuntado. A culpa não é minha, nem de outros tantos blogueiros que se preocupam com o bom funcionamento de seus blogues, mas são frustrados pelo navegador da Microsoft.

A internet só funciona porque as diversas partes envolvidas concordam em trabalhar com protocolos acordados. Mas o fabricante do IE acredita que pode ter as suas próprias regras, e o resto do mundo que se ajuste a elas.

Eu já não uso o Internet Explorer. Desisti dele a muito tempo. Meu navegador padrão é o Firefox, mas testei outros navegadores e todos são, no mínimo, melhores que o Internet Explorer. Se você quiser desfrutar de uma navegação segura e prazerosa, sugiro que experimente e opte por um dos seguintes browsers:

- Firefox
- Opera
- Google Chrome
- Safari
- Flock

Para complicar, muitos usuários ainda utilizam o IE6, considerado uma praga na Internet e por isso mesmo alvo de uma campanha para que seja abandonado de vez. Mas se depois de tudo isso, por comodidade ou afeto a Bill Gates você quiser continuar usando o IE, pelo menos atualize-o para a versão 8. Não testei, mas provavelmente continua desconjuntando o Cinco Solas.
88. Quantas partes há na verdadeira conversão do homem?

R. Duas: a morte do velho homem e o nascimento do novo homem (1).

(1) Rm 6:4-6; 1Co 5:7; 2Co 7:10; Ef 4:22-24; Cl 3:5-10.

89. 0 que é a morte do velho homem?

R. É a profunda tristeza por causa dos pecados e a vontade de odiá-los e evitá-los, cada vez mais (1).

(1) Jl 2:13; Rm 8:13.

90. 0 que é o nascimento do novo homem?

R. É a alegria sincera em Deus, por Cristo (1) , e o forte desejo de viver conforme a vontade de Deus em todas as boas obras (2).

(1) Is 57:15; Rm 5:1,2; Rm 14:17. (2) Rm 6:10,11; Gl 2:19,20.

91. Que são boas obras?

R. São somente aquelas que são feitas com verdadeira fé (1) conforme a lei de Deus (2) e para sua glória (5) ; não são aquelas que se baseiam em nossa própria opinião ou em tradições humanas (4).

(1) Rm 14:23. (2) Lv 18:4; 1Sm 15:22; Ef 2:10. (3) 1Co 10:31. (4) Is 29:13,14; Ez 20:18,19; Mt 15:7-9.
sábado, 15 de agosto de 2009
Iniciei a leitura do livro cujo título reproduzo acima. O livro de autoria de William Wilberforce (1759-1833) é publicado pela Editora Palavra, até então completa desconhecida minha. Faz parte de uma série intitulada Clássicos da Espiritualidade Cristã, que traz também Vida de Oração, de Tereza de Ávila (1515-1582), Uma Fé Mais Forte que as Emoções, de Jonathan Edwards (1703-1758) e Triunfo Sobre as Tentações, de John Owen (1616-1683).

A época em que essas pessoas viveram por si só justificaria a palavra clássicos da série. Mas na verdade são clássicos no sentido de que embora escritos a séculos, seu valor continua atual. Ao ler os primeiros capítulos, tenho a impressão que Wilberforce viajou até nossos dias antes de escrever seu livro. Mais, na parte que descreve os vícios pessoais, parece que andou me espionando...

Infelizmente, os livros foram editados antes da publicação. Na verdade, foram encurtados. O livro que tenho em mãos, de 192 páginas, se baseou na edição americada de 317 páginas, que por sua vez já havia sofrido uma redução, pois o original é de 450 páginas "em letras miúdas". O próprio título foi cortado, pois originalmente era Uma Visão Prática do Sistema Religioso Predominante de Cristãos Professos, nas Classes Média e Alta neste País, Constrastado com o Verdadeiro Cristianismo. A justificativa para os cortes e ajustes é que do contrário a leitura seria "desestimulante para o leitor moderno". É verdade, mas também é triste.

Para quem nunca ouviu falar, Wilberforce foi um cristão que se tornou deputado na Inglaterra, com dois objetivos em mente, conforme ele mesmo diz, aos 25 anos: "Deus colocou diante de mim dois assuntos - a abolição do comércio de escravos e a reforma dos costumes na Inglaterra". A abolição da escravatura na Inglaterra e no mundo se deve a esse servo do Senhor.

Só posso recomendar o livro pelos dois primeiros capítulos que li, mas eles justificam o preço (menos de R$ 20) que o livro custa. No primeiro ele trata das Concepções Inadequadas da Importância do Cristianismo e no segundo dos Conceitos inadequados acerca da natureza humana. Desnecessário dizer que ele descreve o homem em termos nada elogiáveis. Com o detalhe de que ele se dirige e se refere a crentes!

Oportunamente postarei alguns excertos do livro.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Após todas as coisas serem ditas e feitas, Deus é o evangelho. Evangelho significa “boas notícias”. O cristianismo não é teologia em primeiro lugar, e sim, notícias. É como se prisioneiros de guerra ouvissem secretamente, em um rádio, que os aliados haviam chegado e que o resgate seria apenas uma questão de tempo. Os guardas ficariam a imaginar qual seria a razão para tanta alegria.

Mas qual o principal benefício das “boas notícias”? É que tudo termina em uma única pessoa: no próprio Deus. Todas as palavras do evangelho conduzem a Ele, do contrário, elas não seriam evangelho, as boas notícias. Por exemplo: “salvação” não é uma boa notícia, se ela apenas salva do inferno e não conduz a Deus. “Perdão” não é uma boa notícia, se apenas alivia a culpa e não abre o caminho para Deus. “Justificação” não é uma boa notícia, se apenas nos torna legalmente aceitáveis perante Deus, mas não traz comunhão com Ele. “Redenção” não é uma boa notícia, se apenas nos liberta da escravidão, mas não nos leva a Deus. “Adoção” não é uma boa notícia, se apenas nos coloca na família do Pai, mas não em seus braços.

John Piper
In: Para sua alegria
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009

Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade. 2Co 13:8

O Pr. Ciro fez um desabafo em seu blog, motivado por publicações minhas neste espaço, por comentários meus em seu blog e por comentários de visitantes aqui. A vítima nesta questão não é o pastor Ciro, embora ele se mostre como tal, nem a minha pessoa, que estou na chuva para me queimar, mas a verdade. Não a Verdade, que sempre prevalece, mas a realidade dos fatos alegados e insinuados. Veremos se as coisas são bem como o pastor Ciro diz que são.

Sei que ele é uma pessoa ocupada, que tem uma sobrecarga de atividades no reino de Deus e que está certo em priorizar seu tempo naquilo que considera mais importante. Este ponto não se discute. Mas a motivação dele e as referências veladas que faz a respeito deste blog é que são objetos das considerações a seguir, que peço perdão em impor aos amados.

1. "Não darei mais espaço a pessoas imaturas, que não sabem conversar no campo das ideias, preferindo atacar nominalmente"

Além de atacar pessoas ("imaturas") e não idéias, o pastor me censura por citar seu nome em meu blog. Segundo ele eu violei a regra da repreensão particular. Porém o pastor não leva em consideração que os textos foram postados primeiro em seu blog, no qual foram bloqueados antes de serem publicados aqui.

É minha prática sempre dar nomes, seja a quem elogio, seja a quem eu critico. Assumo as consequências do que digo, frente a quem digo e diante de Deus. Não me escondo atrás de referências veladas, pois Jesus nunca disse "tem um sujeito por aí que faz algumas coisas que nem te conto". Quando chamou alguém de raposa, deixou claro de quem se tratava. Quando disse que ninguém na terra era maior que uma pessoa, disse também quem era essa pessoa. Sei que é mais fácil e politicamente correto "contar o milagre e não contar o santo". Além de identificar claramente a quem me refiro, sempre tento indicar um meio, geralmente um link, para que o leitor possa considerar a íntegra do que a pessoa citada disse ou fez. Pena que o Pr. Ciro não aprove esta minha atitude.

2. "Não publicarei nem comentarei perguntas ou opiniões de quem mantém postura dúbia. Infelizmente, há editores de blog que, neste espaço, dirigem-se a mim com respeito, mas em seu espaço não só permitem comentários desdenhosos, como também os alimentam, fazendo insinuações maldosas e descabidas."

Lamentável que o pastor Ciro faça esse tipo de acusação, claramente dirigida a minha pessoa. O que ele chama de postura dúbia nada mais é que comprimisso com a verdade, que me leva a aprovar a verdade dita até pelo meu maior inimigo (que não é ele, fique claro) e discordar do erro proclamado pelo meu amigo mais chegado. Mas de fato, visitando seu blog dá a impressão que eu o elogio lá e o critico em outros lugares. Porém, essa imagem de quem discorda dele é construída pelo próprio pastor Ciro.

Todos meus posts que lhe são favoráveis e que concordam com ele, são publicados prontamente. Todos aqueles que discordam dele ou mostram alguma inconsistência, são solenemente ignorados. Então parece de fato que eu o elogio pela frente e o critico por trás. Mas a verdade é facilmente verificável. A verdade é que eu o critico em seu blog também, mas neste caso os comentários são vetados. Como este não é um hábito recente do pastor, adotei a prática de salvar meus comentários no blog dele. Por isso posso provar que não faço apenas comentários elogiosos em seu blog.

A verdade é que eu o elogio aqui neste espaço. Quando ainda não conhecia o pastor Ciro, comentei um artigo dele recebido por email e disse na ocasião: "Não conheço o autor do artigo e escrevo sem atacar a sua pessoa, pois se o fizesse estaria pecando por falar mal de quem sequer conheço e suponho seja um homem de Deus, levantado para apascentar um rebanho do Senhor" (O livre-arbítrio é bíblico?). No post que tanto dissabor causou ao pastor eu afirmei a um leitor "a verdade verdadeira é que gosto do Pr. Ciro" e Deus sabe que aqui não há nenhuma ironia. Ao próprio pastor Ciro disse neste espaço "embora não concorde com tudo, gosto do que escreve e da forma como o faz". Finalmente, quando li alguns comentários referindo-se à pessoa do Pr. Ciro disse: "até onde eu li, e li bastante o blog do Pr. Ciro, tirante o seu anti-calvinismo e implicação com calvinistas, ele é ortodoxo", acrescentando "vamos respeitar a pessoa e ministério do Pr. Ciro, pois o mesmo, até onde eu saiba, dignifica o ofício pastoral". Portanto, não é verdade que em meu espaço eu só faça comentários maldosos e descabidos sobre sua pessoa.

Sou coerente, gosto do Pr. Ciro e de muito do que ele escreve, e não me sinto nenhum pouco constrangido em elogiar sua pessoa e seus escritos, seja em seu blog, no meu ou de terceiros. Mas discordo dele em algumas importantes questões e não aprovo a forma como ele joga com textos-prova para defender sua posição, e escrevo isso em seu blog (que ele não publica), aqui ou em outros blogs.

3. "Serei atencioso com quem demonstra amar a Palavra de Deus de verdade e a considera a sua fonte primária de autoridade, e não com os “teólogos”, que já estão cheios de razão."

O pastor Ciro está correto ao dar precedência ao questionamento de quem está sinceramente interessado em aprender. Mas não ao insinuar que quem faz um contraponto ao seu ensino não esteja interessado na verdade ou que não tenha a Bíblia como autoridade suprema. Eu não apenas aceito, como encorajo que meus leitores confrontem o que escrevo com a Palavra de Deus e que quando discordem, postem sua discordâcia aqui. Há alguns comentários que discordam totalmente de minha posição e eu sequer as rebati, para que o visitante do blog tivesse duas idéias opostas sobre uma questão e fossem à Bíblia ver qual tinha mais fundamento.

Este texto já ocupou espaço demais. Mesmo assim quero deixar claro como procederei doravante. Continuarei a visitar o blog do pastor Ciro e de outros que estão listados em meu rol de blogs amigos. Comentarei elogiosamente aquilo que eu considerar digno de louvor. Criticarei aquilo que eu discordar, com o respeito e o embasamento bíblico que o autor e o assunto merecem e que sempre caracterizaram minhas participações. E continuarei fazendo uma cópia de tudo o que comento no blog do Pr. Ciro. É triste que isto tenha se tornado necessário, entre irmãos.

Em Cristo,

Clóvis
Nossa condição definitiva como cristãos é testada pelo caráter da nossa vida de oração. Isso é mais importante que o conhecimento e o entendimento. Não pensem que eu estou diminuindo a importância do conhecimento. Tenho passado a maior parte da minha vida tentando mostrar a importância de se ter um bom conhecimento e entendimento da verdade. Isso é de importância vital. Só há uma coisa que é mais importante: a oração. O teste definitivo da minha compreensão do ensino bíblico é a quantidade de tempo que eu gasto em oração.

Martin Lloyd-Jones
In: Fé Reformada-Veritas
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
"Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida" Rm 5:10

Sábado, véspera do dia dos pais, o SBT reprisou, mais uma vez, o filme Um ato de Coragem (John Q). No filme, John Q Archibald é o pai de um garoto que está precisando urgentemente de transplante de coração. Desesperado, já que o plano de saúde não cobre o tratamento de seu filho, ele toma todo o setor de emergência de um hospital, fazendo médicos, paramédicos, enfermeiras e pacientes de reféns. Ao final, ele resolve cometer suicídio para que o filho tenha um coração para ser transplantado. O filme é tocante e revela até onde o amor de um pai pode levar.

Apesar disso, quanta diferença entre John Q e Deus! Para salvar a vida do filho, John Q colocou em perigo a vida de várias pessoas. Nenhuma dessa pessoas era inimiga dele. Porém Deus sacrificou seu Filho para que várias pessoas fossem salvas. Com o detalhe de que cada uma dessas pessoas era inimiga dEle. John Q queria um coração novo para seu filho. Deus deu um coração novo para cada uma das pessoas por quem seu Filho morreu.

Mas há um ponto em comum entre John Q e Deus. O que John Q fez conquistou a amizade e admiração das pessoas que ele tinha aprisionado. E Deus, reconcilia consigo mesmo as pessoas por quem Seu Filhou morreu.
domingo, 9 de agosto de 2009
86. Visto que fomos libertados de nossa miséria, por Cristo, sem mérito algum de nossa parte, somente pela graça, por que ainda devemos fazer boas obras?

R. Primeiro: porque Cristo não somente nos comprou e libertou com seu sangue, mas também nos renova, à sua imagem, por seu Espírito Santo, para que mostremos, com toda a nossa vida, que somos gratos a Deus por seus benefícios (1) , e para que Ele seja louvado por nós (2). Segundo: para que, pelos frutos da fé, tenhamos a certeza de que nossa fé é verdadeira (3) e para que ganhemos nosso próximo para Cristo, pela vida cristã que levamos (4).

(1) Rm 6:13; Rm 12:1,2; 1Co 6:20; 1Pe 2:5,9. (2) Mt 5:16; 1Pe 2:12. (3) Mt 7:17,18; Gl 5:6,22; 2Pe 1:10. (4) Mt 5:16; Rm 14:18,19; 1Pe 3:1,2.

87. Não podem ser salvos, então, aqueles que continuam vivendo sem Deus e sem gratidão e não se convertem a Ele?

R. De maneira alguma, porque a Escritura diz que nenhum impuro, idólatra, adúltero, ladrão, avarento, bêbado, maldizente, assaltante ou semelhante herdará o reino de Deus (1).

(1) 1Co 6:9,10; Ef 5:5,6; 1Jo 3:14,15.
sábado, 8 de agosto de 2009
Yanni Kronenberg e Lucinda Schreiber levaram 6 meses para produzir uma animação fantástica usando, para isso, apenas quadros negros e giz. O impressionante resultado, você confere abaixo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Alguns se deparam com a situação de ter que escolher uma igreja, seja por chegar um lugar desconhecido ou por outra circunstância qualquer. A placa da igreja não ajuda muito. As vezes, igrejas locais de denominações tradicionais são cheias de modismos doutrinários e litúrgicos. Outras vezes, igrejas pentecostais são avessas ao exercício dos dons espirituais. Sem contar que a profusão de denominações existentes, muitas apenas variações de outras bem conhecidas, não ajuda nada a relacionar uma denominação com suas crenças distintivas.

Pior que guiar-se pela placa da igreja, é procurar uma igreja na qual "nos sintamos bem". Apesar do conselho para procurar uma igreja na qual se sinta bem seja comum, é de uma irresponsabilidade tamanha. Pois igrejas que procuram fazer pessoas se sentirem bem são, via de regra, igrejas distanciadas da verdade bíblica. Uma igreja deve buscar a glória de Deus antes de nosso bem estar.

Mas como proceder então para identificar uma igreja que seja bíblica e, no dizer de Grudem, mais pura? Procurando se traz as marcas de uma verdadeira igreja. O Pastor Folton Nogueira nos dá dicas valiosas a respeito:
Ao se perguntar: esta é uma igreja de Cristo, ou se degenerou em “sinagoga de Satanás” (Ap 2.9), ou finge ser igreja de Cristo? A resposta está na observação judiciosa desses três pontos:

1º - Essa igreja permanece na doutrina dos apóstolos (tem as Escrituras, de fato, como a única regra de fé e prática), ou também é dirigida por outras fontes de doutrina?

2º - Essa igreja administra fielmente os sacramentos, ou faz deles meios de fomentar a superstição ou engano?

3º - Essa Igreja preocupa-se em viver de acordo com a ética das Escrituras ou a ética do mundo impera em seu meio?

(Marcas da verdadeira Igreja)
Está a procura de uma igreja para ser apascentado, edificado e onde possa exercer os dons que o Senhor lhe concedeu? Investigue esses três pontos e ore muito por direção divina, pois não está fácil caminhar pelo cipoal de denominações e igrejas existentes.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Tente não jogar fora nada do livro perfeito. O que você encontra nele permita que ali fique, e o faça seu para pregar conforme a analogia e o tamanho da fé. Aquilo que é digno de ser revelado por Deus é digno de nossa pregação - isso é o mínimo que posso dizer a respeito. "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mt 4.4; Dt 8.3). "Cada palavra de Deus é comprovadamente pura; ele é um escudo para quem nele se refugia" (Pv 30.5). Permita que cada verdade revelada seja apresentada a seu tempo. Não procure assunto em qualquer outro lugar, pois com tal infinitude de temas diante de você não há necessidade de assim fazer; com tão gloriosa verdade para pregar seria uma audaciosa crueldade fazer isso.

Charles Spurgeon
In: Preparado para o combate da fé
quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Pastor Ciro Zibordi, em seu Blog do Ciro, publicou uma série de artigos defendendo que um crente pode perder a salvação. Li a sua série até a conclusão, para analisar a totalidade de seus argumentos. Então fiz algumas considerações.

Entretanto, usando de seu direito de moderar os comentários, o Pr. Ciro seleciona por critérios próprios o que publica e o que não publica. Geralmente, meus comentários não passam em sua peneira. Mesmo quando eu respondo a uma pergunta dele a mim dirigida.

Como pretendo considerar seus argumentos e questionamentos, apontando quando concordo e quando discordo, indicando minhas razões neste último caso, publicarei aqui meus comentários vetados. Os que forem publicados no blog acima citado não serão reproduzidos aqui, apenas referenciados.

A propósito, há um comentário meu publicado em Meu Comentário ao Post 1 o qual foi respondido pelo pastor Ciro. Minha resposta ao comentário dele foi vetado e é reproduzido abaixo, na forma como postei.

Em tempo: o Cinco Solas não modera comentários.
"Pr. Ciro,

Mais curiosa que minha atitude, é a forma seletiva com que publica ou não os comentários. Mas é um direito seu que não me cabe questionar.

Quando eu disse que o irmão adota o Solus Cirus, não estava me referindo especificamente à doutrina da salvação. Mas o irmão atacou as interpretações de Calvino e Armínio como se eles ou seus seguidores as equiparassem às Escrituras e portanto estivessem violando o Sola Scriptura. Apenas apliquei o mesmo critério ao irmão, apesar de nunca considerar que o irmão ou seus leitores equiparassem sua interpretação à Bíblia. Mas isso não vem ao caso, agora.

O irmão pergunta qual meu interesse em participar neste tópico, e pode estar certo que não é pô-lo em contradição, mas conversar a respeito dessa doutrina, caso lhe interesse fazê-lo com cordialidade.

Quanto aos três tempos e aspectos da salvação, eu também creio assim, embora um pouco diferente. Para mim, no passado Deus nos livrou da culpa (ou penalidade) do pecado, no presente nos livra do domínio do pecado e no futuro nos livrará da presença do pecado. Talvez a divergência seja mais de terminologia.

Sobre Fp 2:12-13, também não vejo contradição entre o "operai" e "Deus opera". Talvez nossa diferença aqui seja de ênfase. Eu afirmo que nós operamos a nossa salvação porque Deus opera em nós o querer e o realizar. Mais, creio que esse operar de Deus em nós é sempre eficaz.

Num próximo comentário responderei a sua pergunta sobre Hb 3:12-13.

Em Cristo,

Clóvis"
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Não posso concordar com a insensatez arminiana nem tampouco ver com simpatia estes pensadores que tentam construir seus casebres sobre o fundamento da liberdade individual. Este fundamento se assemelha demais à areia movediça para que se possa construir sobre ele! Pensar um servo-arbítrio é mais saudável. Por outro lado, uma espécie de servo-arbítrio que extrapola o ensinamento bíblico num fatalismo hipercalvinista não é de forma alguma atrativo para mim. Aliás, é interessante notar como tanto católicos e outros pensadores não calvinistas quanto pensadores seculares só conseguem entender o calvinismo em termos deste fatalismo absurdo. De todo modo, pensar o livre-arbítrio continua a ser, para mim, pensar um paradoxo entre tantos outros da reflexão cristã. Mesmo assim, embora ainda esteja envolto em mistério, como todo paradoxo, não posso deixar de pensá-lo.

Veja o que Roberto Vargas pensou sobre livre-arbítrio e eternidade em Liberdade: uma breve reflexão.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Todo o mundo com tudo o que há e ocorre nele, está sujeito ao governo divino. O verão e o inverno, o dia e a noite, os anos frutíferos e os não frutíferos, a luz e as trevas — tudo é Sua obra e tudo é formado por Ele (Gênesis 8:22; 9:14; Levítico 26:3ss; Deuteronômio 11:12ss; Jó 38; Salmo 8, 29, 65, 104, 107, 147; Jeremias 3:3; 5:24; Mateus 5:45, etc.). A Escritura nada conhece de criaturas independentes; isso seria uma incongruência.

Herman Bavinck
domingo, 2 de agosto de 2009
83. Que são as chaves do reino dos céus?

R. A pregação do santo Evangelho e a disciplina cristã. É por estes dois meios que o reino dos céus se abre para aqueles que crêem e se fecha para aqueles que não crêem (1).

(1) Mt 16:18,19; Mt 18:15-18.

84. Como se abre e se fecha o reino dos céus pela pregação do santo Evangelho?

R. Conforme o mandamento de Cristo, se proclama e testifica aos crentes, a todos juntos e a cada um deles, que todos os seus pecados realmente lhes são perdoados por Deus, pelo mérito de Cristo, sempre que aceitam a promessa do Evangelho com verdadeira fé. Mas a todos os incrédulos e hipócritas se proclama e testifica que a ira de Deus e a condenação permanecem sobre eles, enquanto não se converterem (1). Segundo este testemunho do Evangelho Deus julgará todos, nesta vida e na futura.

(1) Mt 16:19; Jo 20:21-23.

85. Como se fecha e se abre o reino dos céus pela disciplina cristã?

R. Conforme o mandamento de Cristo, aqueles que, com o nome de cristãos, se comportam na doutrina ou na vida como não-cristãos, são fraternalmente advertidos, repetidas vezes. Se não querem abandonar seus erros ou maldades, são denunciados à igreja e aos que, pela igreja, foram ordenados para este fim. Se não dão atenção nem a admoestação destes, não são mais admitidos aos sacramentos e, assim, excluídos da congregação de Cristo, e, pelo próprio Deus, do reino de Cristo. Eles voltam a ser recebidos como membros de Cristo e da sua igreja, quando realmente prometem e demonstram verdadeiro arrependimento (1).

(1) Mt 18:15-18; 1Co 5:3-5,11; 2Co 2:6-8; 2Ts 3:14,15; 1Tm 5:20; 2Jo :10,11.
sábado, 1 de agosto de 2009

Por muitas vezes nos é dito que limitamos a expiação de Cristo, por dizermos que Cristo não pagou a dívida de todos os homens, ou todos os homens seriam salvos. Ora, a nossa resposta a isso é que, por outro lado, nossos oponentes limitam a expiação de Cristo, e não nós.

Os arminianos dizem: Cristo morreu por todos os homens. Perguntemos deles o que querem afirmar com isso. Porventura, Cristo morreu para garantir a salvação de todos os homens? E eles respondem: 'Não, certamente que não'. E então fazemos-lhes a próxima pergunta: E Cristo morreu para garantir a salvação de qualquer indivíduo em particular? E eles respondem com um 'Não'. Eles são forçados a admitir isso, se tiverem de ser coerentes. Eles respondem com um 'não' e ajuntam: 'Cristo morreu para que qualquer homem fosse salvo se...' — e então seguem-se certas condições para a salvação.

Ora, quem é que limita a morte de Cristo? São vocês. Vocês dizem que Cristo não morreu para garantir de modo infalível a salvação de qualquer pessoa. Desculpe, mas, nós corrigimos àqueles que dizem que nós limitamos a extensão da morte de Cristo, e dizemos: 'Não, meu caro amigo, você é que está fazendo isso'. Nós dizemos que Cristo morreu de modo a garantir infalivelmente a salvação de uma multidão que ninguém pode enumerar, os quais, através da morte de Cristo, não apenas poderão ser salvos, mas serão realmente salvos, e não poderão deixar de ser salvos, seja de que maneira for. Você gosta de seu ponto de vista sobre a expiação; pode ficar com o mesmo. Mas nunca renunciaremos ao nosso ponto de vista por causa do seu".

Charles Spurgeon
In: O Antigo evangelho