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domingo, 30 de junho de 2013
Jesus Cristo é o único Salvador do mundo, e o verdadeiro Messias esperado. Ensinamos e cremos que este Jesus Cristo, nosso Senhor, é o único e eterno Salvador do gênero humano, e também do mundo inteiro, em quem pela fé se salvaram todos os que antes da Lei, sob a Lei e sob o Evangelho foram salvos, e em quem se salvarão todos os que ainda vierem a salvar-se até o fim do mundo. É o próprio Senhor quem diz no Evangelho: “O que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador ... Eu sou a porta das ovelhas” (João 10.1 e 7). E também em outro lugar, no mesmo Evangelho: “Abraão... viu o meu dia e regozijou-se” (cap. 8.56). O apóstolo São Pedro também diz: “Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. Cremos, portanto, que seremos salvos mediante a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, como nossos pais o foram (Act 4.12; 10.43; 15.1 1). São Paulo também diz: “Todos eles comeram de um só manjar espiritual, e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo” (I Co 10.3 ss). E assim lemos o que João diz: Cristo era o “Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo” (Apoc 13.8), e João Baptista testificou que Cristo é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). 

Eis por que professamos e pregamos, com toda a clareza, que Jesus Cristo é o único Redentor e Salvador do mundo, o Rei e o Sumo - Sacerdote, o verdadeiro Messias esperado, aquele santo e bendito que todos os tipos da lei e todos os vaticínios dos profetas prefiguraram e prometeram; e que Deus o designou anteriormente e no-lo enviou, de modo que não devemos esperar nenhum outro. Nem nos resta agora outra coisa que darmos a Cristo toda a glória, nele crermos, somente nele descansarmos, desprezando e rejeitando todas as demais ajudas na vida. Com efeito, decaíram da graça e tornam Cristo vão para si todos os que buscam a salvação em qualquer outra coisa que não somente em Cristo (Gal 5.4).

Os credos recebidos de quatro concílios. E, para dizer muito em poucas palavras, cremos de todo o coração, e livremente confessamos à viva voz, tudo o que foi definido com fundamento nas Escrituras Sagradas a respeito do mistério da Encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo, compreendido nos Credos e decretos dos quatro primeiros venerandos sínodos reunidos em Niceia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia - juntamente com o Credo do bem-aventurado Atanásio, e todos os credos similares; e condenamos tudo o que for contrário a eles.

As seitas. E dessa maneira mantemos inviolada ou intacta a fé cristã, ortodoxa e católica, sabendo que nada se contêm nos credos atrás citados que não seja conforme com a Palavra de Deus, e que não contribua, ao mesmo tempo, para uma exposição pura da fé.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
   O presbítero à senhora eleita e aos seus filhos, a quem eu amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que conhecem a verdade, por causa da verdade que permanece em nós e conosco estará para sempre, a graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor. Fiquei sobremodo alegre em ter encontrado dentre os teus filhos os que andam na verdade, de acordo com o mandamento que recebemos da parte do Pai. E agora, senhora, peço-te, não como se escrevesse mandamento novo, senão o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes desde o princípio, é que andeis nesse amor.” (2Jo 1–6)
A carta do evangelista João à “senhora eleita” apresenta uma imagem de alegria e esperança, de como ele ficou “sobremodo alegre em ter encontrado dentre os teus filhos os que andam na verdade, de acordo com o mandamento que recebemos da parte do Pai” (2Jo 4). Uma palavra é recorrente na carta de João, enfatizando sua mensagem: verdade. João diz que ama a senhora eleita e seus filhos “na verdade” (2Jo 1). Ele diz que todos aqueles que conhecem a verdade também os amam. A razão é simples: “a verdade... permanece em nós e conosco estará para sempre” (2Jo 2). Quando João fala da verdade, está se referindo a Jesus (Jo 14:6).

Após sua saudação inicial, John passa a expressar seus desejos. Acredita que “a graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor” (2Jo 3). Ao reconhecer a fonte da verdade, João reconhece sua conexão com ela. Todos os crentes vivem na verdade porque estão ligados a Deus, que é a verdade. Ele é a fonte para tudo o que eles fazem (o bem), tudo o que eles são (santos) e tudo o que irão se tornar (virtuosos). Em poucas e breves declarações, João nos ensina uma importante lição: Deus é a origem de toda bondade no mundo. Antes de agradecer aos outros, devemos agradecer a Ele. Se estamos discutindo a verdade, então nós devemos falar sobre Ele.

A senhora eleita a quem João se dirige não é apenas verdadeira - ela também leva outros à verdade. Quando nós encorajamos as pessoas a se tornarem aquilo para o qual de fato foram criados, nós precisamos seguir o seu exemplo. Nós precisamos primeiro levar as pessoas à verdade: Deus.

John D. Barry
In: Connect the Testaments: A Daily Devotional
Tradução: Cinco Solas
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Os Evangelhos relatam 35 milagres de Jesus Cristo. As palavras usadas para indicar seus propósitos são "feitos poderosos" e "sinais". Por este motivo os milagres são demonstrações do temível poder de Cristo ("feitos poderosos") em combinação com expressões de Sua terna misericórdia ("sinais"). Porque Jesus declarou, "quem me vê a mim, vê o Pai" (João 14:9), os milagres nos mostram como Deus é. Os milagres de Jesus apresentaram Deus como sendo:

1. Senhor dos espíritos malignos. Quando, por uma simples palavra de comando, Jesus Cristo libertou o louco de Gadara do controle de demônios (Mateus 8:28-34) e curou pessoas com aflições físicas produzidas por demônios (Mateus 17: 14-18), Ele revelou Seu poder sobre o mundo dos espíritos. Ele também demonstrou o interesse de Deus para com as pessoas sob o controle demoníaco.

2. Senhor de doenças. Jesus curou leprosos desprezados (Mateus 8: 14); paralíticos (Mateus 8:5-13; 9: 1-8); a sogra de Pedro, que estava com febre (Mateus 8:15); a mulher com hemorragia interna (Mateus 9:22) e muitos outros com uma ampla variedade de doenças. Esses milagres nos mostram o poder de Cristo sobre todas as doenças e a compaixão de Deus para com o aflito.

3. Senhor do mundo natural. Jesus andou sobre as ondas em tempestade e deu a Pedro o mesmo poder (Mateus 14:22-33). Ele também trouxe calmaria a um mar violento por meramente falar uma palavra (Marcos 4: 39). Isto nos assegura de que Deus é mais poderoso do que os elementos naturais.

4. Senhor da morte. Jesus interrompeu uma procissão fúnebre para trazer novamente à vida o único filho de uma mãe viúva (Lucas 7: 11-15). Ele devolveu a vida ao corpo de uma pequena garota que havia morrido (Mateus 9:18-26). E Ele trouxe Lázaro de volta a este mundo (João 11: 1-44). Deus é mais poderoso que a morte.

5. Provedor da graça do Novo Testamento. Jesus Cristo transformou água (símbolo da Lei mosaica) em vinho (símbolo do evangelho) num casamento em Caná da Galiléia, demonstrando Seu poder e o propósito de Sua vinda (João 2: 1-11).

6. Provedor do alimento físico e espiritual. O Senhor Jesus, depois de multiplicar um pequeno lanche em uma quantidade suficiente de comida para uma grande multidão (João 6: 1-14), fez a declaração: "eu sou o pão da vida" (João 6: 35).

7. Fonte da visão física e espiritual. Nosso Senhor, que devolveu a visão a um cego de nascença (João 9:1-12), havia previamente feito a declaração: "eu sou a luz do mundo" (João 8:12).

Martin R. Haan
Cristo, a Palavra Viva
segunda-feira, 24 de junho de 2013
O irmão Gutierres Fernandes Siqueira, do blog Teologia Pentecostal, está publicando uma série de artigos de autores pentecostais, discutindo o pentecostalismo com alguns ramos da teologia. Fomos convidados a contribuir com um artigo que relacionasse pentecostalismo e calvinismo. Caso tenha interesse em ler, o artigo está publicado como o título Pentecostalismo e Calvinismo: alguma relação possível?

O artigo é um tanto extenso para blogs e posteriormente estaremos republicando no Cinco Solas, dividindo-o em partes.

Seus comentários são bem vindos.

Soli Deo Gloria
domingo, 23 de junho de 2013
Cristo verdadeiramente ressuscitou dos mortos. Cremos e ensinamos que o mesmo Jesus Cristo nosso Senhor, em sua verdadeira carne na qual fora crucificado e morrera, ressuscitou dos mortos, e que não foi outra carne que ressuscitou, mas a que foi sepultada, nem foi o espírito que subiu ao alto em vez da carne, mas ele reteve seu verdadeiro corpo. Portanto, ainda que os seus discípulos pensassem ver o espírito do Senhor, ele lhes mostrou as mãos e os pés marcados realmente com os sinais dos cravos e das feridas, e ajuntou: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo, apalpai-me e verificam, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Luc 24-39).

Cristo verdadeiramente subiu ao céu. Cremos que nosso Senhor Jesus Cristo, em sua própria carne, subiu acima de todos os céus visíveis ao supremo céu, isto é, à habitação de Deus e dos bem-aventurados, à destra de Deus o Pai. Embora isso signifique participação igual em glória e majestade, considera-se, contudo, também como um lugar definido, acerca do qual o Senhor, falando no Evangelho, diz: “Vou preparar-vos lugar” (João 14.2). O apóstolo São Pedro também diz: “Ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as cousas” (Act 3.21). E do céu o mesmo Cristo retomará para o juízo, quando a impiedade no mundo estiver no seu máximo e quando o Anticristo, tendo corrompido a verdadeira religião, tiver envolvido todas as coisas com superstição e impiedade, e tiver cruelmente assolado a Igreja com sangue e fogo (Dn, cap. 11). Mas Cristo voltará para reclamar os seus, e pela sua vinda destruir o Anticristo e julgar os vivos e os mortos (Act 17,31). s mortos ressuscitarão (I Tes 4.14 ss), e os que naquele dia (que é desconhecido de todas as criaturas - Mc 13.32) estiverem vivos serão transformados “num abrir e fechar de olhos”, e todos os fiéis serão arrebatados ao encontro de Cristo nos ares, para assim entrarem com ele nas benditas mansões e viverem para sempre (I Co 15.51 ss). Mas os incrédulos ou os ímpios descerão com os demônios para o inferno a fim de arderem para sempre e nunca serem libertados dos tormentos (Mat 25.46).

As seitas. Condenamos, portanto, todos os que negam a ressurreição real da carne (II Tim 2.18), ou que, com João de Jerusalém, contra quem escreveu São Jerônimo, não pensem corretamente acerca dos corpos glorificados. Condenamos também os que ensinam que os demônios e todos os ímpios serão um dia salvos, e que haverá um fim dos castigos. O Senhor declarou com clareza: “Onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (Mc 9.44). Condenamos, além disso, os sonhos judaicos de que haverá uma idade áurea na terra antes do Dia do Juízo, e que os piedosos, tendo subjugado todos os seus inimigos ímpios, entrarão na posse de todos os reinos do mundo. Pois a verdade evangélica em Mat, caps. 24 e 25, e Lucas, cap. 18, e o ensino apostólico em II Tes, cap. 2, e II Tim, caps. 3 e 4, apresentam coisa inteiramente diversa.

O fruto da morte e ressurreição de Cristo. Além do mais, pela sua paixão e morte e tudo o que, em sua carne e na sua vinda, ele fez e suportou por nossa causa nosso Senhor reconciliou o Pai celestial com todos os fiéis, expiou o pecado, desarmou a morte, arruinou a condenação e o inferno, e, pela sua ressurreição dos mortos, trouxe de novo e restituiu a vida e a imortalidade. Ele é a nossa justiça, a nossa vida e ressurreição, em uma palavra, a plenitude e perfeição de todos os fiéis, a salvação e a mais completa suficiência. O apóstolo diz: “Aprouve a Deus que nele residisse toda a plenitude”, e “Viestes à plenitude da vida nele” (Cl caps. l e 2).
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Muitos cristãos pensam que teologia é coisa de intelectual, de professor e de estudante de seminário. Além disso, muita gente na igreja se acha incapaz de entender a maior parte dos assuntos de que tratam os livros de teologia, mas elas acreditam que isso não importa, pois, afinal de contas, “essas coisas não têm aplicação alguma na vida real”.

O que essas pessoas não percebem é que elas também fazem teologia. A palavra teologia, por exemplo, vem de duas palavras gregas — theos, que significa “Deus”, e logos, que remete à “razão” ou à “palavra” e, portanto, significa “discurso acerca de”. Por conseguinte, quem quer que pense e fale a respeito de Deus está fazendo teologia.

Quem fala ou pensa muito sobre Deus cria uma estrutura na qual Deus é enquadrado. Essa estrutura é sua teologia. É a lente por meio da qual o indivíduo lê a Bíblia, ouve sermões, ora a Deus, lê livros e reflete a respeito dele. Quando lê algo sobre Deus, lê o pensamento teológico de alguém e usa o que lê para ajustar a própria teologia, quer se dê conta disso, quer não.

Portanto, não há fé sem teologia. Não há quem leia a Bíblia sem recorrer — consciente ou inconscientemente — a uma teologia que a interprete. Ninguém ouve um sermão sem um referencial teológico que, de um lado, é modificado em alguma medida e, de outro, ajuda a interpretá-lo. Concluímos, então, que todo cristão que gosta de pensar traz consigo alguma teologia. A questão não é se fazemos teologia e a usamos, e sim qual teologia fazemos e usamos. Daí vem a pergunta: “Como sabemos se nossa teologia, isto é, a visão que temos de Deus, é a correta?”.

Vou tentar responder a essa pergunta com uma ilustração. Imagine que há uma grande mulher de Deus em sua igreja, que há quarenta anos lê a Bíblia e estuda teologia. Ela não só tem um conhecimento profundo da Escritura e sabe como interpretá-la para sua vida e cultura, mas também leva uma vida de santidade. Sua humildade e seu amor sempre deixam as pessoas admiradas. Suponhamos que, mesmo a conhecendo, você tivesse a seguinte atitude: “Vou construir sozinho minha teologia [lembre-se: sua teologia é a maneira em que você enxerga Deus], pela simples leitura da Bíblia e de livros de teologia”. Não seria uma atitude estranha, visto que há uma teóloga piedosa em sua igreja? Não seria esse um exemplo do pecado do orgulho? A advertência de Provérbios nos vem à mente: “Os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução” (Pv 1.7).

Desconsiderar as mentes santas e grandiosas da igreja — que há milênios refletem sobre Deus — quando elas estão bem perto de nós, em livros e na internet, parece arrogância e presunção. Uma atitude assim despreza a admoestação bíblica de que há sabedoria “na multidão de conselheiros” (Pv 11.14). Essa atitude também desconsidera outra advertência bíblica segundo a qual aprender com outras mentes santas e comparar nosso pensamento com o delas é como afiar ferro com ferro (Pv 27.17), tornando nossos pensamentos sobre Deus mais afiados e claros. O resultado é um conhecimento mais profundo de Deus que, como disse Jesus, é a “vida eterna” ( Jo 17.3).

Esse é o começo da resposta à pergunta “Como posso saber qual teologia é a melhor?”. A melhor maneira é estudar as teologias das grandes mentes da igreja.

Gerald R. McDermott
In: Grandes Teólogos, Edições Vida Nova
terça-feira, 18 de junho de 2013
Esta é a terceira parte de minha resposta ao artigo “Para psiquiatra, doutrina da “dupla predestinação” prejudica a mente”. Recomendo que leia a partir da primeira parte da série.

3. Resposta lógica

Se você entendeu o que foi dito sobre antítese como figura de linguagem deve ter percebido que não faz sentido colocar a predestinação como antítese do amor de Deus. A antítese de amor é ódio, assim como a da luz é trevas, a do espírito é carne, a da graça é lei, a da fé é obras, a de Cristo é o Anticristo, etc. Se antítese é uma palavra ou ideia oposta, qual é a palavra ou ideia oposta de predestinação? O psiquiatra citado parece propor que a ideia oposta à predestinação é livre-arbítrio. Enfim, percebe-se que levando-se em conta a definição de antítese, livre-arbítrio não é a antítese de predestinação, menos ainda amor e predestinação estão em contraste. De qualquer modo, para que antítese como figura de linguagem se caracterizasse, os conceitos deveriam ser justapostos, o que não é o caso.

Parece que Leandro Quadros percebe isso, pois logo mais ele carrega na definição de antítese o conceito de contradição. Timothy Jennings vai pelo mesmo caminho quando diz que as duas ideias (um Deus que ama e um Deus que predestina) são mutuamente excludentes. Portanto, desde o início ambos estão falando de contradição, e não de antítese como ideias contrárias justapostas. Então, a questão com a qual temos que lidar é se as duas ideias são necessariamente auto-excludentes, portanto, contraditórias.

Contradição é quando se afirma e se nega algo sobre a mesma coisa, ao mesmo tempo e no mesmo sentido. Por exemplo, é uma contradição afirmar que Deus escolhe quem vai ser salvo e negar que Deus escolhe quem vai ser salvo. Ou afirmar que Deus é essencialmente amor e ódio, ao mesmo tempo e no mesmo sentido. Mas afirmar que Deus é amor e que Deus escolhe quem vai ser salvo não é uma contradição. Talvez seja um paradoxo, e novamente aqui temos que afirmar que o cristão deve crer em paradoxos ou rejeitar o ensino bíblico sobre vários assuntos de vital importância, como a inspiração da Bíblia, as duas naturezas de Cristo, o reino que já/ainda não veio, etc.

Deus ser amor e predestinar para a salvação não são ideias auto-excludentes e ninguém fica louco por afirmar ambas as verdades, como insinua o psiquiatra adventista e divulga o Leandro Quadros.

Continua...

Soli Deo Gloria
domingo, 16 de junho de 2013
Não dois, mas um só Cristo. Assim, não adoramos dois, mas um Cristo, o Senhor, um verdadeiro Deus e verdadeiro homem, segundo a natureza divina, consubstancial com o Pai, e segundo a natureza humana, consubstancial com os homens e semelhante a nós em todas as coisas, excepto no pecado (Heb 4.15).

As seitas. Certamente abominamos o dogma nestoriano, que de um Cristo faz dois e dissolve a união da Pessoa. Semelhantemente, execramos totalmente a loucura de Eutiques e dos monotelitas ou monofisitas, que destrói a propriedade da natureza humana.

A natureza divina de Cristo não sofreu e a humana não está em toda a parte. Portanto, de modo nenhum ensinamos que a natureza divina em Cristo sofreu, ou que Cristo em sua natureza humana ainda está neste mundo e ainda em toda parte. Pois nem pensamos nem ensinamos que a realidade do corpo de Cristo cessou depois de sua glorificação, ou que foi deificado e deificado de tal modo que ele tenha deposto as suas propriedades com respeito ao corpo e à alma, e estes se tenham mudado inteiramente em uma natureza divina e passado a ser uma substância una.

As seitas. Por isso, de maneira nenhuma aprovamos ou aceitamos as argúcias sem argúcia, intrincadas e obscuras, de Schwenkfeldt e de semelhantes dizedores de sutilezas, nem suas dissertações pouco consistentes sobre essa questão, nem somos schwenkfeldianos.

Nosso Senhor verdadeiramente sofreu. Cremos, além disso, que nosso Senhor Jesus Cristo verdadeiramente sofreu e morreu por nós em carne, como diz São Pedro (I Ped 4.1). Abominamos a impiíssima loucura dos jacobitas e de todos os turcos, que blasfemam do sofrimento do Senhor. Ao mesmo tempo, não negamos que o Senhor da glória foi crucificado por nós, segundo as palavras de São Paulo (I Co 2.8).

Comunicação de propriedades de linguagem. Aceitamos e aplicamos pia e respeitosamente a comunicação de propriedades de linguagem derivada da Escritura e usada por toda a antiguidade para explicar e reconciliar passagens aparentemente contraditórias.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
"Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho" 2Tm 2:8
Inimigos da fé tem acusado Paulo de distorcer o evangelho de Jesus Cristo, alegando que o cristianismo é uma invenção paulina e que não corresponde aos ensinamentos originais de Jesus Cristo. Por vezes insinua-se que o próprio apóstolo dos gentios tinha consciência desse fato e que ele distinguia seu evangelho daquele pregado pelos outros apóstolos de Cristo.

As passagens citadas como evidência de que Paulo intencionalmente modificou o evangelho de Jesus são as passagens nas quais ele se refere ao "meu evangelho" (Rm 2:16; 16:25; 2Tm 2:8), "nosso evangelho" (2Co 4:3; 1Ts 1:5; 2Ts 2:14) e "evangelho por mim anunciado" (Gl 1:11). Mas será que tais expressões implicam que Paulo anunciava, de forma consciente, um evangelho distinto do entregue por Cristo e pregado pelos demais apóstolos? A resposta é um sonoro não, e isto fica claro examinando as próprias cartas das quais foram tiradas essas declarações.

Paulo apresenta-se aos Romanos como "servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus" (Rm 1:1) e que prega o "evangelho de Deus" (Rm 15:16) e o "evangelho de seu Filho" (Rm 1:9, cf. 15:19; 1Co 9:12; 15:1). Na segunda carta aos Coríntios, imediatamente após dizer "nosso evangelho" (2Co 4:3) ele acentua que se trata "do evangelho da glória de Cristo" (2Co 4:4), o qual também é tanto "o evangelho de Cristo" (2Co 9:13; 10:14) como "o evangelho de Deus" (2Co 11:7). Da mesma forma, quando se dirige aos crentes da Galácia, o apóstolo refere-se ao seu evangelho como sendo o mesmo "evangelho de Cristo" (Gl 1:7). Nesta carta, Paulo usa uma linguagem bastante forte contra os que pregam "outro evangelho" (Gl 1:6), dizendo que o mesmo deve ser anatematizado, mesmo que seja pregado por ele próprio ou "um anjo vindo do céu" (Gl 1:8). Para ele, alguém pregar um outro evangelho é perverter o de Jesus e incorrer em maldição. Certamente ele não pensava isso de si mesmo. À jovem igreja dos tessalonicenses, Paulo recorda que lhes anunciou "o evangelho de Deus" (1Ts 2:2,8-9), ou seja, "o evangelho de Cristo" (1Ts 3:2, cf. 2Ts 1:8). E ao  pastor de Éfeso ele diz que seu evangelho é o próprio "evangelho da glória do Deus bendito" (1Tm 1:11). É evidente que Paulo usa "meu/nosso evangelho" de forma intercambiável com "evangelho de Deus/Cristo".

Se ele não está dizendo que prega um evangelho diferente daquele de Jesus, por que usa essas expressões? O que ele está dizendo aos seus leitores é que ele e seus companheiros foram "aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos" (1Ts 2:4), que "do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro" (Cl 1:23), "do qual fui encarregado" (1Tm 1:11). Tendo sido pessoalmente enviado por Cristo "para pregar o evangelho" (1Co 1:17) e tudo fazendo "por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele" (1Co 9:23), podia dizer que se tratava do seu evangelho, sem  significar que se tratava de um evangelho diferente do evangelho de Jesus Cristo.

Portanto, o ataque dos inimigos do evangelho não tem o apoio que eles esperam encontrar nas cartas do apóstolo dos gentios.

Soli Deo Gloria
domingo, 9 de junho de 2013
Cristo é verdadeiro Deus. Além disso, ensinamos que o Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, foi, desde a eternidade, predestinado ou pré-ordenado pelo Pai para ser o Salvador do Mundo. E cremos que ele nasceu, não somente quando da Virgem Maria assumiu a carne, nem apenas antes que se lançassem os fundamentos do mundo, mas antes de toda a eternidade e certamente pelo Pai, de um modo inexprimível. Isaías diz: “E da sua linhagem quem dela cogitou?” (cap. 53.8). E Miquéias diz “E cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miq 5.2). Também São João disse no Evangelho: “No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, etc. (cap. 1.1). Portanto, quanto à sua divindade, o Filho é co-igual e consubstancial com o Pai; verdadeiro Deus (Fil 2.11), não de nome ou por adoção ou por qualquer dignidade, mas em substância e natureza, como disse o apóstolo São João: “Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (I João 5.20). São Paulo também diz: “A quem constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as cousas pela palavra do seu poder” (Heb I.2 ss). E no Evangelho o Senhor mesmo também disse: “Glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo” (João 17.5). Em outro lugar do Evangelho também está escrito: “Os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque... também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (João 5.18).

As seitas. Abominamos, pois, a doutrina ímpia de Ário e de todos os arianos contra o Filho de Deus, e especialmente as blasfêmias do espanhol, Miguel Serveto, e de todos os servetanos, que Satanás, por meio deles, retirou do inferno, por assim dizer, e vai espalhando por todo o mundo, audaciosa e impiamente.

Cristo é verdadeiro homem, tendo verdadeira carne. Cremos também e ensinamos que o eterno Filho do eterno Deus se fez Filho do homem, da semente de Abraão e David, não com concurso carnal do homem, como diz Ébion, mas concebido do Espírito Santo com toda a pureza e nascido da sempre virgem Maria, como a história evangélica cuidadosamente nos explica (Mat, cap.1). E São Paulo diz: “Ele não assumiu a natureza de anjos, mas a da semente de Abraão”. Também o apóstolo São João diz que todo aquele que não crê que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus. Portanto, a carne de Cristo não era nem imaginária nem trazido do céu, como erradamente sonhavam Valentino e Márcion.

Alma racional em Cristo. Além disso, nosso Senhor Jesus Cristo não possuiu uma alma desprovida de percepção e de razão, como pensava Apolinário, nem carne sem alma, como ensinava Eudômio, mas alma com sua razão e carne com seus sentidos, pelos quais por ocasião de sua paixão ele suportou dores reais, como ele mesmo testifica quando diz: “A minha alma está profundamente triste até à morte” (Mat 26.38); “Agora está angustiada a minha alma” (João 12.27).

Duas naturezas em Cristo. Reconhecemos, portanto, duas naturezas ou substâncias, a divina e a humana, num e no mesmo Senhor nosso Jesus Cristo (Heb, cap. 2). E dizemos que elas estão ligadas e unidas uma com a outra de tal modo que não foram absorvidas, ou confundidas, ou misturadas, mas unidas ou integradas numa pessoa - com as propriedades das naturezas intactas e permanentes.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Este post é a segunda parte de minha resposta ao artigo publicado por Leandro Quadros sob o título  “Para psiquiatra, doutrina da “dupla predestinação” prejudica a mente”. Se você não leu a primeira parte, é recomendável que o faça agora, antes de prosseguir com a leitura.

2. Resposta literária

O autor declara que “um dos métodos que Satanás usa para destruir a razão é convencer as pessoas a crer em antíteses” que Leandro Quadros define como “oposição de ideias e palavras”. Em sua monumental obra, Bullinger define antítese como “uma figura de linguagem pela qual dois pensamentos, ideias ou frases são colocados um contra o outro, a fim de tornar o contraste mais impressionante e assim enfatizá-lo” (Bullinger, E. W. Figures of speech used in the Bible. London; New York: Eyre & Spottiswoode; E. & J. B. Young & Co). Como figura de linguagem, antítese é uma das figuras mais comuns na Escritura, de forma que uma lista completa fugiria do escopo deste artigo. Provérbios é essencialmente formado por antíteses. A título de exemplo do uso de antíteses, veja as seguintes passagens: Is 1:21; 59:9; 65:13-14; Rm 5:19; 2Co 6:8-10; Fp 3:7,9. 

É impossível crer na Bíblia sem aceitar suas antíteses, reais ou aparentes. Como exemplo de antíteses aparentes, Ele disse que não deveríamos orar como os pagãos, que pensavam que seriam ouvidos por causa de suas muitas palavras (Mt 6:7) e numa outra ocasião Ele disse que seus discípulos deveriam orar com perseverança e não desistir (Lc 18:1-8). Como crentes em Jesus devemos obedece-lo tanto em um quanto em outro ensino, mesmo que isso pareça antitético ou sem sentido (na verdade, faz muito sentido quando se compreende o estilo de pregação do Senhor), nos lembra D. A. Carson. 

E há casos de antíteses reais que devem ser relativizadas. Por exemplo, quando Deus diz que não quer sacrifícios, mas misericórdia, não estava abolindo ali o sistema sacrificial (o que é feito posteriormente). E quando Jesus disse que quem não odiasse pai e mãe não era digno dEle, tampouco estava incentivando o ódio familiar. E quando os apóstolos disseram que importa obedecer a Deus e não aos homens, não estavam prescrevendo a rebelião. Em todos estes casos, a Bíblia está apontando o que é mais importante e qual deve ser nossa posição caso sejamos pressionados a escolher uma delas.

Porém, algumas das antíteses da Bíblia são absolutas, e assim devem ser tomadas. Por exemplo, quando a Bíblia contrapõe bênção e maldição decorrentes da obediência e desobediência, respectivamente, devemos aceitá-las sem atenuar seu sentido. O mesmo quando Paulo lista as obras da carne como antítese do fruto do Espírito. Obedecer as regras de interpretação bíblica, inclusive quanto à identificação de linguagem figurada, nos ajudará a compreender quando se trata de uma antítese aparente, relativa ou absoluta.

Seja como for, sugerir que uma das obras do Diabo é nos levar a crer em ensinos apresentados na forma de antíteses, ou que devemos escolher um ensino em detrimento de outro, é não reconhecer uma das formas preferidas de Deus nos comunicar a verdade nas escrituras. Novamente afirmamos, se não admitirmos antíteses, não podemos crer em grande parte da Bíblia, mesmo sabendo que ao crer nela parece “loucura para os que perecem” (1Co 1:18).

Continua...

Soli Deo Gloria
domingo, 2 de junho de 2013
As admoestações não são inúteis pelo fato de a salvação vir da eleição. Santo Agostinho também mostra que devem ser pregadas tanto a graça da livre eleição e predestinação como também as admoestações e doutrinas da salvação (De Bono Perseverantiae, cap. 14 ss),

Se somos eleitos. Condenamos, portanto, aqueles que, fora de Cristo, perguntam se são eleitos, e o que sobre eles decretou Deus antes de toda a eternidade, pois deve ser ouvida a pregação do Evangelho e deve-se crer nele, e deve-se ter como fora de dúvida que, se alguém crê e está em Cristo, é eleito. Com efeito, o Pai nos revelou em Cristo o eterno propósito da sua predestinação, como ainda há pouco expus, pelo que diz o apóstolo, em II Tim 1.9-10. Deve-se, pois, ensinar e antes de tudo considerar quão grande amor do Pai para conosco nos foi revelado em Cristo. Devemos ouvir o que o próprio Senhor diariamente nos prega no Evangelho, como ele nos chama e diz: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mat 11.28); “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). E ainda: “Não é a vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos” (Mat 18.14).

Seja, pois, Cristo o espelho, no qual contemplemos a nossa predestinação. Teremos um testemunho bastante claro e seguro de que estamos inscritos no Livro da Vida, se tivermos comunhão com Cristo, e se ele for nosso e nós dele em verdadeira fé.


Tentação sobre a predestinação. Na tentação sobre a predestinação, que é, talvez, mais perigosa do que qualquer outra, console-nos o fato de que as promessas de Deus são universais para os fiéis, pois ele diz: “Pedi, e dar-se-vos-á... Pois todo o que pede recebe” (Luc 11.9-10). É, finalmente, o que pedimos com toda a Igreja de Deus: “Pai nosso que nos céus” (Mat 6.9). Fomos enxertados no corpo de Cristo, pelo batismo, e da sua carne e do seu sangue nos alimentamos freqüentemente em sua Igreja, para a vida eterna. Fortalecidos por essas bênçãos, segundo o preceito de São Paulo recebemos ordem de operar a nossa salvação com temor e tremor.
sábado, 1 de junho de 2013
Pesquisei os quatro evangelhos para observar como Jesus se preparou para a nova fase da liderança, e se nota uma tendência: durante os três anos de seu ministério, Jesus foi cada vez mais entregando sua obra para os discípulos. De início, ele realizava todas as curas, exorcismos, ministério e evangelização. Mas, à medida que o momento da sua morte ia se aproximando, ele se concentrava cada vez mais em treinar aqueles que ficariam para trás. Alguns acontecimentos primordiais se destacam.

"Eu os estou enviando como cordeiros entre lobos", disse Jesus, ao alertar um dos primeiros grupos de seguidores a partir em seu nome (v. Lc 10.1-24). Dessa forma, ele começou a confiar tarefas sagradas a um heterogêneo grupo de 72 principiantes. Não obstante os severos alertas, todos alcançaram um grande sucesso em sua missão. Eles, exuberantes, relataram: "Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome". Jesus reagiu com um entusiasmo sem igual — não conheço nenhuma outra situação que o mostre tão cheio de alegria. Ele irrompe em orações e então pronuncia estas sonoras palavras: "Pois eu lhes digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vocês estão vendo, mas não viram; e ouvir o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram". As obras do Reino tinham avançado, mas daquela vez isso ocorreu enquanto o próprio Jesus estava atuando em um papel indireto. Suas exclamações enfatizaram a importância daquele passo.

Mais tarde, já no fim da vida na terra, Jesus deu mais um passo: entregou toda a missão. A transferência ocorreu em uma reunião, a última ceia, que não possui paralelo no Novo Testamento, no que diz respeito a sua intensidade emocional. Naquela noite, Jesus disse: "E eu lhes designo um Reino, assim como meu Pai o designou a mim" (Lc 22.29). Daquele momento em diante, ele passou a se valer principalmente da "saída"; a forma indireta de operar por intermédio das "células" humanas.

Phillip Yansey 
In: À imagem e semelhança de Deus.