Popular Posts

Blogger templates

Blogger news

Blogroll

About

Blog Archive

Tecnologia do Blogger.

Seguidores

Pesquisar

domingo, 31 de agosto de 2014
Cremos e confessamos que Jesus Cristo, o qual é "o fim da lei" (Romanos 10:4), derramando seu sangue, acabou com qualquer outro derramamento de sangue, que se possa ou queira realizar para reconciliação dos pecados. Tendo abolido a circuncisão, que se praticava com sangue, Ele instituiu, em lugar dela, o sacramento do batismo [1].

Pelo batismo somos recebidos na igreja de Deus e separados de todos os outros povos e outras religiões para pertencermos totalmente a Ele [2], tendo sua marca e estandarte. O batismo nos serve para testemunhar que Ele eternamente será nosso Deus e misericordioso Pai.

Por isso, Cristo mandou batizar todos os seus "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mateus 28:19), somente com água. Desta forma Ele nos dá a entender que assim como a água tira a impureza do corpo, quando derramada em nós, e também assim como a água é vista no corpo de quem recebe o batismo, assim o sangue de Cristo, através do Espírito Santo [3], lava a alma, purificando-a dos pecados [4], e faz com que nós, filhos da ira nasçamos de novo para sermos filhos de Deus [5].

Porém, não somos purificados de nossos pecados pela água do batismo [6], mas pela aspersão com o precioso sangue do Filho de Deus [7]. Ele é nosso Mar Vermelho [8], que devemos atravessar para escapar da tirania de Faraó - que é o diabo - e para entrar na Canaã espiritual.

Os ministros, por sua parte, nos administram somente o sacramento, que é visível, mas nosso Senhor nos concede o que o sacramento significa, a saber: os dons invisíveis da graça. Ele lava nossa alma, purificando-a e limpando-a de todas as impurezas e iniqüidades [9]. Ele renova nosso coração, enchendo-o de toda a consolação, e nos dá a verdadeira certeza de sua bondade paternal. Ele nos reveste do novo homem, despindo-nos do velho com todas as suas obras [10].

Por isso, cremos que quem quer entrar na vida eterna, deve ser batizado só uma vez [11]. O batismo não pode ser repetido, porque também não podemos nascer duas vezes e porque este batismo tem utilidade não somente no momento de recebê-lo, mas durante a vida inteira.

(*) Rejeitamos, portanto, o erro dos anabatistas, que não se contentam com o batismo que uma vez receberam e que, além disto, condenam o batismo dos filhos pequenos dos crentes. Nós cremos, porém, que eles devem ser batizados e, com o sinal da aliança, devem ser selados, assim como as crianças em Israel eram circuncidadas com base nas mesmas promessas que foram feitas a nossos filhos [12]. Cristo, de fato, derramou seu sangue para lavar, igualmente, as crianças dos fiéis e os adultos [13]. Por isso, elas devem receber o sinal e o sacramento da obra que Cristo fez para elas, como o Senhor, outrora, na lei, determinava que as crianças p.articipassem, pouco depois do seu nascimento, do sacramento do sofrimento e da morte de Cristo, através da oferta de um cordeiro [14], que era um sacramento de Jesus Cristo. Além disto, o batismo tem, para nossos filhos, o mesmo efeito que a circuncisão tinha para o povo judeu. É por esta razão que o apóstolo Paulo chama ao batismo: "a circuncisão de Cristo" (Colossenses 2:11).

1 Cl 2:11. 2 Êx 12:48; 1Pe 2:9. 3 Mt 3:11; 1Co 12:13. 4 At 22:16; Hb 9:14; 1Jo 1:7; Ap 1:5b. 5 Tt 3:5. 6 1Pe 3:21. 7 Rm 6:3; 1Pe 1:2; 1Pe 2:24. 8 1Co 10:1-4. 9 1Co 6:11: Ef 5:26. 10 Rm 6:4; Gl 3:27. 11 Mt 28:19; Ef 4:5. 12 Gn 17: 10-12; Mt 19:14; At 2:39. 13 1Co 7:14. 14 Lv 12:6.

(*) Sendo de tradição credobatista, humildamente discordamos da posição pedobatista e, portanto, desse parágrafo da Confissão. Para saber as bases do batismo de crentes, leia o artigo Por que sou credobatista.

Confissão de Fé Belga
Artigo 34
domingo, 24 de agosto de 2014
Cremos que nosso bom Deus, atento à nossa ignorância e fraqueza, instituiu os sacramentos, a fim de nos selar suas promessas e nos conceder penhores de sua benevolência e graça para conosco e, também, alimentar e sustentar nossa fé [1]. Ele acrescentou os sacramentos à palavra do Evangelho [2] para melhor apresentar aos nossos sentidos tanto o que Ele nos declara por sua Palavra, como o que Ele opera em nossos corações.

Assim, Ele confirma a salvação de que nos fez participar. Pois os sacramentos são visíveis sinais e selos de uma realidade interna e invisível. Através deles, Deus opera em nós, pelo poder do Espírito Santo [3]. Por isso, os sinais não são vãos nem vazios para nos enganar, porque Jesus Cristo é a verdade deles e, sem Ele, nada seriam.

Além disto, nos contentamos com o número dos sacramentos que Cristo, nosso Mestre, instituiu e que não são mais de dois: o sacramento do batismo [4] e o da santa ceia de Jesus Cristo [5].

1 Gn 17:9-14; Êx 12; Rm 4:11. 2 Mt 28:19; Ef 5:26. 3 Rm 2:28,29; Cl 2:11,12. 4 Mt 28:19. 5 Mt 26:26-28; 1Co 11:23-26.

Confissão de Fé Belga
Artigo 33
domingo, 17 de agosto de 2014
Cremos que os que governam a igreja devem cuidar para não se desviarem do que Cristo, nosso único Mestre, nos ordenou [1]; embora seja útil e bom que, entre eles, se estabeleça e conserve determinada ordem para manter o corpo da igreja.

Por isso, rejeitamos todas as invenções humanas e todas as leis que se queiram introduzir para servir a Deus, mas que venham, de qualquer maneira, comprometer e constranger a consciência [2]. Aceitamos, então, somente o que serve para promover e guardar a concórdia e a unidade e para manter tudo na obediência a Deus [3].

Esta ordem (caso desobedecida exige a excomunhão), feita conforme a Palavra de Deus, com todas as suas conseqüências [4].

1 1Tm 3:15. 2 Is 29:13; Mt 15:9; Gl 5:1. 3 1Co 14:33. 4 Mt 16:19; Mt 18:15-18; Rm 16:17; 1Co 5; 1Tm 1:20.

Confissão de Fé Belga
Artigo 32
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
O dom de línguas seguramente é o mais controvertido dos dons do Espírito Santo. Discute-se sua atualidade, sua natureza e seu propósito. Neste breve artigo, trataremos deste último aspecto da polêmica, a finalidade que os dons de línguas tiveram ou ainda tem.

Nada que Deus faça é destituído de propósito. Assim, penso que não devemos questionar a utilidade do dom de línguas ou a sua necessidade, pelo menos na sua origem. Porém, podemos nos perguntar se tinha um propósito único ou se servia a finalidades diversas. O primeiro ponto é assumido especialmente por aqueles interessados em demonstrar que o dom cessou, pois uma vez que o propósito foi alcançado, o meio que se utilizou para seu alcance torna-se obsoleto. Mas, se o propósito que se tinha em mente não foi cabalmente alcançado, então o dom ainda é necessário, e por isso os interessados em defender a continuidade do dom de línguas também podem enfatizar um aspecto único dos dons. Mas como veremos, os dons serviam a mais de um propósito.

1. Um dos propósitos do dom de línguas é louvar a Deus, exaltando as suas maravilhas. Quando em Jerusalém os discípulos “foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2:4) eles estavam a “falar das grandezas de Deus” (At 2:11). Paulo diz que “o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios” (1Co 14:2) e mais adiante acrescenta, ainda falando do dom de línguas, “cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (1Co 14:15).

2. Outro propósito do dom de línguas é a edificação. O apóstolo instrui a igreja quanto ao culto dizendo “quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1Co 14:26). Para que o propósito de edificação da igreja seja alcançado, é imprescindível que haja interpretação das línguas: “se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus” (1Co 14:27-28). Mesmo neste caso, de uso particular do dom de línguas, há edificação pessoal, pois “o que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo” (1Co 14:4). Mesmo assim, a edificação da igreja deve ser priorizada à edificação pessoal, sendo assim, “o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar” (1Co 14:13).

3. Línguas foram dadas também como sinal. Isto é declarado pelo apóstolo quando afirma “de sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis” (1Co 14:22). Como todo sinal aponta para uma realidade, a questão é: línguas é sinal de que? O verso anterior citado por Paulo sugere que se trata de um sinal de juízo: “Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor” (1Co 14:21). Alguns conseguem ver uma conexão entre o dom de línguas e a destruição do templo dos judeus, ocorrida em 70 d.C. Foge ao escopo deste artigo analisar este particular. Outros veem o dom de línguas como um sinal de bênção, apontando para a inclusão de judeus e gentios na igreja, pois no milagre de Atos 2 “todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia, e Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?” (At 2:7-12). E ainda há os que entendem serem as línguas um sinal ou evidência física do batismo com o Espírito Santo, também baseados nos relatos de Atos, como este: “E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2:4). Seja como for, o fato é que línguas servem ao propósito de serem um sinal.

Como vimos, línguas não tem um propósito único e isolado. Isto traz implicações para os outros aspectos da discussão em torno dos dons, isto é, quanto à sua natureza e atualidade. Deixamos a cargo do leitor analisar essas implicações. À guisa de conclusão, contudo, fazemos um comentário adicional, prevendo que alguém note que evangelização não foi mencionada como propósito do dom de línguas. A razão disso é que o falar em outras línguas nunca foi referido como tendo essa finalidade e não temos exemplo de uso desse dom para evangelização. E nos propusemos escrever o artigo de uma perspectiva puramente bíblica, ainda que não aprofundada.

Soli Deo Gloria
domingo, 10 de agosto de 2014
Cremos que os ministros da palavra de Deus, os presbíteros e os diáconos devem ser escolhidos para seus ofícios mediante eleição legítima pela igreja, sob invocação do nome de Deus e em boa ordem, conforme a palavra de Deus ensina [1].

Por isso, cada membro deve cuidar para não se apoderar do ofício por meios ilícitos, mas deve esperar a hora em que é chamado por Deus, a fim de ter, assim, a certeza de que sua vocação vem do Senhor [2].

Quanto aos ministros da Palavra, eles têm, onde quer que estejam, igual poder e autoridade, porque todos são servos de Jesus Cristo [3], o único Bispo universal e o único Cabeça da igreja [4].

Além disto, a santa ordem de Deus não pode ser violada ou desprezada. Dizemos, portanto, que cada um deve ter respeito especial pelos ministros da Palavra e presbíteros da igreja, em razão do trabalho que realizam [5]. Cada um deve viver em paz com eles, tanto quanto possível, sem murmuração, contenda ou discórdia.

1 At 1:23,24; At 6:2,3. 2 At 13:2; 1Co 12: 28; 1Tm 4:14; 1Tm 5:22; Hb 5:4. 3 2Co 5:20; 1Pe 5:1-4. 4 Mt 23:8,10; Ef 1:22; Ef 5:23. 5 1Ts 5:12,13; 1Tm 5:17; Hb 13:17.

Confissão de Fé Belga
Artigo 31
sábado, 9 de agosto de 2014
Permitam-me então fazer um sumário do que o apóstolo diz nestes importantes versículos.

Primeiro, a promessa e o propósito de Deus só dizem respeito a algumas pessoas. Essa afirmação é tão verdadeira quanto à nação de Israel quanto todas as demais pessoas. Esse é tão somente outro modo de dizer:"nem todos os de Israel são Israel" - contrariamente fatal e errônea presunção dos judeus. Em última instância, foi essa a razão pela qual eles crucificaram o próprio Filho de Deus. Não se deram conta disso. A promessa de Deus não é universal, nem mesmo com relação à Israel, aos judeus. É só para certas pessoas.

Segundo, estas pessoas, às quais o propósito e a promessa de Deus se aplicam, são, e vieram a ser o que são, não por causa de alguma coisas delas ou nelas. Elas são o povo de Deus, são esta "semente" da qual Paulo fala, não por causa do nascimento deles, não por causa da sua nacionaliade, não por causa de algumas coisas que elas tenham feito ou façam, nem mesmo por crerem no evangelho. São o que são porque Deus as chama a ser, as chama à existência, por causa do elemento sobrenatural presente em seu nascimento, como já vimos no caso de Isaque, que, como Paulo nos diz em Gálatas 4:28-30, nasceu "segundo o Espírito".

Terceiro, noutras palavras, o propósito de Deus está sendo levado a efeito, sempre foi e sempre será, por meio desse processo de seleção e eleição, e vemos como Paulo demonstra esta verdade mediante os casos de Ismael e Isaque como de Esaú e Jacó.

Quarto, Deus põe em andamento e efetua o Seu propósito por intermédio deste processo de seleção e eleição unicamente por uma razão - porque é o único método que garante que Seu propósito e o Seu plano serão certa, segura e infalivelmente efetuados e levados a uma fruição final: "para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme". Não depende de nós de forma alguma, e sim do próprio Deus, do Seu caráter e de Sua ação.

Martin Lloyd-Jones
In: Romanos: exposição sobre o capítulo 9 - o soberano propósito de Deus
domingo, 3 de agosto de 2014
Cremos que esta verdadeira igreja deve ser governada conforme a ordem espiritual, que nosso Senhor nos ensinou na sua Palavra [1]. Deve haver ministros ou pastores para pregarem a Palavra de Deus e administrarem os sacramentos [2]; deve haver também presbíteros [3] e diaconos [4] para formarem, com os pastores, o conselho da igreja [5]. Assim, eles devem manter a verdadeira religião e fazer com que a verdadeira doutrina seja propagada, que os transgressores sejam castigados e contidos, de forma espiritual, e que os pobres e os aflitos recebam ajuda e consolação, conforme necessitam [6].

Desta maneira, tudo procederá, na igreja, em boa ordem, quando forem eleitas pessoas fiéis [7], conforme a regra do apóstolo Paulo na carta a Timóteo [8].

1 At 20:28; Ef 4:11,12; 1Tm 3:15; Hb 13:20, 21. 2 Lc 1:2; Lc 10:16; Jo 20:23; Rm 10:14; 1Co 4:1; 2Co 5:19,20; 2Tm 4:2. 3 At 14:23; Tt 1:5. 4 1Tm 3:8-10. 5 Fp 1:1; 1Tm 4:14. 6 At 6:1-4; Tt 1:7-9. 7 1Co 4:2. 8 1Tm 3.

Confissão de Fé Belga
Artigo 30
sábado, 2 de agosto de 2014
A eleição de Isaque ilustra bem a soberania de Deus em escolher alguém de forma absolutamente graciosa. E antes que se proteste que esta escolha não é para a salvação, adianto que não é o que afirmo aqui. Porém, não nego que a mesma tem a ver com a salvação, pois Paulo vem tratando disso uma vez que fala dos judeus, por quem desejaria estar separado de Cristo se isto resultasse na salvação deles.

O fato é que Paulo está afirmando que “nem todos os que são de Israel são israelitas” (Rm 9.6) assim como “não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa” (Rm 9.8), o que confere à passagem um conteúdo soteriológico. Independente desta conotação, vejamos como Deus escolhe Isaque para através dele cumprir o Seu propósito salvífico.

Conhecemos a história. Deus havia prometido um filho a Abraão, mas antes que a promessa se cumprisse, obteve um filho com sua serva Hagar. No que lhe tocava, ele estava satisfeito com o resultado. Vemos isso quando Deus lhe disse a respeito de Sara “abençoá-la-ei e dela te darei um filho” (Gn 17.16) ele respondeu “tomara que viva Ismael diante de ti” (Gn 17.18). Dependesse da vontade de Abraão, Isaque não seria escolhido.

Que vantagem tinha Isaque sobre Ismael? Nenhuma. Ambos eram filhos de Abraão. O termo descendência ou semente é utilizado tanto para um como para outro. E se havia alguma vantagem para um dos filhos, era em favor de Ismael, que sendo o primogênito tinha a primazia. Sob o ponto de vista da filiação, havia igualdade, quanto ao costume da época, havia clara vantagem para o filho de Hagar.

Isto fica ainda mais evidente quando consideremos o interessante fato de que Isaque sequer havia nascido foi escolhido por Deus. Aliás, sequer havia sido concebido, pois o Senhor diz “por este tempo virei, e Sara terá um filho” (Rm 9.9). O que distinguia Ismael e Isaque? Sob o ponto de vista da filiação, nada, ambos descendem de Abraão. Pelo nascimento, Ismael era o primogênito, sem contar que seu "concorrente" sequer existia e tinha preferência de seu pai (como alguém poderia preferir um filho que não existia a um que estava em seus braços?). Porém, uma distinção essencial havia: a promessa de Deus.

Agora, se alguém disser que Deus anteviu um futuro em que Isaque produzia uma descendência que levava ao Messias e que por isso o escolheu, sem que tenha decretado ou realizado Ele mesmo tudo isso, então precisarei acrescentar um parágrafo a este breve texto, para dizer que era impossível que isto acontecesse sem que o Senhor mesmo o fizesse, pois o próprio Isaque era uma impossibilidade.

O patriarca sabia disso, por isso “se prostrou Abraão, rosto em terra, e se riu, e disse consigo: a um homem de cem anos há de nascer um filho? Dará à luz Sara com seus noventa anos?” (Gn 17.17). Porque havia prometido, Deus tornou possível o impossível, ou seja, “visitou o SENHOR a Sara, como lhe dissera, e o SENHOR cumpriu o que lhe havia prometido” (Gn 21.1). A história ilustra o que o Senhor declara, nas palavras “Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei” (Is 46.11).

Soli Deo Gloria