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domingo, 31 de julho de 2011

Creio na santa Igreja Universal, na comunhão dos Santos


Já vimos a fonte de onde brota a Igreja na que se nos propõe aqui crer para estar seguros de que todos os escolhidos estão unidos, pelos laços da fé, numa Igreja, numa comunidade, num povo de Deus, cujo guia, príncipe e chefe deste, como corpo único, é Jesus, nosso Senhor; pois os crentes tem sido escolhidos em Cristo antes da criação do mundo para estar todos unidos no Reino de Deus.

Esta sociedade é católica, quer dizer, universal, pois não há dois ou três. Todos os escolhidos de Deus estão juntos e unidos em Cristo, de modo tal que dependem de um só chefe, crêem num só corpo e estão unidos uns aos outros por uma disposição parecida à dos membros de um mesmo corpo. Se fizeram com toda certeza um, porque, tendo uma mesma fé, uma mesma esperança, um mesmo amor, vivem de um mesmo Espírito de Deus, e estão chamados a uma mesma herança: a vida eterna.

Esta sociedade é também santa, pois todos os que são eleitos pela eterna providência de Deus para ser acolhidos como membros da Igreja são santificados pelo Senhor e regenerados espiritualmente.

As palavras comunhão dos santos explicam ainda mais claramente o que é a Igreja: a comunhão dos fiéis consiste em que, quando um deles tem recebido de Deus algum dom, todos participam dele, ainda que, pela dispensação de Deus este dom tenha sido dado a um deles em particular, do mesmo modo que os membros de um mesmo corpo, dentro de sua unidade, participam entre si de tudo o que têm, embora cada um tenha dons particulares e sejam diversas suas funções.

Pois, repito, todos os escolhidos estão juntos e reunidos num só corpo.

Cremos que a Igreja é santa e o mesmo a sua comunhão, de modo tal que, garantidos por uma firme fé em Cristo, temos a certeza de sermos membros dela.

João Calvino
In: Breve Instrução Cristã
sexta-feira, 29 de julho de 2011
"Embora o deserto seja, aos nossos olhos, um lugar inadequado, é ali que a sarça arde." pastorgeremias Geremias Couto (via twitter)

A mitologia de Tolkien é densa para muito além de “O Senhor dos Anéis” e do filme de Peter Jackson. Gosto dela porque as histórias (pois são muitas) em si são boas. Mas gosto principalmente porque há uma constante nostalgia nelas. Uma nostalgia que mescla tristeza e esperança.

Na mitologia há os filhos do Único, elfos e homens, primogênitos e sucessores. As histórias são contadas pelo ponto de vista dos primeiros, que são “imortais”, com seu destino ligado ao do mundo em que vivem. Já os homens, mortais, possuem a dádiva, concedida pelo Um, de passar para além dos círculos do mundo.

É interessante, ao menos para mim, que são os elfos que vivem esta nostalgia, mas que este espírito triste e esperançoso seja mesmo o espírito dos homens. Talvez, Lewis apontasse que são ambos “nau”. “Sim, são os filhos de Ilúvatar”, provavelmente responderia Tolkien. E, se este é o espírito humano, ele é mais próprio na imagem restaurada do cristão. Não surpreende, pois, a tristeza e a esperança da pena do autor da mitologia.

Nem surpreende que a beleza seja sempre encontrada onde há esta mescla. A Poesia é esta nostalgia.

No entanto, a tristeza, bela que seja em nostálgica Poesia, não é fácil de ser vivida. Não falo dos dias de pranto e pesar apenas. Falo da vida. Pois viver esta nossa vida é viver a tristeza desde que nos corrompemos e morremos. E, ainda que, em certo sentido, como na mitologia a morte seja dádiva (o morrer é lucro...), ainda resta que vida e morte sejam sofrimento. Sofremos pela queda e seus efeitos. Sofremos, seja em pesar, seja em contentamento.

E, é verdade, tudo isso nos parece bem inadequado. Soa inóspito como um deserto. Talvez a vida fosse mais bela não houvesse a tristeza. Pode ser. Não posso, contudo, atinar como seria uma vida sem pecado, pois não é a vida que vivo. Entretanto, posso ter um vislumbre: olhos não viram, ouvidos não ouviram, nem há sombra em coração humano do que nos espera no porvir...

Então, se não fica menos difícil passar por este deserto que é esta vida de tristeza, não posso deixar de ver nela Poesia. Pois sofrimento presente algum pode desvanecer a alegria dada por primícias do porvir. Há, por dádiva, um fogo que arde em corações humanos. Naqueles corações que conheceram Aquele a quem chamam Aba... E a saudade da eternidade…

Não há palavras de consolo, no entanto, para aqueles que não se inclinam a esta esperança.

Por isso é que esta mescla nostálgica, tristeza e esperança, se bem que fale a todo espírito humano, orna melhor a cristãos. Nós sabemos que “embora o deserto seja, aos nossos olhos, um lugar inadequado, é ali que a sarça arde”.

Roberto Vargas Jr.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
O servo de Deus John Stott foi chamado à glória, aos 90 anos. Se você sabe quem foi Amy Winehouse, falecida aos 27 anos vítima das drogas, mas não faz ideia de quem seja John Stott, então precisa rever suas fontes de informação.

Um bom começo é ler os artigos de sua autoria publicados neste blog. Mesmo sabendo que A Bíblia não é um Livro Completamente Aberto, leia sobre a Veracidade da Narrativa de Gênesis, livro que trata da origem de Nossa Depravação Humana. Descubra as Características do Discípulo Radical, uma das quais é estar Sempre Cheio e preparado para atender ao convite Vamos Proclamar a Palavra, já que A Bíblia e o Evangelismo são inseparáveis.

Mas o que publiquei aqui é uma amostra irrisória, pois John Stott tem cerca de 50 livros publicados, além de inúmeros artigos. Portanto, este um ótimo momento para você começar a ler alguns deles. Os principais são Cristianismo Básico, Crer é Também Pensar, Porque Sou Cristão, A Cruz de Cristo, Eu Creio na Pregação, Firmados na Fé, Cristianismo Equilibrado, Entenda a Bíblia, Cristianismo Autêntico, O Perfil do Pregador e Ouça o Espírito, ouça o mundo. O mais recente lançado no Brasil é O Discípulo Radical.

Boa leitura.
quarta-feira, 27 de julho de 2011

Você não pode perder algo que nunca teve. Todo mundo acha que tem livre arbítrio e muitos cristãos dizem isso, mas não é verdade.

"Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal" Jeremias 13:23.

"Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo". Romanos 7:21

Quando o pecado entrou na Criação o homem perdeu a capacidade de escolher o bem, e esta é a razão de dependermos 100% de Deus para sermos salvos. Se um dia você creu em Cristo como seu Salvador, saiba que isso não foi uma escolha sua, mas de Deus. Não adianta discutir ou apelar para a doutrina "A" ou "B", a Palavra de Deus é clara neste sentido. Somos eleitos e predestinados por Deus, não por nossa própria vontade ou escolha.

"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado" Ef 1

Quem não conhece a Deus obviamente irá questionar Sua justiça ao fazer isso, mas este é um assunto para outra oportunidade. Você não tinha liberdade de escolha antes de se converter (só podia escolher o mal), mas depois de convertido você pode até querer escolher o mal (porque continua na carne), mas não tem esse direito. Por sermos salvos por graça somente, sem termos feito nada para merecermos isso, é Deus quem tem todos os direitos sobre nós, enquanto nós não temos qualquer direito. Somos devedores, do mesmo modo como você se torna devedor de alguém que lhe faz um grande favor, tão grande que você jamais consiga pagar. Depois de salvos, fazemos coisas que agradam a Deus simplesmente por gratidão, não para sermos salvos.

Eu sei que isso soa horrível para pessoas vivendo em uma sociedade onde o discurso padrão é de liberdade, livre arbítrio e direitos do cidadão. Porém a liberdade que o mundo oferece é falsa. Todas as pessoas são escravas de alguma coisa, seja da carreira, do trabalho, da família, do sexo, da comida, da bebida, dos medicamentos e assim por diante. Existe algo que seja sua meta de vida e razão de viver? Isso é o seu ídolo e você é idólatra, enquanto não for Cristo a meta e ocupação principal de todo o seu ser.

2 Pedro 2:19 diz: "Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo".

Portanto, não se iluda. Antes você não tinha liberdade de escolha e estava à mercê do pecado e de Satanás. Depois de comprado por preço altíssimo (o sangue de Cristo) você passou a ter um dono, que é o Senhor. É por isso que você o chama de Senhor, não é mesmo? Senhor é alguém que detém os direitos e o controle sobre você. Não faria sentido agora querer fazer as coisas sem antes perguntar a Ele.

"Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor". Romanos 14:8 

Mario Persona
terça-feira, 26 de julho de 2011
Salvação para quem conhece o evangelho

Teorias humanas e filosóficas: A salvação é adquirida por "livre-arbítrio" humano, quando o homem por si só decide ir a Cristo. Os efeitos da queda são abstratos e relativos e o ser humano possui capacidade o suficiente de si mesmo de crer e se arrepender dos seus pecados.

Escrituras sagradas: A salvação é adquirida pela graça de DEUS por meio da fé (Ef 2:8) e arrependimento do pecador (Mt 3:8), sendo a fé um dom de DEUS (Ef 2:8) e o arrependimento, de igual modo, concedido por DEUS (At 11:18). Os efeitos da queda são reais e levou o homem à condição de morto perante DEUS (Rm 3: 10-12), incapaz de fazer qualquer coisa que necessite de vida para ser feito (Jo 15:5). O ser humano não tem capacidade alguma de si mesmo de crer e se arrepender, por esta razão é necessário a obra regeneratória do Espírito Santo em seu coração para que ele seja convencido do pecado, da justiça e do juizo (Jo 16:8).

~*~

Salvação para quem não conhece ou nunca ouviu o evangelho

Teorias humanas e filosóficas: Para quem não conhece ou nunca ouviu o evangelho a salvação será por obras. Quanto mais o pecador se aproximar dos padrões morais vivenciados pelos cristãos conhecedores do evangelho, maior será a probabilidade dele ser salvo. A obra de Cristo, neste caso, pode ser perfeitamente descartada. Missionários falando de Jesus Cristo nestas regiões? Pra quê? Afinal de contas o homem tem capacidade própria de "autoredenção"...

Escrituras sagradas: A salvação sempre será pela graça de DEUS por meio da fé em Cristo e arrependimento do pecador, independente de época, cultura ou tradição dos homens. O meio e a forma pelo qual DEUS julgará esses povos nos é declarado EXPLICITAMENTE nas escrituras (Rm 2:12), por esta razão afirmar que eles serão salvos por suas obras - descartando veemente a obra de Cristo na cruz - é mera ESPECULAÇÃO fundamentada no raciocínio lógico-dedutivo de quem o faz.

Hélio


segunda-feira, 25 de julho de 2011
“Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” Jo 15:2

Este versículo é utilizado mais das vezes para fundamentar a crença popular que um crente pode vir a perder sua salvação adquirida. Entretanto, por se tratar de uma parábola, devemos interpretar o texto de acordo com a principal regra de interpretação de textos deste gênero: notar principalmente a lição geral, sem forçar demais nos detalhes. Se pudermos sintetizar a lição da parábola numa frase é nesta: aquele que está em Cristo, produz frutos.

Jesus começa dizendo “Eu sou a videira verdadeira” (Jo 15:1). Israel era a videira plantada pelo Senhor, mas que não apresentou os frutos esperados. “Eu mesmo te plantei como vide excelente, uma semente inteiramente fiel; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada como vide estranha?” (Jr 2:21). Ao dizer-se videira verdadeira, Jesus declarava vã a presunção do povo de que pertencendo a Israel seriam por isso aceitos por Deus.

Sendo Jesus a videira verdadeira, podia afirmar “quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto” (Jo 15:5a). Os frutos não são produzidos com o objetivo de estar na videira, mas como resultado de estarem ligados a ela. Tão certo como a união com Cristo produz frutos, é o fato de que fora dele nenhum fruto é produzido: “sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15:5b). Por isso, a ordem de Jesus não é “produzam frutos” e sim “estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim” (Jo 15:4).

Se o texto deixa absolutamente claro que todo aquele que está unido a Cristo produz fruto, como entender a sentença “toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira” (Jo 15:2a)? A explicação é que embora no aspecto exterior os ramos estivessem ligados à videira, não havia união orgânica de fato. A seiva não fluía do tronco para os ramos. Embora aderidos à árvore, não estavam ligados intimamente.

Sempre houve, e sempre haverá, aqueles que fazem parte da igreja visível, conformando-se externamente à conduta esperada dos cristãos, porém sem nunca terem se ligado a Cristo de fato. Esses tais são ramos que não produzem frutos, e não produzem porque não tem uma ligação real com o Senhor. Que essa ligação é apenas aparente fica claro logo adiante: “se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará” (Jo 15:6). O problema de tais pessoas não é primariamente não produzir frutos, e sim não estar em Cristo, pois se estivessem os frutos surgiriam naturalmente.

Em claro contraste com eles estão os discípulos verdadeiros. Logo após dizer que o Pai “limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto" (Jo 15:2b), Jesus completa “vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15:3). Destes, Jesus testemunha: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15:16). Pelo que concluímos que os que foram escolhidos por Jesus, permanecerão Nele e serão frutíferos. E que concluir que um verdadeiro crente que está em Cristo e Cristo está nele pode vir a perder a salvação é perder de vista a lição que Jesus está ensinando.

Soli Deo Gloria

Nota: passagem comentada a pedido de um leitor do Cinco Solas.
domingo, 24 de julho de 2011

Creio no Espírito Santo

Ensinamos a crer no Espírito Santo, quer dizer que se nos manda esperar nEle todos os bens que nos foram prometidos na Escritura.

Tudo o que existe de bom, seja onde for, o faz Jesus Cristo pelo poder de seu Espírito. Por ele cria, sustenta, conserva e vivifica todas as coisas. Por ele nos justifica, santifica, purifica, chama e atrai para si, para que obtenhamos salvação.

Por isso o Espírito Santo, quando habita deste modo em nós, é quem nos ilumina com sua luz para que aprendamos e saibamos perfeitamente as infinitas riquezas que, pela divina bondade, possuímos em Cristo. O Espírito Santo é quem inflama nossos corações com o fogo de um ardente amor a Deus e ao próximo. É Ele quem, a cada dia e cada vez mais, mortifica e destrói os vícios de nossa cobiça, de modo que se há em nós algumas obras boas, são frutos e efeitos de sua graça. Sem Ele não haveria senão trevas em nossa inteligência e perversidade em nosso coração.

João Calvino
In: Breve Instrução Cristã
sábado, 23 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Quem prova a graça deveria se espantar e atemorizar. Há quem se orgulhe. Você já viu os títulos que as igrejas se dão? Viva, Renovada, da Verdade, Avivada, Do Poder, Da Prece Poderosa, Santa, Mundial do Poder de Deus, sempre um título que as enaltece, mesmo quando menciona Deus. A idéia é que aquele grupo tem copyright dele. Ninguém funda uma igreja e a chama de Igreja dos Pecadores Miseráveis Salvos Pela Graça! Você já viu alguma Igreja dos Indignos? Já notou as orações de alguns: “Quero meus direitos”? Ora, o direito dos pecadores é o inferno. Temos nos esquecido da graça. Deus é movido pela sua graça. Não por nossos méritos. Há muito orgulho, muito antigraça em nosso meio. Gente que se orgulha do templo da igreja, ou da sua receita financeira. Ou ainda do nível social da membresia. Isto é a negação do evangelho.

Isaltino Gomes Coelho Filho
quinta-feira, 21 de julho de 2011

Um amigo perguntou: "Nós, como cristãos, estamos perdendo muitas das bênçãos de Deus por não jejuar? Eu entendo que o jejum não é um mandamento, mas nossa vida de oração não seria melhor e mais agradável a Deus se jejuássemos?".

Em resposta, diríamos, em primeiro lugar, que não estamos convencidos que o jejum não seja um mandamento no Novo Testamento. O jejum é mencionado aproximadamente 30 vezes no Novo Testamento e não há nenhuma passagem que sequer sugira que o jejum não é mais ordenado ou requerido por Deus, ou que o jejum seja algo tão sem importância que pode ser negligenciado pelos cristãos.

Há várias passagens nas quais, de uma maneira ou de outra, fica claro que o jejum é requerido no Novo Testamento bem como no Antigo Testamento, sendo a única diferença o fato que não há promulgações de dias de jejum no Novo Testamento. Jesus, no Sermão do Monte, tomou como certo que seu povo jejua (Mt. 6:16-18) quando apresentou regras para o jejum. E, ao colocar o jejum ao lado da oração na mesma passagem, ele enfatizou sua importância.

Em Mateus 17:21, ele até mesmo ordena o jejum quando nos assegura que ele é uma arma necessária na luta contra Satanás (cf. também Mc. 9:29). Da mesma forma, em 1 Coríntios 7:5, o Apóstolo Paulo assume que os maridos e esposas jejuam, algo tão importante que é a única coisa, além da oração, que pode interferir nas relações sexuais.

Apoiando esses mandamentos, temos no Novo Testamento os exemplos do próprio Jesus (Mt. 4:2), dos apóstolos (At. 14:23; 2Co. 6:5; 11:27), da igreja (At. 13:2,3) e de crentes em geral (Lc. 2:37). Além do mais, é claro a partir do Novo Testamento que o jejum é importante não somente como um exercício na piedade individual (Mt. 6:16-18; Lc. 2:37; 1Co. 7:5), mas também na tarefa da igreja (At. 13:2-3, 14:23). O livro de Atos indica que o jejum tem um papel importante na ordenação de presbíteros, diáconos e pastores na igreja.

Nesse aspecto, poderíamos observar que há até mesmo certo fundamento no Novo Testamento para que a igreja declare jejuns ou dias de jejum. Essa certamente é a posição da Confissão de Fé de Westminster (XXI, 5). Ali, o jejum é contado como uma parte necessária da adoração religiosa, e "jejuns solenes e ações de graças em ocasiões especiais" são recomendados.

Há tipos diferentes de jejuns mencionados na Escritura. Há jejuns públicos e privados, como vimos. Há jejuns totais e parciais (Ed. 10:6; Dn. 10:2,3): jejuns de pão e água bem como jejuns nos quais a pessoa se abstém completamente de comida. Mas é claro que a Escritura promove o jejum.

Portanto, o fato da Escritura estabelecer certas regras para o jejum (como em Mt. 6:16-18) não deve ser incompreendido, como se a Escritura desencorajasse o jejum. Não pode haver nenhuma dúvida que o jejum não somente é necessário, mas proveitoso, e está no mesmo nível da oração entre os exercícios espirituais aos quais os cristãos são chamados.

Contudo, devemos entender que o benefício do jejum não provém de ficar sem comida por um período de tempo, mas da auto-negação que é parte do jejum. Jejuamos com o objetivo de negar a carne, e nos entregar totalmente às coisas espirituais. Uma barriga vazia em si mesma não é uma bênção, mas se torna uma bênção e uma ajuda, quando nosso sofrimento de fome nos lembra que devemos, acima de tudo, ter fome e sede de justiça (Mt. 5:6) – que não podemos viver somente de pão, mas devemos viver de toda palavra que sai da boca de Deus (Mt. 4:4).

Que Deus possa nos dar graça para não negligenciarmos esse importante exercício espiritual. Que atentemos ao mandamento para se voltar ao Senhor "com jejum" (Joel 2:12).

Rev. Ronald Hanko
In: Covenant Reformed News, Vol. 8, nº. 6, traduzido por Felipe Sabino de Araújo Neto, do Monergismo.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Deus, na Bíblia, dá uma resposta muita clara: "Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo" (At 20:21). A forma de salvação de Deus é através da fé e do arrependimento.

Deus, através do evangelho, exteriormente chama todos os homens, em todo o lugar, a arrepender e crer como o único caminho de salvação. Ele promete vida eterna – não a todos – mas a todos os que obedecem ao seu chamado. E Ele envia o Espírito Santo para chamar os seus eleitos interiormente e salvadoramente – mudando os seus corações e tornando-os igualmente desejosos e capazes de obedecer ao Seu chamado.

O que é crer? Fé salvadora não é algo de inato no homem, mas é um dom de Deus (Ef 2:8). A fé crê que toda a Bíblia é verdade, e chega a um certo conhecimento de Jesus Cristo como o Salvador, e do caminho da salvação de Deus Nele. Os atos principais da fé salvadora são aceitar, receber e depender em Cristo somente para completa salvação. A fé submete-se voluntariamente para ser salvo do modo de Deus e nos termos de Deus. Sabendo que não pode contribuir em nada para a salvação pelas suas boas obras, a fé confia completamente e exclusivamente em Jesus Cristo. Deste modo, a fé apodera-se do Salvador e da completa salvação Nele. A confissão do crente é: renunciando tudo, eu confio Nele! Nada menos é fé salvadora.

O que é arrependimento? Arrependimento é também uma dádiva de Deus (At 11:18). É uma mudança de coração e de mente a respeito do pecado. Arrependimento volta-se do pecado – para de aprovar e gozar o pecado, e começa a odiar e sofrer o pecado, não somente por causa das suas dolorosas consequências, mas porque vê o pecado como nojento e maldoso, e porque Deus o odeia. Arrependimento também se volta para Deus para perdão dos pecados – com um total propósito de alcançar depois, nova obediência. Quando Deus diz: "Arrependei-vos!" Ele quer dizer voltai-vos de todos os vossos pecados para amar e servir a Deus em nova obediência.

Leitor, o misericordioso Deus chama-te a ti também. Pecador, crê e arrepende-te! Este é o caminho da vida eterna!

Rev. C. J. Connors
In: Como posso ser salvo?
terça-feira, 19 de julho de 2011
Heresias de vários tipos não são novas. Durante a Reforma havia um profeta chamado Thomas Munster, que acreditava ser a Bíblia muito difícil de interpretar. Era preciso um intérprete sacro, o qual não era a Igreja, mas o testemunho interno do Espírito.

A Bíblia, declarava ele, era apenas papel e tinta. "Bíblia, Babel, bolha!", proclamava. Usando a mesma Escritura como os atuais supostos profetas, ele justificava sua posição doutrinária com a declaração: "... a letra mata, e o Espírito vivifica" (2Co 3:6). Lutero respondeu que a letra sem o Espírito estava morta, mas ambos não devem estar mais separados que a alma do corpo. Lutero disse que ele precisava de uma palavra firme de Deus, não as experiências fantásticas de um profeta dos dias de hoje.

Quanto aos sonhos, visões e revelações de Munster, Lutero, lembrando que o Espírito Santo é representado na Bíblia como pomba, disse que não daria ouvidos a Munster, mesmo que "ele tivesse engolido o Espírito Santo, com penas e tudo". Munster se tornou o pai de todos os que crêem na infusão do Espírito que deixa de lado as Escrituras.

Leia a íntegra do artigo em Heresias Recicladas Desde o Dia da Reforma.
Erwin Lutzer
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Apóiam-se em argumentos vazios e falam mentiras; concebem maldade e geram iniqüidade. Is 59:4
Azenilto Gama compila o que chama de 10 Principais Dificuldades do Sistema Calvinista, as quais considera suficientes para fazer com que qualquer calvinista coerente mude de posição. Mas, quem é Azenilto Gama? Conheço-o de longa data, tivemos alguns longos debates sobre adventismo, mas se interessar, recomendo que faça uma busca no Google para descobrir mais sobre esse adventista que gosta de ser chamado de professor. Segue uma resposta ao seu artigo, o qual aconselho ler, uma vez que respondo sem transcrever o que ele disse.

1. A eleição é não cristocêntrica. A doutrina da eleição é cristocêntrica na medida que a eleição é feita em Cristo. Aos Efésios 1:3-6 diz que Deus “nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” o que inclui obviamente a eleição, pois “também nos elegeu nele antes da fundação do mundo”, e também “nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo” e nos “nos fez agradáveis a si no Amado”. Bem ao contrário do que Azenilto diz, a Bíblia afirma que a eleição pré-temporal é cristocêntrica.

2. Jesus não é o ponto de partida da eleição. Os eleitos são um presente do Pai para Jesus. “Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos” (Jo 10:29). Quando alguém resolve presentear alguém, o ponto de partida é a pessoa presenteada, não o presente em si. Ninguém compra um presente para dar a alguém, sem pensar nesse alguém em primeiro lugar.

3. Deus é a causa do pecado. Deus não peca, mas o pecado só existe porque Deus quis que existisse. “Eu formo a luz e crio as trevas, promovo a paz e causo a desgraça; eu, o Senhor, faço todas essas coisas" (Is 45:7). Negar que Deus decretou a existência do mal é admitir o dualismo, e que Ele não pôde evitar o mal quando este surgiu no coração de Satanás.

4. É uma doutrina que não pode ser pregada. Jesus ordenou a pregação do evangelho, dizendo “vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16:15). Ele também especificou o conteúdo da mensagem: “Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O Reino dos céus está próximo’” (Mt 10:7). A doutrina da eleição pode, e tem sido pregada, basta ler alguns sermões de Spurgeon e de alguns reformados de hoje na Internet e concluir que é uma mensagem frequente em púlpitos reformados. Quanto a pregar a condenação, seguimos o exemplo do mestre: “Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão” (Lc 13:3)

5. Apresenta Deus não amoroso e injusto. A Bíblia diz que Deus “em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade” (Ef 1:5). Os crentes são descritos “como povo escolhido de Deus, santo e amado” (Cl 3:12) e de fato “sabemos, irmãos, amados de Deus, que ele os escolheu” (1Ts 1:4). Mas o amor de Deus pelos eleitos não implica que Ele seja injusto com os réprobos. Depois de citar as palavras de Deus “amei Jacó, mas rejeitei Esaú” (Rm 9:13), Paulo pergunta “e então, que diremos? Acaso Deus é injusto? De maneira nenhuma!” (Rm 9:14). Isto deveria bastar para os que acham que o Deus que elege não é amoroso nem justo.

6. Se não é, parece fatalismo. Fatalismo obedece a uma lei necessidade cega e impessoal. A predestinação é o decreto de um Deus pessoal, infinitamente sábio, justo e bom. “Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá. Digo: Meu propósito ficará de pé, e farei tudo o que me agrada” (Is 46:10) só é fatalismo para quem exclui Deus e se entrega ao acaso cego.

7. Torna a história irrelevante. Sem um Deus soberano governando, a História não passa de um emaranhado de acontecimentos sem sentido e sem propósito. A esperança futura pode ser tanto um pessimismo trágico ou um otimismo utópico, tanto faz. Mas, se cremos num Deus que decreta e governa todas as coisas de forma infalível, então podemos ter certeza de que o que Ele decretou vai se cumprir. E em meio ao emaranhado de eventos, vemos o trem da história seguro para o propósito, o telos que Deus determinou: “Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá. Digo: Meu propósito ficará de pé, e farei tudo o que me agrada” (Is 46:10). Somente um Deus no trono confere sentido à História.

8. Distorce o sentido da ação humana. Sendo a fé um dom de Deus, como diz Ef 2:8, “vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus”. O homem poderia ter o mérito de renunciar os próprios esforços, se estivesse vivo espiritualmente para se esforçar, mas o fato é que Deus “deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos” (Ef 2:5). Logo, toda glória é dada a Deus.

9. Inspira um falso senso de segurança. Embora a Bíblia nos diga “empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa forma, jamais tropeçarão” (2Pe 1:10), sabemos que nossa segurança não depende de nossa experiência, mas do fato de que somos “protegidos pelo poder de Deus até chegar a salvação prestes a ser revelada no último tempo” (1Pe 1:5), vale dizer, fomos “chamados, amados por Deus Pai e guardados por Jesus Cristo” (Ef Jd 1:1). O crente não se fia em si próprio, mas sabe que “Aquele que os chama é fiel, e fará isso” (1Ts 5:24).

10. Os frutos não tem sido bons. Contra o calvinismo, tem-se apresentado fatos como a execução de Serveto e o regime do Apartheid, entre outros. Os calvinistas não negam essas manchas históricas, mas as colocam sob a perspectiva correta e lembram de outros tantos bons exemplos apresentados por calvinistas. Não é o caso de enumerá-los aqui, pois uma doutrina não se prova dizendo que Madre Tereza a esposava, nem se refuta dizendo que Hitler acreditava nela. A verdade se prova biblicamente, “pois nada podemos contra a verdade, mas somente em favor da verdade” (2Co 13:8) ou, para citar um verso caro aos adventistas, “se eles não falarem conforme esta palavra, vocês jamais verão a luz!” (Is 8:20). E no arrazoado do professor, sobrou frases sem sentido e faltou fundamentação bíblica.
Soli Deo Gloria
domingo, 17 de julho de 2011
No terceiro dia ressuscitou dentre os mortos, e subiu ao céus. Está sentado na destra de Deus Pai Todo-Poderoso, e dali virá a julgar os vivos e os mortos.
Pela sua ressurreição temos a firme certeza de conseguirmos a vitória sobre o domínio da morte. Em efeito, não pôde ser retido nas correntes da morte, senão que se livrou delas com todo seu poder, destruindo assim as armas da morte, para que nunca jamais pudessem alcançar-nos mortalmente.

Sua ressurreição é, pois, a vida segura, a substância e fundamento, não só de nossa ressurreição futura, senão também desta ressurreição presente que nos permite viver uma nova vida.

Com sua ascensão ao céu nos abriu esta porta do Reino dos Céus que estava fechada para todos em Adão. De fato, Ele entrou no céu com nossa natureza humana como em nome nosso, de modo que já possuímos nEle o céu pela esperança, e nos sentamos com Ele nos lugares celestiais. Por nosso bem entrou no santuário de Deus, que não tem sido feito por mão de homem, para que perpetuamente, segundo seu ofício de eterno Sacerdote, o nosso advogado e mediador.

Está sentado à destra de Deus Pai. Isto quer dizer em primeiro lugar que tem sido restabelecido e declarado Rei, Mestre e Senhor de todas as coisas, para proteger-nos e amparar-nos com seu poder, de sorte que seu reino e sua glória sejam nossa força, nosso poder e nossa glória contra os infernos.

Em segundo lugar, isto quer dizer que recebeu todas as graças do Espírito Santo para dispensá-las a seus fiéis e enriquecê-los com elas. Deste jeito, embora seu corpo subiu para o céu e por isso já não está presente a nossos olhos, contudo não cessa de ajudar a seus fiéis com seu socorro e o poder manifesto de sua presença, segundo a promessa: "E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mateus 28:20, NVI). Agrega, finalmente, que o último dia, visivelmente, como o viram subir, aparecerá ante todos na majestade incompreensível de seu Reino, para julgar os vivos e os mortos (quer dizer, aos que aquele dia surpreenderá em vida, e aos que então estarão já mortos), dando a cada um segundo suas obras, segundo que cada um, pelas suas obras, tenha-se mostrado fiel ou infiel. Para nós é um consolo extraordinário saber que o juízo está colocado nas mãos dAquele cuja vinda terá por única finalidade salvar-nos.

João Calvino
In: Breve Instrução Cristã
sábado, 16 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Clique na imagem para ler.


A Bíblia diz que todos aqueles que quiserem "viver piamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2Tm 3:12). Jesus falou que, à medida que se aproxima a hora do Seu retorno, "hão de te prender e perseguir" (Lc 21:12). Não temos bases bíblicas para acreditar que vamos escapar para sempre de uma perseguição física em nome de Cristo. O fato de não estarmos sendo perseguidos é uma condição anormal. A condição normal para os cristãos é que devem sofrer perseguição.

Como experimentamos pouca perseguição religiosa neste país, é provável que, sob pressão, muitos cristãos neguem a Cristo. É inteiramente concebível que a perseguição dos crentes cristãos que ocorre em outras partes do mundo também chegue à Europa, à Austrália, ao Canadá e à América.

O Dr. Donald Coggan, o antigo arcebispo de Cantuária, numa palestra feita em Londres referiu-se a uma visita recente feita a um determinado país e contou que vira, com seus próprios olhos, cristãos serem perseguidos. Disse ele:
"A fé dos cristãos está sendo testada no fogo. Que testemunho é o deles! Como nos sairíamos, eu me pergunto, em circunstâncias semelhantes? Será que somos acomodados demais na Grã-Bretanha? Será que levamos uma vida mansa e confortável demais para sermos capazes de enfrentar a perseguição? Será que desertaríamos? Ou será que, como tantos deles, triunfaríamos?"
Este é um assunto para ser visto com seriedade. Se a perseguição viesse, o que você e eu faríamos? Provavelmente, a maioria não faria nem mais nem menos do que está fazendo agora. Talvez, os primeiros a se renderem sejam exatamente os que mais se vangloriam de sua fé. Muitos que se gabam de coragem seriam os mais covardes. Muitos, como Pedro, que dizem: "embora todos os outros neguem a Cristo, eu jamais o negarei", seriam os primeiros a aquecer as mãos ao calor do fogo dos acampamentos inimigos.

Ao falar dos últimos tempos, disse Jesus: "Então sereis entregues à tribulação, e vos matarão; sereis odiados por todas as nações por causa do meu nome" (Mt 24:9). Ele também disse: "E por se multiplicar a iniqüidade, resfriar-se-á o amor da maior parte dos homens" (Mt 24:12). Paulo, referindo-se ao conflito com as "forças espirituais do mal", escreveu: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, tendo feito tudo, ficar firmes" (Ef 6:13)

Billy Graham
In: A segunda vinda de Cristo
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Já tive oportunidade de escrever sobre o adventismo celebrando a herança comum com o arminianismo, a propósito de um simpósio comemorativo aos 400 anos da Remonstrância. Agora, tomei conhecimento do artigo Graça, livre-arbítrio e juízo, em que o Woodrow W. Whidden enaltece a pessoa de Armínio e reconhece sua influência no desenvolvimento da soteriologia adventista.

Historicamente, o artigo é em geral preciso. Por exemplo, o artigo diz que “é interessante notar que todos os anteriores e grandes reformadores protestantes da Reforma Protestante na Europa no século XVI” criam na predestinação soberana de Deus. A única exceção, antes de Armínio, foi a dissidência de Philip Melâncton, a qual não causou grande alvoroço no meio luterano de então. Porém, há que se registrar que o autor declara que as idéias básicas do arminianismo “representavam o consenso da igreja primitiva dos primeiros quatro séculos do cristianismo”, sem contudo mencionar nenhuma fonte, como faz com outras afirmações históricas.

De quaquer modo, o arminianismo é apresentado como uma inovação teológica, uma dissidência do consenso histórico da igreja, o que de fato é. Talvez por isso o articulista tenha considerado “surpreendente, descobrir que Arminius e Arminianismo não foram sequer mencionados por Ellen White em O Grande Conflito (ou em qualquer outro lugar em seus escritos)”. E reconhece que muitos adventistas tem “confundido estes termos com os Armênios da Turquia e seu estigma de Cristianismo Ortodoxo ou com o grande herege anti-trinitariano Arius e seus ensinamentos arianos”. Enfim, parece que a exaltação do arminianismo faz parte do esforço adventista de se apresentar como uma igreja evangélica e que existe uma tal “herança protestante da teologia adventista”.

Algumas ponderações são necessárias. A primeira, é que o artigo demonstra que o arminianismo é uma dissidência do consenso histórico da igreja. A segunda é que o artigo em momento algum se preocupa com a verdade bíblica. O raciocínio seguido é que se o adventismo se alinha ao arminianismo, então ambos são bons. Mas, e aqui vai a ponderação terceira, isso não é fato. Armínio jamais concordaria que Deus predestinou a todos os homens sem exceção para a salvação, mas capacitou-os com um livre-arbítrio que possibilita que eles anulem essa predestinação, como ensina Leandro Quadros, guro teológico do adventismo popular. Além disso, o autor considera que Deus está sujeito ao questionamento do homem. Nas suas palavras: “por que deveria haver qualquer questionamento das decisões de Deus, se todas as suas decisões de salvação já foram pré-determinadas?”, que só poderia encontrar uma resposta na Bíblia: “Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus?” (Rm 9:20).

Mas o principal problema que vejo no artigo é que segundo o autor, sem as idéias de Armínio, “não haveria a doutrina adventista do Juízo (especialmente a doutrina do juízo investigativo pré-advento) se não houvesse a doutrina da graça gratuita e o livre arbítrio”. Ou seja, se o autor estiver com a razão, o arminianismo é culpado por um dos principais erros adventista, a doutrina do juízo investigativo. Por isso, não considero a homenagem tão honrosa à pessoa do Armínio e estou quase certo que ele declinaria o papel de precursor do adventismo.

Soli Deo Gloria
domingo, 10 de julho de 2011
João Calvino, o maior teólogo do Cristianismo depois de Agostinho, bispo de Hipona, nasceu em Noyo, França, a 10 de julho de 1509 e morreu em Genebra, Suíça, a 27 de maio de 1564. Estudou em Paris, Orleans e Bourges. Aceitou os princípios de Reforma em 1528 e foi expulso de Paris. Em 1536, em Basiléia, publicou "Instituições da Religão Cristã" obra que se tornou a base da doutrina de todas as igrejas protestantes, menos a luterana. Em 1536, Calvino refugiou-se em Genebra, onde viveu até à morte, com exceção de alguns anos de exílio.

A Academia Protestante que Calvino fundou, juntamente com Teodoro Beza e outros reformadores, transformou-se no centro principal do protestantismo na Europa. As teologias calvinista e luterana possuem características racionais e radicais que inspiraram os movimentos liberais dos tempos modernos, tanto no que se refere ao Estado como também à igreja, e contribuíram poderosamente para o progresso e para a democracia em todo o mundo.

Jesse Lyman Hurlbut
In: História da Igreja Cristã
Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu aos infernos
Estas palavras nos ensinam como realizou nossa redenção para a qual tinha nascido como homem mortal. Ele apagou a desobediência do homem, que provocava a cólera de Deus, por meio de sua obediência, fazendo-se obediente ao Pai até a morte. Se ofereceu em sacrifício ao Pai por meio de sua morte, para que se aplacasse a justiça do Pai de uma vez para sempre, para que todos os fiéis fossem santificados eternamente, para que se cumprisse a eterna satisfação. Derramou seu sagrado sangue como preço de nossa redenção para apagar a cólera de Deus, acesa contra nós, e para purificar-nos de nossas iniqüidades.

Nada existe nesta redenção sem mistério.

Padeceu sob Pôncio Pilatos, cuja sentença o condenou como criminoso e malfeitor, para sermos liberados com esta condena e absolvidos ante o tribunal do grande Juiz. Foi crucificado para suportar com sua cruz a morte que nos ameaçava, e para devorá-la, sem o qual ela mesma nos teria devorado e engolido a todos. Foi sepultado para sermos unidos a Ele pela eficácia de sua morte, sepultados com nosso pecado e liberados do poder do Diabo e da morte. E quando se diz que desceu aos infernos, isso significa que foi ferido por Deus e que suportou e experimentou o horrível rigor do juízo de Deus, interpondo-se Ele mesmo entre a cólera de Deus e nós, e satisfazendo por nós a justiça de Deus. Deste modo sofreu e suportou o castigo que merecia nossa injustiça, sendo assim que não havia nEle nem sombra de pecado.

Não é que tenha estado o Pai nunca irritado com Ele: como poderia ter-se indignado com seu Filho bem-amado, em quem colocava toda sua complacência? Por outra parte, como teria podido o Filho aplacar o Pai com sua intercessão, se o tiver irritado? Antes ao contrário, Ele carregou o peso da cólera de Deus no sentido de que, ferido e abrumado pela mão de Deus, sentiu em si todos os sinais da cólera e da vingança de Deus, até ver-se obrigado a gritar em sua angústia: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 15:34, PJFA)

João Calvino
In: Breve Instrução Cristã
sábado, 9 de julho de 2011
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Eleição é uma doutrina fundamental. No passado, muitos dos talentosos professores estavam acostumados a começarem sua teologia sistemática com a apresentação dos atributos de Deus, e então uma contemplação de Seus decretos eternos; e é nossa convicção cuidadosamente analisada, depois de ler atentamente os escritos de muitos de nossos teólogos modernos, que o método seguido pelos seus antecessores não pode ser aprimorado. Deus existe antes do homem, e Seu propósito eterno antedata Suas obras no tempo. “Conhecidas de Deus são todas as Suas obras desde o princípio do mundo” (Atos 15:18). Os divinos conselhos existiram antes da criação. Como um construtor desenha seus planos antes de começar a construir, assim o grande Arquiteto predestinou tudo antes de uma simples criatura ser chamada à existência. Nem Deus guardou este mistério oculto em Seu próprio seio; foi do Seu agrado fazer conhecido em Sua Palavra os eternos conselhos de Sua graça, Seu desígnio nos mesmos e o grande fim que Ele teve em vista.

Quando um construtor está no percurso da construção, os expectadores freqüentemente demoram perceber a razão de tantos detalhes. Por enquanto, eles não discernem nenhuma ordem ou propósito; tudo parece estar em confusão. Mas se eles pudessem cuidadosamente examinar o “plano” do construtor e visualizar a produção acabada, muito do que estivesse confuso se tornaria claro para eles. É da mesma forma com a aparência externa do propósito eterno de Deus. A menos que estejamos inteirados com Seus decretos eternos, a história permanecerá um enigma insolúvel. Deus não está trabalhando aleatoriamente; o evangelho não foi enviado para uma missão incerta: a conseqüência final do conflito entre o bem e o mal não foi deixada indeterminada; quantos são salvos ou perdidos não depende da vontade da criatura. Tudo foi infalivelmente determinado e imutavelmente fixado por Deus desde o princípio, e tudo que acontece no tempo é apenas a consumação do que foi ordenado na eternidade.

A grande verdade da eleição, então, leva-nos de volta ao princípio de todas as coisas. Ela antedata a entrada do pecado no universo, a queda do homem, o advento de Cristo e a proclamação do evangelho. Um entendimento correto dela, especialmente em sua relação com o concerto eterno, é absolutamente essencial se quisermos ser preservados de um erro fundamental. Se a própria fundação é defeituosa, então a construção erigida sobre ela não será sã; e se errarmos em nossos conceitos desta verdade básica então, exatamente na proporção em que fizermos isso, seremos inexatos no entendimento de todas as outras verdades. O relacionamento de Deus com os judeus e os gentios, Seu objetivo ao enviar Seu Filho a este mundo, Seu desígnio pelo evangelho, sim, o conjunto total de Seus relacionamentos providenciais, não poderão ser vistos em sua perspectiva adequada até que eles sejam visto na luz de Sua eleição eterna. Isto se tornará mais evidente a medida que prosseguirmos. 
A. W. Pink
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Virou moda no mundo cult evangelical dizer que a Igreja Evangélica Brasileira é bibliólatra. Será que somos bibliólatras? Será que colocamos a Palavra de Deus acima do Deus da Palavra? Não creio. Esse não é o nosso problema, aliás, o nosso problema é justamente o contrário. Aliás, os cults costumam apresentar problemas que não são problemas e ignorar questões que realmente são sérias.

A Igreja Evangélica Brasileira é, isso sim, desapegada da Bíblia. O hábito de leitura é maior que a média da população brasileira, mas ainda se lê pouco, muito pouco. Os comentários bíblicos são pouco vendidos e as pregações expositivas são raras ou inexistentes, especialmente no meio pentecostal. E ainda você deve considerar os livros comprados e não lidos.

A centralidade do kerigma (proclamação) é centro no culto cristão. Deus falando é muito importante para ser um aspecto desprezado, mas que infelizmente é. Ora, se os crentes em geral estudassem as Sagradas Escrituras com afinco não estariam, inclusive, sem um senso crítico sobre as coisas que os cults dizem.

Os cults dizem que ensinam “fora da caixa”, mas ouse discordar de suas teses para ver como você receberá os piores adjetivos, como retrógrado. Todo relativista é assim mesmo: um absolutista com o falso rótulo da tolerância. É mais fácil encontrar o papai-noel do que um relativista praticante.

A suposta bibliolatria dos evangélicos é uma fantasia. Existe? Deve existir, mas numa escala muito pequena para generalizar.

Gutierres Siqueira
quarta-feira, 6 de julho de 2011

A propósito desta charge, leia o artigo Podem viver em paz arminianos e calvinistas?
terça-feira, 5 de julho de 2011
Como cristãos evangélicos, tendemos a dar pouca importância à arte. Consideramos os outros aspectos da vida humana mais importantes. Apesar de nosso discurso constante sobre o senhorio de Cristo, limitamos sua atuação a uma pequena área da realidade. Confundimos o conceito do senhorio de Cristo sobre a totalidade do ser humano e sobre todo o universo e não nos apropriamos das riquezas que a Bíblia oferece para nós mesmos, nossa vida e nossa cultura.

O senhorio de Cristo sobre a vida como um todo significa que não há áreas platônicas no cristianismo, nem dicotomia ou hierarquia entre corpo e alma. Deus fez tanto o corpo como a alma, e a redenção é para o homem todo. Os evangélicos têm sido criticados, com razão, por estarem sempre tão interessados em ver almas sendo salvas e indo para o céu, e não se importam muito com as pessoas de maneira integral.

No entanto, a Bíblia deixa quatro coisas muito claras:

1. Deus fez o homem todo;
2. Em Cristo o homem todo é redimido;
3. Cristo é Senhor do homem todo agora e Senhor davida cristã toda;
4. No futuro, quando Cristo retornar, o corpo será ressuscitado dentre os mortos e o homem todo terá uma redenção completa.

É a partir desse sistema que devemos compreender o lugar da arte na vida cristã. Portanto, consideremos mais profundamente o que significa ser uma pessoa plena cuja
vida como um todo está sob o senhorio de Cristo.

Francis Schaeffer
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Então Samuel pegou uma pedra e a ergueu entre Mispá e Sem; e deu-lhe o nome de Ebenézer, dizendo: "Até aqui o Senhor nos ajudou". 1Sm 7:12

Passou despercebido, mas o post de ontem, da pena de João Calvino foi o de número 1000 publicado no Cinco Solas. Não que quantidade implique necessariamente qualidade, mas julguei que valia o registro, se não por outro motivo, por gratidão.

Primeiro a Deus, Criador, Mantenedor e Governante de tudo que existe. Tudo provém dEle, é por Ele e para Ele. Mesmo coisas pequenas e simples como um blog. Logo, a Ele é devida toda a glória, se alguma glória há no que é publicado aqui.

Sou grato também aos que leem o que é publicado aqui. Embora o objetivo deste blog não seja o de ser popular, é claro que desejo que o mesmo seja lido e divulgado. Querer diferente seria considerar o seu conteúdo irrelevante, e neste caso, melhor seria não publicar nada. Menção precisa ser feita aos comentadores do blog. Nesses 1.000 posts foram quase 10.000 comentários, obviamente, boa parte deles discordantes.

Um agradecimento especial vai para as fontes dos artigos publicados. Embora haja aqui alguns artigos de minha autoria, a maioria chegou aqui pela instrumentalidade de outras pessoas. Não poderia mencionar todos os autores, livros, blogs, emails, etc., de onde extraí as centenas de citações, fragmentos e artigos completos que usei, embora tenha procurado mencionar em cada post. De qualquer forma, o Cinco Solas seria diminuído em muito sem essas colaborações, algumas involuntárias.

Para finalizar, resta dizer que o Cinco Solas continuará até quando o Senhor der graça, buscando a glória de Deus e a edificação de seus leitores.

Soli Deo Gloria
domingo, 3 de julho de 2011
Que foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem maria

Se nos lembra aqui como o Filho de Deus se fez para nós Jesus — quer dizer Salvador — e Cristo — quer dizer Ungido, como Rei para guardar-nos e como Sacerdote para reconciliar-nos com o Pai.

Tomou nossa carne para, uma vez feito Filho de homem, conseguir fazer-nos com Ele, filhos de Deus. se revestiu de nossa pobreza para encher-nos de suas riquezas. Tomou nossa fraqueza para fortalecer-nos com sua força. Se revestiu de nossa condição mortal para dar-nos sua imortalidade. Desceu à terra para elevar-nos ao céu.

Nasceu da Virgem Maria para ser reconhecido como o verdadeiro filho de Abraão e de Davi, prometido pela Lei e os Profetas, e como verdadeiro homem, semelhante em tudo a nós, mas sem pecado. Foi tentado segundo todas nossas fraquezas, aprendendo deste modo a ter compaixão de nós. Foi, porém, concebido no seio da Virgem pelo poder maravilhoso e inefável do Espírito Santo; mas nasce sem ser maculado por nenhuma corrupção carnal, ante ao contrário, santificado com uma excelsa pureza.

João Calvino
In: Breve instrução cristã
sábado, 2 de julho de 2011
Este plano de seis pontos pode ser memorizado com estas palavras de ordem: relaxe, peça, leia, reflita e, lembre-se, escreva e ore.

1. Espere em Deus (relaxe). Aquiete-se por um minuto; não vá correndo à presença de Deus e comece a falar imediatamente. Siga a admoestação de Deus: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (SI 46.10; RA; v. tb. Is 30.15; 40.31). Fique em silêncio por alguns instantes, enquanto você se coloca em reverência.

2. Ore brevemente (peça). Agora não é o momento propriamente dito de entrar em oração, mas de fazer uma breve oração de abertura, pedindo a Deus que limpe seu coração e o guie nos minutos seguintes. Duas ótimas passagens da Escritura para memorizar são:

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno" (SI 139.23,24; v. lJo 1.9).

"Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei [a Palavra]" (Sl 119.18; v.Jo 16.13).
Você tem que estar afinado com o Autor do livro antes de poder entender a Bíblia.

3. Leia uma porção da Escritura (leia). Nesse ponto começa seu diálogo com Deus. Ele fala com você pela Palavra e você fala com ele pela oração. Leia a Bíblia:

Pausadamente. Não tenha pressa; não tente ler grandes porções nem corra pelo texto.

Repetidamente. Releia a passagem repetidas vezes até visualizá-la em sua mente. A razão por que muitas pessoas não extra¬em mais da leitura bíblica é porque elas não lêem as Escrituras várias vezes.

Sem parar. Não pare no meio de uma frase para mudar de assunto e fazer um estudo doutrinário. Tão somente leia a seção por pura alegria e permita que Deus fale com você. Lembre-se de que sua meta aqui não é obter informação, mas alimentar-se da Palavra e conhecer melhor a Cristo.

Em voz alta, mas num tom de voz normal. Ler em voz alta melhorará a concentração, se esse for o problema. Também o ajudará a entender melhor o que estiver lendo, porque você estará vendo e ouvindo o que lê. Leia num tom de voz suave o bastante, de forma a não perturbar ninguém.

Sistematicamente. Leia um livro de uma só vez, do começo ao fim, numa seqüência ordenada. Não use o método "mergulho ao acaso" — uma passagem aqui, um capítulo acolá, o que você gosta aqui, uma porção interessante ali. Você entenderá melhor a Bíblia se for lida como foi escrita — um livro ou uma carta de cada vez.

4. Medite e memorize (reflita e lembre-se). Para que as Escrituras lhe digam algo expressivo, medite no que estiver lendo e memorize versículos que lhe falem pessoalmente. Meditar "é contemplar um pensamento com seriedade, repetidas vezes" (v. cap. 1 para rever breve discussão sobre este assunto). De sua meditação, escolha e memorize um versículo que lhe seja particularmente importante.

5. Escreva o que Deus lhe mostrou (anote). Quando Deus falar, com você pela sua Palavra, anote o que descobrir. O ato de escrever lhe permitirá lembrar do que Deus lhe revelou, e também conferir com suas descobertas bíblicas. Anotar o que Deus lhe revelou é uma forma de aplicar o que você descobriu na Bíblia, no que diz respeito à sua vida.

6. Tenha seus momentos de oração (suplique). Depois de Deus ter falado com você através de sua Palavra, fale com ele por meio da oração. Esta é sua parte na conversa com o Senhor. Para ajudá-lo a lembrar-se das etapas da oração, siga os passos seguintes: Louve ao Senhor. Inicie os momentos de oração louvando a Deus pelo que ele é e pelo que ele tem feito. Primeiro, adoração-, depois, ação de graças. A adoração é o verdadeiro culto; é dar a Deus o reconhecimento que só ele merece. Portanto, louve a Deus por sua grandeza, poder, majestade, força e outros atributos. Exemplos bíblicos de puro lou¬vor podem ser achados no salmo 145 e nos capítulos 4 e 5 de Apocalipse. Adore-o deste modo, lendo Salmos (especialmente SI 146—50), lendo magníficos hinos de adoração e/ou refletindo sobre os nomes de Deus (v. lCr 16.25-29; Sl 50.23; 67.3; Hb 13.5).

Rick Warren
In: 12 maneiras de estudar a Bíblia sozinho
sexta-feira, 1 de julho de 2011
“E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o Senhor prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar” Joel 2.32.

Concede, ó Deus onipotente, que assim como pela voz do teu evangelho não só nos convidas continuamente a te buscar, mas também nos dás o teu Filho como nosso Mediador, por meio de quem o acesso a ti está aberto, para que em ti achemos um Pai favorável;

Ó concede que confiados no teu convite amoroso, apliquemo-nos a oração enquanto vivermos e que, ante os inúmeros males que nos perturbam por todos os lados e as múltiplas necessidades que nos oprimem, sejamos levados a clamar por ti com maior fervor e neste ínterim jamais nos cansemos de exercitar a oração; até que, sendo ouvidos por ti no decorrer da existência, sejamos congregados ao teu reino eternal onde gozaremos da salvação que nos prometeste e da qual também testificas diariamente pelo teu evangelho, e sejamos unidos para sempre ao teu Filho unigênito, do qual agora somos membros; a fim de participarmos de todas as bênçãos que obtiveste para nós por sua morte. Amém.

João Calvino
Fonte: Devocionais e Orações - Meditando com os Profetas Menores – John Calvino – Editora Monergismo, p.40-41
Recebido por email de Marcio Melânia