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quinta-feira, 7 de julho de 2011
Virou moda no mundo cult evangelical dizer que a Igreja Evangélica Brasileira é bibliólatra. Será que somos bibliólatras? Será que colocamos a Palavra de Deus acima do Deus da Palavra? Não creio. Esse não é o nosso problema, aliás, o nosso problema é justamente o contrário. Aliás, os cults costumam apresentar problemas que não são problemas e ignorar questões que realmente são sérias.

A Igreja Evangélica Brasileira é, isso sim, desapegada da Bíblia. O hábito de leitura é maior que a média da população brasileira, mas ainda se lê pouco, muito pouco. Os comentários bíblicos são pouco vendidos e as pregações expositivas são raras ou inexistentes, especialmente no meio pentecostal. E ainda você deve considerar os livros comprados e não lidos.

A centralidade do kerigma (proclamação) é centro no culto cristão. Deus falando é muito importante para ser um aspecto desprezado, mas que infelizmente é. Ora, se os crentes em geral estudassem as Sagradas Escrituras com afinco não estariam, inclusive, sem um senso crítico sobre as coisas que os cults dizem.

Os cults dizem que ensinam “fora da caixa”, mas ouse discordar de suas teses para ver como você receberá os piores adjetivos, como retrógrado. Todo relativista é assim mesmo: um absolutista com o falso rótulo da tolerância. É mais fácil encontrar o papai-noel do que um relativista praticante.

A suposta bibliolatria dos evangélicos é uma fantasia. Existe? Deve existir, mas numa escala muito pequena para generalizar.

Gutierres Siqueira

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