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domingo, 10 de julho de 2011
Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu aos infernos
Estas palavras nos ensinam como realizou nossa redenção para a qual tinha nascido como homem mortal. Ele apagou a desobediência do homem, que provocava a cólera de Deus, por meio de sua obediência, fazendo-se obediente ao Pai até a morte. Se ofereceu em sacrifício ao Pai por meio de sua morte, para que se aplacasse a justiça do Pai de uma vez para sempre, para que todos os fiéis fossem santificados eternamente, para que se cumprisse a eterna satisfação. Derramou seu sagrado sangue como preço de nossa redenção para apagar a cólera de Deus, acesa contra nós, e para purificar-nos de nossas iniqüidades.
Nada existe nesta redenção sem mistério.
Padeceu sob Pôncio Pilatos, cuja sentença o condenou como criminoso e malfeitor, para sermos liberados com esta condena e absolvidos ante o tribunal do grande Juiz. Foi crucificado para suportar com sua cruz a morte que nos ameaçava, e para devorá-la, sem o qual ela mesma nos teria devorado e engolido a todos. Foi sepultado para sermos unidos a Ele pela eficácia de sua morte, sepultados com nosso pecado e liberados do poder do Diabo e da morte. E quando se diz que desceu aos infernos, isso significa que foi ferido por Deus e que suportou e experimentou o horrível rigor do juízo de Deus, interpondo-se Ele mesmo entre a cólera de Deus e nós, e satisfazendo por nós a justiça de Deus. Deste modo sofreu e suportou o castigo que merecia nossa injustiça, sendo assim que não havia nEle nem sombra de pecado.
Não é que tenha estado o Pai nunca irritado com Ele: como poderia ter-se indignado com seu Filho bem-amado, em quem colocava toda sua complacência? Por outra parte, como teria podido o Filho aplacar o Pai com sua intercessão, se o tiver irritado? Antes ao contrário, Ele carregou o peso da cólera de Deus no sentido de que, ferido e abrumado pela mão de Deus, sentiu em si todos os sinais da cólera e da vingança de Deus, até ver-se obrigado a gritar em sua angústia: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 15:34, PJFA)
Nada existe nesta redenção sem mistério.
Padeceu sob Pôncio Pilatos, cuja sentença o condenou como criminoso e malfeitor, para sermos liberados com esta condena e absolvidos ante o tribunal do grande Juiz. Foi crucificado para suportar com sua cruz a morte que nos ameaçava, e para devorá-la, sem o qual ela mesma nos teria devorado e engolido a todos. Foi sepultado para sermos unidos a Ele pela eficácia de sua morte, sepultados com nosso pecado e liberados do poder do Diabo e da morte. E quando se diz que desceu aos infernos, isso significa que foi ferido por Deus e que suportou e experimentou o horrível rigor do juízo de Deus, interpondo-se Ele mesmo entre a cólera de Deus e nós, e satisfazendo por nós a justiça de Deus. Deste modo sofreu e suportou o castigo que merecia nossa injustiça, sendo assim que não havia nEle nem sombra de pecado.
Não é que tenha estado o Pai nunca irritado com Ele: como poderia ter-se indignado com seu Filho bem-amado, em quem colocava toda sua complacência? Por outra parte, como teria podido o Filho aplacar o Pai com sua intercessão, se o tiver irritado? Antes ao contrário, Ele carregou o peso da cólera de Deus no sentido de que, ferido e abrumado pela mão de Deus, sentiu em si todos os sinais da cólera e da vingança de Deus, até ver-se obrigado a gritar em sua angústia: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 15:34, PJFA)
João Calvino
In: Breve Instrução Cristã
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