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terça-feira, 22 de abril de 2008
Como pode Deus soberanamente escolher uns e rejeitar outros se a Bíblia diz que Ele não faz acepção de pessoas? É um questionamento justo e vou tentar respondê-lo.
Primeiro vamos diferenciar parcialidade de parcialidade injusta. Deus seria injustamente parcial se Ele não tratasse as pessoas de acordo com seu caráter, mas que retivesse de alguns aquilo que lhe é de direito e desse a outros o que não é justamente deles, guiado por preconceito e motivos sinistros. Mas Ele sempre age baseado em lei e justiça. O Senhor não escolhe um e rejeita outro por causa de raça, nacionalidade, riqueza, poder, nobreza, etc. Mas Ele estará sendo parcial se daquilo que não é direito de ninguém, Ele der a alguns e não a outros. Veremos que Deus é parcial, mas não injustamente parcial.
É um fato que no Seu governo sobre tudo e sobre todos Ele não confere os mesmos e iguais favores a todas as pessoas. A experiência nos mostra, e as Escrituras confirmam que há variação na distribuição dos favores divinos. Observar os homens nos leva à conclusão de que há diferenças entre eles quanto à forma e intensidade em que são favorecidos por Deus. Não dá para negar isso.
Uma criança nasce saudável, em um lar rico, com pais bons e sábios, que os criam desde pequenas nos caminhos do Senhor, quando adultas tornam-se pessoas honradas e abençoadas. Outra, porém, nasce doente e em pobreza, filha de pais alcoólicos e depravados, que não lhe dão a mínima educação, abandonando-a em um crescimento sem contato com a verdade do Evangelho. Suas chances de levar um tiro são maiores que a de entrar para universidade. Uma cresce com um coração susceptível e sobram-lhe oportunidades de ouvir o Evangelho e ser por ele transformadas em novas criaturas. Outra desenvolve paixões violentas e inclinações para o mal, aparentemente herdadas. Qualquer pessoa honesta e sem preconceito dirá que se trocassem de “nascimento”, trocariam também de características. Deus colocou pessoas sob influências extremamente diferentes, os resultados também são diferentes. Claro que você pode afirmar que Deus não intervém no nascimento de alguém, e que essas condições diferentes são obra do acaso cego, mas aí se estaria aproximando mais do ateísmo que do teísmo bíblico.
Observe a história, e notará que Deus não tem tratado a todos de igual maneira. Apareceu a Moisés, mas não a Hamurabi. Apareceu a Saulo em Damasco de forma diferente da que se apresentou a Pilatos. Os americanos foram colonizados pelo peregrinos puritanos, que traziam no coração a Palavra de Deus, o Brasil pelos idólatras portugueses, aos quais se somaram os paganismo dos africanos e índios brasileiros.
Olhemos para a Bíblia. Deus deu bênçãos a Israel que não deu à Pérsia. Embora os judeus fossem uma nação pequena e desobediente, Deus conferiu a eles favores que não estendeu a outros povos que haviam no mundo:
“De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos escolhi...” Os 3:2
“Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos. Aleluia!” Sl 147:20
Não havia nada nos judeus que justificasse Deus tê-los escolhidos como Seu povo peculiar. Da mesma forma, hoje quando Deus revela a Sua vontade a uns e deixa os outros em seu estado de pecado, não há nada neles mesmo que os distinga:
“Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” Mt 11:25-26
Interessante observar que aquilo que os arminianos consideram injusto, para Jesus é motivo de ação de graças e para o Pai é do Seu agrado.
Muito embora Deus dispense tratamento diferenciado, isto não o torna injusto, pois o que Ele dá a uns e não dá a outros são favores de graça e não de débito. Deus não está sob obrigação nenhuma de dar a quem quer que seja qualquer bênção. Ele não seria Deus e não seria soberano se houvesse qualquer coisa que lhe fosse imposta. Tudo o que Deus faz é porque quer, e tudo o que quer, ele faz. Assim, o Todo-Poderoso não deve nada a ninguém.
“Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.” Jó 41:11
Qualquer coisa que Deus dê a alguém é mais que esse alguém mereceu. Ninguém até hoje recebeu do Senhor menos que merecia. Logo, ninguém pode acusá-lo de injusto. A situação de todos os homens é tal que Deus fazê-los perecer no inferno é simples aplicação de Sua justiça. E se sobre alguns Ele não aplica o castigo merecido, mas por Sua graça os elege para a salvação, não há injustiça nenhuma, pois ninguém recebeu menos do que merecia. Agostinho explica isso com as seguintes palavras:
“Danação é destinada aos perversos a título de débito, de justiça e de merecimento, enquanto que a graça dada àqueles aos quais é entregue é livre e imerecida, de modo que o pecador condenado não possa alegar que não merece o castigo, nem o santo gabar ou vangloriar como se fosse merecedor da recompensa. Assim, em todo o desenrolar deste procedimento, não há discriminação de pessoas. Aqueles que são condenado e os que são libertos constituíram ambos, originalmente, somente um bando infectado e condenáveis à vingança. Daí o homem justificado aprender que a condenação do resto é o que teria sido o seu próprio castigo, não tivesse ele sido resgatado pela graça de Deus”.
Da mesma forma Calvino diz que:
“O Senhor, portanto, pode dar Sua graça a todos a quem Ele queira, porque Ele é misericordioso, e contudo não dá a todos porque Ele é um juiz justo; Ele pode manifestar a Sua graça livre ao dar a alguns o que eles não merecem nunca, enquanto que não dando a todos Ele declara o demérito de todos”.
A palavra parcial não pode ser aplicada no âmbito da graça, apenas da justiça, onde os envolvidos na demanda tem direitos e deveres. Por exemplo, podemos dar esmola a um mendigo e não dar a outro, pois não devemos nada a nenhum deles. Mas se devemos a dois credores, temos obrigação de pagar a ambos. A natureza da graça requer que ela seja livre. Se alguém pudesse demandá-la justamente, ela deixaria de ser graça para ser dívida. E como dissemos acima, a soberania de Deus implica que ele não deve nada a ninguém.
Este caráter livre da graça é maravilhosamente expresso na conclusão da parábola dos trabalhadores:
“Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom? Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Mt 20:13-16
Dar o pagamento devido a cada um é aplicar a justiça. Exercer misericórdia sobre aqueles que não a mereciam jamais é ser bom, gracioso. Assim, reconhecemos que a doutrina da predestinação faz de Deus parcial, mas negamos que o faça injustamente parcial.
Rapidamente, vejamos algumas passagens que se referem ao fato de Deus não fazer acepção de pessoas:
“Quanto menos àquele que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre; porque todos são obra de suas mãos.” Jó 34:19
“E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas.” Ef 6:9
Aqui a Bíblia está afirmando que Deus não trata diferentemente alguém por causa de sua posição social ou riquezas. Isto está de acordo com o exposto acima, pois a ninguém Deus escolhe ou rejeita com base nesses critérios.
“Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas” At 10:34
Pedro até então entendia que o Reino de Deus pertencia unicamente aos judeus. Após a visão dos animais imundos que desciam do céu em um lençol, ele foi convencido a ir até a casa de Cornélio, onde reconheceu que Deus não escolhia os seus com base na nacionalidade. O que está de acordo com o exposto acima.
“Porque para com Deus não há acepção de pessoas.” Rm 2:11
“pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas.” Cl 3:25
“Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” 1Pe 1:17
O contexto dessas passagens julgamento, ou seja, aplicação de Sua justiça. Como dissemos, se na aplicação da justiça Deus for parcial, então Ele estará sendo injusto. Mas a graça a livre e está relacionada à misericórdia divina, e não à Sua justiça.
Primeiro vamos diferenciar parcialidade de parcialidade injusta. Deus seria injustamente parcial se Ele não tratasse as pessoas de acordo com seu caráter, mas que retivesse de alguns aquilo que lhe é de direito e desse a outros o que não é justamente deles, guiado por preconceito e motivos sinistros. Mas Ele sempre age baseado em lei e justiça. O Senhor não escolhe um e rejeita outro por causa de raça, nacionalidade, riqueza, poder, nobreza, etc. Mas Ele estará sendo parcial se daquilo que não é direito de ninguém, Ele der a alguns e não a outros. Veremos que Deus é parcial, mas não injustamente parcial.
É um fato que no Seu governo sobre tudo e sobre todos Ele não confere os mesmos e iguais favores a todas as pessoas. A experiência nos mostra, e as Escrituras confirmam que há variação na distribuição dos favores divinos. Observar os homens nos leva à conclusão de que há diferenças entre eles quanto à forma e intensidade em que são favorecidos por Deus. Não dá para negar isso.
Uma criança nasce saudável, em um lar rico, com pais bons e sábios, que os criam desde pequenas nos caminhos do Senhor, quando adultas tornam-se pessoas honradas e abençoadas. Outra, porém, nasce doente e em pobreza, filha de pais alcoólicos e depravados, que não lhe dão a mínima educação, abandonando-a em um crescimento sem contato com a verdade do Evangelho. Suas chances de levar um tiro são maiores que a de entrar para universidade. Uma cresce com um coração susceptível e sobram-lhe oportunidades de ouvir o Evangelho e ser por ele transformadas em novas criaturas. Outra desenvolve paixões violentas e inclinações para o mal, aparentemente herdadas. Qualquer pessoa honesta e sem preconceito dirá que se trocassem de “nascimento”, trocariam também de características. Deus colocou pessoas sob influências extremamente diferentes, os resultados também são diferentes. Claro que você pode afirmar que Deus não intervém no nascimento de alguém, e que essas condições diferentes são obra do acaso cego, mas aí se estaria aproximando mais do ateísmo que do teísmo bíblico.
Observe a história, e notará que Deus não tem tratado a todos de igual maneira. Apareceu a Moisés, mas não a Hamurabi. Apareceu a Saulo em Damasco de forma diferente da que se apresentou a Pilatos. Os americanos foram colonizados pelo peregrinos puritanos, que traziam no coração a Palavra de Deus, o Brasil pelos idólatras portugueses, aos quais se somaram os paganismo dos africanos e índios brasileiros.
Olhemos para a Bíblia. Deus deu bênçãos a Israel que não deu à Pérsia. Embora os judeus fossem uma nação pequena e desobediente, Deus conferiu a eles favores que não estendeu a outros povos que haviam no mundo:
“De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos escolhi...” Os 3:2
“Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos. Aleluia!” Sl 147:20
Não havia nada nos judeus que justificasse Deus tê-los escolhidos como Seu povo peculiar. Da mesma forma, hoje quando Deus revela a Sua vontade a uns e deixa os outros em seu estado de pecado, não há nada neles mesmo que os distinga:
“Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” Mt 11:25-26
Interessante observar que aquilo que os arminianos consideram injusto, para Jesus é motivo de ação de graças e para o Pai é do Seu agrado.
Muito embora Deus dispense tratamento diferenciado, isto não o torna injusto, pois o que Ele dá a uns e não dá a outros são favores de graça e não de débito. Deus não está sob obrigação nenhuma de dar a quem quer que seja qualquer bênção. Ele não seria Deus e não seria soberano se houvesse qualquer coisa que lhe fosse imposta. Tudo o que Deus faz é porque quer, e tudo o que quer, ele faz. Assim, o Todo-Poderoso não deve nada a ninguém.
“Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.” Jó 41:11
Qualquer coisa que Deus dê a alguém é mais que esse alguém mereceu. Ninguém até hoje recebeu do Senhor menos que merecia. Logo, ninguém pode acusá-lo de injusto. A situação de todos os homens é tal que Deus fazê-los perecer no inferno é simples aplicação de Sua justiça. E se sobre alguns Ele não aplica o castigo merecido, mas por Sua graça os elege para a salvação, não há injustiça nenhuma, pois ninguém recebeu menos do que merecia. Agostinho explica isso com as seguintes palavras:
“Danação é destinada aos perversos a título de débito, de justiça e de merecimento, enquanto que a graça dada àqueles aos quais é entregue é livre e imerecida, de modo que o pecador condenado não possa alegar que não merece o castigo, nem o santo gabar ou vangloriar como se fosse merecedor da recompensa. Assim, em todo o desenrolar deste procedimento, não há discriminação de pessoas. Aqueles que são condenado e os que são libertos constituíram ambos, originalmente, somente um bando infectado e condenáveis à vingança. Daí o homem justificado aprender que a condenação do resto é o que teria sido o seu próprio castigo, não tivesse ele sido resgatado pela graça de Deus”.
Da mesma forma Calvino diz que:
“O Senhor, portanto, pode dar Sua graça a todos a quem Ele queira, porque Ele é misericordioso, e contudo não dá a todos porque Ele é um juiz justo; Ele pode manifestar a Sua graça livre ao dar a alguns o que eles não merecem nunca, enquanto que não dando a todos Ele declara o demérito de todos”.
A palavra parcial não pode ser aplicada no âmbito da graça, apenas da justiça, onde os envolvidos na demanda tem direitos e deveres. Por exemplo, podemos dar esmola a um mendigo e não dar a outro, pois não devemos nada a nenhum deles. Mas se devemos a dois credores, temos obrigação de pagar a ambos. A natureza da graça requer que ela seja livre. Se alguém pudesse demandá-la justamente, ela deixaria de ser graça para ser dívida. E como dissemos acima, a soberania de Deus implica que ele não deve nada a ninguém.
Este caráter livre da graça é maravilhosamente expresso na conclusão da parábola dos trabalhadores:
“Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom? Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Mt 20:13-16
Dar o pagamento devido a cada um é aplicar a justiça. Exercer misericórdia sobre aqueles que não a mereciam jamais é ser bom, gracioso. Assim, reconhecemos que a doutrina da predestinação faz de Deus parcial, mas negamos que o faça injustamente parcial.
Rapidamente, vejamos algumas passagens que se referem ao fato de Deus não fazer acepção de pessoas:
“Quanto menos àquele que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre; porque todos são obra de suas mãos.” Jó 34:19
“E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas.” Ef 6:9
Aqui a Bíblia está afirmando que Deus não trata diferentemente alguém por causa de sua posição social ou riquezas. Isto está de acordo com o exposto acima, pois a ninguém Deus escolhe ou rejeita com base nesses critérios.
“Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas” At 10:34
Pedro até então entendia que o Reino de Deus pertencia unicamente aos judeus. Após a visão dos animais imundos que desciam do céu em um lençol, ele foi convencido a ir até a casa de Cornélio, onde reconheceu que Deus não escolhia os seus com base na nacionalidade. O que está de acordo com o exposto acima.
“Porque para com Deus não há acepção de pessoas.” Rm 2:11
“pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas.” Cl 3:25
“Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” 1Pe 1:17
O contexto dessas passagens julgamento, ou seja, aplicação de Sua justiça. Como dissemos, se na aplicação da justiça Deus for parcial, então Ele estará sendo injusto. Mas a graça a livre e está relacionada à misericórdia divina, e não à Sua justiça.
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1 comentários:
Clóvis,
Gostaria de ter lido antes e acho até injusto com o texto que o primeiro comentário seja feito somente agora. Tomara que outros leiam e entendam que a predestinação não torna o nosso Deus alguém que faz acepção de pessoas.
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