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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
A mesma doutrina é estabelecida pela conexão entre a expiação e a intercessão de Cristo. Como as duas são parte de seu ofício sacerdotal, elas devem ser da mesma extensão, de modo que por todos os que Ele fez satisfação, Ele deve também interceder, e não fazer expiação por aqueles que nunca teriam lugar em Sua intercessão. O objeto de Sua propiciação e de Sua apresentação na presença de Deus deve ser o mesmo. Os apóstolos Paulo e João representam sua conexão como indissolúveis (Rm 8:34; 1Jo 2:2,3). Que Ele não intercede por todos, mas somente pelos que lhe foram dados pelo Pai, Cristo mesmo expressamente o declara: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste” (Jo 17.9).
Quando é tão mais fácil orar por uma pessoa do que morrer por ela, pode alguém dizer que Cristo iria morrer por aqueles por quem não iria interceder? Diriam eles que no exato momento antes de Sua morte Ele iria se recusar a orar em favor daqueles por quem estava prestes a derramar Seu sangue? Aqueles que afirmam que Cristo morreu por todos os homens de todas as nações devem afirmar isso, ou de outro modo, em consequência da expiação, todo homem será participante da vida eterna, da bendita imortalidade, pois o Pai sempre ouve a Cristo. Se Ele ora por todos, todos irão se salvar.
Francis Turrettin
In: A Historical Sketch of Opinions on the Atonement
Tradução: Cinco Solas
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