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sábado, 4 de setembro de 2010
Diante da impossibilidade de negar o antitrinitarianismo de seus pioneiros, adventistas mais esclarecidos justificam-se dizendo que a culpa é dos congregacionalistas unitarianos anti-calvinistas e dos arminianos do livre-arbítrio da chamada Conexão Cristã, que tinham em comum, além da oposição às doutrinas da graça dos calvinistas, a repulsa pela doutrina da Trindade. Assim, dizem eles, o adventismo "pegou" seu arianismo por osmose na maternidade, pois nasceu no mesmo lugar onde germinava o antitrinitarianismo.

A verdade, porém, é que nem todos os que fizeram parte do movimento milerista eram antitrinitarianos. Havia muitos batistas trinitarianos, o próprio Guilherme Miller publicou uma declaração de fé na qual declarava crer na Trindade, mas quando o movimento adventista sabatista tomou corpo próprio, todos os seus escritores eram antitrinitarianos. E quando a IASD percebeu que, enquanto antitrinitariana suas pretenções de ser reconhecida como igreja evangélica tinham chance zero, esperou os pioneiros morrerem para, aos poucos, se tornar trinitariana.

Em resumo, os adventistas desculpam-se pela sua heresia dizendo que foi contaminada pelos unitaristas que se juntaram a ela e aparentemente era uma doença incurável, da qual só puderam se ver livres com a morte de seus fundadores. E nisso tudo ainda conseguem enxergar a mão de Deus guiando o "remanescente fiel" à verdade. Mas os farrapos da desculpa logo se revelam quando analisamos um outro movimento, que também foi ameaçado pela mesma praga, mas que agiu de maneira diferente: o movimento pentecostal.

Como todo o movimento nascente, o pentecostalismo atraiu gente de toda parte e de todo jeito, assim muitos unitarianos se juntaram ao movimento. Mas logo que eles começaram a se manifestar, negando a Trindade e (re)batizando apenas em nome de Jesus, a reação da liderança pentecostal foi firme e imediata. Reuniu-se num Concílio Geral e escreveu um credo em que a doutrina da Trindade era colocada de forma explícita, não deixando outra alternativa aos antinitrinitarianos, senão abandonar sua heresia ou sair do movimento, o que de fato fizeram, todos de uma vez.

O que caracteriza a mão de Deus guiando o povo à verdade é a defesa firme da fé uma vez entregue aos santos, e não o deixar tempo passar esperando que com a morte do doente, morra também a doença.  A história da Igreja é marcada por controvérsias teológicas, com o erro teimando em se infiltrar, mas com a verdade sendo defendida bravamente até ao sangue pelos fiéis, e não com tolerância e esperança de que a heresia morra de velhice com o herege. Prova de que isso não funciona é que "uma minoria crescente" dentre os adventistas se esforça para que a IASD retroceda à fé dos pioneiros. O que acontece com uma minoria crescente que continua a crescer?

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