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domingo, 31 de outubro de 2010
A Base Desta Garantia

Concordemente, esta garantia não deriva de alguma revelação particular, além ou fora da Palavra, mas, da fé nas promessas de Deus as quais ele mui abundantemente revelou em sua Palavra para nossa consolação, e do testemunho do Espírito Santo que testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus e seus herdeiros (Rm.8:16-17), e finalmente, de uma sincera e santa busca de uma consciência clara e de boas obras. E se os escolhidos de Deus neste mundo não tivessem este justo consolo de que a vitória será sua, e esta confiável garantia de glória eterna, seriam dentre todas as pessoas as mais miseráveis.

O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. Rm 8:16-17

Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. 1Jo 3:1-2

E por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens. At 24:16

Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Rm 8:37

Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. 1Co 15:19
sábado, 30 de outubro de 2010
Usei esta frase outro dia em um devocional: "Eu mais o Senhor somos maioria!" Esta é uma frase de efeito, mas não é só isso. Ela contém uma verdade fundamental, e uma afirmação de fé muito consistente. Quando aplicamos essa frase à Reforma podemos ver a ação de Deus na história, usando Lutero como instrumento na restauração da verdade.

Quando pensamos na Reforma falamos do movimento religioso que propunha reformar uma série de doutrinas e práticas que estavam em vigor na Igreja e que não estavam de acordo com princípios cristãos expostos na Bíblia. Lutero não queria e nunca foi sua intenção fundar uma nova Igreja, mas sim que a Igreja reconhecesse seus erros e os coibisse. Muitos não vêem neste período mais do que um movimento de oposição político-religioso, mas queremos lembrar que ele foi bem mais do que isso, ele foi um movimento de fé, motivado e empurrado por ela para o resgate de uma verdade necessária e fundamental para todo o ser humano, de que nós somos salvos, vivemos e somos perdoados por um ato da misericórdia e da bondade de nosso Deus, que veio ao nosso encontro no seu Filho o Salvador Jesus. Não foi porque fizemos alguma coisa, mas porque Deus nos amou.

Conta a história que Lutero, já professor e doutor, numa das noites de 1514 fez uma grande descoberta. Estava trabalhando em suas anotações sobre o livro de Salmos. O salmista tinha citado as palavras que Jesus proferiu sobre a cruz: "Deus meu, Deus meu porque me abandonaste?" Lutero estava intrigado, porque haveria o santo filho de Deus sentir-se abandonado pelo Pai? Lutero tinha se sentido assim muitas vezes, mas ele era pecador e Jesus era puro e sem pecado. A única resposta é que Cristo tomou sobre si mesmo os nossos pecados. Certamente o Deus que fez isso por nós é um Deus misericordioso! No entanto Deus não é apenas misericordioso; ele é também santo e justo. Lutero já tinha se deparado com as palavras, "Justiça de Deus!"

Para ele isso mostrava que Deus demonstra a sua justiça e sua retidão castigando os pecadores, essas palavras eram motivo de temor. Como Paulo muitas vezes desenvolve esse conceito, Lutero se volta para as suas cartas na tentativa de entendê-lo melhor. Em Romanos 1.17 podemos ler: "Visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé". Lutero pode perceber o real significado do termo "Justiça de Deus", que não significa a bondade que o próprio Deus tem, mas sim a bondade que ele nos outorga, essa justiça não é uma recompensa, mas sim um presente gratuito dado a todo aquele que crê que Jesus sofreu e morreu pelos seus pecados, em seu lugar. Lutero ficou emocionado com essa redescoberta e disse: "Senti-me exatamente como se tivesse nascido de novo". Pela primeira vez em sua vida Lutero pode ter a certeza de que os seus pecados estavam perdoados. Deus não deixou de ser justo, ele castigou o pecado, mas não em nós, ele castigou o pecado em seu Filho.

Deus, em sua sabedoria, providenciou um momento histórico propício para que a Reforma pudesse acontecer. No dia 31 de Outubro de 1517, Lutero fixa na porta da Catedral de Wittemberg, 95 despretensiosas teses. Lutero se propunha a um debate acadêmico sobre o valor das indulgências e seus efeitos na vida dos cristãos, das Comunidades Cristãs e da Igreja Cristã. A partir desse momento, nem Lutero poderia ter previsto o que iria acontecer. Os fatos se desenrolaram de tal forma que Lutero foi levado a defender e aprofundar cada vez mais as verdades que defendia. Ele estava se indispondo contra a autoridade máxima do Império. O fato é que a Reforma se desencadeia e Lutero em pouco tempo se vê diante do próprio Imperador defendendo essas verdades.

Apesar do Papa ter excomungado Lutero em janeiro de 1521, quem poderia declarar Lutero um fora-da-lei era o Imperador Carlos V, mas o Imperador precisava do apoio da Alemanha contra a França e os Turcos e não podia se indispor contra os príncipes eleitores da Alemanha. Lutero, como poucos, viveu a frase acima. "Eu e Deus somos maioria!" Muitas vezes ele questionou se estava de fato certo. Mas amparado pela Palavra de Deus e pela certeza de que estava de acordo com ela, compareceu diante do Imperador na dieta de Worms para defender as verdades bíblicas e doutrinárias redescobertas na Palavra e expostas em seus escritos. Os seus amigos insistiram para que ele não fosse, ao que ele respondeu: "Cristo ainda vive, e eu entrarei em Worms a despeito dos portões do Inferno e dos poderes das trevas." Num primeiro momento, em que estavam presentes todas as autoridades do Império, e o próprio Imperador, lhe lançaram uma pergunta de duplo sentido em que cabia a ele apenas se retratar, "Dr. Lutero, o senhor admite que esses livros são seus e que estava errado no que escreveu?" Os títulos foram lidos e Lutero pede um tempo para pensar, pois argumenta que a questão diz respeito a Deus e a fé das pessoas. No dia seguinte Lutero, mais seguro, responde sobre a questão, e diz: "A menos que me convençam pela Escritura ou por razões claras, de que estou errado, eu permaneço constrangido pelas Escrituras. Não posso me retratar, Deus me ajude. Amém." Ali estava Lutero! Sozinho? Não, com a maioria que é Deus. Deus estava no contexto histórico e político, nos amigos que o apoiavam, nos príncipes cristãos que reconheceram em seus escritos a autoridade da Palavra, ou seja, Lutero mais Deus era maioria!

Tudo isso é mais do que uma boa história. O que a mensagem da Reforma tem a nos dizer ainda hoje? Tudo o que o próprio Evangelho nos diz, e o que relembra o apóstolo Paulo em Efésios 2. 8-9 "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." O centro do próprio Evangelho é o que Lutero redescobriu de que nós somos salvos por um ato de pura bondade e amor de nosso Deus, a Graça, e que recebemos essa salvação pela fé em Jesus.

Qual a relevância dessa mensagem hoje?

- Penso nas muitas pessoas que se sentem culpadas por causa de seus pecados e não tem a certeza de saberem que são perdoadas pela Graça de Deus.

- Penso nas muitas pessoas que ainda hoje vivem em sistemas religiosos que não deixam claro o favor de Deus.

- Penso nas muitas pessoas que não se sentem amadas e queridas, por não terem a consciência de que Jesus morreu por todo o mundo, mas que morreu por elas individualmente.

- Penso nas muitas pessoas que se esforçam muito em suas vidas, e tentam assim comprar a salvação e obter o favor de Deus e não tem a certeza de que o favor de Deus é Graça de graça.

- Penso nas muitas pessoas que poderiam viver com alegria a sua fé, capacitadas por Deus, por amor e gratidão ao Salvador, mas ainda tem pavor de Deus.

- Penso nas muitas pessoas desesperadas na hora de sua morte por uma consciência atribulada e que morrem em completo desespero.

- Penso nas muitas pessoas que vão ser condenadas ao inferno por não confiarem em Jesus como seu Salvador.

- Por todos esses motivos lembrar de que nós somos salvos pela graça de Deus é a coisa mais importante que nós podemos fazer.

Que Deus nos abençoe quando celebramos a Reforma, que não seja apenas o momento de exaltar um herói da fé como foi Lutero, mas seja um momento de gratidão pela Salvação que nós temos em Cristo. Amém

"O justo viverá por fé." Romanos 1.17.

Rev. Rubens José Ogg - Secretário Nacional da IELB (Ig. Evangélica Luterana do Brasil)
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
"Não há uma polegada quadrada em todo o domínio da nossa existência humana, sobre a qual Cristo, que é Soberano sobre tudo, não brade: ‘Meu!’Abraham Kuyper (1837-1920)

Nascido na cidade ribeirinha de Classluis em 1837, Abraham Kuyper era o filho de um ministro da igreja do estado em Heiddelburg, a capital e principal porto do distrito de Zeeland. Educado primeiramente por seus pais em casa, Abraham mais tarde freqüentou a escola intermediária na cidade de Leiden e em seguida passou oito anos na Universidade daquela cidade, até 1861, quando o título de Doutor em Teologia lhe foi conferido, em parte pela contribuição ao estudo de John a Lasco.

Foi durante um breve pastorado no povoado de Beesd que Kuyper converteu-se ao Cristianismo Bíblico. Racionalista e liberal em sua teologia através da influência de seu mestre, o Dr. J. H. Scholten, Abraham Kuyper foi, não obstante, poderosamente afetado por um grupo de santos fortemente ortodoxos nos arredores de Beesd. Um deles, uma mulher de meia idade com o nome de Pietronella Baltus, impressionou Kuyper de maneira muito forte, com a sua fé inflexível nas verdades eternas da graça soberana e com sua leitura consistente do mundo. A própria honestidade de Kuyper sobre as suas convicções pessoais o guiaram através de longas discussões e debates com estes Calvinistas sólidos de uma geração anterior, a uma ortodoxia firme e completa, à medida em que ele progressivamente desistiu da teologia vacilante e dependente à qual ele havia sido levado durante os seus dias de estudante.

Enquanto era um Pastor em Utrecht, Kuyper desenvolveu mais completamente as suas convicções com relação a uma total independência da Igreja (do Estado). Em 1869, ele tornou-se um editor associado do “The Herald”, um semanário religioso e político cuja orientação era para com o “Antirevolutionary Voter’s Club”, o qual havia sido inspirado e dirigido por Groen van Prinsterer. No ano seguinte ele tornou-se Pastor da igreja estatal em Amsterdam e portanto principal dirigente de um complexo urbano de dez igrejas locais com vinte e oito ministros, com demais anciãos e diáconos. Ficou claro para ele que uma reforma completa da igreja estatal haveria de proceder de Amsterdam, e assim ele engajou-se num programa educacional extensivo, para suportar tal reforma. Seu plano de ação para resolver esta questão incomodante da relação entre o Estado e a Igreja foi delineada num pequeno livro publicado em 1873 intitulado “Confidencialidade”, que era em parte apologético e em parte como um testemunho pessoal. Durante o ano seguinte ele teve assento na Segunda Câmara do Parlamento. Neste ínterim, o “The Herald” tornando-se um jornal de circulação diária chamado “The Standard”, no qual o semanário religioso original aparecia como um suplemento aos Sábados. Kuyper era o editor de amos e delineou o programa jornalístico que capacitou-o a engajar muitos dos seus compatriotas no Partido Anti-Revolucionário. Até a sua morte, em 1920, ele produziu milhares de colunas editoriais, artigos principais e meditações para aquelas publicações, muitas das quais correram em séries; e quando impressas em separado formaram volumes de tamanho considerável. Muitos artigos individuais foram rapidamente re-impressos como panfletos políticos e foram largamente distribuídos em momentos críticos tais como os que precedem eleições importantes. Foi num desses editoriais que Kuyper desenvolveu sua escala completa de visão Calvinista do mundo, incluindo uma re-interpretação Cristã de política, arte, indústria, criticismo literário e ciências. Era compromisso pessoal seu capturar todas essas áreas da cultura, para Cristo como Senhor. Para Kuyper, isto nada mais era que o resultado inevitável da aceitação da total e completa soberania de Deus, e da real (se não reconhecida) dependência do homem para com Deus para um significado durante o fluxo e o desenrolar da História.

Como um membro do Parlamento, logo Kuyper tornou-se líder do Partido Anti-Revolucionário. Através de hábil suporte de outros partidos em momentos importantes, ele foi capaz de transformar muita legislação em lei. Legislação esta que, de forma especial, adiantou oportunidades para escolas não estatais operarem realisticamente, pelo menos para a educação das crianças cujos pais desejassem livrá-los das filosofias seculares do sistema escolar estatal. O sonho de Kuyper de uma Universidade Cristã começou a tornar-se realidade através de legislação que primeiro tornou possível a fundação de universidades independentes; e depois aceitou as assim fundadas como em bases iguais às instituições controladas pelo estado. Em 1880, foi inaugurada a Universidade Livre de Amsterdam, com Kuyper como seu principal catedrático em Teologia. Em 20 de Outubro de 1881, ele passou sua posição para o Dr. F. L. Rutgers e proferiu um discurso cujo tema era “O Criticismo Bíblico Atual no seu Impacto Destrutivo contra a Igreja do Deus Vivo”, discurso que indica sua oposição aberta e destemida contra os pontos de vista críticos, então populares, de Abraham Kuernen.

As palestras de Kuyper publicadas em 1888 sobre Calvinismo e Arte dão uma idéia de como suas palestras sobre Estética devem ter sido, e uma série de editoriais publicados originalmente no “The Herald” foram em 1889 arranjados em forma de livro, sobre “A Obra do Espírito Santo”.

Em 1886, Dr. Kuyper foi o líder numa tentativa para reformar a igreja estatal, no que tangia à aceitação de ministros liberais em condições iguais com aqueles que continuavam a crer nos padrões doutrinários da igreja. Kuyper queria um desligamento completo; mas o resultado foi somente a formação de uma Igreja Reformada, livre e independente.
Os anos de 1893 e 1894 testemunharam a produção da monumental Enciclopédia de Teologia Sacra, o fruto de palestras em universidades, sobre a estrutura da ciência teológica. A década de 1890 também acompanhou o crescimento e a influência da Universidade Livre de Amsterdam e a determinação de Kuyper em provar que a Apologética Cristã deveria ser uma força agressiva em cada área de empreitadas culturais e intelectuais. Levantar a bandeira de um Deus soberano era desafiar as bases de tudo o que o homem natural poderia obter, em sua presumida independência de Deus.

O gênio de Kuyper como mestre do cristão regular em meio ao mundo cotidiano é provado por seu comentário de quatro volumes sobre o Catecismo de Heidelberg, publicado entre 1892 até 1895; e pelos volumes de meditações devocionais colecionadas, que apareciam nos jornais dos quais ele era editor.

Depois de servir ao seu país como Primeiro Ministro, entre 1901 e 1905, Abraham Kuyper tornou-se um “estadista ancião” e continuou a liderar o Partido Anti Revolucionário até pouco antes de sua morte, em 1920.

Fonte: Sovereign Grace Publishers
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
image Depois de receber a certeza da salvação, o cristão pode pensar: “eu sei que estou salvo hoje, mas como posso ter certeza que estarei salvo amanhã? É possível perder a salvação?”. Para essa pessoa, não se trata mais de uma questão de certeza, mas de segurança.

Um homem com milhões no banco tem certeza que essa riqueza é sua; mas, se o banco insistir em deixar o cofre destrancado, nosso amigo rico terá um verdadeiro problema quanto à segurança de suas riquezas. Ele sabe que é rico hoje, mas nada sabe sobre o amanhã.

Será que nossa salvação é assim? Ela é algo que temos hoje mas que poderemos perder a qualquer momento? A resposta é, sem dúvida alguma: não. Podemos dizer com ousadia: “Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente” (Ec 3:14).

Um fato maravilhoso a respeito de nossa salvação em Cristo é que ela é irreversível, isto é, ela não pode ser desfeita. Uma vez salvos, somos salvos para sempre, porque nossa salvação está baseada na natureza e pessoa do próprio Deus.

Watchman Nee & Witness Lee
In: Elementos básicos da vida cristã
terça-feira, 26 de outubro de 2010
O Novo Testamento concorda com, e confirma, a condenação do Velho Testamento da homossexualidade. Alguma passagem da Bíblia pode ser mais clara na condenação do homossexualismo do que a afirmação de Paulo encontrada no primeiro capítulo de Romanos: “Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e adoraram e serviram a criatura mais do que o Criador, o qual é bendito eternamente. Amém. Por essa razão Deus os entregou a paixões infames. Pois até mesmo as mulheres mudaram o modo natural pelo que é contra a natureza. Do mesmo modo os homens, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, homens com homens cometendo o que é torpe, e recebendo em si mesmos a penalidade devida pelo seu erro. E por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes… os quais, sabendo do justo juízo de Deus, de que aqueles que praticam tais coisas são passíveis de morte, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam” (Rm 1.24-28,32).

Defensores do comportamento homossexual tentam driblar Romanos 1 alegando que Paulo estava condenando somente a luxúria e promiscuidade homossexual e não as amáveis e monogâmicas relações homossexuais. O problema com essa interpretação pró-homossexual é que Paulo nem sequer sugere tal idéia no texto. Essa idéia, que era pra estar no texto, claramente não está lá. Paulo era um expert em complexos problemas éticos. Sua condenação abrange todas as formas de comportamento homossexual: seja promiscuo, seja monogâmico. Se a homossexualidade é permissível sob certas condições, então a mentira, assassinato, difamação, e outros pecados listados por Paulo também são permitidos sob certas condições? Poderia um apologista do homossexualismo argumentar que o sexo com cabras e ovelhas é permitido desde que o relacionamento seja amoroso e monogâmico?

Outros apologistas dizem que Paulo estava somente se referindo à prostituição cultica grega. Mas o texto não diz nada sobre a prostituição cultica grega. Paulo estava focado sobre o que acontece quando as pessoas enxotam Deus de seus pensamentos e adoram ídolos. Paulo estava discutindo o comportamento pessoal moral. Quando as pessoas abandonam Deus, seu comportamento pessoal se torna perverso. Se Paulo condenou somente a prostituição ritual grega, então porque a igreja primitiva condenou todas as formas de homossexualismo? Por que é que toda congregação de igreja cristã e todas as denominações cristãs condenaram todas as formas de homossexualismo durante quase dois mil anos? Foi só nos anos 1970 que o homossexualismo começou a receber aceitação na sociedade. E não é acidental que as igrejas que mudaram suas visões geralmente façam parte de denominações liberais que rejeitaram a autoridade divina da Bíblia. Se Cristo e os apóstolos aceitaram a homossexualidade monogâmica, então por que ela foi universalmente condenada na igreja apostólica?

A tentativa mais sagaz de repudiar a condenação de Paulo da homossexualidade é a teoria da pederastia. Essa visão afirma que Paulo, seguindo a cultura grega, somente estava condenando a exploração sexual e emocional de jovens por parte de homens. Esta visão assume que Paulo era somente um produto da cultura grega pagã de seu tempo. Mas a Bíblia claramente ensina que Paulo escreveu sob a sobrenatural direção do Espírito Santo (2Pe 3.15-16). Para entender a visão de mundo de Paulo, não se deve olhar para a Grécia ou Roma pagãs, mas para o Velho Testamento, os ensinos de Jesus Cristo e dos outros apóstolos. A condenação de Paulo da homossexualidade é totalmente consistente com, e uma continuação da, lei de Deus revelada a Moisés. A pederastia é errada e é condenada por Deus porque é uma forma ou tipo de homossexualidade. É também pecaminosa e perversa porque é uma forma de sexo fora dos laços do matrimônio legal, monogâmico e heterossexual. O homossexualismo é perverso, não interessa a idade dos participantes. A idéia de que pelo fato de dois homens terem alcançado a idade de 18 anos, Deus aprova o sexo oral e anal que eles fazem é absurda. Paulo condena tal pensamento perverso e tolo há muito tempo: “Mas sabemos que a lei é boa e aquele que a utiliza de modo legítimo, mas sabeis disto: que a lei não foi feita para o que é íntegro, mas para os transgressores e rebeldes, para os irreverentes e pecadores, para os ímpios e profanos, para os assassinos de pais e mães, homicidas, para os fornicadores, para os sodomitas , raptores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para tudo quanto seja contrário à sã doutrina” (1Tm 1.8-10).

Brian Schwertley
In: Homossexualismo: uma análise bíblica (via email de Textos Reformados Selecionados)
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Poderia ser 144 mil, e chamaria mais atenção. Especialmente dos interessados em assuntos escatológicos. Ou então aos 7 mil, e a referência óbvia seria aos que não dobraram seus joelhos a Baal.

Mas o número é uma referência ao número de visitantes deste blog. Não é nada grandioso, pois tem blogs bem mais novos com mais visitantes. Nem é nada importante, pois o número de visitantes pode ser um bom argumento para quem vende publicidade, o que não é o caso aqui.

Mas quando me propus a mudar a cara do blog, pensei: será em 31 de outubro (nada a ver com Halloween ou eleição da Dilma ou Serra, mas pelo dia da Reforma) ou quando atingir 200 mil visitantes, o que acontecer primeiro. Pior para mim, que a marca foi alcançada antes de 31 de outubro e não tinha um template pronto para colocar.

Bem, aí está. E está meio tosco, inacabado. Mas no decorrer dos dias pretendo dar uma ajeitada. Devem notar, especialmente, que sumiram algumas coisas. Como quero simplificar e agilizar o carregamento do blog, vou procurar formas alternativas de mostrar o que tinha antes.

Comentários, críticas e sugestões são aguardadas e bem vindas.
domingo, 24 de outubro de 2010
A Garantia Desta Preservação

Acerca da preservação daqueles escolhidos para salvação e acerca da perseverança dos verdadeiros crentes na fé, os próprios crentes podem estar (e de fato se tornam) seguros de acordo com a medida da sua fé, pela qual eles firmemente crêem que são e que sempre permanecerão sendo membros verdadeiros e vivos da igreja, e que têm o perdão dos pecados e a vida eterna.

Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. Rm 8:31-39

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda... E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém. 2Tm 4:8,18
sábado, 23 de outubro de 2010
image Ángel Manuel Rodríguez é nada menos que Diretor do Biblical Research Institute. Para quem não sabe, o BRI é o órgão oficial adventista que tem a finalidade de “promover o estudo e a prática da teologia e do estilo de vida adventista como entendida pela igreja mundial”. Segundo a descrição do site oficial, o BRI “provê recursos teológicos para a Administração e departamento da Conferência Geral e para a igreja mundial”. Portanto, não se trata de um órgão qualquer, mas de um grupo de “teólogos adventistas do sétimo dia trabalhando no quartel general da Igreja Adventista do Sétimo Dia”.
Entre outras atividades, o BRI responde a perguntas de interesse dos adventistas. O que segue é a íntegra da tradução que fiz de uma pergunta formulada por membro da IASD e da resposta dada pelo Diretor do BRI:
Alguns citam Efésios 1:4 para intentar demonstrar que todos os seres humanos foram escolhidos para a salvação em Cristo antes da criação do mundo. O que quer dizer este texto?
Deixe-me citar o texto: "assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor".
Antes de comentar sobre o tema bíblico da eleição, vou fazer um esclarecimento: os adventistas que crêem que todo ser humano foi escolhido por Deus para a salvação também sustentam que todos foram realmente salvos na cruz. Rejeitam corretamente a idéia de que Deus elegeu a alguns para a salvação e a outros para a perdição (dupla predestinação). Mas vêem só duas possibilidades: que Deus elege e salva a todos (algo que eles sustentam) ou que existe dupla predestinação.  Esta não são as duas únicas opções.
1. Revisar o contexto: Antes de concluir que Efesios 1:4 descreve a eleição de toda a raça humana para a salvação, deveríamos examinar o contexto. No contexto, há uma linguagem universal como, por exemplo, “todos”, “o mundo”? Paulo está discutindo a eleição de alguns e a rejeição de outros? Note a terminologia que utiliza: ele escreve “aos santos e fiéis” (v.1). Está se referindo aos crentes. Quando diz “assim como nos escolheu nele [Cristo]” está descrevendo a experiência dos crentes que já estão em Cristo, não aos pecadores do mundo. O evento do retorno de Cristo ao mundo terá um impacto universal, porque por meio dele Deus se propõe reunir “todas as coisas […] assim as que estão nos céus como as que estão na terra” (v.10). Embora isso ainda não se havia feito realidade, uma evidência clara era a união de judeus e gentios na igreja (3:6)
2. Escolhidos de: Na Bíblia, escolher é um ato da eleição dentre um grupo. Por exemplo, Deus escolheu a Israel dentre todas as nações da terra (Dt 7:6,7); a Cristo para ser nosso Salvador (Lc 9:35); a Paulo para ser missionário aos gentios (At 9:15); e Jesus escolheu a doze discípulos (Jo 6:70). Em Sua vontade soberana, deus escolhe alguns indivíduos para realizar alguma tarefe em particular (Rm 9:14-24).
Quando o termo escolher é utilizado teologicamente no Novo Testamento, sempre se refere a quem coloca sua fé em Cristo, escolhido por Deus para um propósito especial. Pode designar um crente individual (At 1:24) ou à igreja coletivamente (Tt 1:1; Pe 1:1); mas nunca ao mundo em geral independentemente de uma relação com Deus. É universal somente no sentido de que, por meio da pregação do evangelho e da obra do Espírito Santo, Deus está escolhendo os judeus tanto como aos gentios (1Ts 1:4). Jesus disse: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mt 22:14). Os escolhidos são os que aceitam ao chamado. Deus está fazendo todo o possível para que todos aceitem ao chamado e sejam salvos (1Tm 2:4).
3. Eleição prétemporal em Cristo: Paulo diz que Deus “nos escolheu nele antes da fundação do mundo” (Ef 1:4). Esta passagem indica, primeiro, que a eleição está fundada em Deus mesmo, sem nossa intervenção. Esta decisão se deu antes de que existíssemos; a decisão de eleger-nos ocorreu antes da criação do mundo.
Segundo, a certeza de nossa eleição está expressa através do uso do pretérito do verbo (“escolheu”). A intenção de Deus com relação a nós não é ambivalente, mas firme.
Terceiro, no propósito e soberania de Deus, ele predeterminou que nossa eleição se dará unicamente “em Cristo”. Quer dizer, nossa eleição é uma realidade por meio de Cristo e unidos a ele. Ele é a Pessoa, a esfera dentro da qual esta eleição ocorre; e esta eleição é o mistério da obra de Deus em nosso favor em Seu Filho.
Quarto, a eleição não é um evento abstrato ou a-histórico. Se dá no Encarnado, em Cristo, e se manifesta em uma vida “santa e sem mancha”; de fato, a eleição não é simplesmente para a salvação, mas também para uma vida santa. Uma não pode separar-se de outra sem privar a eleição de seu significado e conteúdo.
Quinto, nada no texto se refere à dupla predestinação ou à eleição prétemporal de toda a raça humana. Paulo está assegurando aos crentes que sua eleição está arraigada no propósito inesfrutável de Deus para eles em Cristo. A conexão entre o livre-arbítrio e a eleição não se examina aqui. Está ressaltando a ação prévia de Deus em nosso favor.
Eu ia acrescentar meus próprios comentários, fazendo ligeiros reparos, mas resolvi deixar apenas o texto, na íntegra. Ele por si só serve ao propósito de mostrar que visão de Leandro Quadros sobre a predestinação é absurda até mesmo para adventistas mais gabaritados.
Soli Deo Gloria
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Somos chamados e enviados para glorificar o reino de Deus e manifestar Sua obra salvadora oerante o mundo todo... Hoje é extremamente importante enfatizar a prioridade desse objetivo doxológico diante de todos os outros alvos da missão. Nossa preocupação unilateral com o homem e a sociedade ameaçam perverter a missão e fazer dela um empreendimento secular ou mesmo quase ateísta. Estamos vivendo em uma época de apostasia, na qual o homem arrogantemente se considera um parâmetro para todas as coisas. Portante, é parte de nossa tarefa missionária confessar corajosamente, diante de todos os inimigos da cruz, que a terra pertence a Deus e ao seu Ungido. Nossa tarfa na missão é hastear a bandeira do Senhor ressurreto perante o mundo inteiro, porque ele Lhe pertence. 


Peter Beyerhaus
In: Fundamentos teológicos para missões
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Por isso, o Calvinismo condena não simplesmente toda escravidão aberta ou sistema de castas, mas também toda escravidão dissimulada da mulher e do pobre; opõe-se a toda hierarquia entre os homens; não tolera a aristocracia, exceto a que é capaz, quer na pessoa ou na família, pela graça de Deus, de exibir superioridade de caráter ou talento, de mostrar que não reivindica esta superioridade para auto-engrandecimento ou orgulho ambicioso, mas para gastá-lo no serviço de Deus. Assim, o Calvinismo foi obrigado a encontrar sua expressão na interpretação democrática da vida; a proclamar a liberdade das nações; e a não descansar até que, tanto política como socialmente, cada homem, simplesmente porque é homem, seja reconhecido, respeitado e tratado como uma criatura criada à semelhança de Deus.

KUYPER, Abraham. Calvinismo.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
O Deus deste século vinte não se assemelha mais ao Soberano Supremo das Escrituras Sagradas do que a bruxuleante e fosca chama de uma vela se assemelha à glória do sol do meio-dia. O Deus de que se fala atualmente no púlpito comum, comentado na escola dominical em geral, mencionado na maior parte da literatura religiosa da atualidade e pregado em muitas das conferências bíblicas, assim chamadas, é uma ficção engendrada pelo homem, uma invenção do sentimentalismo piegas. Os idólatras do lado de fora da cristandade fazem “deuses” de madeira e de pedra, enquanto que os milhões de idólatras que existem dentro da cristandade fabricam um Deus extraído de suas mentes carnais. Na realidade, não passam de ateus, pois não existe alternativa possível senão a de um Deus absolutamente supremo, ou nenhum deus. Um Deus cuja vontade é impedida, cujos desígnios são frustrados, cujo propósito é derrotado, nada tem que se lhe permita chamar Deidade, e, longe de ser digno objeto de culto, só merece desprezo.

A. W. Pink
In: A soberania de Deus
segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Os adventistas tem pontos de vista variados sobre eleição e predestinação, mas definitivamente nenhum deles é calvinista. Mas eu acreditava que tampouco eram arminianos, pois não se pode encontrar em seus escritos uma expressão clara da eleição corporativa ou pela fé antevista. Porém, parece que eles mesmos se consideram arminianos.

Pelo menos é o que se deprende da chamada para o Simpósio Internacional que começa hoje na Andrews University, em Michigan. O evento é uma celebração pelos 400 anos da Remonstrância, a publicação pelos seguidores de Jacó Armínio de um documento em que eles apresentaram cinco desvios da soteriologia reformada, o qual provocou o Sínodo de Dort e os chamados "Cinco Pontos do Calvinismo". O evento é significativamente intitulado "Arminianismo e adventismo: celebrando nossa herança soteriológica".

Depois de se referir às décadas de conflito entre calvinismo e arminianismo, os organizadores traçam a origem da doutrina da salvação sabatista afirmando que "o entendimento adventista do sétimo dia da salvação claramente encontra suas raízes na Reforma do século 16. As idéias soteriológicas dos reformadores foram melhor esclarecidas no conflito entre as teologias calvinistas e arminianas no século 17. O metodismo do século 18, que defendeu o pensamento arminiano, forma o contexto imediato para o surgimento da soteriologia dos adventistas do sétimo dia no século 19". Assim, a conferência se propõe "discutir o entendimento da salvação dos adventistas, com suas raízes no arminianismo do século 17 e nas idéias wesleyanas".

A maior parte dos palestrantes é adventista. Roger Olson, que falará sobre os temas "Teologia arminiana como teologia centrada em Deus" e "Teologia arminiana como teologia evangélica" e Barry L. Callen que discorrerá sobre "O sinergismo soteriológico e suas seduções circundantes" são dois dos conferencistas não adventistas do evento. A palestra "Perspectivas adventistas sobre a predestinação", pelo Dr. LaRondelle também promete, e como estou preparando um artigo sobre o tema, se algum arminiano comparecer ao evento, consiga uma cópia para mim, please.

Soli Deo Gloria
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Somente os cristãos são verdadeiramente livres. O resto do mundo “está sob o controle do Maligno” (1 João 5:19). Este é o porquê somente os cristãos possuem e concordam com a verdade, e através das lentes da Escritura, eles são capazes de ver realmente como ela é. Com respeito aos não-cristãos, Paulo diz, “O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4). Todos os não-cristãos estão cegos em suas mentes, e dessa forma, negam a realidade. A mente é onde a batalha é travada. Mesmo após você se tornar um cristão, o diabo continuará a atacar a sua mente com mentiras, e a tentar minar sua fé em Cristo.

Vincent Cheung
domingo, 10 de outubro de 2010
A Certeza Desta Preservação

Assim não é por seus próprios méritos ou força, mas pela imerecida misericórdia de Deus que eles não perdem totalmente a fé e a graça, nem permanecem em sua queda até o fim e se percam. Se dependesse deles isto não só poderia facilmente acontecer, como indubitavelmente aconteceria; mas como depende de Deus não há possibilidade disto acontecer, uma vez que seu plano não pode ser alterado, sua promessa não pode falhar, a chamada de acordo com seu propósito não pode ser revogada, o mérito de Cristo assim como sua intercessão e preservação não podem ser anulados, e o selo do Espírito Santo não pode nem ser invalidado nem apagado.

O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração. Sl 33:11

Por isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento, Hb 6:17

E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou (...) Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Rm 8:30,34

Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), Rm 9:11

Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; Lc 22:32

Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. Ef 1:13
sábado, 9 de outubro de 2010
Se a busca da glória de Deus não for ordenada acima da busca do bem do homem nas suas afeições de coração e das prioridades da igreja, o homem não estará bem servido e Deus não receberá a honra devida. Não estou pedindo para diminuir a ênfase em missões, mas para magnificar a Deus. Quando a chama de louvor queimar com o calor do valor verdadeiro de Deus, a luz de missões vai brilhar até aos povos mais remotos da terra. Como desejo ver este dia chegar!

John Piper
In: Alegrem-se os povos, Editora Cultura Cristã
quarta-feira, 6 de outubro de 2010

image O dever daqueles que pregam e ouvem o evangelho em relação a essa dificuldade é claro. As doutrinas da eleição e da reprovação devem ser cridas porque Deus as revelou. Mas na entrega da mensagem da misericórdia o pregador nada tem a ver com elas – ele deve proclamar aquela mensagem como se estas coisas não existissem, e não mais permiti-las interferir com sua apresentação a toda oferta de uma salvação livre e plena em Cristo, como um médico faria no exercício de sua profissão. Há predestinação neste último caso como no primeiro – uma predestinação que abrange tanto os fins como os meios. Alguns foram destinados para morrer, outros para se recuperar. Mas ele trata a todos, como se sua capacidade em cada caso fosse seguida de sucesso.

A mesma coisa é verdadeira em relação aos que ouvem o evnagelho. O fato de que deus escolheu alguns para a vida eterna e deixou o restante de lado não deveria interferir com o dever que recai sobre eles de procurarem ser salvos, assim como o fato do decreto de Deus se estender a todas as ocupações comuns da vida  não deveria interferir em grau algum com a atenção que eles deveriam dar a eles. A regra do dever deles em ambos os casos não é o que Deus determinou, mas o que Deus disse.

Alexander W. Brown
In: Institute of Theology, de Hermann Venema

image O Wagner Lemos, do blog Web Evangelista, estava “navegando a procura de atualidades para o blog” e aportou no site Igreja em Casa. Alguém me mandou o post do blog por email e lá fui eu, para o mesmo porto. Se alguém quiser poupar o trabalho de ir conferir, adianto que apesar do nome “igrejaprimitiviano” trata-se apenas de mais uma picaretagem virtual gospel. Daquelas que você não cai se não tiver pelo menos R$ 100,00 dando bobeira na conta corrente. Mas se quiser ser um otário completo “amigo exclusivo”, por R$ 1.201,00 ou mais você recebe “quatro frascos de óleo Ungido e Consagrado” além da “Santa Ceia da Vitória Ungida e Consagrada”. Tudo pelo correio.

Cansado dos “e não é somente isso” dos polishops da vida e não fazendo questão de exclusividade, me interessei por dois produtos anunciados: título de presbítero e óleo ungido e consagrado. Então entrei no atendimento on line, para obter maiores informações, especialmente quanto ao que vem a ser “óleo ungido”.

image Fui atendido por Marcio Almeida que solicitamente perguntou “posso lhe ajudar?”. "Não entendi direito, como é isso? Unge óleo com o que?”, perguntei, acrescentando “sempre aprendi que o óleo é usado para ungir, por isso fiquei sem entender direito”. O rapaz também não me entendeu, e disse que “no site igrejaemcasa.com.br tem especificado direitinho”. Acreditei nele e procurei, mas não achei a especificação do óleo ungido. Por isso, pedi “não consegui encontrar a explicação no site indicado, poderia informar o link para a explicação?”. Não, ele não podia e se desculpou dizendo “fica difícil para mim te explicar eu posso me equivocar” mas disse eu fazer “um fale conosco no site que irá entrar uma consultora em contato com você”.

Perguntei então sobre o título de presbítero, que já sabia custar R$ 1.300,00 mas que estava com preço promocional de R$ 390,00. Minha dúvida era “a Bíblia diz que é para o presbítero ungir com óleo, se eu fizer o curso de presbítero, vou aprender ungir meu próprio óleo?”. Aqui ele sabia a resposta: “poderia sim”. Como por R$ 100,00 a 300,00 ganha-se um frasco do “óleo ungido da alegria”, seria um bom investimento, pois vendendo quatro frasquinho desses pago o título de presbítero.

Animado, perguntei sobre a linha do curso de teologia oferecido, se calvinista ou arminiana. A resposta: “calvinia” (sic). Quase me matriculei, mas pelo sim, pelo não, perguntei: “tenho amigos que diz que o homem não tem livre-arbítrio, que as pessoas são predestinadas pra salvação, fazendo o curso saberei dar uma explicação pra eles?” e a resposta rápida: “concerteza (sic), você tera mais conhecimento”. Decidido, pedi: “você pode me passar a grade do curso? o conteúdo? por email?” e o atendente: “acabei de mandar para você”.

Soli Deo Gloria

terça-feira, 5 de outubro de 2010
Um rapaz devoto e precoce, entrou na universidade de Yale aos treze anos. Seu nome era Jonathan Edwards. Durante certo tempo, sob a orientação de seu avô, o poderoso e influente Solomon Stoddard, Edwards foi co-pastor de uma igreja em Northampton, Massachusetts. Quando Stoddard morreu, em 1729, Edwards continuou na liderança, agora como o único pastor.

Pouco depois de ter chegado a Northampton, Edwards se casou com a sábia, adorável e devota Sarah Pierpont. Apesar de Edwards ter muitos filhos e pastorear sua igreja, ele, de alguma maneira, encontrou tempo para produzir alguns dos textos teológicos mais importantes do mundo. Sua teologia foi influenciada tanto pelo vasto conhecimento obtido por meio de leituras quanto pelas dramáticas mudanças que ocorreram na vida das igrejas nas quais pregava.

Bebendo profundamente das fontes do calvinismo, Edwards naturalmente acreditava na doutrina da eleição. Embora aceitasse que Deus escolhe quem deveria ser salvo e quem não seria, Edwards queria que todo o mundo fizesse parte dos eleitos. Sabia que isso não poderia acontecer, mas insistia em que os pastores deveriam pregar sobre a gravidade do pecado e a necessidade de o coração se voltar para Deus. Caso contrário, dizia ele, os pastores fracassariam em sua tarefa, e ele só precisava se voltar para o apático clero da Nova Inglaterra para encontrar alguns exemplos. Quando pregou o sermão "Deus glorificado na dependência do homem" a um grupo de irmãos na cidade de Boston, em 1731, Edwards sabia que muitos de seus ouvintes escarneciam da ênfase que ele dava ao pecado profundamente enraizado nos seres humanos e à necessidade de mudança interior.

Durante seu ministério de sesenta anos, Solomon Stoddard viu cinco "colheitas", períodos de grande convicção espiritual que resultaram em mudança na vida das pessoas e em maior devoção a Deus. Na década de 1730, Jonathan Edwards orou pedindo por uma colheita. Ele estava vendo o relaxamento dos padrões morais e sentia que a crescente aceitação do armínianismo poderia criar uma época de autoconfiança espiritual. Ele começou a pregar sobre esses assuntos.

No inverno de 1734 e durante todo o ano que se seguiu, uma grande mudança aconteceu em Northampton. Edwards disse: "O Espírito de Deus começou a trabalhar de maneira extraordinária". Sua igreja foi invadida por ouvintes, muitos dos quais buscavam a certeza de salvação. "A cidade parecia estar cheia da presença de Deus. Ela nunca ficou tão cheia de amor, nem tão repleta de alegria, apesar de estar, como sempre, repleta de necessidades." Disputas e fofocas desapareceram à medida que praticamente toda a cidade começou a freqüentar a igreja.

O homem que orara e pregara a favor de um reavivamento para aquela cidade, no entanto, não possuía técnicas vistosas de pregação. Seus sermões se concentravam apenas na justificação pela fé e mostravam seu pendor intelectual. Embora seja possível que ele não tenha usado nenhum dos métodos que apelavam para as emoções, Edwards recebia uma resposta emocional. Os críticos ridicularizavam as lamúrias e as contorções do corpo que às vezes acompanhavam sua pregação de avivamento. Mais tarde, quando escreveu sobre o Grande Avivamento, Edwards chegou a admitir que aquele acontecimento levou a alguns excessos emocionais, mas que, de modo geral, foram evidência do Espírito de Deus movendo o coração humano.

Fonte: 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo? Am 3:3

O por que deste artigoellen

Leandro Quadros tem um visão peculiar da doutrina da predestinação. Segundo afirma e reitera, toda a humanidade foi predestinada por Deus para a salvação, mas com a morte de Jesus Cristo o homem teve seu livre-arbítrio recuperado e com ele pode decidir se perder. Se leu meus artigos anteriores, você já sabe disso. O que talvez você não saiba é que Ellen White, heroína de Leandro Quadros e dos adventistas em geral, discorda de seu discípulo, sem contudo estar, ela própria, correta em sua visão.

Mas, por que citar Ellen White num assunto em que ela também está errada? Explico. Na sua fala sobre a predestinação, Leandro Quadros citou G. C. Berkhouwer, como alguém que repreendeu a sua igreja e instou com ela para que abandonasse seu conceito de predestinação. Porém, quando pedi a fonte, o professor citou um livro, no qual procurei tal passagem e não encontrei. Ele prometeu que em breve me diria em que página estava a declaração de Berkhower, mas lá se vai quase um ano e até agora nada da resposta do professor. Acredito que ele apenas passou adiante uma coisa dita por outra pessoa, sem se certificar se era verdade.

Então meu objetivo aqui é duplo. Um, mostrar que Ellen White, a quem Leandro chama de "a profetiza que não errou", discorda dele. Isto o coloca num dilema, ou diz que ela errou ou admite que ele próprio está errado. Dois, dar exemplo ao professor. Quando for citar alguém, é bom se certificar se sua fonte é confiável. Do contrário, pode-se passar pelo constrangimento de ser cobrado e não ter como demonstrar o que disse. Por isso, minhas citações de Ellen White seguem devidamente referenciadas.

Toda humanidade está predestinada?

Leandro diz que toda a humanidade está predestinada para a salvação. Contrariando isso, Ellen White afirma que "a predestinação da qual Deus fala inclui todos aqueles que irão aceitar a Cristo como um Salvador pessoal, que se voltarem com lealdade para a perfeita obediência a todos os mandamentos de Deus" E acrescenta que a predestinação "é a salvação eficaz de um povo peculiar, escolhido por Deus dentre os homens. Todos os que estão dispostos a serem salvos por Cristo são os eleitos de Deus. Esta é a obediência a que foram predestinado desde a fundação do mundo" (6MR 388.2). Mais claro impossível, os eleitos não são toda humanidade, mas apenas "aqueles que irão aceitar a Cristo", o povo "escolhido por Deus dentre os homens".

Sob o título "A predestinação de Deus", Ellen White diz que "o Pai coloca seu amor sobre Seus eleitos que vivem entre os homens". Como tais pessoas "respondem ao projeto de Cristo, pela soberana misericórdia de Deus, eles são eleitos para serem salvos como Seu filhos obedientes". Na visão de Leandro, todos os homens são de antemão predestinado para a salvação, mas alguns decidem deixar de se-lo. Para Ellen White, apenas o que aceitam a Cristo se tornam predestinados. Não toda a humanidade, mas "aquele que se tornar humilde com uma criança, que se receberem e obedecerem a Palavra de Deus com a simplicidade de uma criança, estará entre os eleitos de Deus" (6BC 1114.3).

O homem pode mudar sua predestinação?

Leandro vê o livre-arbítrio como a capacidade de rejeitar a predestinação de Deus. Mas Ellen White duvida que alguém possa se recusar a ser filho de Deus e cita como prova Romanos 8:29: "Quem pode recusar tornar-se filho e filha de Deus? Quem não deseja tornar-se como Jesus? "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Young Instruction, December 8, 1892 par. 2). Embora ela ensine que homem tem "poder de escolha entre o certo e o errado" (R&H, 5/3/1884) e que "a escolha foi deixada ao seu arbítrio" (DTN, 520), em nenhum momento ela sugere que o livre-arbítrio é a capacidade do homem alterar a predestinação de Deus. Nesta questão Ellen White deixa Leandro por conta própria.

Discordantes entre si e igualmente errados

Apesar de não entrarem num acordo nos dois pontos acima, ambos, Ellen e Leandro, desviam-se da verdade bíblica. Vejamos uma única passagem bíblica que mostra que cada um, a seu jeito, destoa do ensino bíblico:

“Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou” Rm 8:29-30.

O que vemos nessa passagem é um grupo definido de pessoas, que segue inalterado de uma eternidade a outra, passando pelo hiato da história. Aqueles que foram conhecidos na eternidade passada, são exatamente os mesmos glorificados na eternidade futura, sem faltar nenhum, sem sobrar ninguém. Todos (nenhum a mais, nenhum a menos) os que foram conhecidos, também foram predestinados, todos (nenhum a mais, nenhum a menos) os predestinados foram chamados, todos (nenhum a mais, nenhum a menos) os chamados foram justificados e todos (nenhum a mais, nenhum a menos) os justificados foram glorificados.

Dessa forma, tanto a mestra como seu discípulo são desmentidos pelas Escrituras Sagradas, que ensinam que em amor Deus nos predestina para Si, segundo o beneplácito de Sua vontade e não pelo nosso suposto livre-arbítrio.


Solid Deo Gloria
domingo, 3 de outubro de 2010

Renovação para Arrependimento

Porque, em primeiro lugar, Deus preserva naqueles santos quando caem sua semente imortal, pela qual foram renascidos, a fim de que não pereçam ou sejam desalojados. Em segundo lugar, pela sua Palavra e Espírito ele certa e efetivamente os renova para arrependimento, de modo que eles tenham um sincero e devoto arrependimento pelos pecados que têm cometido; que busquem e obtenham, através da fé e com um coração contrito, perdão no sangue do Mediador; que experimentem novamente a graça de um Deus reconciliador; que através da fé adorem suas misericórdias; e que daí em diante com muito zelo exercitem sua própria salvação em temor e tremor.

Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre 1Pe 1:23

Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. 1Jo 3:9

Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte. 2Co 7:10

Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. Sl 32:5

Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; então se oferecerão novilhos sobre o teu altar. Sl 51:19

De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor, Fl 2:12
sexta-feira, 1 de outubro de 2010

image Ainda que esta soberania seja tanto universal quanto absoluta, é a soberania de sabedoria, santidade e amor. A autoridade de Deus não é limitada por nada fora dEle mesmo, mas é controlada, em todas as suas manifestações, por suas infinitas perfeições. Se uma pessoa é livre e exaltada, na proporção em que é governada por uma razão iluminada e uma consciência pura, assim é supremamente abençoada aquela que se submete satisfeita em ser governada pela infinita razão e sabedoria de Deus. Esta soberania de deus é a base da paz e da confiança de todo o Seu povo. Eles se regozijam em que o Senhor Deus onipotente reine; que nem a necessidade, nem o acaso, sem a insessatez do homem, nem a malícia de Satanás controla a sequência dos eventos e de todos os seus resultados. A sabedoria, o amor e o poder infinitos pertencem a Ele, nosso grande Deus e Salvador, em cujas mãos se confiou todo poder no céu e na terra.

Charles Hodge
In: Teologia Sistemática