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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” Rm 8:28
O ano 2009 chegou ao seu final e 2010 se apresenta diante de nós. É momento de agradecer pelas bênção recebidas. E de pedir que no próximo ano vivamos dias ainda mais abençoados, segundo a vontade de Deus. Nesta última postagem chamo sua atenção para a passagem em apreço. Peço que considere a doutrina nela firmemente estabelecida (e corroborada pelo ensino geral das Escrituras) e que extraia dela a confiança necessária para mais um ano de vida, sob a graça do Senhor.
As palavras do apóstolo apontam para o domínio do Senhor sobre tudo. É por um decreto que Deus nos chama para ama-lo. E um decreto de Deus é eterno, soberano, imutável e infalível, portanto não cabe revogação, emendas ou modificações. Não existe força ou poder no universo capaz de alterar um só detalhe no decreto divino.
Este decreto não diz respeito apenas a pessoas, mas a todas as coisas, inclusive todos os eventos, estão sob seu domínio. Deus governa de forma soberana todos os acontecimentos, todas as circunstâncias e todas as pessoas. Nada ocorre à margem de Sua vontade. Se houvesse uma coisinha só fora do controle divino, esta poderia não contribuir para o bem do povo de Deus. E sabemos que por uma ferradura se perde um reino. Todas as coisas somente poderão contribuir para o bem dos escolhidos do Senhor se todas elas estiverem sob seu controle.
Que conforto há nessa doutrina! Todas as coisas contribuem para nosso bem. Um crente no Senhor e na Bíblia não duvida disso. Por maiores que sejam as evidências contrárias a este fato, o fato permanece, visto que é Deus quem fala. O apóstolo diz que sabemos que todas as coisas concorrem para o bem. É um fato reconhecido por quem conhece ao Senhor, cujas dons e vocações sãos em arrependimento. Se sabemos, não duvidaremos quando acontecimentos que não consideramos bons ocorrerem. Pois mesmo sem compreender como, sabemos que servem ao propósito maior de Deus de fazer-nos o bem.
Que neste final de 2009 demos graças a Deus, inclusive pelas coisas ruins que aconteceram, por serviram ao propósito divino de nos fazer “segundo a imagem de Seu Filho”. Que em 2010 confiemos em Deus mesmo nos momentos mais difíceis, pois através delas Deus estará nos fazendo o bem.
Feliz 2010 a todos os seguidores, leitores e amigos do Cinco Solas.
Soli Deo Gloria
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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Uma igreja com um grande número de membros, com um imponente edifício, com uma elaborada liturgia, com uma eficiente organização e com vestimentas digníssimas, porém sem a verdade, não é uma igreja. Por outro lado, uma igreja com pouquíssimos membros, com um edifício que não é mais que uma choça, com uma ordem simples de adoração, com um mínimo de organização e sem vestiduras eclesiásticas, é uma igreja de Jesus Cristo se somente é leal à verdade.
R. B. KUIPER
In: El cuerpo glorioso de Cristo
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terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Concluí (dia 28/12/09) a leitura de Crítica Histórica da Bíblia, de Eta Linnemann, publicação recente da Editora Cultura Cristã. O livro não chega a ser técnico, mas interessa especialmente aos que "dentro da iniciativa acadêmica, buscam ser fiéis intérpretes da Palavra de Deus".
A autora foi aluna de Rudolf Bultmann, Ernst Fuchs, Friedrich Gogarten e Gerhald Ebeling e tornou-se professora de teologia e educação religiosa na Alemanha, sendo agraciada com o título de professora honorária de Novo Testamento na Faculdade de Teologia da Universidade de Philipps e recebida como membro da Sociedade para Estudos do Novo Testamento. Escreveu dois livros sobre crítica bíblica, além de contribuir para periódicos especializados. Então ele resolveu jogar fora seus dois livros e seus artigos (e pede para quem tem exemplares dessas obras que façam o mesmo) e foi ser missionária na Indonésia. O que a levou a isso?
Mais adiante na introdução ela diz:
"De repente, fui convencida de que as promessas de Deus eram reais, que Deus é um Deus vivo, e que Ele reina. "Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir" (Sl 33:9). Tudo o que ouvi por meio de testemunhos em meses recentes fez sentido naquele momento. Tomei consciência da estultícia que é, dado o que Deus está fazendo hoje, sustentar que os milagres relatados no Novo Testamento jamais ocorreram. De pronto, ficou claro para mim que meu ensino era um caso de cego guiando cegos. Arrependi-me da maneira como havia enganado meus alunos." (p. 19).
Não posso dizer que a leitura seja agradável, apesar do esforço da autora de que seja uma obra popular. Mas é muito necessária numa época em que ser científico significa rejeitar a inerrância bíblica. Pois além de declarar falaciosa a teologia histórica-crítica, e fazer isso com conhecimento de causa, ela reafirma a inspiração plena e pessoal das Escrituras, chamando ao arrependimento da idolatria aqueles que comparam a Bíblia com outros livros que reinvidicam inspiração divina.
O livro está estruturado em duas partes principais. Na primeira ela discorre sobre a cristianismo e a universidade moderna. É, digamos, a parte mais acadêmica e por assim dizer mais difícil de ler. Mesmo porque a realidade da autora difere um pouco da nossa, pois nossas universidades teológicas não são estatais. Mas não significa que não valha o esforço da leitura.
Na segunda metade do livro ela analisa a relação entre a Palavra de Deus e a teologia histórico-crítica, expondo a mentalidade desta última. No capítulo final ela reafirma a posição ortodoxa sobre a Escritura Sagrada, vale dizer, sua inspiração verbal e pessoal, além da inerrância, unidade, consistência, suficiência e eficácia da Bíblia.
Esta é minha última recomendação de leitura de 2009.
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Às vezes perguntam se aceito fazer parcerias, tipo troca de banner, links, etc. Fico muito feliz com o interesse, demonstra que talvez o Cinco Solas seja útil para divulgar sites, embora o número de visitantes não seja expressivo (mas a qualidade do público é indiscutível). No balanço geral, acredito que mais recebo visitas que envio. Então permitam-me gastar um post falando de como trabalho esta questão.
Se gosto de um blog, artigo, pregação ou video eu recomendo aqui, citando uma parte do artigo com referência, ou coloco um feed entre meus blogs amigos, na barra lateral. O critério não é ser calvinista ou pentecostal, mas geralmente são. Mas tem uns blogs que são cessacionistas ou arminianos. Difícil é encontrar aqui blog arminiano cessacionista, mas procurando bem...
É claro que gosto que o Cinco Solas seja citado e referenciado em outros blogs, no twitter, no facebook e até no orkut, pois realmente acredito no que publico e desejo que mais pessoas tenham conhecimento de seu conteúdo. Tem até um bannerzinho feio para divulgação, se alguém quiser adotar. E me alegro quando vejo o Cinco Solas no blog-roll de amigos, afinal um pouco de marketing não faz mal a ninguém. Faz?
O que me desagrada é a "reciprocidade obrigatória". Eu citar um site ou publicar um link não deixa o editor do mesmo na obrigação de fazer o mesmo. A troca de favores, quando condicionada, é ruim. Gosto da liberalidade, pois grátis, gratuito, graciosamente vem tudo de minha palavra preferida: graça.
Por outro lado, sei que cometo injustiça comigo mesmo, quando estou em casa e vejo um blog excelente, faço anotação mental (a lápis) de incluir ou citar no Cinco Solas, mas acabo me esquecendo. Até penso que já incluí. Quando me lembro, não consigo achá-lo. Se você acredita que seu blog é um desses, me dê um toque, aqui ou por email (clovis5solas @gmail.com - sem espaço antes de @) e considerarei incluí-lo. Lembre-se: sem promessa de publicação e sem compromisso de reciprocidade.
Se gosto de um blog, artigo, pregação ou video eu recomendo aqui, citando uma parte do artigo com referência, ou coloco um feed entre meus blogs amigos, na barra lateral. O critério não é ser calvinista ou pentecostal, mas geralmente são. Mas tem uns blogs que são cessacionistas ou arminianos. Difícil é encontrar aqui blog arminiano cessacionista, mas procurando bem...
É claro que gosto que o Cinco Solas seja citado e referenciado em outros blogs, no twitter, no facebook e até no orkut, pois realmente acredito no que publico e desejo que mais pessoas tenham conhecimento de seu conteúdo. Tem até um bannerzinho feio para divulgação, se alguém quiser adotar. E me alegro quando vejo o Cinco Solas no blog-roll de amigos, afinal um pouco de marketing não faz mal a ninguém. Faz?
O que me desagrada é a "reciprocidade obrigatória". Eu citar um site ou publicar um link não deixa o editor do mesmo na obrigação de fazer o mesmo. A troca de favores, quando condicionada, é ruim. Gosto da liberalidade, pois grátis, gratuito, graciosamente vem tudo de minha palavra preferida: graça.
Por outro lado, sei que cometo injustiça comigo mesmo, quando estou em casa e vejo um blog excelente, faço anotação mental (a lápis) de incluir ou citar no Cinco Solas, mas acabo me esquecendo. Até penso que já incluí. Quando me lembro, não consigo achá-lo. Se você acredita que seu blog é um desses, me dê um toque, aqui ou por email (clovis5solas @gmail.com - sem espaço antes de @) e considerarei incluí-lo. Lembre-se: sem promessa de publicação e sem compromisso de reciprocidade.
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domingo, 27 de dezembro de 2009
127. Qual é a sexta petição?
R. "E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal". Quer dizer: Somos tão fracos que, por nós mesmos, não podemos subsistir por um só momento (1) ; além disto, nossos inimigos declarados: o diabo (2) , o mundo (3) e nossa própria carne (4) nos tentam continuamente. Por isso, Te pedimos: sustenta-nos e fortalece-nos, pelo poder de teu Espírito Santo, a fim de que neste combate espiritual não sejamos derrotados (5) , mas possamos fortemente resistir, até que finalmente alcancemos a vitória total (6).
(1) Sl 103:14-16; Jo 15:5. (2) Ef 6:12; 1Pe 5:8. (3) Jo 15:19. (4) Rm 7:23; Gl 5:17. (5) Mt 26:41; Mc 13:33; 1Co 10:12,13. (6) 1Ts 3:13; 1Ts 5:23.
128. Como você termina sua oração?
R. "Pois teu é o reino, o poder e a glória, para sempre". Quer dizer: Tudo isso Te pedimos, porque Tu queres e podes dar-nos todo o bem, pois és nosso Rei e tudo está em teu poder (1). Pedimos-Te isso também, para que não o nosso, mas teu santo nome seja eternamente glorificado (2).
(1) 1Cr 29:10-12; Rm 10:11-13; 2Pe 2:9. (2) Sl 115:1; Jr 33:8,9; Jo 14:13.
129. O que significa a palavra: "amém"?
R. Amém quer dizer: é verdadeiro e certo. Pois Deus atende à minha oração com muito mais certeza do que o desejo que eu sinto, no coração, de ser ouvido por Ele (1).
(1) 2Co 1:20; 2Tm 2:13.
Soli Deo Gloria
R. "E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal". Quer dizer: Somos tão fracos que, por nós mesmos, não podemos subsistir por um só momento (1) ; além disto, nossos inimigos declarados: o diabo (2) , o mundo (3) e nossa própria carne (4) nos tentam continuamente. Por isso, Te pedimos: sustenta-nos e fortalece-nos, pelo poder de teu Espírito Santo, a fim de que neste combate espiritual não sejamos derrotados (5) , mas possamos fortemente resistir, até que finalmente alcancemos a vitória total (6).
(1) Sl 103:14-16; Jo 15:5. (2) Ef 6:12; 1Pe 5:8. (3) Jo 15:19. (4) Rm 7:23; Gl 5:17. (5) Mt 26:41; Mc 13:33; 1Co 10:12,13. (6) 1Ts 3:13; 1Ts 5:23.
128. Como você termina sua oração?
R. "Pois teu é o reino, o poder e a glória, para sempre". Quer dizer: Tudo isso Te pedimos, porque Tu queres e podes dar-nos todo o bem, pois és nosso Rei e tudo está em teu poder (1). Pedimos-Te isso também, para que não o nosso, mas teu santo nome seja eternamente glorificado (2).
(1) 1Cr 29:10-12; Rm 10:11-13; 2Pe 2:9. (2) Sl 115:1; Jr 33:8,9; Jo 14:13.
129. O que significa a palavra: "amém"?
R. Amém quer dizer: é verdadeiro e certo. Pois Deus atende à minha oração com muito mais certeza do que o desejo que eu sinto, no coração, de ser ouvido por Ele (1).
(1) 2Co 1:20; 2Tm 2:13.
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sábado, 26 de dezembro de 2009
O pregador deveria ser bem versado em teologia bíblica, a qual, por sua vez conduz à teologia sistemática. Para mim, nada é mais importante para um pregador do que o fato que ele deveria estar de posse da teologia sistemática, conhecendo profundamente e estando bem arraigado nela. Essa teologia sistemática, esse corpo de verdades derivadas das Escrituras, sempre deve fazer-se presente como pano de fundo e influência controladora da pregação. Cada mensagem, que provém de algum texto ou declaração específica das Escrituras, sempre deve fazer parte ou ser um aspecto desse conjunto total da Verdade. Jamais será algo isolado, jamais será algo separado ou desvinculado. A doutrina que houver em qualquer texto específico, nunca deveríamos olvidar, faz parte desse conjunto maior – a Verdade ou a Fé. Esse é o significado da frase 'comparando Escritura com Escritura'. Não podemos manipular nenhum texto isolado; toda a nossa preparação de um sermão deveria ser controlada por esse pano de fundo de teologia sistemática (...). O emprego correto da teologia sistemática consiste em que, quando descobrimos alguma doutrina específica no texto selecionado, nós averiguamos e controlamos, assegurando-nos de que ela cabe dentro de todo esse corpo de doutrinas bíblicas que é vital e essencial.
Martin Lloyd-Jones
In: Pregação & Pregadores
Martin Lloyd-Jones
In: Pregação & Pregadores
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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. Jo 1:14
Todo ano, nesta época, um debate toma conta dos evangélicos: é certo comemorar o Natal? Possivelmente alguns de vocês sejam contra o Natal. Outros podem estar esperando o culto terminar para correr para uma ceia, revelar amigos secretos e trocar presentes. E os que não vieram possivelmente já estejam fazendo isso.
Os que são contrários ao Natal apresentam uma lista de práticas pagãs associadas com a festividade. Os que são favoráveis dizem que é uma excelente oportunidade para evangelizar e reunir os familiares à volta da mesa. Em janeiro o tema cai no esquecimento, até dezembro chegar e então começa tudo de novo.
Para não fugir ao "espírito natalino", falaremos sobre o assunto, abordando as mentiras e a verdade do natal.
As mentiras do natal
Mesmo os que comemoram o Natal reconhecem que há muitas mentiras associadas a essa festividade. Por exemplo:
É mentira que Jesus nasceu em 25 de dezembro. Dezembro é inverno e época de chuvas na palestina, e o relato bíblico do nascimento de Jesus registra que haviam pastores no campo, magos seguiam estrelas e o imperador realizava um recenseamento com grande deslocamento de pessoas, tudo o que não se faria no inverno. Na verdade, a data foi escolhida por marcar o solstício de inverno e o início da saturnália, festividade em homenagem ao deus Saturno. Nesse também se comemorava o nascimento do deus persa Mitra e de outras divindades ligadas ao Sol. A própria enciclopédia católica reconhece que a data tem a ver com esses deuses e não com o nascimento de Jesus.
É mentira que os símbolos natalinos tenham significado cristão. Papai Noel é uma mentira elaborada e que desvia das crianças a idéia de um Papai do Céu providente que abençoa graciosamente e não por méritos. Sua finalidade é alavancar as vendas. Árvores de natal não tem nada a ver com o relato bíblico do nascimento de Jesus e muito provavelmente remontam aos rituais primitivos em que eram cultuadas como representações das divindades. Outros símbolos como azevinhos, guirlandas e viscos também são destituídos de significado bíblico.
É mentira que os cristãos devam celebrar o nascimento de Jesus. Por ser promovido em igrejas, com cultos festivos, apresentação de corais e cantatas, muitos acreditam e outros impõem a comemoração do Natal como um dever cristão. Quem não celebra a data corre o risco de ser visto como inimigo da fé. Porém Jesus não ordenou, nem os discípulos celebraram o dia do nascimento de Jesus. Por outro lado, Jesus ordenou que Sua morte fosse celebrada como memorial e esta os seus primeiros discípulos relembravam na Ceia do Senhor.
É mentira que Jesus seja honrado com excessos consumistas e exageros à mesa. Se o natal devesse ser celebrado, deveria ser de forma totalmente diferente da que é feito hoje. O que tem a ver o consumismo, a glutonaria e a embriaguez com Jesus Cristo? Será que o Senhor é honrado nas comemorações natalinas? Não foi sem razão que os antigos puritanos decretaram a data como dia de penitência.
A verdade do natal
Apesar da data ser mentirosa, dos símbolos utilizados serem de origem pagã e da forma mundana que é comemorado há uma verdade no fato do Natal: Deus se fez carne e habitou entre nós. Este fato tão importante deve ser celebrado não apenas nesta data, mas todos os dias do ano. João nos lembra disso quando escreve:
O Verbo se fez carne
Nós nunca compreenderemos a profundidade deste mistério. Como é que Deus, sem deixar de ser Deus, revestiu Sua glória de carne e tornou-se um de nós? Quem pode compreender isso? Só podemos adorar e agradecer! Se o Verbo não tivesse se tornado em carne, eu e você estaríamos condenados para sempre, pois não haveria perdão para nossos pecados. Só um Deus poderia oferecer um sacrifício de valor infinito, capaz de satisfazer a justiça divina. E só um homem poderia oferecer o pagamento pelo pegado do homem. Por isso o Verbo se fez carne.
Os que são contrários ao Natal apresentam uma lista de práticas pagãs associadas com a festividade. Os que são favoráveis dizem que é uma excelente oportunidade para evangelizar e reunir os familiares à volta da mesa. Em janeiro o tema cai no esquecimento, até dezembro chegar e então começa tudo de novo.
Para não fugir ao "espírito natalino", falaremos sobre o assunto, abordando as mentiras e a verdade do natal.
As mentiras do natal
Mesmo os que comemoram o Natal reconhecem que há muitas mentiras associadas a essa festividade. Por exemplo:
É mentira que Jesus nasceu em 25 de dezembro. Dezembro é inverno e época de chuvas na palestina, e o relato bíblico do nascimento de Jesus registra que haviam pastores no campo, magos seguiam estrelas e o imperador realizava um recenseamento com grande deslocamento de pessoas, tudo o que não se faria no inverno. Na verdade, a data foi escolhida por marcar o solstício de inverno e o início da saturnália, festividade em homenagem ao deus Saturno. Nesse também se comemorava o nascimento do deus persa Mitra e de outras divindades ligadas ao Sol. A própria enciclopédia católica reconhece que a data tem a ver com esses deuses e não com o nascimento de Jesus.
É mentira que os símbolos natalinos tenham significado cristão. Papai Noel é uma mentira elaborada e que desvia das crianças a idéia de um Papai do Céu providente que abençoa graciosamente e não por méritos. Sua finalidade é alavancar as vendas. Árvores de natal não tem nada a ver com o relato bíblico do nascimento de Jesus e muito provavelmente remontam aos rituais primitivos em que eram cultuadas como representações das divindades. Outros símbolos como azevinhos, guirlandas e viscos também são destituídos de significado bíblico.
É mentira que os cristãos devam celebrar o nascimento de Jesus. Por ser promovido em igrejas, com cultos festivos, apresentação de corais e cantatas, muitos acreditam e outros impõem a comemoração do Natal como um dever cristão. Quem não celebra a data corre o risco de ser visto como inimigo da fé. Porém Jesus não ordenou, nem os discípulos celebraram o dia do nascimento de Jesus. Por outro lado, Jesus ordenou que Sua morte fosse celebrada como memorial e esta os seus primeiros discípulos relembravam na Ceia do Senhor.
É mentira que Jesus seja honrado com excessos consumistas e exageros à mesa. Se o natal devesse ser celebrado, deveria ser de forma totalmente diferente da que é feito hoje. O que tem a ver o consumismo, a glutonaria e a embriaguez com Jesus Cristo? Será que o Senhor é honrado nas comemorações natalinas? Não foi sem razão que os antigos puritanos decretaram a data como dia de penitência.
A verdade do natal
Apesar da data ser mentirosa, dos símbolos utilizados serem de origem pagã e da forma mundana que é comemorado há uma verdade no fato do Natal: Deus se fez carne e habitou entre nós. Este fato tão importante deve ser celebrado não apenas nesta data, mas todos os dias do ano. João nos lembra disso quando escreve:
O Verbo se fez carne
Nós nunca compreenderemos a profundidade deste mistério. Como é que Deus, sem deixar de ser Deus, revestiu Sua glória de carne e tornou-se um de nós? Quem pode compreender isso? Só podemos adorar e agradecer! Se o Verbo não tivesse se tornado em carne, eu e você estaríamos condenados para sempre, pois não haveria perdão para nossos pecados. Só um Deus poderia oferecer um sacrifício de valor infinito, capaz de satisfazer a justiça divina. E só um homem poderia oferecer o pagamento pelo pegado do homem. Por isso o Verbo se fez carne.
e habitou entre nós
Jesus nasceu e viveu como um de nós e entre nós. Ele não apenas viveu como nós, mas viveu por nós. A vida perfeita que Deus exigia de nós e que ninguém conseguia cumprir, Ele cumpriu perfeitamente. Ele não apenas viveu uma vida santa por si mesmo, mas a viveu em nosso favor, de sorte que quando somos justificados pela fé é a justiça de Sua retidão perfeita que nos é imputada. Isto significa que quando Deus olha para o crente não leva em consideração a multidão de seus pecados, mas a retidão perfeita de Seu Filho.
cheio de graça e de verdade
A vida de Jesus pode ser resumida na expressão "cheio de graça e verdade". Verdade porque na Sua vida nenhum erro, nenhuma falsidade, nenhuma mentira pôde ser encontrada. Ele cumpriu perfeitamente a perfeita vontade do Pai. E cheio de graça porque tudo o que Jesus fez e viveu reverte-se em meu favor, sem nenhum merecimento de minha parte. Até mesmo a fé, que é necessária à apropriação de Sua justiça, nos é suprida como um presente.
vimos a sua glória glória como do Unigênito do Pai
É através dessa graça que podemos ver a glória de Jesus. Sabemos que a glória velada pela carne é a glória de Deus, a qual foi exposta pela maneira como ele viveu. A maneira exemplar como ele viveu, as palavras de vida que falou, os milagres que realizou e a forma obediente como morreu revelaram a glória de Deus. A ponto dEle poder dizer "quem vê a mim, vê o Pai". Sua glória não é a de um menino, filho de Maria e José. É a glória do Unigênito, o Filho de Deus.
O seu desafio nesta noite é: como adorar e agradecer a Deus em espírito e em verdade em meio a tantas mentiras? E a resposta é: deixe de lado as mentiras e as invencionices dos homens e concentre-se no significado do Natal. Para compreender esse significado, preste atenção no desenho animado a seguir.
Soli Deo Gloria
Sermão entregue dia 24/12/09 na Igreja O Brasil Para Cristo em Medianeira
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Os puritanos viveram com grande intensidade o Evangelho. Eles produziram a maior biblioteca teológica da história da igreja. Eram verdadeiros gigantes, tanto na teologia como na vida; tanto no conhecimento como na piedade.
Em 1643, o Parlamento Inglês, em guerra civil com o rei Carlos I, convocou a Assembléia de Westminster, composta por 151 teólogos do mais elevado cabedal teológico e espiritual. Reuniram-se na Abadia de Westminster, em Londres, até 1649. Eles escreveram os postulados doutrinários que deveriam ser ministrados às igrejas. Aquela magna assembléia debruçou sobre os temas mais relevantes da Bíblia e, em clima de profunda oração e fervor espiritual elaborou a Confissão de Fé de Westminster, os Catecismos Breve e Maior, o Diretório de Culto, a Forma de Governo e um Saltério. Esses documentos foram adotados pelas igrejas reformadas de quase todo o mundo. A Confissão de Fé e os Catecismos são os símbolos de fé da Igreja Presbiteriana do Brasil. Esses valiosos documentos são considerados a melhor síntese teológica já produzida na igreja cristã ao longo dos séculos.
A Assembléia realizou 1.163 sessões em 5 anos, 6 meses e 22 dias de reunião. As discussões tinham cunho elevado e alta erudição. Os participantes faziam jejum constantemente, humilhando-se diante de Deus. Tinham profunda reverência pela autoridade suprema das Escrituras. Por isso puderam, sob a iluminação do Espírito Santo, dar às gerações pósteras tão rico legado. Vejamos, agora, as principais ênfases puritanas:
1. Soberania de Deus - A soberania de Deus era fundamentada em três áreas distintas: a) princípio regulador puritano - "a glória de Deus": Eles casavam, trabalhavam, comiam, descansavam, escolhiam sua profissão, pregavam, criavam filhos, educavam, ganhavam dinheiro e investiam, tudo para glória de Deus; b) soberania na salvação - Eles pregavam que a salvação vem de Deus, é realizada e aplicada soberanamente por Deus; c) soberania nos acontecimentos - Tudo está sob o controle e o domínio de Deus. Eles descansavam em sua sábia e bondosa providência.
2. Centralidade da Bíblia - A ênfase puritana na centralidade da Bíblia preparou a igreja para os grandes embates que ela teve de enfrentar mais tarde com o racionalismo de um lado e o experiencialismo místico do outro.
3. Ênfase no Arrependimento, na Conversão e na Santificação - Eles pregavam a necessidade da profunda convicção de pecado, antes da conversão. Para eles, a santidade era a prova da justificação.
4. Vida Teocêntrica - O último conselho de Richard Baxter aos seus paroquianos foi: "Mantenham deleite constante em Deus". Toda a vida é de Deus. Toda vida é sagrada. O puritanismo resgatou um senso de totalidade à vida, em contraste com os mosteiros da Idade Média e com a posição pietista do século XVII.
5. Expectativa do Futuro sem Deixar de Agir no Presente - Eles eram otimistas. Não aplaudiam a desgraça. Não eram omissos. Eram práticos e dinâmicos. "A alma da religião é a parte prática." Fundaram universidades, criaram escolas e cultivaram forte espírito missionário.
6. Família para a Glória de Deus - A finalidade da família é estabelecer o Reino de Cristo em casa. Eles defendiam uma liderança firme, mas amorosa no lar. Os pais primavam para que seus filhos fossem mais filhos de Deus do que seus filhos. Treinavam os filhos por meio do exemplo. Enfatizavam o ensino, o trabalho e a disciplina. Jamais descuidavam do culto doméstico.
7. Vida Cristã Equilibrada - Podemos destacar o equilíbrio dos puritanos em cinco áreas distintas: a) ortodoxia e piedade: mente e coração; estudo profundo e intensa vida de oração; b) teólogos e homens de oração: conheciam as Escrituras e o poder de Deus; c) aceitação e rejeição ao mundo: o mundo é local de serviço a Deus, e lugar que pode desviar as pessoas do caminho eterno; d) aspecto ativo e contemplativo: eram grandes estudiosos, mas não deixavam a prática devocional por intermédio da oração e jejum; e) trabalho e lazer: todo o trabalho honesto é sagrado; ensinavam os filhos desde cedo a trabalhar.
Pastor Hernandes Dias Lopes
In: A assembléia de Westminster e as principais ênfases puritanas
Em 1643, o Parlamento Inglês, em guerra civil com o rei Carlos I, convocou a Assembléia de Westminster, composta por 151 teólogos do mais elevado cabedal teológico e espiritual. Reuniram-se na Abadia de Westminster, em Londres, até 1649. Eles escreveram os postulados doutrinários que deveriam ser ministrados às igrejas. Aquela magna assembléia debruçou sobre os temas mais relevantes da Bíblia e, em clima de profunda oração e fervor espiritual elaborou a Confissão de Fé de Westminster, os Catecismos Breve e Maior, o Diretório de Culto, a Forma de Governo e um Saltério. Esses documentos foram adotados pelas igrejas reformadas de quase todo o mundo. A Confissão de Fé e os Catecismos são os símbolos de fé da Igreja Presbiteriana do Brasil. Esses valiosos documentos são considerados a melhor síntese teológica já produzida na igreja cristã ao longo dos séculos.
A Assembléia realizou 1.163 sessões em 5 anos, 6 meses e 22 dias de reunião. As discussões tinham cunho elevado e alta erudição. Os participantes faziam jejum constantemente, humilhando-se diante de Deus. Tinham profunda reverência pela autoridade suprema das Escrituras. Por isso puderam, sob a iluminação do Espírito Santo, dar às gerações pósteras tão rico legado. Vejamos, agora, as principais ênfases puritanas:
1. Soberania de Deus - A soberania de Deus era fundamentada em três áreas distintas: a) princípio regulador puritano - "a glória de Deus": Eles casavam, trabalhavam, comiam, descansavam, escolhiam sua profissão, pregavam, criavam filhos, educavam, ganhavam dinheiro e investiam, tudo para glória de Deus; b) soberania na salvação - Eles pregavam que a salvação vem de Deus, é realizada e aplicada soberanamente por Deus; c) soberania nos acontecimentos - Tudo está sob o controle e o domínio de Deus. Eles descansavam em sua sábia e bondosa providência.
2. Centralidade da Bíblia - A ênfase puritana na centralidade da Bíblia preparou a igreja para os grandes embates que ela teve de enfrentar mais tarde com o racionalismo de um lado e o experiencialismo místico do outro.
3. Ênfase no Arrependimento, na Conversão e na Santificação - Eles pregavam a necessidade da profunda convicção de pecado, antes da conversão. Para eles, a santidade era a prova da justificação.
4. Vida Teocêntrica - O último conselho de Richard Baxter aos seus paroquianos foi: "Mantenham deleite constante em Deus". Toda a vida é de Deus. Toda vida é sagrada. O puritanismo resgatou um senso de totalidade à vida, em contraste com os mosteiros da Idade Média e com a posição pietista do século XVII.
5. Expectativa do Futuro sem Deixar de Agir no Presente - Eles eram otimistas. Não aplaudiam a desgraça. Não eram omissos. Eram práticos e dinâmicos. "A alma da religião é a parte prática." Fundaram universidades, criaram escolas e cultivaram forte espírito missionário.
6. Família para a Glória de Deus - A finalidade da família é estabelecer o Reino de Cristo em casa. Eles defendiam uma liderança firme, mas amorosa no lar. Os pais primavam para que seus filhos fossem mais filhos de Deus do que seus filhos. Treinavam os filhos por meio do exemplo. Enfatizavam o ensino, o trabalho e a disciplina. Jamais descuidavam do culto doméstico.
7. Vida Cristã Equilibrada - Podemos destacar o equilíbrio dos puritanos em cinco áreas distintas: a) ortodoxia e piedade: mente e coração; estudo profundo e intensa vida de oração; b) teólogos e homens de oração: conheciam as Escrituras e o poder de Deus; c) aceitação e rejeição ao mundo: o mundo é local de serviço a Deus, e lugar que pode desviar as pessoas do caminho eterno; d) aspecto ativo e contemplativo: eram grandes estudiosos, mas não deixavam a prática devocional por intermédio da oração e jejum; e) trabalho e lazer: todo o trabalho honesto é sagrado; ensinavam os filhos desde cedo a trabalhar.
Pastor Hernandes Dias Lopes
In: A assembléia de Westminster e as principais ênfases puritanas
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
O calvinismo é frequentemente acusado de esfriar o esforço missionário, sob a recorrente objeção: se Deus já predestinou os que irão crer, então porque pregar o evangelho a todos os homens?
Irônico é que William Carey é considerado por esses mesmos objetores como o "pai das missões modernas". O título não é sem merecimento, pois embora ele não seja nem o primeiro e nem o único missionários transcultural (quando chegou na Índia já haviam missionários dinamarqueses ali), ele dedicou sua saúde, família e vida à obra missionária na Índia.
Onde está a ironia? Está no fato de que Carey era um zeloso calvinista, que até o fim da sua vida manteve-se fiel aos artigos de fé expressos na Confissão Batista de 1689 (calvinista). São dele as seguintes palavras:
Irônico é que William Carey é considerado por esses mesmos objetores como o "pai das missões modernas". O título não é sem merecimento, pois embora ele não seja nem o primeiro e nem o único missionários transcultural (quando chegou na Índia já haviam missionários dinamarqueses ali), ele dedicou sua saúde, família e vida à obra missionária na Índia.
Onde está a ironia? Está no fato de que Carey era um zeloso calvinista, que até o fim da sua vida manteve-se fiel aos artigos de fé expressos na Confissão Batista de 1689 (calvinista). São dele as seguintes palavras:
"Temos a certeza de que somente aqueles que foram destinados para a vida eterna irão crer, e que somente Deus pode adicionar à igreja aqueles que serão salvos. No entanto, não podemos senão observar, com admiração, que Paulo, o grande campeão das gloriosas doutrinas da livre e soberana graça, foi o mais notável em seu zelo pessoal pela obra de persuadir homens a se reconciliarem com Deus."Quem vê incoerência entre eleição soberana e zelo missionário é porque, ou não compreendeu a doutrina da eleição ou desconhece os fundamentos bíblicos do evangelismo, quem sabe os dois. Além de atestar desconhecer o que criam muitos de seus heróis da fé.
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terça-feira, 22 de dezembro de 2009
A vida que todos os seres viventes possuem é produto não só da criação divina, mas de sua preservação. Se Deus não agisse mantenedoramente, há muito todos teriam fenecido. Toda a criação tende a perecer se não houver uma obra preservadora vinda de fora. Não há em nenhuma criatura o poder de auto-manter-se. Essa prerrogativa é somente divina, porque Deus é o único auto-suficiente, aquele que se basta. Todas as coisas que provêm de suas mãos são finitas e continuam a existir por uma obra preservadora dele. Observando toda a obra de preservação feita por Deus, os anjos adoram ao criador do universo, e nós todos deveríamos imitar “o exército dos céus” nessa obra de louvação do Santo de Israel.
Heber Carlos de Campos
In: A providência e sua realização histórica
Heber Carlos de Campos
In: A providência e sua realização histórica
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
O comentário abaixo foi postado, mas não publicado no Blog do Ciro. E presumo que não será, como acredito que nenhum outro será. O motivo? Falta de educação, uso de palavras de baixo calão, ataque à pessoa do proprietário? Não. O meu problema é discordar de algumas posições adotadas pelo Pr. Ciro Zibordi.
-x-
-x-
Prezado Pr. Ciro,
Mais uma vez dirijo-me ao amado, motivado por mais um de seus artigos, desta vez o intitulado "Expiação Ilimitada". Espero merecer a publicação deste comentário, ainda que extenso.
Estamos juntos quando o irmão afirma que "a maravilhosa salvação em Cristo é oferecida por Deus a todos os homens, sem distinção" e não coloco uma vírgula à sua afirmação de que o sacrifício de Cristo é perfeito. Em outras palavras, concordamos que a morte de Jesus é de valor infinito e que a oferta do evangelho é universal. Apesar disso, creio que ambos negamos o universalismo, em qualquer de suas formas.
E para evitar o universalismo, gostando ou não da idéia, ambos concebemos a expiação como limitada em algum sentido. Pois se Jesus "fez a propiciação pelos pecados de cada indivíduo" para "reconciliar com Deus a totalidade do mundo, e não uma parte dele", e nem todo indivíduo ou a totalidade do mundo é salva, então significa de alguma forma a expiação é limitada. A diferença entre nós é que eu concebo a limitação nos objetos da expiação e o irmão limita o efeito dela. No final das contas, quem limita de fato a expiação em si são aqueles que atacam a expiação limitada, como o senhor no artigo em foco! Pois o irmão limita a eficácia da expiação, o que entendo ser pior que limitar a extensão, posto que anti-bíblico.
O que é eficácia? Segundo os dicionaristas "é a capacidade de atingir o efeito desejado". Como indicador de desempenho, a eficácia "mede a relação entre os resultados obtidos e os objetivos pretendidos". Segundo suas palavras, Jesus "morreu por todos a quem deseja salvar, a totalidade do mundo" e "verdadeiramente entregou a sua vida para reconciliar com Deus a totalidade do mundo, e não uma parte dele". Se o objetivo de Jesus ao morrer na cruz era de salvar todos e cada um dos indivíduos do mundo, a menos que o senhor advogue o universalismo, terá que concluir a morte de Jesus não foi eficaz, posto que não atingiu o objetivo pretendido.
Neste ponto o irmão pode alegar que Jesus não morreu para salvar efetivamente, mas para tornar a salvação apenas possível a todos os homens. Claro que tal diminuição do propósito da morte de Cristo é, em si mesma, uma limitação de seu valor, pois faz da expiação mera intenção e não realização de fato. Mas esta saída não é possível sem rasurar a Palavra de Deus, fazendo-a dizer menos do que realmente diz sobre a cruz de Cristo.
Os anjos anunciaram "ele salvará o seu povo dos seus pecados" (Mt 1:21) evangelhos registram que "o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19:10) e esta é "uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores" (1Tm 1:15). A Bíblia jamais diz que Jesus veio tornar possível a salvação, mas efetivamente salvar. De Jesus é dito ainda que "se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai" (Gl 1:4) e que "se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras" (Tt 2:14). O escritor de Hebreus registra que "havendo feito por si mesmo a purificação de nossos pecados, assentou-se à destra da majestade" (Hb 1:3).
Claro está nestas e em outras passagens da Bíblia que o propósito de Cristo era salvar e não apenas tornar possível a salvação. Seu objetivo era salvar todos aqueles por quem morreu e não apenas dar uma chance de salvação. Afirmar que Jesus morreu para salvar a todos e cada um dos indivíduos do mundo e reconhecer que nem todos são afinal salvos é limitar a eficácia da morte de Jesus. Menos mal e mais bíblico é afirmar que todos e somente aqueles em favor de quem Jesus morreu serão infalivelmente salvos.
Em Cristo,
Clóvis
Leia também: Monólogo com Ciro Zibordi - 1
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domingo, 20 de dezembro de 2009
126. Qual é a quinta petição?
R. "E perdoa-nos as nossas dividas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores". Quer dizer: Por causa do sangue de Cristo, não cobres de nós, miseráveis pecadores que somos, nossas transgressões nem o mal que ainda há em nós (1) , assim como tua graça em nós fez com que tenhamos o firme propósito de perdoar nosso próximo, de todo o coração (2).
(1) Sl 51:1; Sl 143:2; Rm 8:1; 1Jo 2:1. (2) Mt 6:14,15.
R. "E perdoa-nos as nossas dividas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores". Quer dizer: Por causa do sangue de Cristo, não cobres de nós, miseráveis pecadores que somos, nossas transgressões nem o mal que ainda há em nós (1) , assim como tua graça em nós fez com que tenhamos o firme propósito de perdoar nosso próximo, de todo o coração (2).
(1) Sl 51:1; Sl 143:2; Rm 8:1; 1Jo 2:1. (2) Mt 6:14,15.
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sábado, 19 de dezembro de 2009
“Não exijo que a vida do cristão seja um evangelho puro e perfeito, embora o devamos desejar e esforçar-nos por esse ideal. Não exijo, pois, uma perfeição cristã de tal maneira estrita e rigorosa que me leve a não reconhecer como cristão a quem não tenham alcançado. Porque, se fosse assim, todos os homens do mundo seriam excluídos da igreja, visto que não se encontra nem um só que não esteja bem longe dela, por mais que tenha progredido. E a maioria ainda não avançou nada ou quase nada. Todavia, nem por isso os devemos rejeitar. Que fazer então? Certamente devemos ter diante dos nossos olhos como nossa meta a perfeição que Deus ordena, para a qual todas as nossas ações devem ser canalizadas e à qual devemos visar. Repito: temos que nos esforçar para chegar à meta. Sim, pois não é lícito que compartilhemos com Deus apenas aceitando uma parte do que nos é ordenado em sua Palavra e deixando o restante a cargo da nossa fantasia. Porque Deus sempre nos recomenda, em primeiro lugar, integridade.”
(João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 182)
(João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 182)
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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Allen Porto, que manuseia ao mesmo tempo a Bíblia, o Jornal e a Caneta, escreveu uma interessante e esclarecedora série de artigos sobre o calvinismo. Em tom de conversa, portanto de forma simples e direta, ele discorreu sobre questões como:
1. O Calvinismo não é um pensamento intolerante, carrancudo, e elitista
2. O Calvinismo não é um sistema que se alegra com a destruição dos homens
3. O Calvinismo é uma forma de ver Deus
4. O Calvinismo é uma forma de ver o homem
5. O Calvinismo é uma forma de ver o mundo
Se você ainda não leu, precisa ler sua exposição. Há duas maneiras de fazer isso. A primeira delas é visitar o blog 5 Calvinistas, onde foram publicadas em capítulos. Mas recomendo que faça o download do artigo completo, imprima e leia atentamente.
1. O Calvinismo não é um pensamento intolerante, carrancudo, e elitista
2. O Calvinismo não é um sistema que se alegra com a destruição dos homens
3. O Calvinismo é uma forma de ver Deus
4. O Calvinismo é uma forma de ver o homem
5. O Calvinismo é uma forma de ver o mundo
Se você ainda não leu, precisa ler sua exposição. Há duas maneiras de fazer isso. A primeira delas é visitar o blog 5 Calvinistas, onde foram publicadas em capítulos. Mas recomendo que faça o download do artigo completo, imprima e leia atentamente.
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
- Oh, diz Susan - pensei que fosse um homem. Será seguro? Devo ficar nervosa ao encontrar um leão.
- Ficará, querida - responde a Sra. Castor. - E não se engane, se existe alguém que pode aparecer diante de Aslan sem bater os joelhos, ou é mais corajoso do que os demais, ou mais tolo.
- Então não é seguro? - perguntou Lucy.
- Seguro? - diz o Sr. Castor. - Você não ouviu o que a Sra. Castor lhe disse? Quem falou sobre segurança? É claro que não é seguro. Mas ele é bom. Ele é o rei, isto lhe digo!
C. S. Lewis
As crônicas de Nárnia
Postado como comentário por Vini, do Voltemos ao Evangelho
- Ficará, querida - responde a Sra. Castor. - E não se engane, se existe alguém que pode aparecer diante de Aslan sem bater os joelhos, ou é mais corajoso do que os demais, ou mais tolo.
- Então não é seguro? - perguntou Lucy.
- Seguro? - diz o Sr. Castor. - Você não ouviu o que a Sra. Castor lhe disse? Quem falou sobre segurança? É claro que não é seguro. Mas ele é bom. Ele é o rei, isto lhe digo!
C. S. Lewis
As crônicas de Nárnia
Postado como comentário por Vini, do Voltemos ao Evangelho
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Como, pois, a teologia de Calvino é relevante para o século 21? Não em primeiro lugar por causa do seu conteúdo. Embora certamente haja muito o que se aprender desse conteúdo, existem também aspectos em que é limitada a sua utilidade para o mundo moderno. A relevância da teologia de Calvino reside, acima de tudo, na maneira como ele aborda a tarefa teológica, naquilo que ele considera o propósito da teologia e em como ele empreende a elaboração da teologia. O método de Calvino pode servir como modelo para os teólogos cristãos atuais pelo menos de três maneiras.
Primeiramente, a sua teologia é bíblica. Ela reconhece a Escritura como a Palavra de Deus inspirada e infalível, investida de autoridade suprema para todo o pensamento teológico e a vida cristã. Não somente uma parte da Escritura, mas toda ela, Antigo e Novo Testamento. Como tal, a teologia de Calvino inicia onde começa o Antigo Testamento, com a doutrina da criação. Visto que a salvação é de fato a restauração da criação, os cristãos são conclamados não a evitarem este mundo ou a fugirem dele, mas a servirem a Deus como seus agentes de restauração e reforma neste mundo.
Em segundo lugar, a teologia de Calvino é prática, isto é, está sempre voltada para a piedade cristã. Para ele a teologia não pode ser simplesmente um exercício teórico. Ela não é abstrata, especulativa ou altamente filosófica. Ela nunca é um fim em si mesma. Antes, a teologia sempre deve se relacionar com a vida e a experiência cristã. O conhecimento sobre Deus deve levar ao conhecimento de Deus, isto é, uma resposta a Deus de reverência, amor, obediência e confiança.
Finalmente, a teologia de Calvino é holística. Para ele, o evangelho se dirige não somente às almas ou a pessoas individuais ou às chamadas questões “espirituais”. Ele se dirige à pessoa integral e a todos os aspectos da vida e da sociedade – coisas como exercer um cargo público, praticar desobediência civil, riqueza e pobreza, trabalho, salários, usura, educação, casamento e vida familiar. É por essa razão que um estudioso denominou Calvino não somente um reformador, mas um “revolucionário construtivo”.
Em suma, a teologia de Calvino nos faz lembrar a fonte (a Escritura), o propósito (a piedade) e o escopo (toda a vida) do trabalho teológico. Parece-me que esses lembretes são tão relevantes para a tarefa teológica em nossos próprios dias e em nosso mundo quanto o foram na Genebra de Calvino há quase 500 anos.
Lyle D. Bierma
Leia o artigo na íntegra em Fé Reformada
Primeiramente, a sua teologia é bíblica. Ela reconhece a Escritura como a Palavra de Deus inspirada e infalível, investida de autoridade suprema para todo o pensamento teológico e a vida cristã. Não somente uma parte da Escritura, mas toda ela, Antigo e Novo Testamento. Como tal, a teologia de Calvino inicia onde começa o Antigo Testamento, com a doutrina da criação. Visto que a salvação é de fato a restauração da criação, os cristãos são conclamados não a evitarem este mundo ou a fugirem dele, mas a servirem a Deus como seus agentes de restauração e reforma neste mundo.
Em segundo lugar, a teologia de Calvino é prática, isto é, está sempre voltada para a piedade cristã. Para ele a teologia não pode ser simplesmente um exercício teórico. Ela não é abstrata, especulativa ou altamente filosófica. Ela nunca é um fim em si mesma. Antes, a teologia sempre deve se relacionar com a vida e a experiência cristã. O conhecimento sobre Deus deve levar ao conhecimento de Deus, isto é, uma resposta a Deus de reverência, amor, obediência e confiança.
Finalmente, a teologia de Calvino é holística. Para ele, o evangelho se dirige não somente às almas ou a pessoas individuais ou às chamadas questões “espirituais”. Ele se dirige à pessoa integral e a todos os aspectos da vida e da sociedade – coisas como exercer um cargo público, praticar desobediência civil, riqueza e pobreza, trabalho, salários, usura, educação, casamento e vida familiar. É por essa razão que um estudioso denominou Calvino não somente um reformador, mas um “revolucionário construtivo”.
Em suma, a teologia de Calvino nos faz lembrar a fonte (a Escritura), o propósito (a piedade) e o escopo (toda a vida) do trabalho teológico. Parece-me que esses lembretes são tão relevantes para a tarefa teológica em nossos próprios dias e em nosso mundo quanto o foram na Genebra de Calvino há quase 500 anos.
Lyle D. Bierma
Leia o artigo na íntegra em Fé Reformada
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terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Não se deve considerar sua freqüente menção da glória de Deus como sendo algo supérfluo, pois não há como expressar com demasiada força aquilo que é de caráter infinito. Isso é particularmente verdadeiro em se tratando do enaltecimento da misericórdia divina, para a qual toda pessoa piedosa se sentirá incapaz de encontrar linguagem adequada. Todas as línguas santas estarão tão prontas a expressar seus louvores quanto seus ouvidos abertos para ouvi-los. Pois, se homens e anjos juntassem sua eloqüência em função deste tema, ainda assim tocariam mui diminutamente sua incomensurabilidade. Podemos também observar que não há uma refutação mais forte, que feche mais os lábios dos ímpios, do que demonstrarmos que defendemos a glória de Deus, ainda que eles a obscureçam.
João Calvino
In: Comentário de Efésios, 1:14
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Afinal, o que é esse tal de Google Wave? Segundo a Wikipedia, trata-se de uma plataforma para web cuja intenção é unir as características de serviços como e-mail, instant messaging, wiki e social networking em um ambiente único, funcionando a partir de qualquer browser, em qualquer sistema operacional. Algumas de suas características mais interessantes são os avançados sistemas de correção ortográfica e tradução instantânea durante bate-papos virtuais.
Ele é tanto email e bate-papo como documento, sendo que é possível se comunicar e trabalhar juntos, em tempo real, interagindo através de textos, imagens, videos, mapas, jogos e muito mais coisas, pois o sistema foi desenvolvido em grande parte em código aberto, permitindo às pessoas criar aplicações ou gadgets para serem usadas dentro do Google Wave.
No Google Wave você cria uma wave (espécie de conversa) e todos os participantes interagem em tempo real, sendo possível "ver" o que os outros estão fazendo, na mesma hora. Na mesma hora mesmo, letra por letra! Enfim, a Google dominará o mundo integrará todos os serviços web num único serviço.
O serviço já foi lançado, mas está operando numa fase preview, onde apenas usuários convidados tem acesso. A boa notícia é que os convidados para o Google Wave recebem convites para distribuír para seus amigos. A ótima notícia é que eu tenho alguns convites para distribuir!
Para começar serão sorteados, no próximo domingo, 10 convites para o Google Wave. Para participar do sorteio, basta postar um comentário neste post até às 24 horas de sábado, dizendo que quer um convite. Os comentários receberão um número de sequencial, pela ordem de postagem. Para assegurar a imparcialidade, o sorteio será realizado pelo site http://www.random.org. Os sorteados terão 24 horas para informar o email para onde serão enviados os convites, caso contrário haverá "re-sorteio".
Detalhe importante: comentários anônimos serão excluídos do sorteio.
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Um irmão amado, em defesa do arminianismo fez a seguinte afirmação sobre a eleição: "Paulo escreveu suas cartas a crentes, não a eleitos, como tais. Portanto, quando Paulo diz que Deus nos elegeu, ou nos predestinou, ele tem em vista crentes, não incrédulos para serem salvos. Isso porque Deus elegeu e predestinou crentes. A Bíblia não trata de eleitos os incrédulos. Nenhum incrédulo é denominado eleito...".
O correto é dizer que Paulo, e Pedro, escreveram e se referiram a crentes eleitos, mesmo porque não existe crente que não tenha sido eleito.
"Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica." Rm 8:33
"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade." Cl 3:12
"Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade" Tt 1:1
"Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas." 1Pe 1:1-2
É claro que quando Paulo se refere a crentes ele fala de pessoas que haviam sido eleitas. Pois todos os crentes foram eleitos ainda na eternidade:
"Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade." 2Ts 2:13
Entretanto, presumir que antes de se converter não haja eleitos é ir além do que os textos nos permitem ir. Mesmo porque o verso 13 fala de uma escolha feita na eternidade, e o verso seguinte fala de uma chamada na história. Fica claro que entre a eleição e a chamada há um período de tempo em que as pessoas são incrédulas mas eleitas:
"Para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo." 2Ts 2:14
Veja ainda os seguintes versos:
"Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória." 2Tm 2:10
"Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna." At 13:48
Por que não vemos Paulo escrevendo a um incrédulo e dizendo "você é um eleito"? Há duas razões:
1. Ele escreveu a quem já era crente. As cartas paulinas foram escritas a igrejas, obreiros e amigos crentes. Logo, não encontraremos nelas Paulo se dirigindo a um incrédulo, seja como eleito ou não.
2. Ninguém sabe quem são os eleitos. Nem Paulo, nem nós sabemos quem é eleito. Mas, uma vez que cremos, fica manifesto que éramos eleitos, do contrário não creríamos.
Assim, o argumento de que só crentes são chamados eleitos não é negado pelos calvinistas, mas ele de forma alguma significa que não há eleitos ainda não chamados.
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domingo, 13 de dezembro de 2009
125. Qual é a quarta petição?
R. "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje". Quer dizer: Cuida de nós com tudo o que for necessário ao nosso corpo (1) , para que reconheçamos que Tu és a única fonte de todo o bem (2) e que, sem tua bênção, nem nosso cuidado e trabalho, nem teus dons nos são úteis (3). Faze também com que, por isso, não mais depositemos nossa confiança em qualquer criatura, mas somente em Ti (4).
(1) Sl 104:27,28; Sl 145:15,16; Mt 6:25,26. (2) At 14:17; At 17:27,28; Tg 1:17. (3) Dt 8:3; Sl 37:3-7,16,17; Sl 127:1,2; 1Co 15:58. (4) Sl 55:22; Sl 62:10; Sl 146:3; Jr 17:5,7.
R. "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje". Quer dizer: Cuida de nós com tudo o que for necessário ao nosso corpo (1) , para que reconheçamos que Tu és a única fonte de todo o bem (2) e que, sem tua bênção, nem nosso cuidado e trabalho, nem teus dons nos são úteis (3). Faze também com que, por isso, não mais depositemos nossa confiança em qualquer criatura, mas somente em Ti (4).
(1) Sl 104:27,28; Sl 145:15,16; Mt 6:25,26. (2) At 14:17; At 17:27,28; Tg 1:17. (3) Dt 8:3; Sl 37:3-7,16,17; Sl 127:1,2; 1Co 15:58. (4) Sl 55:22; Sl 62:10; Sl 146:3; Jr 17:5,7.
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sábado, 12 de dezembro de 2009
Sem a Bíblia, a evangelização do mundo seria não apenas impossível, mas também inconcebível. A Bíblia impõe-nos a responsabilidade de evangelizar o mundo, dá-nos um evangelho a proclamar, diz-nos como fazê-lo e declara-se o poder de Deus para a salvação de cada crente. Além disso, é fato notável, na história passada e contemporânea, que o grau de compromisso da Igreja com a evangelização do mundo é proporcional ao grau de sua convicção da autoridade da Bíblia. Sempre que o cristão perde a confi ança na Bíblia, seu zelo pela evangelização acaba se esvaindo. Inversamente, se ele estiver convencido acerca da Bíblia, estará também determinado a evangelizar.
John R. W. Stott
In: Perspectivas no movimento cristão mundial, Vida Nova.
John R. W. Stott
In: Perspectivas no movimento cristão mundial, Vida Nova.
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
"Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade" 2Co 13:8
Apologia é a defesa de uma crença, afirmando-a positivamente e ao mesmo tempo defendendo-a de ataques externos. O termo vem de απολογία e tem o sentido de defesa verbal, ou seja, discurso ou texto em que se defende, justifica ou se elogia uma doutrina. Um apologista, portanto, é o indivíduo que defende a sua fé pela apresentação oral ou escrita de argumentos estruturados. No caso do apologista cristão, tal argumentação é fundamentada nas Escrituras Sagradas.
Pela definição, parece claro o objetivo do labor apologético: estabeler e defender a verdade bíblica. Parece, pois o observador atento notará em muitos auto-denominados apologetas uma sede de reconhecimento público pela sua habilidade em defender sua posição. O sucesso desses defensores é medido pela quantidade e força dos aplausos mais que pela conformidade bíblica.
Não havendo escrúpulos em sacrificar a verdade no altar do reconhecimento público, nada impede que se lance mão de artifícios para construir uma aparência de sucesso apologético. Uma tática não rara entre blogapologetas é filtrar comentários, publicando imediatamente aqueles que lhe são favoráveis enquanto que se mantém suspenso os contra-argumentos recebidos. Assim, independente do valor da defesa feita ou do ataque empreendido, constrói-se uma aprovação em muito semelhante a torcida de futebol, em que o time é rebaixado à divisão inferior mas continua sendo o melhor time do mundo! Na contagem de narizes, leva-se vantagem.
Por outro lado, quando o alvo é a verdade, ao invés de se escudar numa posição denominacional ou popular, colocam-se os pressupostos na bigorna, malhando-os sem dó com o martelo que esmiúça a penha. Se sobrar alguma coisa, é a verdade. Se não sobrar nada, livrou-se de uma escória que nada servia senão para ofuscar o brilho do ouro. É claro que isto implica abrir mão de reconhecimento de colegas e seguidores, mas abraçar a verdade resulta em reconhecimento do céu.
Soli Deo Gloria
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Autoria Clóvis
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
O fim justifica os meios? Mais do que nunca, a resposta dos evangélicos tem sido “sim”. As igrejas, em seu zelo por atrair incrédulos, estão incorporando quase todo tipo de entretenimento.
A igreja primitiva reunia-se para adorar, orar, ter comunhão e ser edificada — e separava-se para evangelizar os incrédulos. Muitos hoje crêem que, em lugar disso, as reuniões da igreja deveriam entreter os incrédulos, de forma a gerar uma experiência que torne Cristo mais “apetecível” para eles. Cada vez mais, as igrejas trocam a pregação da Palavra por dramatizações, shows variados e coisas semelhantes.
Algumas igrejas têm relegado o estudo da Bíblia aos cultos do meio da semana; outras o abandonaram por completo. Aqueles que possuem acesso ao referido conhecimento secreto nos dirão que a pregação bíblica, por si, não tem como ser relevante. Afirmam que a igreja precisa adotar novos métodos e programas inovadores, a fim de agarrar as pessoas no nível em que elas se encontram.
Esse tipo de pragmatismo vem rapidamente substituindo o sobrenaturalismo em muitas igrejas. Trata-se de uma tentativa de alcançar objetivos espirituais através da metodologia humana e não por meio do poder sobrenatural. O critério primário deste pragmatismo é o sucesso exterior, e, para tanto, emprega qualquer método que atraia uma multidão e estimule a reação desejada.
As pressuposições de tal pragmatismo são de que a igreja pode atingir alvos espirituais através de meios carnais e que o poder da Palavra de Deus, por si só, não é suficiente para acabar com a cegueira e a dureza de coração do pecador.
Ao afirmar isso não creio que esteja indo longe demais. A onda de pragmatismo que assola a igreja de nossos dias parece estar fundamentada na concepção de que técnicas artificiais e estratégias humanas são cruciais para a missão da igreja hoje. Muitos parecem crer que, se nossa programação tiver bastante atrativos e se nossa pregação for suficientemente persuasiva, então conseguiremos capturar as pessoas para Cristo e para a igreja. Por isso, torcem a sua filosofia a respeito do ministério para encaixar as técnicas que mais parecem satisfazer os incrédulos.
John F. McArthur Jr.
In: Nossa suficiência em Cristo
A igreja primitiva reunia-se para adorar, orar, ter comunhão e ser edificada — e separava-se para evangelizar os incrédulos. Muitos hoje crêem que, em lugar disso, as reuniões da igreja deveriam entreter os incrédulos, de forma a gerar uma experiência que torne Cristo mais “apetecível” para eles. Cada vez mais, as igrejas trocam a pregação da Palavra por dramatizações, shows variados e coisas semelhantes.
Algumas igrejas têm relegado o estudo da Bíblia aos cultos do meio da semana; outras o abandonaram por completo. Aqueles que possuem acesso ao referido conhecimento secreto nos dirão que a pregação bíblica, por si, não tem como ser relevante. Afirmam que a igreja precisa adotar novos métodos e programas inovadores, a fim de agarrar as pessoas no nível em que elas se encontram.
Esse tipo de pragmatismo vem rapidamente substituindo o sobrenaturalismo em muitas igrejas. Trata-se de uma tentativa de alcançar objetivos espirituais através da metodologia humana e não por meio do poder sobrenatural. O critério primário deste pragmatismo é o sucesso exterior, e, para tanto, emprega qualquer método que atraia uma multidão e estimule a reação desejada.
As pressuposições de tal pragmatismo são de que a igreja pode atingir alvos espirituais através de meios carnais e que o poder da Palavra de Deus, por si só, não é suficiente para acabar com a cegueira e a dureza de coração do pecador.
Ao afirmar isso não creio que esteja indo longe demais. A onda de pragmatismo que assola a igreja de nossos dias parece estar fundamentada na concepção de que técnicas artificiais e estratégias humanas são cruciais para a missão da igreja hoje. Muitos parecem crer que, se nossa programação tiver bastante atrativos e se nossa pregação for suficientemente persuasiva, então conseguiremos capturar as pessoas para Cristo e para a igreja. Por isso, torcem a sua filosofia a respeito do ministério para encaixar as técnicas que mais parecem satisfazer os incrédulos.
John F. McArthur Jr.
In: Nossa suficiência em Cristo
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
O fim para o qual Deus deu a Sua verdade não foi somente para a instrução de nossas mentes, mas muito mais para a transformação de nossas vidas. No entanto, uma pessoa não pode aterrissar diretamente na vida e na experiência; a compreensão deve vir através da mente. Assim, a verdade de Deus é dirigida ao entendimento e o Espírito de Deus age no entendimento como Espírito de sabedoria e conhecimento. Ele não ilumina a mente simplesmente para que as gavetas dos arquivos do estudo mental sejam preenchidas com informações. O fim com que Deus instrui a mente é para que Ele, assim, possa transformar a vida.
A. N. Martin
In: Fé Reformada
A. N. Martin
In: Fé Reformada
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009
A adoração bíblica e espiritual é o anseio da alma em contemplar a glória e a beleza de Cristo. Quando os adoradores contemplarem a Cristo, terão a alegria de experimentar a presença dEle. A adoração atinge seu ponto mais pleno e rico quando a nossa alma se perde na maravilha da glória e majestade de Deus. Muito do que é aceito como adoração em nossos dias não produz esta maravilha. Os cultos superficiais e vazios que caracterizam a presente geração não produzem nem adoradores verdadeiros, nem grandes santos.
Robert L. Dickie
In: O que a Bíblia diz sobre adoração
Robert L. Dickie
In: O que a Bíblia diz sobre adoração
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Alguns intitulam a si mesmos "profetas", e saem por aí "entregando uma palavra do Senhor". São pessoas que nem sempre têm o coração reto para com Deus e, em alguns casos, são "auto-enviadas", deixando os irmãos frustrados e desapontados. As palavras que falam vêm do próprio coração, e em alguns casos, de espíritos familiares. Podem até falar "boas palavras", mas Deus não as enviou a pregar nem colocou as palavras na boca.
"Não mandei esses profetas; todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; contudo, profetizaram. Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações" (Jr 23:21,22).
Eis o que Deus diz a respeito das pessoas que enviam a si mesmas: "...falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor" (Jr 23:16). No mesmo capítulo, Deus diz que esses profetas auto-enviados poluem a Terra, e por causa de suas profecias, o povo de Deus é desvalorizado (versículos 15 e 16).
Procure ver a motivação por trás do ministério. O povo está se voltando para Deus? Ou as pessoas estão ficando cada vez mais dependentes dos "profetas" e de seus dons? Um dos subprodutos dessa onda profética são pessoas correndo de um lado para o outro, buscando uma "palavra" de Deus. Elas têm como foco a si mesmas. Buscam envaidecer o eu. Em vez de se voltarem para o Senhor, abandonando os seus maus caminhos, elas buscam os "profetas" para terem alguma resposta de Deus.
Jesus nos ensina a reconhecer entre o falso e o verdadeiro profeta. "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7:16). O verdadeiro fruto é quando as pessoas manifestam publicamen¬te que mudaram de vida. Precisamos desenvolver o dom de discernir, a fim de perceber a diferença entre a verdadeira e a má motivação... bem como o verdadeiro e o falso profeta!
Lembre-se de uma coisa: o propósito da restauração do ofício profético é preparar os corações para receber este ministério e os dons ministeriais nele contidos. Esses profetas serão a "voz que clama no deserto", anunciando que é hora de preparar o caminho de santidade do Senhor.
John Bevere
In: Vitória no deserto
"Não mandei esses profetas; todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; contudo, profetizaram. Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações" (Jr 23:21,22).
Eis o que Deus diz a respeito das pessoas que enviam a si mesmas: "...falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor" (Jr 23:16). No mesmo capítulo, Deus diz que esses profetas auto-enviados poluem a Terra, e por causa de suas profecias, o povo de Deus é desvalorizado (versículos 15 e 16).
Procure ver a motivação por trás do ministério. O povo está se voltando para Deus? Ou as pessoas estão ficando cada vez mais dependentes dos "profetas" e de seus dons? Um dos subprodutos dessa onda profética são pessoas correndo de um lado para o outro, buscando uma "palavra" de Deus. Elas têm como foco a si mesmas. Buscam envaidecer o eu. Em vez de se voltarem para o Senhor, abandonando os seus maus caminhos, elas buscam os "profetas" para terem alguma resposta de Deus.
Jesus nos ensina a reconhecer entre o falso e o verdadeiro profeta. "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7:16). O verdadeiro fruto é quando as pessoas manifestam publicamen¬te que mudaram de vida. Precisamos desenvolver o dom de discernir, a fim de perceber a diferença entre a verdadeira e a má motivação... bem como o verdadeiro e o falso profeta!
Lembre-se de uma coisa: o propósito da restauração do ofício profético é preparar os corações para receber este ministério e os dons ministeriais nele contidos. Esses profetas serão a "voz que clama no deserto", anunciando que é hora de preparar o caminho de santidade do Senhor.
John Bevere
In: Vitória no deserto
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domingo, 6 de dezembro de 2009
124. Qual é a terceira petição ?
R. "Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu". Quer dizer: Faze com que nós e todos os homens renunciemos à nossa própria vontade (1) e obedeçamos, sem protestos, à tua vontade (2) , a única que é boa, para que cada um, assim, cumpra sua tarefa e vocação (3) , tão pronta e fielmente como os anjos no céu (4).
(1) Mt 16:24; Tt 2:11,12. (2) Lc 22:42; Rm 12:2; Ef 5:10. (3) 1Co 7:22-24. (4) Sl 103:20,21.
R. "Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu". Quer dizer: Faze com que nós e todos os homens renunciemos à nossa própria vontade (1) e obedeçamos, sem protestos, à tua vontade (2) , a única que é boa, para que cada um, assim, cumpra sua tarefa e vocação (3) , tão pronta e fielmente como os anjos no céu (4).
(1) Mt 16:24; Tt 2:11,12. (2) Lc 22:42; Rm 12:2; Ef 5:10. (3) 1Co 7:22-24. (4) Sl 103:20,21.
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sábado, 5 de dezembro de 2009
Se tem havido um tempo quando se faz necessário extrair consolação da sã doutrina, esse tempo é agora, quando a presente tensão da igreja, e os mais volumosos e graves problemas, tudo indica, são iminentes, não restando nenhum conforto mesmo nos espíritos mais heróicos. Portanto, quem quer que deseje permanecer firme até o fim, deve depositar sua total confiança nesse apoio. Quem quiser contar com uma proteção segura, deve aprender a procurar refúgio, por assim dizer, neste santuário.
João Calvino
Em fevereiro de 1548
João Calvino
Em fevereiro de 1548
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Os defensores da Bíblia de Estudo Dake alegam que a mesma foi totalmente revisada e os erros teológicos foram extirpados da obra. Parece, contudo, que os revisores da CPAD cometeram um cochilo, pois na página 72 lemos:
"Um cristão precisa crer que (...) todas as 3 pessoas têm o próprio corpo, alma e espírito e formam a Trindade divina (1 João 5.7)"Enquanto tricotomistas e dicotomistas brandem espadas quanto à constituição natural do homem, Finis Jenning Dake simplesmente afirma que os crentes precisam crer na tricotomia divina. Além de crer na heresia triteísta.
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
O apóstolo declara que a eleição eterna é o fundamento e causa primeira, tanto de nosso chamamento como de todos os benefícios que de Deus recebemos. Se porventura nos for pedido a razão por que Deus nos chamou a participar do evangelho, por que diariamente nos concede bênçãos em grande profusão, por que nos abre os portões celestiais, teremos sempre que retroceder a este princípio, a saber: que Deus nos elegeu antes que o mundo viesse à existência. O próprio tempo da eleição revela que ela é gratuita; pois, o que poderíamos merecer, ou em que consistiria nosso mérito, antes que o mundo fosse criado? Ora, quão pueril é a tentativa de satisfazer este argumento com o seguinte sofismo: “que fomos eleitos porque já éramos dignos, e porque Deus previra que seríamos dignos.”
Todos nós estávamos perdidos em Adão; portanto, Deus não poderia ter-nos salvado por sua própria eleição, nos resgatando de perecer, se nada havia para ser previsto. O mesmo argumento é usado em Romanos, onde, ao falar de Jacó e Esaú, diz ele: “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal” [Rm 9.11]. Mas, embora eles ainda não tivessem agido, algum sofista da Sorbonne poderia replicar que “Deus previra o que eles agiriam”. Esta objeção não possui força alguma à luz da natureza corrupta do homem, em quem nada pode ser visto senão materiais para a destruição.
João Calvino
In: Comentário de Efésios, 1:4
Todos nós estávamos perdidos em Adão; portanto, Deus não poderia ter-nos salvado por sua própria eleição, nos resgatando de perecer, se nada havia para ser previsto. O mesmo argumento é usado em Romanos, onde, ao falar de Jacó e Esaú, diz ele: “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal” [Rm 9.11]. Mas, embora eles ainda não tivessem agido, algum sofista da Sorbonne poderia replicar que “Deus previra o que eles agiriam”. Esta objeção não possui força alguma à luz da natureza corrupta do homem, em quem nada pode ser visto senão materiais para a destruição.
João Calvino
In: Comentário de Efésios, 1:4
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Salvo engano de minha parte, esta posição é defendida por Agostinho. Não concordo com ela, na Bíblia o mal tem existência real, não é apenas inexistência de bem.
O que acham?
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Mais um mês chegou ao fim. Para o Cinco Solas, um mês bastante agitado, pois algumas postagens provocaram intensos debates, produzindo luz e calor, espero que mais luz do que calor.
Alguns dos artigos mais lidos são publicações antigas, mas que continuam despertando interesse. Outras foram publicadas em outubro e novembro e chamaram a atenção dos visitantes habituais, além de arminianos e adventistas inconformados com a exposição dos erros teológicos de Leandro Quadros. Aliás, como bem disse o Ednaldo, tais publicações fizeram surgir os "arminianos do sétimo dia".
Se você perdeu alguma das postagens mais lidas e discutidas, eis uma segunda chance de ler e comentar:
1. Mirou na verdade, acertou na confusão
2. O livre-arbítrio é bíblico?
3. Preparar... Apontar...
4. Azenilto, a predestinação e o livre-arbítrio
5. E Asafe quase caiu
6. Antes calvinista, agora arminiano
7. Editora Vida publica um católico de A a Z
8. Como "me reformei"
9. Jesus à porta do coração?
10. Que tipo de Deus elege e predestina?
Boa leitura!
Soli Deo Gloria
Alguns dos artigos mais lidos são publicações antigas, mas que continuam despertando interesse. Outras foram publicadas em outubro e novembro e chamaram a atenção dos visitantes habituais, além de arminianos e adventistas inconformados com a exposição dos erros teológicos de Leandro Quadros. Aliás, como bem disse o Ednaldo, tais publicações fizeram surgir os "arminianos do sétimo dia".
Se você perdeu alguma das postagens mais lidas e discutidas, eis uma segunda chance de ler e comentar:
1. Mirou na verdade, acertou na confusão
2. O livre-arbítrio é bíblico?
3. Preparar... Apontar...
4. Azenilto, a predestinação e o livre-arbítrio
5. E Asafe quase caiu
6. Antes calvinista, agora arminiano
7. Editora Vida publica um católico de A a Z
8. Como "me reformei"
9. Jesus à porta do coração?
10. Que tipo de Deus elege e predestina?
Boa leitura!
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