Popular Posts

Blogger templates

Blogger news

Blogroll

About

Blog Archive

Tecnologia do Blogger.

Seguidores

Pesquisar

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


Salvo engano de minha parte, esta posição é defendida por Agostinho. Não concordo com ela, na Bíblia o mal tem existência real, não é apenas inexistência de bem.

O que acham?

10 comentários:

Jorge Fernandes Isah disse...

Clóvis,

Sempre que posso, dou uma chegada aqui no seu minifúndio virtual, apesar de apenas agora fazer o meu primeiro comentário.

Essa visão de Agostinho presente no vídeo, na verdade, é uma tentativa de se defender Deus da criação do mal. Contudo, na própria Escritura o Senhor se auto-define como aquele que criou a luz e trevas, o bem e o mal, a morte e a vida, e por aí afora. A idéia de que o mal é a ausência do bem não responde à questão de como ele existe, pois, de alguma forma, é necessário que o bem não exista para que o mal subsista, ou seja, o bem tem de ser suprimido para que o mal ocupe o seu lugar, e para isso, alguém tem de suprimi-lo.

A dificuldade das pessoas é entender que o mal, o pecado, satanás, o inferno e tudo mais foi criado por Deus com um propósito: o de glorificá-lO. E isso não O torna menos sábio, menos santo, menos perfeito ou menos bom e amoroso, porque não há padrão igual ou superior a Ele que possa estabelecer um novo padrão de autoridade.

Deus é o padrão máximo, e Ele é quem define o que seja bom, certo, santo, etc. Assim, se define-se como bom, mesmo criando o mal, quem poderá questioná-lO? Suas criaturas tolas, imperfeitas e pecaminosas?

A questão é que Deus criou tudo o que há no universo, inclusive o mal, mas ao contrário do vídeo, inicialmente, Ele permanece bom, justo e santo, segundo a Sua própria definição.

Cristo o abençoe!

Abraços.

PS: Qualquer outra conclusão que não defina Deus como o criador do mal, implicará no dualismo, ou seja, de que existe no universo outra força criadora tão poderosa como o próprio Deus. E isso, à luz da Escritura, é simplesmente impossível.

Neto disse...

Clóvis,

se não foi Albert Einsten quem disse isso, porque no video colocaram como sendo ele?

Eu acho que, na realidade, a ESSENCIA do que Agostinho quis dizer é que quando, digamos, "não há Deus" no coração das pessoas, quando não se conhece a Ele, quando não se anda com Ele, o mal (pecado) predomina, em qualquer individuo ou sociedade.
1 Tessalonicenses 4.5 diz: "Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus."
E o estado lamentável que vemos hoje no mundo é resultado disso.

O professor realmente levanta a questão de "Deus ter criado o mal", mas a explicação do menino é mais "presente" do que "passado". Percebe? Ele na verdade não respondeu o que o professor perguntou...

Roberto Vargas Jr. disse...

Caríssimos,

Faço coro com o Neto quanto ao uso de Einstein como o tal aluno. Se há algo de verdadeiro nisso, seria bom citar as fontes (as provas de que foi ele o aluno). Se não há, melhor seria manter um nome famoso fora da história.
A historinha é legal. O uso de um nome famoso é desnecessário.

Quanto a Agostinho, o sentido de sua afirmação é ontológico. Dizer que "o mal não tem existência real" é apenas uma aproximação, uma tentativa de explicar o que ele diz.
O mal, segundo ele, é corrupção, é um afastamento do ser. Isso não quer dizer exatamente que o mal não "existe" ou que não é "real", como se não sentíssemos seus efeitos, mas quer dizer que o mal é a ausência do status ontológico em algo. Isto é, de forma bem simplificada, se algo não é o que deveria ser, então é mau.
O exemplo mais fácil disso é o próprio homem. Criado perfeito, ele é. E é conforme sua natureza (um ser imago Dei, todo voltado a Deus, o Ser). E sendo ser, é bom.
Tendo caído, algo do seu ser se perdeu e sua natureza não é mais o ser que era (e aquilo que passou a ser se afasta de Deus). E assim, na medida em que se afasta do ser em direção ao não-ser, afasta-se também do Ser, e, conforme sua natureza, é mau.
Sei que a linguagem metafísica é meio chatinha, mas é a ausência de ser e o distanciamento de Deus que são propriamente o mal para Agostinho.

No amor do Senhor,
Roberto

Anônimo disse...

Em primeiro lugar, cabe distinguir mal moral de mal natural.

O mal moral, penso eu, pode ser entendido sim como inexistência de bem (no sentido de "não andar com Deus", como colocou o Neto). A posição de Agostinho, até onde sei, limita-se ao mal moral e surgiu de seu conflito com o Maniqueísmo. Não acho que negar a Deus a criação do mal moral implique negar sua soberania. "Errar o alvo" não significa sair do controle de Deus, mas sair do fim último para o qual Deus destinou o homem. Nisso há uma negação do ser, uma negação ontológica, como disse Roberto. Porém, a natureza pecaminosa continua sendo ordenada por Deus para um fim correto, a punição eterna.

Quanto ao mal natural, esse sim é criado por Deus e, no meu entendimento, é a ela que se refere a fala do profeta que o Jorge citou: "Eu faço a luz e crio as trevas...".

Porém, sendo Deus um ser absolutamente perfeito, é também independente e, portanto, não existe padrão moral igual ou acima dele, como disse o Jorge. Porém, isso não implica que Deus defina arbitrariamente o que é moralmente bom ou moralmente mal. Acho que o "x da questão" está no fato de Deus ser extremamente simples, o que não apenas significa que não há distinção de atributos em Deus, mas que Deus é idêntico a seus atributos. Dito de outro modo, Deus é "a" bondade, "a" justiça, "a" santidade, etc..

Um abraço a todos,

Rodrigo

P.S.: Clóvis, aguardo ansiosamente, depois de muito tempo longe do teu blog, a exegese de Hebreus 6. Essa passagem tem me deixado encucado...

(-V-) disse...

Clóvis, postei algo parecido no VE, você viu?
http://voltemosaoevangelho.blogspot.com/2009/11/pve-qual-origem-de-satanas-e-do-pecado.html

Clóvis disse...

Jorge, Renato, Neto, Rodrigo e Vini:

Estou em viagem, com acesso restrito (agora de um hotel), mas valeu os comentários de vocês. Dá o que pensar.

Quanto a Hebreus 6, estou devendo, como estou devendo outros pedidos e outras questões que quero abordar. Devo, não nego, pago quando puder :-)

Vini, esta semana e semana que vem estarei na sua região (inclusive).

Quem sabe dá certo de você e o André me pagarem aquele almoço?

Em Cristo,

Clóvis

(-V-) disse...

Sério!?!?!?!?!?!?!?!?!?

Pagaríamos com o maior gosto!
Mande-me um e-mail com mais detalhes! ^^

Ricardo Mamedes disse...

Eu penso que é uma questão apenas de semântica se o mal foi criado por Deus, ou se é a ausência de Deus.

Mas se pode traçar, a meu ver, uma diferença (?): de fato o único Criador é Deus, neste aspecto não se pode conceber que "algo" ou "alguém" crie qualquer coisa, mesmo o mal. Em uma outra vertente, entendo que a afirmação possa estar direcionada no sentido de que o mal seja fruto da ação humana após a queda, o que não funciona, pois em última análise Deus a tudo governa. Assim, o mal existiria em razão de uma ação mediata de Deus (ativa ou passiva).

Mas como ficaria o mal antes da queda, por exemplo, com a desobediência de Lúcifer? Dizer que Lúcifer tinha livre arbítrio, que Adão também, não responde à questão, posto que ainda leva àquela ação de Deus.

Sinceramente, eu não consigo obter de nenhuma explicação aqui dada, algo que explique a existência do mal e a sua origem, que não esteja vinculado à Deus, de forma direta ou mediata. Afora, claro, as abstrações de cunho filosófico.

Em Cristo.

Ricardo

Evandro Marinho disse...

Ao meu ver o que o autor se refere, não é a ausência simplesmente do bem, mas a ausência de de Cristo. Pois sabemos que: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é;." (II Coríntios 5:17a).
Entendo que quando temos cristo verdadeiramente em nossa vida o mal que há naturalmente no homem pode ser transformado no bem.

Graça é paz.

Anônimo disse...

Para quem se interessar pela questão do pecado e do livre-arbítrio em conexão com o pecado dos anjos, levantada pelo Ricardo Mamedes e pelo John Piper no texto sugerido por (-V-), há um diálogo de Anselmo chamado "De casu diaboli" ("Sobre a queda do diabo") que discute isso. Só é preciso estar atento à definição de livre-arbítrio dada pelo arcebispo de Cantuária, que é bastante singular.

Um abraço a todos,

Rodrigo