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quinta-feira, 30 de abril de 2009
Precisamos questionar hoje os motivos que nos movem como pregadores do evangelho. Nos dias de Paulo, foram observados motivos diversos (Fil.1.15-19): inveja, contenda, boa mente e amor. Contudo, disse o apóstolo, importa que o evangelho seja pregado. Isto porque, mesmo com motivos errados, o objetivo pode, eventualmente, ser atingido, ou seja, mesmo que alguém pregue por inveja muitos podem ser salvos, já que o evangelho é o poder de Deus. Não obstante, o mau obreiro não ficará impune. Poderá até mesmo ser alguém que ajudou a construir a arca mas não entrou nela, ou como uma placa que aponta o caminho mas não o segue.
Fonte: O Evangelho
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quarta-feira, 29 de abril de 2009
Perdoem-me, mas não vendo a minha alma a um cristo que cumpra todos os meus desejos. Seria um cristo pequeno demais, manipulável, e fraco. Mesmo não havendo milagres, mesmo não havendo prosperidade, mesmo não havendo saúde. Desejo que a Verdadeira Videira continue a me alimentar. E se necessário for podar-me para que eu venha crescer ainda mais ao seu lado, brado como bem escreveu Stott: “A dolorosa tesoura de podar está em mãos seguras”. Engana-se quem acha que esta tesoura foi aposentada em 2009.
Vitor Hugo da Silva
In: A mesma ladainha triunfalista de sempre
Vitor Hugo da Silva
In: A mesma ladainha triunfalista de sempre
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Bem-dito
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terça-feira, 28 de abril de 2009
O movimento ateísta tem em si um paradoxo sem igual. Ninguém combate o que não existe. As campanhas milionárias para provar a não existência de Deus trazem consigo a reboque a necessidade de sua existência como inimigo figadal do movimento. Ninguém cria uma campanha onerosa para provar que o papai Noel é uma invenção, que o lobisomem ou o saci não existem.
Jofre Garcia Luna
In: Ensaio sobre a existência de Deus
Jofre Garcia Luna
In: Ensaio sobre a existência de Deus
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Apologética
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segunda-feira, 27 de abril de 2009
"O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos e antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da terra. Antes de haver abismos, fui gerada; e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando compassava ao redor a face do abismo; quando firmava as nuvens de cima, quando fortificava as fontes do abismo; quando punha ao mar o seu termo, para que as águas não trespassassem o seu mando; quando compunha os fundamentos da terra, então, eu estava com ele e era seu aluno; e era cada dia as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo, folgando no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos dos homens." Pv 8:22-31
Muitas controvérsias tem sido levantadas por causa desse texto. Uma delas é se a sabedoria é uma representação do Senhor Jesus, então se poderia afirmar que Ele foi criado, pois algumas traduções e versões bíblicas traduzem o início de Pv 8:22 como "O Senhor me criou no princípio...". A eternidade e por conseguinte a divindade de Jesus Cristo seria negada.
Algumas considerações preliminares
Para interpretação de um texto, precisamos atentar para algumas questões que são tão fundamentais quanto negligenciadas. A primeira delas é quanto ao objetivo da interpretação. Muitos vão ao texto se perguntando "qual é o sentido deste texto para mim?", porém a pergunta correta é "qual é o sentido desse texto para o autor?". Interpretar um texto bíblico é descobrir o sentido pretendido pelo seu autor e como ele seria compreendido pelos seus leitores originais. Qualquer outra intenção abre as portas para a alegorização e o subjetivismo pós-moderno. Outra coisa igualmente necessária é considerar o tipo de literatura que estamos interpretando. No Antigo Testamento temos escritos históricos, sapienciais e proféticos, que se caracterizam, de forma geral, por linguagem literal, figurada e simbólica, respectivamente. A dificuldade de interpretação aumenta quando vamos da linguagem literal para a simbólica.
Lutero foi o reformador que rompeu com o modelo hermenêutico que alegorizava as Escrituras, afirmando que para uma compreensão adequada das Escrituras devia-se buscar o sentido literal do mesmo. Para preservar a validade do Antigo Testamento como documento cristão, ele afirmava que tanto o Antigo como o Novo Testamento apontava para Cristo e este deveria ser o princípio hermenêutico a orientar a interpretação bíblica. Este princípio o levou a ver Cristo em muitas passagens do Antigo Testamento, especialemente nos salmos, várias das quais estudos posteriores demonstraram não tratar-se de passagens messiânicas. Um descuido desse princípio hermenêutico de Lutero, diga-se de passagem muito válido, pode nos levar a aplicar algumas passagens a Cristo quando pode nãos er o caso.
Cristo é uma criatura?
Para responder a esta pergunta, precisamos investigar primeiro se a sabedoria é uma personificação de Cristo e, caso afirmativo, se isto implica que Jesus foi criado. Como nos interessa o sentido intencional do texto, precisamos considerar o que Salomão tinha em mente ao escrever Provérbios. Ele próprio nos diz que o livro foi escrito "para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da prudência; para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade; para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso; para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos" (Pv 1:2-5). Portanto, os capítulos 1-9 tratam da sabedoria que resulta do temor do Senhor e não pretende ser, a menos que se busque um sensus plenior (um sentido mais profundo) nessa pasagem. Até a este ponto temos que concluir que Pv 8 trata-se de uma personificação da sabedoria como uma mulher atraente, e não uma figura de Cristo.
Consideremos a forma literária utilizada. No livro de Provérbios predomina a poesia (lembrando que a poesia hebraica carcteriza-se pelo ritmo de idéias e não de som). O estilo literário é favorável ao uso de linguagem figurada, e portanto, poderia essa ser uma passagem messiânica como muitas de Salmos e Isaías. Quais seriam as possibilidades? Descarta-se de cara a teofania, como as aparições do Anjo do Senhor, pois esta não é uma figura de linguagem. Restam então as tradicionais símile, metáfora, provérbio, parábola, alegoria, símbolo e o tipo. Desses, apenas a alegoria e o tipo teriam alguma possibilidade de enquadrar a passagem. Porém, um tipo sempre se refere a um correspondente (antítipo) no futuro, o que não é o caso aqui. De fato, creio que a passagem realmente se trata de uma alegoria, mas não da sabedoria significando Cristo e sim uma mulher representando a sabedoria.
Há diversos pontos de semelhança entre Cristo e a Sabedoria. Porém há várias diferenças fundamentais. Porém, se considerarmos que se trata de linguagem poética e que a intenção do autor não é formular uma doutrina cristológica e sim apresentar princípios para uma vida piedosa de acordo com a lei, podemos até considerar as semelhanças sem nos perturbarmos com as diferenças. Mesmo assim, vamos nos voltar para algumas dificuldades apontadas para aplicação desse texto à preexistência de Cristo, mesmo porque algumas seitas se valem delas para negar ou limitar a divindade de nosso Senhor.
Algumas traduções da Bíblia, como a NTLH e a NVI traduzem o termo hebraico qanah como criar, dizendo "o Senhor me criou", sendo que a NVI em nota de rodapé diz que a palavra também pode ser traduzido como "me possuiu". A Septuaginta traduziu qanah como ektisen (tornar habitável, criar) provavelmente derivado de ktaomai (adquirir, conseguir, ou procurar algo para si mesmo, possuir). Veja as seguintes passagens, onde a LXX traduziu qanah como ektisen: Gn 14:19, 22; Dt 4:32; 32:6; 31:22; Ml 2:10. Considerando que criar é apenas uma das opções e não a única, não creio que a Versão dos Setenta tenha errado na tradução, ficando o erro, se há, por conta dos tradutores modernos que escolheram me criou ao invés de me possuiu como tradução de ektisen. Além disso, em algumas passagens, especialmente as poéticas, a tradução de qanah como criar realmente parece ser a mais apropriada (vide Gn 14:19; Dt 32:6; Sl 78:54; Sl 139:13).
O termo traduzido como gerado nos versos 24 e 25 é chuwl (ou chiyl) e pode significar "ser trazido à luz", especialmente na literatura poética (Jó 15:7; 39:1; Sl 29:9; 51:5; 55:4; 90:2; Is 23:4; 66:7,8; Mq 4:10), estando também relacionado a contorcer-se nas dores de parto. Creio que gerado aqui, caso se insista que a sabedoria é uma figura de Cristo, deve ser considerado em termos de sua eterna procedência do Pai, e não no sentido de que houve um momento em que Ele não existia e outro a partir do qual foi trazido à existência.
Existiu uma população pré-adâmica?
Outro ponto levantado é o de uma pretensa população pré-adâmica. As expressões "mundo habitável" e "filhos dos homens" são usadas para apoiar essa idéia que, diga-se de passagem, é absurda e destituída de qualquer apoio bíblico direto. Quanto ao texto em si, basta observar que há uma certa ordem no "relato" da criação: os céus são preparados, os fundamentos da terra são compostos tornando-se mundo habitável e, finalmente, surgem os filhos dos homens. A sabedoria personificada estava com o Criador desde a eternidade até a criação do homem, passando pelos dias da criação. Jogar "os filhos dos homens" para "antes do começo da terra" é fazer violência ao texto.
Ademais, o testemunho bíblico é que a humanidade começou com Adão, pois "de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação" (At 17:26). Quando Salomão fala da "terra habitável" não estava descrevendo sua povoação antes de Adão, mas referia-se a finalidade da terra, pois Deus "não a criou para ser um caos, mas para ser habitada" (Is 45:18). Não há, pois, fundamento para teorizar sobre uma população pré-adâmica, por mais que a existência de Lilith pudesse ser atrativa para o próprio Adão!
Conclusão
Creio que o Provérbios 8 não é um texto cristológico, embora muitos o tenham usado para exaltar a eternidade de Cristo. Neste sentido, o tradução "o Senhor me criou" encontrada no Targum, na Septuaginta e em algumas versões modernas apresentam dificuldades se a expressão não for entendida no sentido de procedência. Ário, os pioneiros adventistas, os jeovistas e outros unicistas valem-se disso para justificar suas heresias infernais. Mas eles conseguem enganar torcendo passagens claríssimas das Escrituras, portanto, boas traduções por si só não bastam para por-lhe freios. Por outro lado, fazemos bem em não identificar tipos de Cristo onde as Escrituras não indicam, pelo menos de modo indireto, que tal é o caso. E sempre devemos evitar a interpretação alegórica do texto sagrado.
Algumas considerações preliminares
Para interpretação de um texto, precisamos atentar para algumas questões que são tão fundamentais quanto negligenciadas. A primeira delas é quanto ao objetivo da interpretação. Muitos vão ao texto se perguntando "qual é o sentido deste texto para mim?", porém a pergunta correta é "qual é o sentido desse texto para o autor?". Interpretar um texto bíblico é descobrir o sentido pretendido pelo seu autor e como ele seria compreendido pelos seus leitores originais. Qualquer outra intenção abre as portas para a alegorização e o subjetivismo pós-moderno. Outra coisa igualmente necessária é considerar o tipo de literatura que estamos interpretando. No Antigo Testamento temos escritos históricos, sapienciais e proféticos, que se caracterizam, de forma geral, por linguagem literal, figurada e simbólica, respectivamente. A dificuldade de interpretação aumenta quando vamos da linguagem literal para a simbólica.
Lutero foi o reformador que rompeu com o modelo hermenêutico que alegorizava as Escrituras, afirmando que para uma compreensão adequada das Escrituras devia-se buscar o sentido literal do mesmo. Para preservar a validade do Antigo Testamento como documento cristão, ele afirmava que tanto o Antigo como o Novo Testamento apontava para Cristo e este deveria ser o princípio hermenêutico a orientar a interpretação bíblica. Este princípio o levou a ver Cristo em muitas passagens do Antigo Testamento, especialemente nos salmos, várias das quais estudos posteriores demonstraram não tratar-se de passagens messiânicas. Um descuido desse princípio hermenêutico de Lutero, diga-se de passagem muito válido, pode nos levar a aplicar algumas passagens a Cristo quando pode nãos er o caso.
Cristo é uma criatura?
Para responder a esta pergunta, precisamos investigar primeiro se a sabedoria é uma personificação de Cristo e, caso afirmativo, se isto implica que Jesus foi criado. Como nos interessa o sentido intencional do texto, precisamos considerar o que Salomão tinha em mente ao escrever Provérbios. Ele próprio nos diz que o livro foi escrito "para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da prudência; para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade; para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso; para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos" (Pv 1:2-5). Portanto, os capítulos 1-9 tratam da sabedoria que resulta do temor do Senhor e não pretende ser, a menos que se busque um sensus plenior (um sentido mais profundo) nessa pasagem. Até a este ponto temos que concluir que Pv 8 trata-se de uma personificação da sabedoria como uma mulher atraente, e não uma figura de Cristo.
Consideremos a forma literária utilizada. No livro de Provérbios predomina a poesia (lembrando que a poesia hebraica carcteriza-se pelo ritmo de idéias e não de som). O estilo literário é favorável ao uso de linguagem figurada, e portanto, poderia essa ser uma passagem messiânica como muitas de Salmos e Isaías. Quais seriam as possibilidades? Descarta-se de cara a teofania, como as aparições do Anjo do Senhor, pois esta não é uma figura de linguagem. Restam então as tradicionais símile, metáfora, provérbio, parábola, alegoria, símbolo e o tipo. Desses, apenas a alegoria e o tipo teriam alguma possibilidade de enquadrar a passagem. Porém, um tipo sempre se refere a um correspondente (antítipo) no futuro, o que não é o caso aqui. De fato, creio que a passagem realmente se trata de uma alegoria, mas não da sabedoria significando Cristo e sim uma mulher representando a sabedoria.
Há diversos pontos de semelhança entre Cristo e a Sabedoria. Porém há várias diferenças fundamentais. Porém, se considerarmos que se trata de linguagem poética e que a intenção do autor não é formular uma doutrina cristológica e sim apresentar princípios para uma vida piedosa de acordo com a lei, podemos até considerar as semelhanças sem nos perturbarmos com as diferenças. Mesmo assim, vamos nos voltar para algumas dificuldades apontadas para aplicação desse texto à preexistência de Cristo, mesmo porque algumas seitas se valem delas para negar ou limitar a divindade de nosso Senhor.
Algumas traduções da Bíblia, como a NTLH e a NVI traduzem o termo hebraico qanah como criar, dizendo "o Senhor me criou", sendo que a NVI em nota de rodapé diz que a palavra também pode ser traduzido como "me possuiu". A Septuaginta traduziu qanah como ektisen (tornar habitável, criar) provavelmente derivado de ktaomai (adquirir, conseguir, ou procurar algo para si mesmo, possuir). Veja as seguintes passagens, onde a LXX traduziu qanah como ektisen: Gn 14:19, 22; Dt 4:32; 32:6; 31:22; Ml 2:10. Considerando que criar é apenas uma das opções e não a única, não creio que a Versão dos Setenta tenha errado na tradução, ficando o erro, se há, por conta dos tradutores modernos que escolheram me criou ao invés de me possuiu como tradução de ektisen. Além disso, em algumas passagens, especialmente as poéticas, a tradução de qanah como criar realmente parece ser a mais apropriada (vide Gn 14:19; Dt 32:6; Sl 78:54; Sl 139:13).
O termo traduzido como gerado nos versos 24 e 25 é chuwl (ou chiyl) e pode significar "ser trazido à luz", especialmente na literatura poética (Jó 15:7; 39:1; Sl 29:9; 51:5; 55:4; 90:2; Is 23:4; 66:7,8; Mq 4:10), estando também relacionado a contorcer-se nas dores de parto. Creio que gerado aqui, caso se insista que a sabedoria é uma figura de Cristo, deve ser considerado em termos de sua eterna procedência do Pai, e não no sentido de que houve um momento em que Ele não existia e outro a partir do qual foi trazido à existência.
Existiu uma população pré-adâmica?
Outro ponto levantado é o de uma pretensa população pré-adâmica. As expressões "mundo habitável" e "filhos dos homens" são usadas para apoiar essa idéia que, diga-se de passagem, é absurda e destituída de qualquer apoio bíblico direto. Quanto ao texto em si, basta observar que há uma certa ordem no "relato" da criação: os céus são preparados, os fundamentos da terra são compostos tornando-se mundo habitável e, finalmente, surgem os filhos dos homens. A sabedoria personificada estava com o Criador desde a eternidade até a criação do homem, passando pelos dias da criação. Jogar "os filhos dos homens" para "antes do começo da terra" é fazer violência ao texto.
Ademais, o testemunho bíblico é que a humanidade começou com Adão, pois "de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação" (At 17:26). Quando Salomão fala da "terra habitável" não estava descrevendo sua povoação antes de Adão, mas referia-se a finalidade da terra, pois Deus "não a criou para ser um caos, mas para ser habitada" (Is 45:18). Não há, pois, fundamento para teorizar sobre uma população pré-adâmica, por mais que a existência de Lilith pudesse ser atrativa para o próprio Adão!
Conclusão
Creio que o Provérbios 8 não é um texto cristológico, embora muitos o tenham usado para exaltar a eternidade de Cristo. Neste sentido, o tradução "o Senhor me criou" encontrada no Targum, na Septuaginta e em algumas versões modernas apresentam dificuldades se a expressão não for entendida no sentido de procedência. Ário, os pioneiros adventistas, os jeovistas e outros unicistas valem-se disso para justificar suas heresias infernais. Mas eles conseguem enganar torcendo passagens claríssimas das Escrituras, portanto, boas traduções por si só não bastam para por-lhe freios. Por outro lado, fazemos bem em não identificar tipos de Cristo onde as Escrituras não indicam, pelo menos de modo indireto, que tal é o caso. E sempre devemos evitar a interpretação alegórica do texto sagrado.
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domingo, 26 de abril de 2009
45. Que importância tem, para nós, a ressurreição de Cristo?
R. Primeiro: pela ressurreição, Ele venceu a morte, para que nós pudéssemos participar da justiça, que Ele conquistou por sua morte (1). Segundo: nos também, por seu poder, somos ressuscitados para a nova vida (2). Terceiro: a ressurreição de Cristo é uma garantia de nossa ressurreição em glória (3).
(1) Rm 4:25; 1Co 15:16-18; 1Pe 1:3. (2) Rm 6:4; Cl 3:1-3; Ef 2:4-6; (3) Rm 8:11; 1Co 15:20-22.
R. Primeiro: pela ressurreição, Ele venceu a morte, para que nós pudéssemos participar da justiça, que Ele conquistou por sua morte (1). Segundo: nos também, por seu poder, somos ressuscitados para a nova vida (2). Terceiro: a ressurreição de Cristo é uma garantia de nossa ressurreição em glória (3).
(1) Rm 4:25; 1Co 15:16-18; 1Pe 1:3. (2) Rm 6:4; Cl 3:1-3; Ef 2:4-6; (3) Rm 8:11; 1Co 15:20-22.
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sábado, 25 de abril de 2009
A Bíblia ensina que fé não é o poder para realizações humanas, mas o poder para crer nas realizações divinas quando elas ainda não conteceram. Viver e vencer pela fé é continuar crendo na provisão de Deus em tempo de escassez, crendo no livramento nos tempos de angústia e perseguição. Enfim, significa depender de Deus em tudo e não perder a esperança e o amor a Ele.
Jadiel Martins Souza
In: Charles Finney e a secularização da igreja
Jadiel Martins Souza
In: Charles Finney e a secularização da igreja
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sexta-feira, 24 de abril de 2009
Teve um caso em que o pastor realizou um concurso no qual os jovens eram desafiados a trazer visitantes à igreja. Foi estabelecido um alvo. E, se este fosse cumprido, o pastor prometeu que engoliria minhocas gigantes diante do grupo de jovens da igreja.
Este é apenas um dos casos bizarros listados por Christopher Marques em seu artigo Pastores e as suas perniciosas criatividades...
Este é apenas um dos casos bizarros listados por Christopher Marques em seu artigo Pastores e as suas perniciosas criatividades...
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quinta-feira, 23 de abril de 2009
Este é um livro a respeito da pregação expositiva, mas pode ter sido escrito para um mercado em baixa. Nem todos concordam que a pregação expositiva – ou qualquer tipo de pregação – seja uma necessidade urgente da igreja. Em certos círculos, o recado é que a pregação deve ser abandonada. O dedo que avança, já passou por ela e agora aponta para outros métodos e ministérios que são mais “eficazes” e mais sintonizados com os tempos.
A Desvalorização da Pregação
Explicar por que a pregação recebe estas notas baixas, nos levaria a cada uma das áreas da nossa vida comum. Como os pregadores já não são mais vistos como líderes intelectuais ou mesmo espirituais em suas comunidades, a imagem deles mudou.
Peça ao homem no banco da igreja que descreva um ministro, e a descrição poderá não ser lisonjeira. Segundo Kyle Hasselden, o pastor surge como “um compósito insípido” da congregação: como “escoteiro agradável, sempre prestativo, sempre pronto para ajudar; como o querido das senhoras idosas e como suficientemente reservado com as mais jovens; como a imagem paternal para os moços e companheiro para os homens solitários; como o cordial recepcionista afável nos chás e nos almoços dos clubes cívicos”. Se isto, de algum modo, retrata a realidade, mesmo que as pessoas gostem do pregador, certamente não irão respeitá-lo.
Além disto, a pregação acontece numa sociedade que é alvo de comunicações em demasia. A mídia massificada nos bombardeia com cem mil “mensagens” por dia. A televisão e o rádio apresentam mascates que entregam uma “palavra do patrocinador” com toda a sinceridade de um evangelista. Dentro desse contexto, o pregador talvez dê a impressão de ser mais uma pessoa mercenária que, nas palavras de John Ruskin, “faz truques de palco com as doutrinas da vida e da morte”.
Mais importante, talvez, é que alguns ministros no púlpito se sentem furtados de uma mensagem de autoridade. Boa parte da teologia moderna lhes oferece pouco mais do que palpites santificados, e eles suspeitam que os sofisticados nos bancos das igrejas tenham mais fé nos textos de ciência do que nos textos da pregação. Para alguns pregadores, portanto, os últimos modismos na comunicação seduzem mais do que a mensagem.
Apresentações multimídia, vídeos, sessões de compartilhamento, luzes estroboscópicas e a música do momento podem ser sintomas ou de saúde ou de doença. Sem dúvida, as técnicas modernas podem realçar a comunicação, mas, por outro lado, podem substituir a mensagem. O surpreendente e o incomum podem servir de disfarce para um vácuo. A ação social apela mais a certo segmento da igreja do que o falar ou o escutar. Para que servem palavras de fé, perguntam eles, quando a sociedade exige obras de fé? As pessoas com este cunho mental julgam que os apóstolos inverteram as coisas, quando resolveram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas” (At 6.2). Num dia de ativismo, seria mais relevante declarar: “Não é razoável que abandonemos o serviço às mesas para pregar a Palavra de Deus”.
O Argumento a favor da Pregação
A despeito da maledicência contra a pregação e os pregadores, ninguém que leva a sério a Bíblia ousa descartar a pregação. Para os escritores do Novo Testamento, a pregação destaca-se como o evento através do qual Deus opera. Pedro, por exemplo, lembrou seus leitores de que “foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente” (1Pe 1.23 NVI). Como foi que esta palavra veio a afetar a vida deles? Pedro explicou: “Essa é a palavra que lhes foi anunciada” (1.25; “que foi pregada a vocês” Bíblia Viva). Através da pregação, Deus os havia remido.
Paulo era um escritor. Da sua pena, temos a maioria das cartas inspiradas do Novo Testamento e, encabeçando a lista de suas cartas, há aquela aos Romanos. Medida pelo impacto que tiveram sobre a história, poucos documentos se comparam com ela. Mesmo assim, quando Paulo escreveu esta carta à congregação em Roma, confessou: “Anseio vê-los, a fim de compartilhar com vocês algum dom espiritual, para fortalecê-los, isto é, para que eu e vocês sejamos mutuamente encorajados pela fé” (Rm 1.11-12).
Paulo reconhecia que alguns ministérios não podem ser realizados, de forma alguma, sem o contato face a face. Nem a leitura de uma carta inspirada serve de substituto: “Estou disposto a pregar o evangelho também a vocês que estão em Roma” (1.15). Através da palavra pregada vem um poder que nem mesmo a palavra escrita pode substituir.
Além disto, Paulo relatou a história espiritual dos tessalonicenses que “voltaram-se a Deus, deixando os ídolos, a fim de servir ao Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus seu Filho” (1Ts 1.9-10). Aquela reviravolta ocorreu, explicou o apóstolo, porque “vocês o aceitaram, não como palavra de homens, mas conforme ela verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que crêem” (2.13). A pregação, no pensar de Paulo, não consistia em alguma pessoa discutir religião. Pelo contrário, o próprio Deus falava através da personalidade e mensagem de um pregador, para confrontar os homens e mulheres e trazê-los para si. Tudo isso explica por que Paulo encorajava seu jovem companheiro Timóteo a “pregar a palavra” (2Tm 4.2). Pregar significa proclamar, anunciar ou exortar. Pregadores devem conclamar a mensagem com paixão e fervor, a fim de comover almas. Nem todas as súplicas apaixonadas feitas do púlpito, no entanto, possuem autoridade divina. Quando o pregador fala como arauto, deve proclamar “a Palavra”. Qualquer coisa a menos não pode legitimamente passar como sendo pregação cristã.
A Necessidade de Pregação Expositiva
O homem no púlpito enfrenta a insistente tentação de pregar alguma mensagem que não seja aquela das Escrituras – um sistema político (quer da direita ou da esquerda), uma teoria de ciência econômica, uma nova filosofia religiosa, antigos slogans religiosos ou uma tendência da psicologia. Um pregador pode proclamar qualquer coisa, com voz imponente, no domingo de manhã, depois de serem cantados os hinos. Mesmo assim, quando um pregador deixa de pregar as Escrituras, perde sua autoridade. Já não confronta seus ouvintes com uma palavra vinda da parte de Deus. Logo, a maior parte da pregação moderna provoca pouco mais do que grandes bocejos. Deus não está nela.
Deus fala através da Bíblia. É a principal ferramenta de comunicação, mediante a qual ele se dirige aos indivíduos, hoje. A pregação bíblica, portanto, não deve ser igualada com “a velha história de Cristo e seu amor”, como se recontasse uma história acerca de tempos melhores, quando Deus estava com vida e passando bem. A pregação também não é um prato requentado de idéias acerca de Deus ortodoxas, sim porém distantes da vida.
Através da pregação das Escrituras, Deus se encontra com homens e mulheres e os traz à salvação (2Tm 3.15) e à riqueza e maturidade do caráter cristão (2Tm 3.16-17). Algo nos enche de reverente admiração, quando Deus confronta um indivíduo através da pregação e agarra-o pela alma.
O tipo de pregação que melhor transmite a força da autoridade divina é a pregação expositiva. Seria fátuo, porém, pressupor que todos concordam com esta declaração. Uma pesquisa de freqüentadores de igrejas que se contorceram durante horas, ouvindo pregação rotulada expositiva, mas seca como flocos de milho sem leite, não mostraria acordo sobre esse ponto, e nem seria de se esperar. Embora a maioria dos pregadores já tenham sido apresentados à pregação expositiva, sua prática os delata. Como poucas vezes eles a empregam, também votam “não”.
Admitimos que a pregação expositiva já sofreu, severamente, nos púlpitos de homens que alegam ser seus amigos. Nem toda a pregação expositiva é, contudo, necessariamente qualificada como sendo “expositiva”, nem sequer como “pregação”. Infelizmente, a Repartição de Pesos e Medidas (ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas) não tem numa redoma de vidro um sermão expositivo padrão, com o qual as demais mensagens devam ser comparadas. Qualquer fabricante pode colar o rótulo “expositivo” em qualquer sermão que queira, e nenhum Ralph Nader o corrigirá. Mas a despeito dos danos feitos por impostores, a pregação expositiva genuína tem, por detrás dela, o poder do Deus vivo.
Qual é, pois, o artigo genuíno? Em que se constitui a pregação expositiva? Como se compara ou contrasta com outros tipos de pregação?
A Definição da Pregação Expositiva
Tentar uma definição torna-se uma questão desajeitada, porque, ao definir algo, às vezes o destruímos. O menino que dissecou uma rã, para descobrir o que a levava a pular, aprendeu algo sobre as partes, mas matou a rã. A pregação é uma interação viva que envolve Deus, o pregador e a congregação, e nenhuma definição pode ter a pretensão de captar essa dinâmica. Mas, por amor à clareza, devemos tentar uma definição aproveitável para a prática.
A pregação expositiva é a comunicação de um conceito bíblico, derivado de, e transmitido através de um estudo histórico, gramatical e literário de uma passagem em seu contexto, que o Espírito Santo primeiramente aplica à personalidade e experiência do pregador, e depois, através dele, a seus ouvintes.
A passagem governa o sermão
Quais são os pormenores desta definição complexa e um tanto seca que devemos ressaltar? Primeiro, e acima de tudo, o pensamento do escritor bíblico determina a substância de um sermão expositivo. Em muitos sermões, a passagem bíblica lida à congregação se assemelha ao hino nacional tocado num jogo de futebol dá início às atividades, mas não é mais ouvido naquela ocasião. Na pregação expositiva, conforme a descrição de R. H. Montgomery, “o pregador empreende a apresentação de livros específicos (da Bíblia) como alguns homens abordariam o último best seller. O pregador procura levar a seu povo a mensagem de unidades específicas da Palavra de Deus”.
A pregação expositiva é, no seu âmago, mais uma filosofia do que um método. Se um homem pode ser chamado expositor, ou não, depende do seu propósito e da sua resposta à pergunta: “Você, como pregador, procura curvar seu pensamento às Escrituras, ou emprega as Escrituras para apoiar seu pensamento?” Essa não é a mesma pergunta que: “O que você prega é ortodoxo ou evangélico?” Nem é a mesma como: “Você tem um alto conceito da Bíblia ou crê que ela é a Palavra infalível de Deus?”. Por mais importantes que estas perguntas possam parecer noutras circunstâncias, alcançar nota de aprovação em teologia sistemática não qualifica um indivíduo como expositor da Bíblia. A teologia talvez nos proteja dos males que ficam de espreita, nas interpretações atomísticas e míopes, mas, ao mesmo tempo, pode vendar e impedir-nos de ver o texto. Em nossa abordagem a uma passagem, devemos estar dispostos a reexaminar nossas convicções doutrinárias e a rejeitar as opiniões dos nossos professores mais respeitados. Devemos abandonar nossos modos anteriores de entender a Bíblia, caso estes entrem em conflito com os conceitos do escritor bíblico.
Adotar essa atitude para com a Escritura exige tanto simplicidade como sofisticação. De um lado, o expositor aborda sua Bíblia com uma atitude infantil, para ouvir a história de novo. Não vem argumentar, nem comprovar um ponto de vista, nem sequer achar um sermão. Lê para entender e para experienciar o que entende. Ao mesmo tempo, sabe que vive, não como criança, e sim como adulto trancado nas pressuposições e cosmovisões que tornam difícil o entendimento. A Bíblia não é um livro de histórias para crianças, e sim, literatura grandiosa que requer uma resposta bem pensada. Todos os seus diamantes não jazem expostos na superfície para serem colhidos como flores. Sua riqueza é extraída somente através de árduo trabalho preparatório,
intelectual e espiritual.
O expositor comunica um conceito
A definição da pregação expositiva também enfatiza que o expositor comunica um conceito. Alguns pregadores conservadores foram desencaminhados por sua doutrina da inspiração e por uma compreensão inadequada de como funciona a linguagem. Os teólogos ortodoxos insistem que o Espírito Santo protege as palavras individuais do texto original. As palavras são o material do qual idéias são feitas, argumentam eles, e a não ser que as palavras sejam inspiradas, as idéias não podem ser preservadas de erro.
Embora uma doutrina ortodoxa da inspiração possa ser um princípio necessário da plataforma evangélica sobre a autoridade bíblica, às vezes isso atrapalha a pregação expositiva. Embora examinemos palavras no texto e por vezes tratemos de palavras específicas na pregação, as palavras e frases nunca devem tornar-se finalidades em si mesmas. As palavras são coisas vazias, até que venham a ser ligadas com outras palavras para transmitir significado. Em nossa abordagem à Bíblia, portanto, estamos primeiramente ocupados não com o significado das palavras individuais, e sim com aquilo que os escritores bíblicos querem dizer, mediante seu emprego das palavras. Colocando isso de outra forma, não entendemos os conceitos de uma passagem, meramente analisando suas palavras separadas. Uma análise gramatical de palavra por palavra pode ser tão sem finalidade e enfadonha quanto a leitura de um dicionário. Se pretendemos entender a Bíblia, a fim de comunicar sua mensagem, devemos pegar firme nela, no nível das idéias.
Francis A. Schaeffer, no seu livro Verdadeira Espiritualidade argumenta que a grande batalha pelos homens é travada no âmbito do pensamento:
Idéias são o material do mundo do pensamento, e das idéias é que explodem todas as coisas externas: a pintura, música, prédios, o amar e odiar as pessoas na prática, assim como os resultados de amar a Deus ou rebelar-se contra Deus, no mundo exterior... A pregação do evangelho é idéias, idéias flamejantes trazidas aos homens, conforme Deus as revelou para nós na Escritura. Não é uma experiência sem conteúdo, recebida internamente, e sim idéias cheias de conteúdo, sobre as quais internamente se age que fazem a diferença. Portanto, quando afirmamos nossas doutrinas, elas precisam ser idéias e não só frases. Não podemos usar doutrinas como se fossem peças mecânicas de um quebracabeça. A doutrina verdadeira é uma idéia revelada por Deus, na Bíblia; uma idéia que se ajusta apropriadamente dentro do mundo externo como ele é, e como Deus o fez, e ao homem como ele é, conforme Deus o fez, e que pode ser retornada através do corpo do homem para seu mundo-do-pensamento e ali tornar-se base para a atuação. Centralmente a batalha pelo homem está no mundo do pensamento.
Se vamos conseguir sermões, precisamos, portanto, obtê-los primeiro como idéias.
O conceito vem do texto
Essa ênfase em idéias, como sendo a substância da pregação expositiva, não nega, em nenhum aspecto, a importância de vocabulário ou gramática. A definição passa a explicar que, no sermão expositivo, a idéia é derivada de e transmitida através de um estudo histórico, gramatical e literário de um texto, em seu contexto. Trata, em primeiro lugar, de como o pregador chega a sua mensagem e, em segundo lugar, de como a comunica. As duas coisas envolvem o exame das formas gramaticais, históricas e literárias. Em seu escritório, o expositor procura o significado objetivo de uma passagem através de seu entendimento da linguagem, pano de fundo e cenário do texto. Depois, no púlpito, apresenta à congregação o resultado do seu estudo, para que o ouvinte possa averiguar, por si mesmo, a interpretação.
Em última análise, a autoridade por detrás da pregação reside não no pregador, e sim, no texto bíblico. Por esta razão, o expositor lida principalmente com uma explicação da Escritura, de tal maneira que focaliza na Bíblia a atenção do ouvinte.
Um expositor pode ser respeitado por suas capacidades exegéticas e por seu preparo diligente, mas estas qualidades não o transformam em papa protestante que fala ex cátedra. Os ouvintes também têm a responsabilidade de verificar a correspondência entre o sermão e o texto bíblico. Conforme escreveu Henry David Thoreau: “Leva duas pessoas para falar a verdade, uma para falar e outra para escutar”. Nenhuma verdade que vale a pena ser conhecida, será adquirida sem uma luta; logo, para uma congregação crescer, terá que participar da luta. “Para haver grandes poetas, é preciso haver grandes auditórios”, confessou Walt Whitman. A pregação expositiva eficaz exige ouvintes com ouvidos para ouvir. Visto que as almas deles dependem disto, o pregador deve oferecer a seus ouvintes informações suficientes para decidirem se aquilo que estão ouvindo é aquilo que a Bíblia realmente diz.
A Desvalorização da Pregação
Explicar por que a pregação recebe estas notas baixas, nos levaria a cada uma das áreas da nossa vida comum. Como os pregadores já não são mais vistos como líderes intelectuais ou mesmo espirituais em suas comunidades, a imagem deles mudou.
Peça ao homem no banco da igreja que descreva um ministro, e a descrição poderá não ser lisonjeira. Segundo Kyle Hasselden, o pastor surge como “um compósito insípido” da congregação: como “escoteiro agradável, sempre prestativo, sempre pronto para ajudar; como o querido das senhoras idosas e como suficientemente reservado com as mais jovens; como a imagem paternal para os moços e companheiro para os homens solitários; como o cordial recepcionista afável nos chás e nos almoços dos clubes cívicos”. Se isto, de algum modo, retrata a realidade, mesmo que as pessoas gostem do pregador, certamente não irão respeitá-lo.
Além disto, a pregação acontece numa sociedade que é alvo de comunicações em demasia. A mídia massificada nos bombardeia com cem mil “mensagens” por dia. A televisão e o rádio apresentam mascates que entregam uma “palavra do patrocinador” com toda a sinceridade de um evangelista. Dentro desse contexto, o pregador talvez dê a impressão de ser mais uma pessoa mercenária que, nas palavras de John Ruskin, “faz truques de palco com as doutrinas da vida e da morte”.
Mais importante, talvez, é que alguns ministros no púlpito se sentem furtados de uma mensagem de autoridade. Boa parte da teologia moderna lhes oferece pouco mais do que palpites santificados, e eles suspeitam que os sofisticados nos bancos das igrejas tenham mais fé nos textos de ciência do que nos textos da pregação. Para alguns pregadores, portanto, os últimos modismos na comunicação seduzem mais do que a mensagem.
Apresentações multimídia, vídeos, sessões de compartilhamento, luzes estroboscópicas e a música do momento podem ser sintomas ou de saúde ou de doença. Sem dúvida, as técnicas modernas podem realçar a comunicação, mas, por outro lado, podem substituir a mensagem. O surpreendente e o incomum podem servir de disfarce para um vácuo. A ação social apela mais a certo segmento da igreja do que o falar ou o escutar. Para que servem palavras de fé, perguntam eles, quando a sociedade exige obras de fé? As pessoas com este cunho mental julgam que os apóstolos inverteram as coisas, quando resolveram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas” (At 6.2). Num dia de ativismo, seria mais relevante declarar: “Não é razoável que abandonemos o serviço às mesas para pregar a Palavra de Deus”.
O Argumento a favor da Pregação
A despeito da maledicência contra a pregação e os pregadores, ninguém que leva a sério a Bíblia ousa descartar a pregação. Para os escritores do Novo Testamento, a pregação destaca-se como o evento através do qual Deus opera. Pedro, por exemplo, lembrou seus leitores de que “foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente” (1Pe 1.23 NVI). Como foi que esta palavra veio a afetar a vida deles? Pedro explicou: “Essa é a palavra que lhes foi anunciada” (1.25; “que foi pregada a vocês” Bíblia Viva). Através da pregação, Deus os havia remido.
Paulo era um escritor. Da sua pena, temos a maioria das cartas inspiradas do Novo Testamento e, encabeçando a lista de suas cartas, há aquela aos Romanos. Medida pelo impacto que tiveram sobre a história, poucos documentos se comparam com ela. Mesmo assim, quando Paulo escreveu esta carta à congregação em Roma, confessou: “Anseio vê-los, a fim de compartilhar com vocês algum dom espiritual, para fortalecê-los, isto é, para que eu e vocês sejamos mutuamente encorajados pela fé” (Rm 1.11-12).
Paulo reconhecia que alguns ministérios não podem ser realizados, de forma alguma, sem o contato face a face. Nem a leitura de uma carta inspirada serve de substituto: “Estou disposto a pregar o evangelho também a vocês que estão em Roma” (1.15). Através da palavra pregada vem um poder que nem mesmo a palavra escrita pode substituir.
Além disto, Paulo relatou a história espiritual dos tessalonicenses que “voltaram-se a Deus, deixando os ídolos, a fim de servir ao Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus seu Filho” (1Ts 1.9-10). Aquela reviravolta ocorreu, explicou o apóstolo, porque “vocês o aceitaram, não como palavra de homens, mas conforme ela verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que crêem” (2.13). A pregação, no pensar de Paulo, não consistia em alguma pessoa discutir religião. Pelo contrário, o próprio Deus falava através da personalidade e mensagem de um pregador, para confrontar os homens e mulheres e trazê-los para si. Tudo isso explica por que Paulo encorajava seu jovem companheiro Timóteo a “pregar a palavra” (2Tm 4.2). Pregar significa proclamar, anunciar ou exortar. Pregadores devem conclamar a mensagem com paixão e fervor, a fim de comover almas. Nem todas as súplicas apaixonadas feitas do púlpito, no entanto, possuem autoridade divina. Quando o pregador fala como arauto, deve proclamar “a Palavra”. Qualquer coisa a menos não pode legitimamente passar como sendo pregação cristã.
A Necessidade de Pregação Expositiva
O homem no púlpito enfrenta a insistente tentação de pregar alguma mensagem que não seja aquela das Escrituras – um sistema político (quer da direita ou da esquerda), uma teoria de ciência econômica, uma nova filosofia religiosa, antigos slogans religiosos ou uma tendência da psicologia. Um pregador pode proclamar qualquer coisa, com voz imponente, no domingo de manhã, depois de serem cantados os hinos. Mesmo assim, quando um pregador deixa de pregar as Escrituras, perde sua autoridade. Já não confronta seus ouvintes com uma palavra vinda da parte de Deus. Logo, a maior parte da pregação moderna provoca pouco mais do que grandes bocejos. Deus não está nela.
Deus fala através da Bíblia. É a principal ferramenta de comunicação, mediante a qual ele se dirige aos indivíduos, hoje. A pregação bíblica, portanto, não deve ser igualada com “a velha história de Cristo e seu amor”, como se recontasse uma história acerca de tempos melhores, quando Deus estava com vida e passando bem. A pregação também não é um prato requentado de idéias acerca de Deus ortodoxas, sim porém distantes da vida.
Através da pregação das Escrituras, Deus se encontra com homens e mulheres e os traz à salvação (2Tm 3.15) e à riqueza e maturidade do caráter cristão (2Tm 3.16-17). Algo nos enche de reverente admiração, quando Deus confronta um indivíduo através da pregação e agarra-o pela alma.
O tipo de pregação que melhor transmite a força da autoridade divina é a pregação expositiva. Seria fátuo, porém, pressupor que todos concordam com esta declaração. Uma pesquisa de freqüentadores de igrejas que se contorceram durante horas, ouvindo pregação rotulada expositiva, mas seca como flocos de milho sem leite, não mostraria acordo sobre esse ponto, e nem seria de se esperar. Embora a maioria dos pregadores já tenham sido apresentados à pregação expositiva, sua prática os delata. Como poucas vezes eles a empregam, também votam “não”.
Admitimos que a pregação expositiva já sofreu, severamente, nos púlpitos de homens que alegam ser seus amigos. Nem toda a pregação expositiva é, contudo, necessariamente qualificada como sendo “expositiva”, nem sequer como “pregação”. Infelizmente, a Repartição de Pesos e Medidas (ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas) não tem numa redoma de vidro um sermão expositivo padrão, com o qual as demais mensagens devam ser comparadas. Qualquer fabricante pode colar o rótulo “expositivo” em qualquer sermão que queira, e nenhum Ralph Nader o corrigirá. Mas a despeito dos danos feitos por impostores, a pregação expositiva genuína tem, por detrás dela, o poder do Deus vivo.
Qual é, pois, o artigo genuíno? Em que se constitui a pregação expositiva? Como se compara ou contrasta com outros tipos de pregação?
A Definição da Pregação Expositiva
Tentar uma definição torna-se uma questão desajeitada, porque, ao definir algo, às vezes o destruímos. O menino que dissecou uma rã, para descobrir o que a levava a pular, aprendeu algo sobre as partes, mas matou a rã. A pregação é uma interação viva que envolve Deus, o pregador e a congregação, e nenhuma definição pode ter a pretensão de captar essa dinâmica. Mas, por amor à clareza, devemos tentar uma definição aproveitável para a prática.
A pregação expositiva é a comunicação de um conceito bíblico, derivado de, e transmitido através de um estudo histórico, gramatical e literário de uma passagem em seu contexto, que o Espírito Santo primeiramente aplica à personalidade e experiência do pregador, e depois, através dele, a seus ouvintes.
A passagem governa o sermão
Quais são os pormenores desta definição complexa e um tanto seca que devemos ressaltar? Primeiro, e acima de tudo, o pensamento do escritor bíblico determina a substância de um sermão expositivo. Em muitos sermões, a passagem bíblica lida à congregação se assemelha ao hino nacional tocado num jogo de futebol dá início às atividades, mas não é mais ouvido naquela ocasião. Na pregação expositiva, conforme a descrição de R. H. Montgomery, “o pregador empreende a apresentação de livros específicos (da Bíblia) como alguns homens abordariam o último best seller. O pregador procura levar a seu povo a mensagem de unidades específicas da Palavra de Deus”.
A pregação expositiva é, no seu âmago, mais uma filosofia do que um método. Se um homem pode ser chamado expositor, ou não, depende do seu propósito e da sua resposta à pergunta: “Você, como pregador, procura curvar seu pensamento às Escrituras, ou emprega as Escrituras para apoiar seu pensamento?” Essa não é a mesma pergunta que: “O que você prega é ortodoxo ou evangélico?” Nem é a mesma como: “Você tem um alto conceito da Bíblia ou crê que ela é a Palavra infalível de Deus?”. Por mais importantes que estas perguntas possam parecer noutras circunstâncias, alcançar nota de aprovação em teologia sistemática não qualifica um indivíduo como expositor da Bíblia. A teologia talvez nos proteja dos males que ficam de espreita, nas interpretações atomísticas e míopes, mas, ao mesmo tempo, pode vendar e impedir-nos de ver o texto. Em nossa abordagem a uma passagem, devemos estar dispostos a reexaminar nossas convicções doutrinárias e a rejeitar as opiniões dos nossos professores mais respeitados. Devemos abandonar nossos modos anteriores de entender a Bíblia, caso estes entrem em conflito com os conceitos do escritor bíblico.
Adotar essa atitude para com a Escritura exige tanto simplicidade como sofisticação. De um lado, o expositor aborda sua Bíblia com uma atitude infantil, para ouvir a história de novo. Não vem argumentar, nem comprovar um ponto de vista, nem sequer achar um sermão. Lê para entender e para experienciar o que entende. Ao mesmo tempo, sabe que vive, não como criança, e sim como adulto trancado nas pressuposições e cosmovisões que tornam difícil o entendimento. A Bíblia não é um livro de histórias para crianças, e sim, literatura grandiosa que requer uma resposta bem pensada. Todos os seus diamantes não jazem expostos na superfície para serem colhidos como flores. Sua riqueza é extraída somente através de árduo trabalho preparatório,
intelectual e espiritual.
O expositor comunica um conceito
A definição da pregação expositiva também enfatiza que o expositor comunica um conceito. Alguns pregadores conservadores foram desencaminhados por sua doutrina da inspiração e por uma compreensão inadequada de como funciona a linguagem. Os teólogos ortodoxos insistem que o Espírito Santo protege as palavras individuais do texto original. As palavras são o material do qual idéias são feitas, argumentam eles, e a não ser que as palavras sejam inspiradas, as idéias não podem ser preservadas de erro.
Embora uma doutrina ortodoxa da inspiração possa ser um princípio necessário da plataforma evangélica sobre a autoridade bíblica, às vezes isso atrapalha a pregação expositiva. Embora examinemos palavras no texto e por vezes tratemos de palavras específicas na pregação, as palavras e frases nunca devem tornar-se finalidades em si mesmas. As palavras são coisas vazias, até que venham a ser ligadas com outras palavras para transmitir significado. Em nossa abordagem à Bíblia, portanto, estamos primeiramente ocupados não com o significado das palavras individuais, e sim com aquilo que os escritores bíblicos querem dizer, mediante seu emprego das palavras. Colocando isso de outra forma, não entendemos os conceitos de uma passagem, meramente analisando suas palavras separadas. Uma análise gramatical de palavra por palavra pode ser tão sem finalidade e enfadonha quanto a leitura de um dicionário. Se pretendemos entender a Bíblia, a fim de comunicar sua mensagem, devemos pegar firme nela, no nível das idéias.
Francis A. Schaeffer, no seu livro Verdadeira Espiritualidade argumenta que a grande batalha pelos homens é travada no âmbito do pensamento:
Idéias são o material do mundo do pensamento, e das idéias é que explodem todas as coisas externas: a pintura, música, prédios, o amar e odiar as pessoas na prática, assim como os resultados de amar a Deus ou rebelar-se contra Deus, no mundo exterior... A pregação do evangelho é idéias, idéias flamejantes trazidas aos homens, conforme Deus as revelou para nós na Escritura. Não é uma experiência sem conteúdo, recebida internamente, e sim idéias cheias de conteúdo, sobre as quais internamente se age que fazem a diferença. Portanto, quando afirmamos nossas doutrinas, elas precisam ser idéias e não só frases. Não podemos usar doutrinas como se fossem peças mecânicas de um quebracabeça. A doutrina verdadeira é uma idéia revelada por Deus, na Bíblia; uma idéia que se ajusta apropriadamente dentro do mundo externo como ele é, e como Deus o fez, e ao homem como ele é, conforme Deus o fez, e que pode ser retornada através do corpo do homem para seu mundo-do-pensamento e ali tornar-se base para a atuação. Centralmente a batalha pelo homem está no mundo do pensamento.
Se vamos conseguir sermões, precisamos, portanto, obtê-los primeiro como idéias.
O conceito vem do texto
Essa ênfase em idéias, como sendo a substância da pregação expositiva, não nega, em nenhum aspecto, a importância de vocabulário ou gramática. A definição passa a explicar que, no sermão expositivo, a idéia é derivada de e transmitida através de um estudo histórico, gramatical e literário de um texto, em seu contexto. Trata, em primeiro lugar, de como o pregador chega a sua mensagem e, em segundo lugar, de como a comunica. As duas coisas envolvem o exame das formas gramaticais, históricas e literárias. Em seu escritório, o expositor procura o significado objetivo de uma passagem através de seu entendimento da linguagem, pano de fundo e cenário do texto. Depois, no púlpito, apresenta à congregação o resultado do seu estudo, para que o ouvinte possa averiguar, por si mesmo, a interpretação.
Em última análise, a autoridade por detrás da pregação reside não no pregador, e sim, no texto bíblico. Por esta razão, o expositor lida principalmente com uma explicação da Escritura, de tal maneira que focaliza na Bíblia a atenção do ouvinte.
Um expositor pode ser respeitado por suas capacidades exegéticas e por seu preparo diligente, mas estas qualidades não o transformam em papa protestante que fala ex cátedra. Os ouvintes também têm a responsabilidade de verificar a correspondência entre o sermão e o texto bíblico. Conforme escreveu Henry David Thoreau: “Leva duas pessoas para falar a verdade, uma para falar e outra para escutar”. Nenhuma verdade que vale a pena ser conhecida, será adquirida sem uma luta; logo, para uma congregação crescer, terá que participar da luta. “Para haver grandes poetas, é preciso haver grandes auditórios”, confessou Walt Whitman. A pregação expositiva eficaz exige ouvintes com ouvidos para ouvir. Visto que as almas deles dependem disto, o pregador deve oferecer a seus ouvintes informações suficientes para decidirem se aquilo que estão ouvindo é aquilo que a Bíblia realmente diz.
ROBINSON, Haddon W. Pregação bíblica: o desenvolvimento e a entrega de sermões expositivos. Shedd Publicações, 2002.
Para adquirir esta obra, acesse: Shedd Publicações.
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quarta-feira, 22 de abril de 2009
Aqui, a primeira coisa que chama nossa atenção é a aparente contradição entre uma confissão que é alegada, embota o corte dos incentivos morais, e uma prática que na seriedade moral excede a prática de todas as outras religiões. O antinominiano e o puritano pareciam estar misturados neste campo como joio e trigo, de modo que, a primeira vista, parecia que o antinominiano era o resultado lógico da confissão calvinista, e como se fosse apenas por uma feliz inconsistência que o puritano poderia infundir o ardor de sua seriedade moral na frieza congelante que emana do dogma da predestinação.
Romanistas, Luteranos, Arminianos e Libertinos sempre têm acusado o Calvinismo de que sua doutrina da absoluta predestinação, culminando na perseverança dos santos, necessariamente deve resultar numa consciência muito condescendente e num perigoso descuido moral. Mas, o Calvinismo responde esta acusação não opondo razão contra razão, mas colocando um fato de reputação mundial em contraste com esta falsa dedução de conseqüências fictícias. Ele simplesmente pergunta:
Abraham Kuyper
In: Calvinismo
Romanistas, Luteranos, Arminianos e Libertinos sempre têm acusado o Calvinismo de que sua doutrina da absoluta predestinação, culminando na perseverança dos santos, necessariamente deve resultar numa consciência muito condescendente e num perigoso descuido moral. Mas, o Calvinismo responde esta acusação não opondo razão contra razão, mas colocando um fato de reputação mundial em contraste com esta falsa dedução de conseqüências fictícias. Ele simplesmente pergunta:
“Quais frutos morais rivais as outras religiões têm para contrapor, se nós apontamos para a alta seriedade moral dos Puritanos?”.
Abraham Kuyper
In: Calvinismo
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terça-feira, 21 de abril de 2009
"É meia-noite e no alto do monte das Oliveiras
As estrelas que brilhavam se apagaram;
É meia-noite agora no jardim,
O Salvador que sofre ora sozinho.
É meia-noite e afastado de todos,
O Salvador luta só com seus temores;
Nem mesmo o discípulo a quem amava,
Observa o sofrimento e as lágrimas do Mestre."
As estrelas que brilhavam se apagaram;
É meia-noite agora no jardim,
O Salvador que sofre ora sozinho.
É meia-noite e afastado de todos,
O Salvador luta só com seus temores;
Nem mesmo o discípulo a quem amava,
Observa o sofrimento e as lágrimas do Mestre."
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domingo, 19 de abril de 2009
40. Por que Cristo devia sofrer a morte?
R. Porque a justiça e a verdade de Deus(1) exigiam a morte do Filho de Deus; não houve outro meio de pagar nossos pecados (2).
(1) Gn 2:17. (2) Rm 8:3,4; Fp 2:8; Hb 2:9,14,15.
41. Por que Ele foi "sepultado"?
R. Para dar testemunho de que estava realmente morto(1).
(1) Mt 27:59,60; Lc 23:53; Jo 19:40-42; At 13:29; 1Co 15:3,4.
42. Se Cristo morreu por nós, por que devemos nós morrer também?
R. Nossa morte não é para pagar nossos pecados(1), mas somente significa que morremos para o pecado e que passamos para a vida eterna (2).
(1) Mc 8:37. (2) Jo 5:24; Rm 7:24,25; Fp 1:23.
43. Que importância tem, para nós, o sacrifício e a morte de Cristo na cruz?
R. Pelo poder de Cristo, nosso velho homem é crucificado, morto e sepultado com Ele(1), para que os maus desejos da carne não mais nos dominem (2) , mas que nos ofereçamos a Ele, como sacrifício de gratidão (3).
(1) Rm 6:6. (2) Rm 6:8,11,12. (3) Rm 12:1.
44. Por que se acrescenta: "desceu ao inferno"?
R. Porque meu Senhor Jesus Cristo sofreu, principalmente na cruz inexprimíveis angústias, dores e terrores(1). Por isso, até nas minhas mais duras tentações, tenho a certeza de que Ele me libertou da angústia e do tormento do inferno (2).
(1) Mt 26:38; Mt 27:46; Hb 5:7. (2) Is 53:5.
R. Porque a justiça e a verdade de Deus(1) exigiam a morte do Filho de Deus; não houve outro meio de pagar nossos pecados (2).
(1) Gn 2:17. (2) Rm 8:3,4; Fp 2:8; Hb 2:9,14,15.
41. Por que Ele foi "sepultado"?
R. Para dar testemunho de que estava realmente morto(1).
(1) Mt 27:59,60; Lc 23:53; Jo 19:40-42; At 13:29; 1Co 15:3,4.
42. Se Cristo morreu por nós, por que devemos nós morrer também?
R. Nossa morte não é para pagar nossos pecados(1), mas somente significa que morremos para o pecado e que passamos para a vida eterna (2).
(1) Mc 8:37. (2) Jo 5:24; Rm 7:24,25; Fp 1:23.
43. Que importância tem, para nós, o sacrifício e a morte de Cristo na cruz?
R. Pelo poder de Cristo, nosso velho homem é crucificado, morto e sepultado com Ele(1), para que os maus desejos da carne não mais nos dominem (2) , mas que nos ofereçamos a Ele, como sacrifício de gratidão (3).
(1) Rm 6:6. (2) Rm 6:8,11,12. (3) Rm 12:1.
44. Por que se acrescenta: "desceu ao inferno"?
R. Porque meu Senhor Jesus Cristo sofreu, principalmente na cruz inexprimíveis angústias, dores e terrores(1). Por isso, até nas minhas mais duras tentações, tenho a certeza de que Ele me libertou da angústia e do tormento do inferno (2).
(1) Mt 26:38; Mt 27:46; Hb 5:7. (2) Is 53:5.
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sábado, 18 de abril de 2009
Nós, músicos, artistas e líderes eclesiásticos, cristãos, vindos das variadas regiões brasileiras, estivemos reunidos entre os dias 6 a 12 de abril de 2009, no Acampamento da Mocidade Para Cristo do Brasil, dias de comemoração dos 25 anos do Som do Céu, para discutir dois temas principais: “A música e os músicos na igreja” e “A igreja como promotora de cultura”.
Agradecemos a Deus pelos dias de comunhão fraterna entre nós e pelo privilégio de ouvi-lo entre as vozes pastorais e proféticas que ecoaram em nosso meio. Reconhecemos que a música cristã tem ocupado um espaço significativo em nossos dias, tanto na igreja como na sociedade em geral. No entanto, observamos que nem sempre essa participação tem sido consistente e coerente com a Palavra de Deus – nosso referencial maior – nem rendido glórias ao Senhor da Igreja. Desejamos, portanto, apresentar à Igreja brasileira a “Carta do Som do Céu”, sintetizada em 25 pontos, que resume nossas inquietações e propõe ações práticas à Igreja de Cristo Jesus, nesse princípio de século XXI:
1. O artista cristão deve desenvolver o seu dom criativo e submetê-lo exclusivamente aos valores da Palavra de Deus;
2. Cremos que a arte, na perspectiva da graça comum, é um presente dos céus a toda humanidade e não está restrita aos cristãos;
3. Desejamos que haja coerência entre a vida, o ministério e a profissão do artista cristão, cujo discurso deve estar aliado à sua prática;
4. Esperamos que o artista cristão busque servir a Deus e à sociedade com excelência e integridade, dedicando-se ao desenvolvimento dos talentos e dos dons recebidos do alto;
5. A igreja precisa estar atenta ao artista cristão como parte do rebanho de Deus e dar a ele a atenção devida, despida de preconceitos, e oferecer-lhe pastoreio e discipulado, objetivando a sua formação espiritual e ética;
6. Esperamos que o artista cristão esteja envolvido em uma igreja local, servindo-a e amando-a como Corpo de Cristo. Deve ser rejeitada toda e qualquer tentativa de desenvolvimento de uma fé individualista e distante da comunidade;
7. Reafirmamos que a elaboração de textos e letras deve ter embasamento nos valores da Palavra de Deus;
8. Comprometemo-nos a dedicar atenção e reflexão às canções que são introduzidas no culto de adoração e nas demais atividades da igreja, buscando um repertório equilibrado e consciente e evitando, de todas as formas, que heresias e desvios teológicos adentrem sutilmente em nossas comunidades;
9. As igrejas, as instituições de ensino teológico e os artistas cristãos devem combater o ensinamento equivocado e amplamente difundido de que louvor e adoração restringem-se à musica, ensinando, por demonstração e exemplo, que se trata de um estilo de vida que envolve todas as áreas da nossa existência e que a música, assim como outras formas de arte, é expressão legítima de louvor e adoração;
10. A igreja deve agir como facilitadora na adoração e abrir espaço para que todos expressem seu louvor a Deus;
11. Esperamos que o músico cristão busque e desenvolva a santidade, vivendo uma vida piedosa, tanto no serviço prestado a Deus na igreja, quanto fora dela, em sua atividade profissional;
12. Rejeitamos a dicotomia que faz separação entre o sagrado e o secular e cria espaços estanques na vida do cristão. O Senhor Jesus é soberano e governa todas as instâncias da vida, e, por isso, devemos somente a ele a nossa fidelidade, agradando-o em tudo e rejeitando tão-somente o que ofende a sua glória;
13. A Igreja não se pode esquivar de sua responsabilidade diante da cultura na qual está inserida; deve mentoriar a reflexão e a prática de uma teologia de arte e cultura;
14. Incentivamos as igrejas a abrir suas dependências para a realização de eventos culturais como exposições, mostras, cursos, saraus e outras atividades visando à educação, à divulgação e à aproximação da sociedade;
15. Mesmo entendendo que todo trabalho na igreja é voluntário, podemos honrar com sustento ou remuneração aqueles que se dedicam ao ministério musical, se a comunidade disponibiliza de recursos para tal;
16. Entendemos que nossa arte deve encarnar uma voz profética e manifestar em seu conteúdo os valores do Reino;
17. Recomendamos que as igrejas promovam encontros de reflexão sobre a utilização das artes no Reino de Deus, capacitando os artistas para a realização de seu trabalho;
18. Incentivamos os músicos a expressar em sua arte a beleza de Deus por meio de uma contextualização e diversidade musical;
19. Reconhecemos o caráter essencialmente transformador e questionador da nossa arte e não cremos que ela deva estar a serviço do mercado;
20. Muito embora os artistas cristãos não se devam render aos senhores da mídia, tornando-se reféns desta, podem utilizar de maneira ética os meios de comunicação como canal para a divulgação de sua arte, proclamando, assim, o Reino de Deus;
21. No que se refere ao relacionamento entre os músicos e a liderança eclesiástica, encorajamos o diálogo, o respeito e o reconhecimento mútuo de seus ministérios como algo dado por Deus;
22. Incentivamos que os artistas cristãos busquem perante o Estado e a iniciativa privada recursos para a promoção de sua arte por meio de leis de incentivo à cultura, editais para financiamento de projetos culturais etc.
23. Encorajamos as igrejas a investir na educação e na formação de artistas;
24. Propomos que as igrejas e as instituições de ensino teológico incentivem as diversas manifestações artísticas e não somente a área musical;
25. Compreendemos que o ofício de artista é legítimo como tantos outros, podendo ser exercido pelo artista cristão no mercado de trabalho e devendo ser apoiado e incentivado pelas comunidades cristãs.
São Sebastião das Águas Claras, 9 de abril de 2009.
Assinam:
Debatedores:
Aristeu de Oliveira Pires Junior – Canela (RS)
Carlinhos Veiga – Brasília (DF)
Denise Bahiense – Rio de Janeiro (RJ)
Erlon de Oliveira – Belo Horizonte (MG)
Gladir Cabral – Florianópolis (SC)
João Alexandre Silveira – Campinas (SP)
Jorge Camargo – São Paulo (SP)
Jorge Redher – São Paulo (SP)
Marcos André Fernandes – Garanhuns (PE)
Marlene F. Vasques – Goiânia (GO)
Nelson Marialva Bomilcar – São Paulo (SP)
Paulo César da Silva – São José dos Campos (SP)
Romero Fonseca – Goiânia (GO)
Rubão Rodrigues Lima – Brasília (DF)
Sérgio Paulo de Andrade Pereira – Ribeirão Preto (SP)
Wesley Vasques – Goiânia (GO)
Demais participantes:
Alfredo de Barros Pereira – Brasília (DF)
Andréa Laís Barros Santos – Maceió (AL)
Aracy Clarkson Ferreira – Rio de Janeiro (RJ)
Armando de Oliveira – Salvador (BA)
Bruno Leonardo Alves da Fonsêca – Garanhuns (PE)
Caio César da Silva Pereira – Brasília (DF)
Carolina Gama – Campinas (SP)
Carolina Lage Gualberto – Belo Horizonte (MG)
Cláudia Barbosa de Souza Feitoza – Brasília (DF)
Danielle Martins Lima – (MG)
Davi Julião – São Paulo (SP)
Dora Bahiense – Florianópolis (SC)
Elecy Messias de Oliveira – Goiânia (GO)
Fábio Cândido de Jesus – Anápolis (GO)
Felipe de Freitas Hermsdorff Vellozo – Niterói (RJ)
Francely F. Barbosa – Anápolis (GO)
Glauber Toledo Plaça – São Paulo (SP)
Gleice de Oliveira Vicente Cantalice – Maceió (AL)
Guilherme e Alessandra Fontes Vilela Carvalho – Belo Horizonte (MG)
Guilherme Praxedes – Belo Horizonte (MG)
Hadassa de Moraes Alves – Viçosa (MG)
Irineu Santos Junior – Belo Horizonte (MG)
Isabella Sarom Sabino Honorato – Anápolis (GO)
Ismael S. Rattis – Brasília (DF)
João Carlos Pereira Junior – Vitória (ES)
Jocemar “Mazinho” Filho – Recife (PE)
Jônatas de Souza Reis – Belo Horizonte (MG)
Karen Bomilcar – São Paulo (SP)
Leonardo de Azeredo Peclát – Goiânia (GO)
Leonardo Rodrigues Barbosa – Brasília (DF)
Lidiane Dutra da Silva – (MA)
Marcel Martins Serafim – Jacareí (SP)
Marcelo Gualberto da Silva – Belo Horizonte (MG)
Márcia Pacheco Foizer – Brasília (DF)
Marilda Redher – São Paulo (SP)
Marivone Lobo Pereira – Ribeirão Preto (SP)
Pedro Barbosa de Souza Feitoza – Brasília (DF)
Rafael Ribeiro Santos – São Paulo (SP)
Renata Telha Ferreira – Rio de Janeiro (RJ)
Roberto Cândido de Barros – Curitiba (PR)
Selma de Oliveira Nogueira – São Paulo (SP)
Silvestre Moysés Loyolla Kuhlmann – São Paulo (SP)
Stênio Március – São Paulo (SP)
Talita Estrela R. Martins – Belo Horizonte (MG)
Vânia Sathler Lage – Belo Horizonte (MG)
Walma Oliveira – Rio de Janeiro (RJ)
Fonte: Raiz Duma Terra Seca
Agradecemos a Deus pelos dias de comunhão fraterna entre nós e pelo privilégio de ouvi-lo entre as vozes pastorais e proféticas que ecoaram em nosso meio. Reconhecemos que a música cristã tem ocupado um espaço significativo em nossos dias, tanto na igreja como na sociedade em geral. No entanto, observamos que nem sempre essa participação tem sido consistente e coerente com a Palavra de Deus – nosso referencial maior – nem rendido glórias ao Senhor da Igreja. Desejamos, portanto, apresentar à Igreja brasileira a “Carta do Som do Céu”, sintetizada em 25 pontos, que resume nossas inquietações e propõe ações práticas à Igreja de Cristo Jesus, nesse princípio de século XXI:
1. O artista cristão deve desenvolver o seu dom criativo e submetê-lo exclusivamente aos valores da Palavra de Deus;
2. Cremos que a arte, na perspectiva da graça comum, é um presente dos céus a toda humanidade e não está restrita aos cristãos;
3. Desejamos que haja coerência entre a vida, o ministério e a profissão do artista cristão, cujo discurso deve estar aliado à sua prática;
4. Esperamos que o artista cristão busque servir a Deus e à sociedade com excelência e integridade, dedicando-se ao desenvolvimento dos talentos e dos dons recebidos do alto;
5. A igreja precisa estar atenta ao artista cristão como parte do rebanho de Deus e dar a ele a atenção devida, despida de preconceitos, e oferecer-lhe pastoreio e discipulado, objetivando a sua formação espiritual e ética;
6. Esperamos que o artista cristão esteja envolvido em uma igreja local, servindo-a e amando-a como Corpo de Cristo. Deve ser rejeitada toda e qualquer tentativa de desenvolvimento de uma fé individualista e distante da comunidade;
7. Reafirmamos que a elaboração de textos e letras deve ter embasamento nos valores da Palavra de Deus;
8. Comprometemo-nos a dedicar atenção e reflexão às canções que são introduzidas no culto de adoração e nas demais atividades da igreja, buscando um repertório equilibrado e consciente e evitando, de todas as formas, que heresias e desvios teológicos adentrem sutilmente em nossas comunidades;
9. As igrejas, as instituições de ensino teológico e os artistas cristãos devem combater o ensinamento equivocado e amplamente difundido de que louvor e adoração restringem-se à musica, ensinando, por demonstração e exemplo, que se trata de um estilo de vida que envolve todas as áreas da nossa existência e que a música, assim como outras formas de arte, é expressão legítima de louvor e adoração;
10. A igreja deve agir como facilitadora na adoração e abrir espaço para que todos expressem seu louvor a Deus;
11. Esperamos que o músico cristão busque e desenvolva a santidade, vivendo uma vida piedosa, tanto no serviço prestado a Deus na igreja, quanto fora dela, em sua atividade profissional;
12. Rejeitamos a dicotomia que faz separação entre o sagrado e o secular e cria espaços estanques na vida do cristão. O Senhor Jesus é soberano e governa todas as instâncias da vida, e, por isso, devemos somente a ele a nossa fidelidade, agradando-o em tudo e rejeitando tão-somente o que ofende a sua glória;
13. A Igreja não se pode esquivar de sua responsabilidade diante da cultura na qual está inserida; deve mentoriar a reflexão e a prática de uma teologia de arte e cultura;
14. Incentivamos as igrejas a abrir suas dependências para a realização de eventos culturais como exposições, mostras, cursos, saraus e outras atividades visando à educação, à divulgação e à aproximação da sociedade;
15. Mesmo entendendo que todo trabalho na igreja é voluntário, podemos honrar com sustento ou remuneração aqueles que se dedicam ao ministério musical, se a comunidade disponibiliza de recursos para tal;
16. Entendemos que nossa arte deve encarnar uma voz profética e manifestar em seu conteúdo os valores do Reino;
17. Recomendamos que as igrejas promovam encontros de reflexão sobre a utilização das artes no Reino de Deus, capacitando os artistas para a realização de seu trabalho;
18. Incentivamos os músicos a expressar em sua arte a beleza de Deus por meio de uma contextualização e diversidade musical;
19. Reconhecemos o caráter essencialmente transformador e questionador da nossa arte e não cremos que ela deva estar a serviço do mercado;
20. Muito embora os artistas cristãos não se devam render aos senhores da mídia, tornando-se reféns desta, podem utilizar de maneira ética os meios de comunicação como canal para a divulgação de sua arte, proclamando, assim, o Reino de Deus;
21. No que se refere ao relacionamento entre os músicos e a liderança eclesiástica, encorajamos o diálogo, o respeito e o reconhecimento mútuo de seus ministérios como algo dado por Deus;
22. Incentivamos que os artistas cristãos busquem perante o Estado e a iniciativa privada recursos para a promoção de sua arte por meio de leis de incentivo à cultura, editais para financiamento de projetos culturais etc.
23. Encorajamos as igrejas a investir na educação e na formação de artistas;
24. Propomos que as igrejas e as instituições de ensino teológico incentivem as diversas manifestações artísticas e não somente a área musical;
25. Compreendemos que o ofício de artista é legítimo como tantos outros, podendo ser exercido pelo artista cristão no mercado de trabalho e devendo ser apoiado e incentivado pelas comunidades cristãs.
São Sebastião das Águas Claras, 9 de abril de 2009.
Assinam:
Debatedores:
Aristeu de Oliveira Pires Junior – Canela (RS)
Carlinhos Veiga – Brasília (DF)
Denise Bahiense – Rio de Janeiro (RJ)
Erlon de Oliveira – Belo Horizonte (MG)
Gladir Cabral – Florianópolis (SC)
João Alexandre Silveira – Campinas (SP)
Jorge Camargo – São Paulo (SP)
Jorge Redher – São Paulo (SP)
Marcos André Fernandes – Garanhuns (PE)
Marlene F. Vasques – Goiânia (GO)
Nelson Marialva Bomilcar – São Paulo (SP)
Paulo César da Silva – São José dos Campos (SP)
Romero Fonseca – Goiânia (GO)
Rubão Rodrigues Lima – Brasília (DF)
Sérgio Paulo de Andrade Pereira – Ribeirão Preto (SP)
Wesley Vasques – Goiânia (GO)
Demais participantes:
Alfredo de Barros Pereira – Brasília (DF)
Andréa Laís Barros Santos – Maceió (AL)
Aracy Clarkson Ferreira – Rio de Janeiro (RJ)
Armando de Oliveira – Salvador (BA)
Bruno Leonardo Alves da Fonsêca – Garanhuns (PE)
Caio César da Silva Pereira – Brasília (DF)
Carolina Gama – Campinas (SP)
Carolina Lage Gualberto – Belo Horizonte (MG)
Cláudia Barbosa de Souza Feitoza – Brasília (DF)
Danielle Martins Lima – (MG)
Davi Julião – São Paulo (SP)
Dora Bahiense – Florianópolis (SC)
Elecy Messias de Oliveira – Goiânia (GO)
Fábio Cândido de Jesus – Anápolis (GO)
Felipe de Freitas Hermsdorff Vellozo – Niterói (RJ)
Francely F. Barbosa – Anápolis (GO)
Glauber Toledo Plaça – São Paulo (SP)
Gleice de Oliveira Vicente Cantalice – Maceió (AL)
Guilherme e Alessandra Fontes Vilela Carvalho – Belo Horizonte (MG)
Guilherme Praxedes – Belo Horizonte (MG)
Hadassa de Moraes Alves – Viçosa (MG)
Irineu Santos Junior – Belo Horizonte (MG)
Isabella Sarom Sabino Honorato – Anápolis (GO)
Ismael S. Rattis – Brasília (DF)
João Carlos Pereira Junior – Vitória (ES)
Jocemar “Mazinho” Filho – Recife (PE)
Jônatas de Souza Reis – Belo Horizonte (MG)
Karen Bomilcar – São Paulo (SP)
Leonardo de Azeredo Peclát – Goiânia (GO)
Leonardo Rodrigues Barbosa – Brasília (DF)
Lidiane Dutra da Silva – (MA)
Marcel Martins Serafim – Jacareí (SP)
Marcelo Gualberto da Silva – Belo Horizonte (MG)
Márcia Pacheco Foizer – Brasília (DF)
Marilda Redher – São Paulo (SP)
Marivone Lobo Pereira – Ribeirão Preto (SP)
Pedro Barbosa de Souza Feitoza – Brasília (DF)
Rafael Ribeiro Santos – São Paulo (SP)
Renata Telha Ferreira – Rio de Janeiro (RJ)
Roberto Cândido de Barros – Curitiba (PR)
Selma de Oliveira Nogueira – São Paulo (SP)
Silvestre Moysés Loyolla Kuhlmann – São Paulo (SP)
Stênio Március – São Paulo (SP)
Talita Estrela R. Martins – Belo Horizonte (MG)
Vânia Sathler Lage – Belo Horizonte (MG)
Walma Oliveira – Rio de Janeiro (RJ)
Fonte: Raiz Duma Terra Seca
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quinta-feira, 16 de abril de 2009
Não, não compactaram o rapaz.
Apenas censuraram, removeram mesmo uma postagem sua. Ele publicou uma imagem pornográfica? Escreveu palavrões? Levantou falso testemunho ou difamou alguém?
Nada disso, fez coisa pior: falou a verdade.
A coisa está feia. Quem fala a verdade é calado, quem mente vira pastor...
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(1) O homem decaído, em seu estado natural, não tem capacidade alguma para crer no evangelho, tal como lhe falta toda a capacidade para dar crédito à lei, a despeito de toda indução externa que sobre ele possa ser exercida.
(2) A eleição de Deus é uma escolha gratuita, soberana e incondicional de pecadores, como pecadores, para que venham a ser redimidos por Cristo, para que venham a receber fé e para que sejam conduzidos à glória.
(3) A obra remidora de Cristo teve como sua finalidade e alvo a salvação dos eleitos.
(4) A obra do Espírito Santo, ao conduzir os homens à fé, nunca deixa de atingir o seu objetivo.
(5) Os crentes são guardados na fé e na graça pelo poder inconquistável de Deus, até que eles cheguem à glória.
J. I. Packer
In: O Antigo Evangelho
(2) A eleição de Deus é uma escolha gratuita, soberana e incondicional de pecadores, como pecadores, para que venham a ser redimidos por Cristo, para que venham a receber fé e para que sejam conduzidos à glória.
(3) A obra remidora de Cristo teve como sua finalidade e alvo a salvação dos eleitos.
(4) A obra do Espírito Santo, ao conduzir os homens à fé, nunca deixa de atingir o seu objetivo.
(5) Os crentes são guardados na fé e na graça pelo poder inconquistável de Deus, até que eles cheguem à glória.
J. I. Packer
In: O Antigo Evangelho
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segunda-feira, 13 de abril de 2009
Este texto é um comentário ao artigo "Obrigação moral sem livre-arbítrio", de autoria de Valtencir Alves e que me chegou via blog Reflexões do Reino. O que se desprende do artigo é que sem livre-arbítrio não haveria responsabilidade moral e o homem não poderia ser julgado nem condenado por seus pecados.
Antes de nos referirmos à relação entre responsabilidade moral e livre-arbítrio, vamos procurar entender, a partir do texto em apreço, o sentido que o autor confere ao termo livre-arbítrio. O conceito adotado pelo articulista é de livre-arbítrio como poder de escolha contrária, ou seja, que um homem sempre poderia "ter agido de outra maneira, se assim tivesse querido fazê-lo". Para se ter idéia do grau de liberdade necessária para que o homem possa ser levado a julgamento, o autor afirma que ele deverá agir isento "de pressão, vinda da parte de sua natureza perdida, por opressão do Diabo ou por permissão de Deus". Ou seja, a menos que o homem esteja num estado de neutralidade moral, não sofra tentação nem seja influenciado por Deus, nada que ele faça pode ser lhe imputado.
Ocorre porém que para esta questão o referencial deve ser a Bíblia Sagrada e não os modelos vistos nas sociedades humanas. Devemos levar em conta a base na qual a Escritura assenta a responsabilidade do homem e não os sistemas judiciais terrenos ou sistemas filosóficos humanos. E olhando para o que a Bíblia diz, vemos que os requisitos propostos pelo articulista para que o homem seja responsabilizado pelos seus atos e atitudes jamais seriam preenchidos e portanto Deus jamais poderia julgar quem quer que seja.
Quanto ao estado do homem caído, ele não vive em neutralidade moral, pelo contrário, é naturalmente inclinado ao pecado. Desde a Queda, o pecado afetou o homem de tal maneira que todas as suas faculdades tem um pendor para o pecado. A Bíblia diz que "o Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um" (Sl 14:2-3). Porque "todos pecaram" (Rm 3:23) e "todo o que comete pecado é escravo do pecado" (Jo 8:34), nenhum homem está numa condição de escolher sem sofrer pressão de sua natureza caída. De fato, Jesus tanto disse "não quereis vir a mim para terdes vida" (Jo 5:40) como afirmou "ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido" (Jo 6:65). Somente quando o Filho nos liberta podemos ser verdadeiramente livres.
Além disso, a Bíblia descreve Satanás como o tentador que engana os homens e os conduz ao erro. No Éden, mentiu à mulher, dizendo "certamente não morrereis" (Gn 3:4) e Eva falou a verdade quando confessou "a serpente enganou-me e eu comi" (Gn 3:13 cf 2Co 11:3; 1Tm 2:14). De alguns que ouvem a Palavra, "logo vem o Diabo e tira-lhe do coração a palavra, para que não suceda que, crendo, sejam salvos" (Lc 8:12). Todos os que não foram renovados em seus espíritos estão sob o "poder de Satanás" (At 26:18). No Apocalipse, Satanás ainda é "a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo" (Ap 12:9). Satanás não fica assistindo impassível enquanto alguém faz uma escolha por Cristo.
O controle providencial de Deus é uma verdade ensinada em toda a Bíblia. Deus governa todas as coisas, inclusive o coração do homem, pois "como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer" (Pv 21:1). Ainda que sejam muitos "os planos no coração do homem; mas o desígnio do Senhor, esse prevalecerá" (Pv 19:21). O Senhor coloca desejos no coração das pessoas (Ed 7:27) e é quem inclina nosso coração para ouvir Sua Palavra (Sl 119:36). No dizer de Paulo, "Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2:13). Por isso Jeremias disse "converte-me, e converter-me-ei, porque tu és o SENHOR meu Deus" (Pv 31:18).
Mas, se o homem não é livre num grau que possa escolher e agir sem a influência de sua natureza corrompida, da ação maléfica do Diabo e da providência divina, então como ele ainda é responsável diante de Deus e está sujeito ao julgamento e condenação justa por parte do Senhor? Simples, a Bíblia não baseia a responsabilidade do homem no livre-arbítrio. Aliás, ninguém que diz que sem livre-arbítrio não existe responsabilidade moral se preocupa em provar o que diz de qualquer modo, menos ainda pela Bíblia.
A responsabilidade do homem baseia-se no direito de Deus como Criador. Aos que questionam o direito do Oleiro o Senhor diz simplesmente "quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás. Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência" (Jó 38:2-4). Porque Deus é o Criador, "todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo" (Rm 14:10). Além disso, Deus é o padrão do que é certo e errado e não cabe ao homem questionar seu padrão de justiça. Também somos responsáveis diante de Deus na medida do nosso conhecimento. É o que Paulo diz em Rm 2:12-16: "Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho".
Em resumo podemos dizer que a liberdade de indiferença não é determinante para o conceito de responsabilidade, pelo contrário, a destrói; que o homem não é livre em nenhum sentido que possa fazer escolhas a partir de uma posição de neutralidade moral e, finalmente, que a Bíblia baseia a responsabilidade na nossa posição como criatura, e no fato de Deus ser o padrão do certo e errado, no conhecimento que temos dEle.
Antes de nos referirmos à relação entre responsabilidade moral e livre-arbítrio, vamos procurar entender, a partir do texto em apreço, o sentido que o autor confere ao termo livre-arbítrio. O conceito adotado pelo articulista é de livre-arbítrio como poder de escolha contrária, ou seja, que um homem sempre poderia "ter agido de outra maneira, se assim tivesse querido fazê-lo". Para se ter idéia do grau de liberdade necessária para que o homem possa ser levado a julgamento, o autor afirma que ele deverá agir isento "de pressão, vinda da parte de sua natureza perdida, por opressão do Diabo ou por permissão de Deus". Ou seja, a menos que o homem esteja num estado de neutralidade moral, não sofra tentação nem seja influenciado por Deus, nada que ele faça pode ser lhe imputado.
Ocorre porém que para esta questão o referencial deve ser a Bíblia Sagrada e não os modelos vistos nas sociedades humanas. Devemos levar em conta a base na qual a Escritura assenta a responsabilidade do homem e não os sistemas judiciais terrenos ou sistemas filosóficos humanos. E olhando para o que a Bíblia diz, vemos que os requisitos propostos pelo articulista para que o homem seja responsabilizado pelos seus atos e atitudes jamais seriam preenchidos e portanto Deus jamais poderia julgar quem quer que seja.
Quanto ao estado do homem caído, ele não vive em neutralidade moral, pelo contrário, é naturalmente inclinado ao pecado. Desde a Queda, o pecado afetou o homem de tal maneira que todas as suas faculdades tem um pendor para o pecado. A Bíblia diz que "o Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um" (Sl 14:2-3). Porque "todos pecaram" (Rm 3:23) e "todo o que comete pecado é escravo do pecado" (Jo 8:34), nenhum homem está numa condição de escolher sem sofrer pressão de sua natureza caída. De fato, Jesus tanto disse "não quereis vir a mim para terdes vida" (Jo 5:40) como afirmou "ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido" (Jo 6:65). Somente quando o Filho nos liberta podemos ser verdadeiramente livres.
Além disso, a Bíblia descreve Satanás como o tentador que engana os homens e os conduz ao erro. No Éden, mentiu à mulher, dizendo "certamente não morrereis" (Gn 3:4) e Eva falou a verdade quando confessou "a serpente enganou-me e eu comi" (Gn 3:13 cf 2Co 11:3; 1Tm 2:14). De alguns que ouvem a Palavra, "logo vem o Diabo e tira-lhe do coração a palavra, para que não suceda que, crendo, sejam salvos" (Lc 8:12). Todos os que não foram renovados em seus espíritos estão sob o "poder de Satanás" (At 26:18). No Apocalipse, Satanás ainda é "a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo" (Ap 12:9). Satanás não fica assistindo impassível enquanto alguém faz uma escolha por Cristo.
O controle providencial de Deus é uma verdade ensinada em toda a Bíblia. Deus governa todas as coisas, inclusive o coração do homem, pois "como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer" (Pv 21:1). Ainda que sejam muitos "os planos no coração do homem; mas o desígnio do Senhor, esse prevalecerá" (Pv 19:21). O Senhor coloca desejos no coração das pessoas (Ed 7:27) e é quem inclina nosso coração para ouvir Sua Palavra (Sl 119:36). No dizer de Paulo, "Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2:13). Por isso Jeremias disse "converte-me, e converter-me-ei, porque tu és o SENHOR meu Deus" (Pv 31:18).
Mas, se o homem não é livre num grau que possa escolher e agir sem a influência de sua natureza corrompida, da ação maléfica do Diabo e da providência divina, então como ele ainda é responsável diante de Deus e está sujeito ao julgamento e condenação justa por parte do Senhor? Simples, a Bíblia não baseia a responsabilidade do homem no livre-arbítrio. Aliás, ninguém que diz que sem livre-arbítrio não existe responsabilidade moral se preocupa em provar o que diz de qualquer modo, menos ainda pela Bíblia.
A responsabilidade do homem baseia-se no direito de Deus como Criador. Aos que questionam o direito do Oleiro o Senhor diz simplesmente "quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás. Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência" (Jó 38:2-4). Porque Deus é o Criador, "todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo" (Rm 14:10). Além disso, Deus é o padrão do que é certo e errado e não cabe ao homem questionar seu padrão de justiça. Também somos responsáveis diante de Deus na medida do nosso conhecimento. É o que Paulo diz em Rm 2:12-16: "Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho".
Em resumo podemos dizer que a liberdade de indiferença não é determinante para o conceito de responsabilidade, pelo contrário, a destrói; que o homem não é livre em nenhum sentido que possa fazer escolhas a partir de uma posição de neutralidade moral e, finalmente, que a Bíblia baseia a responsabilidade na nossa posição como criatura, e no fato de Deus ser o padrão do certo e errado, no conhecimento que temos dEle.
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domingo, 12 de abril de 2009
37. O que você quer dizer com a palavra "padeceu"?
R. Que Cristo, em corpo e alma, durante toda a sua vida na terra, mas principalmente no final, suportou a ira de Deus contra os pecados de todo o gênero humano(1). Por este sofrimento, como o único sacrifício propiciatório (2) , Ele salvou, da condenação eterna de Deus, nosso corpo e alma (3) e conquistou para nós a graça de Deus, a justiça e a vida eterna (4).
(1) Is 53:4,12; 1Tm 2:6; 1Pe 2:24; 1Pe 3:18. (2) Is 53:10; Rm 3:25; 1Co 5:7; Ef 5:2; Hb 9:28; Hb 10:14; 1Jo 2:2; 1Jo 4:10. (3) Gl 3:13; Cl 1:13; Hb 9:12; 1Pe 1:18,19. (4) Jo 3:16; Jo 6:51; 2Co 5:21; Hb 9:15; Hb 10:19.
38. Por que Ele padeceu "sob Pôncio Pilatos"?
R. Cristo, embora julgado inocente, foi condenado pelo juiz oficial (1) , para que nos libertasse do severo juízo de Deus que devia cair sobre nós (2).
(1) Mt 27:24; Lc 23:13-15; Jo 18:38; Jo 19:4; Jo 19:11. (2) Is 53:4,5; 2Co 5:21; Gl 3:13.
39. Cristo "foi crucificado". Isto tem mais sentido do que morrer de outra maneira?
R. Tem sim, porque pela crucificação tenho certeza de que Ele tomou sobre si (1) a maldição que pesava sobre mim. Pois a morte da cruz era maldita por Deus (2).
(1) Gl 3:13. (2) Dt 21:23.
R. Que Cristo, em corpo e alma, durante toda a sua vida na terra, mas principalmente no final, suportou a ira de Deus contra os pecados de todo o gênero humano(1). Por este sofrimento, como o único sacrifício propiciatório (2) , Ele salvou, da condenação eterna de Deus, nosso corpo e alma (3) e conquistou para nós a graça de Deus, a justiça e a vida eterna (4).
(1) Is 53:4,12; 1Tm 2:6; 1Pe 2:24; 1Pe 3:18. (2) Is 53:10; Rm 3:25; 1Co 5:7; Ef 5:2; Hb 9:28; Hb 10:14; 1Jo 2:2; 1Jo 4:10. (3) Gl 3:13; Cl 1:13; Hb 9:12; 1Pe 1:18,19. (4) Jo 3:16; Jo 6:51; 2Co 5:21; Hb 9:15; Hb 10:19.
38. Por que Ele padeceu "sob Pôncio Pilatos"?
R. Cristo, embora julgado inocente, foi condenado pelo juiz oficial (1) , para que nos libertasse do severo juízo de Deus que devia cair sobre nós (2).
(1) Mt 27:24; Lc 23:13-15; Jo 18:38; Jo 19:4; Jo 19:11. (2) Is 53:4,5; 2Co 5:21; Gl 3:13.
39. Cristo "foi crucificado". Isto tem mais sentido do que morrer de outra maneira?
R. Tem sim, porque pela crucificação tenho certeza de que Ele tomou sobre si (1) a maldição que pesava sobre mim. Pois a morte da cruz era maldita por Deus (2).
(1) Gl 3:13. (2) Dt 21:23.
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sábado, 11 de abril de 2009
A revista Time, em sua edição eletrônica, listou as 10 influências mais importantes no mundo na atualidade. O chamado novo calvinismo é listado em terceiro lugar [Link]. Abaixo, o texto traduzido na íntegra, pelo pastor F. Wellington Ferreira, membro da Igreja Batista da Graça, em São José dos Campos.
———————–
Se você quer realmente seguir o desenvolvimento do cristianismo conservador, rastreie as suas músicas de sucesso. No início do século xx, você ouviria “Rude Cruz”, uma celebração da expiação. Nos anos 1980, você teria compartilhado a intimidade do tipo “Jesus é meu amigo”, expressada na canção “Brilha, Jesus”. Hoje, as músicas de sucesso retratam cada vez mais um Deus que é muito grande, enquanto nós… bem, ouça a banda de David Crowder: “Estou cheio de terra/ Tu és o tesouro do céu/ Estou sujo de lama/ Inclinado à depravação”.
O calvinismo está de volta, e não apenas no âmbito da música. A resposta de João Calvino, no século xvi, aos excessos do catolicismo na forma de “compre o seu livramento do purgatório” é a mais recente história de sucesso do evangelicalismo [americano], uma história completa: com uma Deidade totalmente soberana que administra as coisas mínimas, uma humanidade pecaminosa e incapaz e, a combinação da conseqüência lógica, a predestinação: a crença de que, antes de o tempo surgir, Deus resolveu a quem salvaria (ou não), sem influenciar-se por qualquer ação ou decisão humana subseqüente.
O calvinismo, primo de outro pilar da Reforma, o luteranismo, é bem menos rígido do que os seus críticos afirmam. O calvinismo oferece uma Deidade firme que orquestra absolutamente tudo, incluindo a enfermidade (ou o arresto da casa!), por meio de uma lógica que talvez não entendamos, mas não temos de criticar depois que vemos os resultados. Nossa satisfação — e nosso propósito — se realiza apenas ao glorificá-Lo. No século xviii, o pregador puritano Jonathan Edwards revestiu o calvinismo de um misticismo quase extasiante. Mas logo o calvinismo foi vencido nos Estados Unidos por movimentos como o metodismo, que eram mais impressionados com a vontade humana. Grupos liberais descendentes dos calvinistas, como a Igreja Presbiteriana (EUA) [PCUSA], descobriram outra ênfase, enquanto o evangelicalismo perdia o interesse por uma doutrina consistente (havia o triunfo daquele Jesus amável e impreciso) e parecia relegar a pregação reformada fiel (a palavra reformado é um sinônimo de calvinista) a algumas poucas igrejas persistentes do sul [dos EUA].
Isso não acontece mais. Os ministros e autores neo-calvinistas não agem numa escala como Rick Warren. Contudo, ouça Ted Olsen, editor-chefe da revista Cristianity Today: “Todos sabem onde estão a energia e a paixão no mundo evangélico” — com o neo-calvinista pioneiro John Piper, de Minneapolis, com Mark Discroll, o brigão de Seattle, e Albert Mohler, presidente do Southern [Theological Baptist] Seminary, da grande Convenção Batista do Sul [dos EUA]. A Bíblia de Estudo ESV, com sabor calvinista, esgotou a sua primeira tiragem; blogs reformados como Between Two Worlds estão entre os links mais populares do ciberespaço cristão.
À semelhança dos calvinistas, os evangélicos mais moderados estão explorando curas para o desvio doutrinário do movimento, mas não podem oferecer a mesma segurança coletiva. “Muitos jovens cresceram em cultura de destruição, divórcio, drogas e tentação sexual”, disse Collin Hansen, autor de Young, Restless, Reformed: A Journalist’s Journey with the New Calvinists. “Eles têm muitos amigos; o que precisam é de um Deus.” Mohler disse: “No momento em que alguém começa a definir o ser ou os atos de Deus biblicamente, essa pessoa é levada a conclusões que são tradicionalmente classificadas como calvinistas”. De fato, essa presunção de inevitabilidade tem atraído acusações de arrogância e divisionismo desde a época de Calvino. Na verdade, alguns dos entusiastas de hoje sugerem que os não-calvinistas podem não ser cristãos. Pequenas disputas entre os batistas do sul [dos EUA] (que têm um grupamento concorrente de não-calvinistas) e trocas de ameaças on-line são um mau presságio.
Em julho próximo, se dará o 500º aniversário de nascimento de Calvino. Será interessante observar se o último legado de Calvino será a difamação protestante clássica ou se, durante estes tempos difíceis, mais cristãos que buscam segurança sujeitarão a sua vontade ao Deus severamente exigente dos primórdios de seu país.
Fonte: Blog Fiel
PS.: Franklin Ferreira, moderador do Blog Fiel, acrescentou a seguinte observação:
Só um detalhe, pessoal: ainda que este texto tenha alguns problemas conceituais e use de alguma ironia com a fé reformada, traduzimos e postamos o mesmo aqui para seu valor de registro.
E para os que lêem inglês, recomendo o ótimo livro de Colin Hansen, Young, Restless, Reformed: A Journalist’s Journey with the New Calvinists. O prólogo e o primeiro capítulo podem ser lidos aqui: http://www.monergismbooks.com/pdfs/youngrestless.pdf
É um trabalho jornalistico muito legal, que mostra a pujança do calvinismo em círculos americanos, e especialmente entre jovens.
———————–
Se você quer realmente seguir o desenvolvimento do cristianismo conservador, rastreie as suas músicas de sucesso. No início do século xx, você ouviria “Rude Cruz”, uma celebração da expiação. Nos anos 1980, você teria compartilhado a intimidade do tipo “Jesus é meu amigo”, expressada na canção “Brilha, Jesus”. Hoje, as músicas de sucesso retratam cada vez mais um Deus que é muito grande, enquanto nós… bem, ouça a banda de David Crowder: “Estou cheio de terra/ Tu és o tesouro do céu/ Estou sujo de lama/ Inclinado à depravação”.
O calvinismo está de volta, e não apenas no âmbito da música. A resposta de João Calvino, no século xvi, aos excessos do catolicismo na forma de “compre o seu livramento do purgatório” é a mais recente história de sucesso do evangelicalismo [americano], uma história completa: com uma Deidade totalmente soberana que administra as coisas mínimas, uma humanidade pecaminosa e incapaz e, a combinação da conseqüência lógica, a predestinação: a crença de que, antes de o tempo surgir, Deus resolveu a quem salvaria (ou não), sem influenciar-se por qualquer ação ou decisão humana subseqüente.
O calvinismo, primo de outro pilar da Reforma, o luteranismo, é bem menos rígido do que os seus críticos afirmam. O calvinismo oferece uma Deidade firme que orquestra absolutamente tudo, incluindo a enfermidade (ou o arresto da casa!), por meio de uma lógica que talvez não entendamos, mas não temos de criticar depois que vemos os resultados. Nossa satisfação — e nosso propósito — se realiza apenas ao glorificá-Lo. No século xviii, o pregador puritano Jonathan Edwards revestiu o calvinismo de um misticismo quase extasiante. Mas logo o calvinismo foi vencido nos Estados Unidos por movimentos como o metodismo, que eram mais impressionados com a vontade humana. Grupos liberais descendentes dos calvinistas, como a Igreja Presbiteriana (EUA) [PCUSA], descobriram outra ênfase, enquanto o evangelicalismo perdia o interesse por uma doutrina consistente (havia o triunfo daquele Jesus amável e impreciso) e parecia relegar a pregação reformada fiel (a palavra reformado é um sinônimo de calvinista) a algumas poucas igrejas persistentes do sul [dos EUA].
Isso não acontece mais. Os ministros e autores neo-calvinistas não agem numa escala como Rick Warren. Contudo, ouça Ted Olsen, editor-chefe da revista Cristianity Today: “Todos sabem onde estão a energia e a paixão no mundo evangélico” — com o neo-calvinista pioneiro John Piper, de Minneapolis, com Mark Discroll, o brigão de Seattle, e Albert Mohler, presidente do Southern [Theological Baptist] Seminary, da grande Convenção Batista do Sul [dos EUA]. A Bíblia de Estudo ESV, com sabor calvinista, esgotou a sua primeira tiragem; blogs reformados como Between Two Worlds estão entre os links mais populares do ciberespaço cristão.
À semelhança dos calvinistas, os evangélicos mais moderados estão explorando curas para o desvio doutrinário do movimento, mas não podem oferecer a mesma segurança coletiva. “Muitos jovens cresceram em cultura de destruição, divórcio, drogas e tentação sexual”, disse Collin Hansen, autor de Young, Restless, Reformed: A Journalist’s Journey with the New Calvinists. “Eles têm muitos amigos; o que precisam é de um Deus.” Mohler disse: “No momento em que alguém começa a definir o ser ou os atos de Deus biblicamente, essa pessoa é levada a conclusões que são tradicionalmente classificadas como calvinistas”. De fato, essa presunção de inevitabilidade tem atraído acusações de arrogância e divisionismo desde a época de Calvino. Na verdade, alguns dos entusiastas de hoje sugerem que os não-calvinistas podem não ser cristãos. Pequenas disputas entre os batistas do sul [dos EUA] (que têm um grupamento concorrente de não-calvinistas) e trocas de ameaças on-line são um mau presságio.
Em julho próximo, se dará o 500º aniversário de nascimento de Calvino. Será interessante observar se o último legado de Calvino será a difamação protestante clássica ou se, durante estes tempos difíceis, mais cristãos que buscam segurança sujeitarão a sua vontade ao Deus severamente exigente dos primórdios de seu país.
Fonte: Blog Fiel
PS.: Franklin Ferreira, moderador do Blog Fiel, acrescentou a seguinte observação:
Só um detalhe, pessoal: ainda que este texto tenha alguns problemas conceituais e use de alguma ironia com a fé reformada, traduzimos e postamos o mesmo aqui para seu valor de registro.
E para os que lêem inglês, recomendo o ótimo livro de Colin Hansen, Young, Restless, Reformed: A Journalist’s Journey with the New Calvinists. O prólogo e o primeiro capítulo podem ser lidos aqui: http://www.monergismbooks.com/pdfs/youngrestless.pdf
É um trabalho jornalistico muito legal, que mostra a pujança do calvinismo em círculos americanos, e especialmente entre jovens.
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quinta-feira, 9 de abril de 2009
"E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho" Jo 14:13
Em seu livro "Exija seus direitos" RR Soares, líder da Igreja Internacional da Graça ensina que o crente não deve pedir a bênção, mas determiná-la ou exigir como um direito. A suposta base bíblica para essa sua doutrina nefasta é Jo 14:13, muito embora ele a credite a Kenneth Hagin. Ambos afirmam que "a palavra pedirdes foi mal traduzida" e que aiteo "deveria ter sido traduzido por exigirdes ou determinardes" (p. 42). Segundo ele "continuar orando, pedindo, suplicando por algo que já é seu é declarar que a Palavra do Senhor pode não ser a verdade" (p. 45). Chega ao extremo de dizer que ser paciente e suportar a provação é dar lugar ao Diabo (p. 78).
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segunda-feira, 6 de abril de 2009
Na manhã do dia 6 de abril de 1945, entre as 5 e as 6 horas, os prisioneiros [...] foram retirados de suas células e o julgamento do tribunal de guerra lhes foi comunicado. Pela porta entreaberta de um quarto, no acampamento, eu vi, antes que os condenados fossem despidos, o pastor Bonhoeffer de joelhos diante de seu Deus em uma intensa oração. A maneira perfeitamente submissa e certa de ser atendida com que esse homem extraordinariamente simpático orava me emocionou profundamente. No local da execução, ele orou novamente e depois subiu corajosamente os degraus do patíbulo. A sua morte ocorreu em alguns segundos. Em cinqüenta anos de prática, jamais vi um homem morrer tão completamente nas mãos de Deus.
[Testemunho do médico do campo de concentração nazista Flossenburg, citado em D. Rance. Un siècle de temóins. Paris: Fayard-Le Sarment, 2000]
[Testemunho do médico do campo de concentração nazista Flossenburg, citado em D. Rance. Un siècle de temóins. Paris: Fayard-Le Sarment, 2000]
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domingo, 5 de abril de 2009
35. 0 que você entende, quando diz que Cristo "foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu da virgem Maria"?
R. Entendo que o eterno Filho de Deus, que é e permanece verdadeiro e eterno Deus(1), tornou-se verdadeiro homem (2) , da carne e do sangue da virgem Maria (3) , por obra do Espírito Santo. Assim Ele é, de fato, o descendente de Davi (4) igual a seus irmãos em tudo, mas sem pecado (5).
(1) Mt 1:23; Mt 3:17; Mt 16:16; Mt 17:5; Mc 1:11; Jo 1:1 Jo 17:3,5; Jo 20:28; Rm 1:3,4; Rm 9:5; Fp 2:6; Cl 1:15,16; Tt 2:13; Hb 1:3; 1Jo 5:20. (2) Mt 1:18,20; Lc 1:35. (3) Lc 1:31,42,43; Jo 1:14; Gl 4:4. (4) 2Sm 7:12; Sl 132:11; Mt 1:1; Lc 1:32; At 2:30,31; Rm 1:3. (5) Fp 2:7; Hb 2:14,17; Hb 4:15; Hb 7:26,27.
36. Que importância tem para você Cristo ter sido concebido e nascido sem pecado?
R. Que Ele e nosso Mediador(1) e com sua inocência e perfeita santidade, cobre diante de Deus meu pecado (2) no qual fui concebido e nascido.
(1) Hb 2:16-18; Hb 7:26,27. (2) Sl 32:1; Is 53:11; Rm 8:3,4; 1Co 1:30,31; Gl 4:4,5; 1Pe 1:18,19; 1Pe 3:18.
R. Entendo que o eterno Filho de Deus, que é e permanece verdadeiro e eterno Deus(1), tornou-se verdadeiro homem (2) , da carne e do sangue da virgem Maria (3) , por obra do Espírito Santo. Assim Ele é, de fato, o descendente de Davi (4) igual a seus irmãos em tudo, mas sem pecado (5).
(1) Mt 1:23; Mt 3:17; Mt 16:16; Mt 17:5; Mc 1:11; Jo 1:1 Jo 17:3,5; Jo 20:28; Rm 1:3,4; Rm 9:5; Fp 2:6; Cl 1:15,16; Tt 2:13; Hb 1:3; 1Jo 5:20. (2) Mt 1:18,20; Lc 1:35. (3) Lc 1:31,42,43; Jo 1:14; Gl 4:4. (4) 2Sm 7:12; Sl 132:11; Mt 1:1; Lc 1:32; At 2:30,31; Rm 1:3. (5) Fp 2:7; Hb 2:14,17; Hb 4:15; Hb 7:26,27.
36. Que importância tem para você Cristo ter sido concebido e nascido sem pecado?
R. Que Ele e nosso Mediador(1) e com sua inocência e perfeita santidade, cobre diante de Deus meu pecado (2) no qual fui concebido e nascido.
(1) Hb 2:16-18; Hb 7:26,27. (2) Sl 32:1; Is 53:11; Rm 8:3,4; 1Co 1:30,31; Gl 4:4,5; 1Pe 1:18,19; 1Pe 3:18.
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quinta-feira, 2 de abril de 2009
Paz irmãos,
. . Fico feliz que os vídeos do Voltemos ao Evangelho tenham tido tamanha repercussão. E o motivo porque isso me deixa feliz é o gozo de ver Cristo glorificado e a sã doutrina pregada, crendo que Deus irá novamente tornar o nome dEle grande entre as nações.
Mas, ainda há muito trabalho para fazer. Então se você gostaria de nos ajudar eis algumas possibilidades:
1) Ore, medite na Palavra e leia bons livros
. . O principal objetivo do Voltemos ao Evangelho é o que o próprio nome diz. E não divulgarmos qualquer nome humano, senão o nome que é sobre todo nome, o nome de Cristo Jesus, totalmente Deus, plenamente Homem.
. . Logo, pouco adiantará fazermos barulho sem o poder do Espírito Santo em nossas vidas. Como diz Paul Washer:
. . E antes de sair, como um jovem tolo, acusando tudo e todos, leia este artigo: "Abaixem suas armas e coloquem-se em seus joelhos". Não caia no mesmo erro que eu já caí e aprenda de quem já errou e mantenha-se irrepreensível para a glória de Cristo e a expansão do Reino.
. . Após isso, se você lembrar-se de nós, seremos gratos por sua oração.
2) Ajude-nos no trabalho de Tradução e Legenda
. . Se você sabe ouvir e ler bem em inglês, você pode ajudar-nos traduzindo e legendando sermões ou textos. E se você também sabe uma terceira língua, o Voltemos ao Evangelho já está com páginas no YouTube em Espanhol e Italiano. Contudo, antes de você iniciar sugerimos que você entre em contato conosco, a fim de evitarmos um duplo trabalho desnecessário.
Aqui estão alguns vídeos que podem ser legendados:- Sermon Jams:- Sermon Excerpts:
- Full Sermons:
Projetos em Andamento:
. . A fim de não haver duplo trabalho aqui estão os projetos em que os colaboradores do VE estão trabalhando.
- Sermon Jams:
- Full Sermons:
. . Você também pode se tornar um colaborador oficial do VE conversando conosco (voltemosaoevangelho@gmail.com). Estamos precisando de colaboradores. O trabalho, como você pode ver acima, é grande.
Há, ademais, uma lista de email de todo o pessoal que está legendando vídeos, como LucasdaSilvaMaria, Orthodoxia, VemVerTV. Se você realmente quiser "ingressar neste ramo" avise-me e mandarei um convite.
3) Divulgue
. . Por fim, você pode divulgar o VE:
- Contando aos seus amigos
- Se você tem um blog:
. . Fico feliz que os vídeos do Voltemos ao Evangelho tenham tido tamanha repercussão. E o motivo porque isso me deixa feliz é o gozo de ver Cristo glorificado e a sã doutrina pregada, crendo que Deus irá novamente tornar o nome dEle grande entre as nações.
Mas, ainda há muito trabalho para fazer. Então se você gostaria de nos ajudar eis algumas possibilidades:
1) Ore, medite na Palavra e leia bons livros
. . O principal objetivo do Voltemos ao Evangelho é o que o próprio nome diz. E não divulgarmos qualquer nome humano, senão o nome que é sobre todo nome, o nome de Cristo Jesus, totalmente Deus, plenamente Homem.
. . Logo, pouco adiantará fazermos barulho sem o poder do Espírito Santo em nossas vidas. Como diz Paul Washer:
. . Se você é um jovem ministro, eu não quero que você pegue estas verdades e as leve de volta e ataque sua igreja sem amor. Eu faria uma sugestão: veja se os joelhos estão sangrando antes de começar qualquer tipo de reforma. E se você é um ministro mais velho servindo ao Senhor, por muitos, muitos anos eu te imploro para não ser arrogante. Um rei velho e tolo pode aprender com os mais fracos de seus servos. E também peço isto: tenha a coragem de mudar tudo mesmo que seja o último dia de sua vida, pelo menos você pode ir para a glória sabendo que você tentou fazer uma reforma que era bíblica. (Paul Washer, em Dez acusações: Oração e Introdução). . Primeiramente, volte sua vida ao Evangelho. Coloque-se em seus joelhos, medite nas Escrituras, estude a história da igreja e de como um grande Deus usou homens miseráveis para cumprir seu plano majestoso. Leia bons livros e ore mais.
"O Evangelho não é uma doutrina de língua, senão de vida. Não pode assimilar-se somente por meio da razão e da memória, senão que chega a compreender-se de forma total quando ele possui toda a alma, e penetra no mais íntimo recesso do coração" (João Calvino)
. . Após isso, se você lembrar-se de nós, seremos gratos por sua oração.
2) Ajude-nos no trabalho de Tradução e Legenda
. . Se você sabe ouvir e ler bem em inglês, você pode ajudar-nos traduzindo e legendando sermões ou textos. E se você também sabe uma terceira língua, o Voltemos ao Evangelho já está com páginas no YouTube em Espanhol e Italiano. Contudo, antes de você iniciar sugerimos que você entre em contato conosco, a fim de evitarmos um duplo trabalho desnecessário.
Aqui estão alguns vídeos que podem ser legendados:- Sermon Jams:- Sermon Excerpts:
. . We would prefer if the message is related with Soteriology (the branch of theology that deals with salvation).
- Full Sermons:
- Paul Washer – The Judgment of God and the Great White Throne! (with Transcript)
- Paul Washer – God's Will for Slaves (with Transcript)
- Paul Washer – Man's 2 Problems: The Condemnation & Power of Sin (with Transcript)
- Paul Washer – Reality Check Conference 2007 Video Clips (with Transcript)
- John Piper – Boasting Only in the Cross (with Transcript)
- John Piper – Don't Waste Your Life (with Transcript)
Projetos em Andamento:
. . A fim de não haver duplo trabalho aqui estão os projetos em que os colaboradores do VE estão trabalhando.
- Sermon Jams:
- Paul Washer – You Are Loved – tradução: Zéemidio; Vídeo: Vinícius
- John Piper – Make War – Vinícius
- John Piper – The Shame of Sexual Sin – Vinícius
- RC Sproul – Christ The Only Way – Vinícius
- John Piper – Justified in Christ – Transcrição: Moisés; Tradução: Rafael (Pt), Moisés (Esp), Giuseppe (Ita)
- Full Sermons:
- Ten Indecments – Tradução: Vinícius; Legenda: Rafael
- Hell is Necessary – Tradução: Joelson; Revisão: Vinícius; Legenda: Joelson e Rafael
. . Você também pode se tornar um colaborador oficial do VE conversando conosco (voltemosaoevangelho@gmail.com). Estamos precisando de colaboradores. O trabalho, como você pode ver acima, é grande.
Há, ademais, uma lista de email de todo o pessoal que está legendando vídeos, como LucasdaSilvaMaria, Orthodoxia, VemVerTV. Se você realmente quiser "ingressar neste ramo" avise-me e mandarei um convite.
3) Divulgue
. . Por fim, você pode divulgar o VE:
- Contando aos seus amigos
- Se você tem um blog:
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quarta-feira, 1 de abril de 2009
Para o calvinismo, na realidade só há um ponto a ser enfatizado no campo da soteriologia: o ponto que Deus salva pecadores. Deus — o Jeová Triúno, Pai, Filho e Espírito Santo; três pessoas trabalhando em conjunto, em sabedoria, poder e amor soberanos, a fim de realizar a salvação de um povo escolhido. O Pai escolhendo, o Filho cumprindo a vontade do Pai de remir, e o Espírito Santo executando o propósito do Pai e do Filho mediante a renovação do homem. Salva - Ele faz tudo, do começo ao fim, tudo quanto é mister para levar os homens da morte no pecado à vida em glória: Ele planeja, realiza e transmite a redenção, e também chama e conserva, justifica, santifica e glorifica. Os pecadores — homens conforme Deus os encontra, isto é, culpados, vis, impotentes, incapazes de levantar um dedo a fim de cumprirem a vontade de Deus ou melhorarem a sua porção espiritual.
Deus salva pecadores — e a força dessa confissão não pode ser enfraquecida pelo rompimento da unidade da obra da divina Trindade, ou por dividir a efetivação da salvação entre Deus e o homem, como se a parte decisiva fosse a humana, ou por suavizar a incapacidade do pecador, de tal maneira que ele mereça ser louvado, juntamente com o Salvador, por sua própria salvação.
Esse é o grande ponto da soteriologia calvinista que os "cinco pontos" buscam estabelecer, e que é negado pelo arminianismo, em todas as suas formas: a saber, que os pecadores não podem salvar a si mesmos em qualquer sentido, porquanto a salvação, do começo ao fim, em sua totalidade, no passado, no presente e no futuro, vem do Senhor, a quem cabe toda a glória para sempre. Amém.
J. I. Packer
In: O Antigo Evangelho
Deus salva pecadores — e a força dessa confissão não pode ser enfraquecida pelo rompimento da unidade da obra da divina Trindade, ou por dividir a efetivação da salvação entre Deus e o homem, como se a parte decisiva fosse a humana, ou por suavizar a incapacidade do pecador, de tal maneira que ele mereça ser louvado, juntamente com o Salvador, por sua própria salvação.
Esse é o grande ponto da soteriologia calvinista que os "cinco pontos" buscam estabelecer, e que é negado pelo arminianismo, em todas as suas formas: a saber, que os pecadores não podem salvar a si mesmos em qualquer sentido, porquanto a salvação, do começo ao fim, em sua totalidade, no passado, no presente e no futuro, vem do Senhor, a quem cabe toda a glória para sempre. Amém.
J. I. Packer
In: O Antigo Evangelho
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Soteriologia
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