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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Deus é soberano. Não acredito que haja um só crente que duvide dessa afirmação. Se você é cristão, concordará que Deus é supremo sobre todas as coisas que existem, no céu e na terra. Porém, até que ponto você está disposto a se apegar a essa verdade, na medida em que a examinamos de perto? Até onde você iria com a Bíblia nas declarações sobre a soberania de Deus? Em que altura você acrescentaria um "mas" ao que a Bíblia diz?

O que significa dizer que Deus é soberano? De acordo com o Dicionário Bíblico de Easton, soberania de Deus "é o seu absoluto direito de fazer todas as coisas de acordo com seu próprio prazer". O Dicionário Bíblico Ilustrado de Holman diz que soberania de Deus "é o ensino bíblico de que Ele possui todo poder e que governa todas as coisas... de acordo com Seu eterno propósito". E o Dicionário de Temas Bíblicos afirma que soberania divina significa que "Deus é livre e capaz de fazer tudo o que Ele quer; que Ele reina sobre toda a Criação e que Sua vontade é a causa final de todas as coisas". Espero que estas definições não tenham esfriado seu entusiasmo para com a soberania divina.

Deus é soberano sobre a Criação. Quando "no princípio, criou Deus os céus e a terra" (Gn 1:1), Ele procedeu livremente, quer dizer, poderia criar ou não criar e uma vez decidindo criar, poderia criar do jeito que quisesse. "Tudo o que o SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos" (Sl 135:6 ACF). Ele poderia ter criado os anjos de forma que não pudessem pecar ou os homens de modo que o amassem de forma infalível, mas agradou-lhe ordenar o mundo mineral, as plantas e os animais e os homens e anjos exatamente como são, pois "Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou" (Sl 115:3). De fato, ao final de Sua obra criadora, "viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom" (Gn 1:31).

Deus é soberano sobre a História. Quero acreditar que você não teve grande dificuldade em concordar com o parágrafo anterior. Mas os homens não gostam muito da ideia de Deus governando a História através de uma providência meticulosa. O homem mais poderoso da terra em seus dias, olhando para seu reino disse para si mesmo "não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?" (Dn 4:30). Pouco depois foi forçado a reconhecer perante o Altíssimo que "todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?" (Dn 4:35). No que concerne à História, Deus declara através de Isaías "como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará" (Is 14:24). O Senhor continua falando "Este é o desígnio que se formou concernente a toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem, pois, o invalidará? A sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás?" (Is 14:26-27).

Alguns admitem um governo geral de Deus, mas não que Ele desça ao nível dos indivíduos para Seu controle. Ora, é um raciocínio tolo esse. Deus tratou com o Egito e Babilônia nas pessoas de Faraó e Nabucodonozor, respectivamente. E quando o Senhor quis julgar várias nações, usou um indivíduo para isso: "Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fecharão" (Is 45:1). Para governar sobre as nações, o Senhor governa sobre indivíduos, controlando até mesmo os seus corações: "Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina" (Pv 21:1). O governo de Deus inclui até acontecimentos casuais, pois "a sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda decisão" (Pv 16:33). Em Romanos 8:28 temos a declaração de que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito". Só existe uma maneira de todas as coisas cooperarem para o bem do povo de Deus: se todas estas coisas estiverem sob o governo divino.

Deus é soberando sobre a Salvação. Se a providência divina encontra dura resistência por parte de servos de Deus, mais ainda se pode dizer da soberania sobre a salvação dos pecadores. Mas aqui a Escritura é igualmente enfática ao dizer que "tem Ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz" (Rm 9:18). Ou seja, em última análise, a salvação de cada um depende da vontade de Deus. O novo nascimento não depende "nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1:13). No tocante à salvação, assim como na Criação e na História, Deus é soberano e "faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade" (Ef 1:11).

Começamos este artigo dizendo que todos os crentes concordam que Deus é soberano. Porém, nem todos aceitam que Deus reine de forma absolutista sobre os seres morais e que Ele decida por si só o destino eterno dos tais. Um fato, porém, permanece: não faz diferença nenhuma se alguém concorda ou não com o governo todo abrangente de Deus. A soberania de Deus não emana do povo e o Senhor não depende que ninguém sancione o Seu domínio sobre todas as coisas. Ele é soberano, e ponto.

Soli Deo Gloria

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