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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ir ao púlpito é pisar em terra santa. Ter diante de si uma Bíblia aberta exige não tratar as coisas sagradas com leviandade. Ser um porta-voz de Deus requer a máxima preocupação e cuidado no uso e na proclamação da Palavra. As Escrituras advertem: “Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo” (Tg 3.1).

Entretanto, infelizmente vivemos numa geração que tem depreciado o chamado para pregar. A exposição da Palavra está sendo substituída por entretenimento, a pregação, por espetáculos teatrais, a doutrina, por obras dramáticas, e a teologia por manifestações artísticas. A igreja moderna precisa desesperadamente retomar o rumo certo e voltar a um púlpito que seja alicerçado na Bíblia, centrado em Cristo e capaz de transformar vidas. Deus sempre se alegra em honrar sua Palavra — especialmente a pregação de sua Palavra. 

Os períodos mais notáveis da história da igreja — aqueles tempos de propagação das doutrinas reformadas e de grandes avivamentos — têm sido épocas em que homens tementes a Deus tomaram a Palavra inspirada e pregaram-na com ousadia, no poder do Espírito Santo. A igreja imita a atitude do púlpito. Somente um púlpito reformado torna possível uma igreja reformada. Este é o momento em que os pastores precisam ter seus púlpitos novamente marcados pela pregação expositiva, pela clareza doutrinária e pelo senso de reverência em relação às coisas eternas. Esta, na minha opinião, é a maior necessidade do momento.

Steven J. Lawson
In: A arte expositiva de João Calvino

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