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segunda-feira, 30 de julho de 2012
"Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?"
Nesta passagem Abraão apela em favor de seu sobrinho Ló e de sua família. Deus havia dito que destruiria as cidades da planície, onde Ló morava. Abraão argumenta com Deus que não seria justo que o justo perecesse juntamente e por causa do ímpio. Deus então concede que se fosse encontrado ali dez justos Ele pouparia as cidades, mas o relato diz que não havia tantos justos ali. E por isso destruiu as cidades, não sem antes tirar dali Ló e sua família. O texto não fala de uma predestinação universal, nem de livre-arbítrio, portanto não serve à tese do professor. Por outro lado, o fato de Deus não encontrar ali dez justos pesa em favor da depravação total, que nega o livre-arbítrio do homem. Além disso, o registro de que "aqueles homens lhe pegaram pela mão, e pela mão de sua mulher e de suas duas filhas, sendo-lhe o Senhor misericordioso, e tiraram-no, e puseram-no fora da cidade" (Gn 19:16) é uma boa ideia da eleição graciosa e da chamada eficaz. E a afirmação de que "destruindo Deus as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão, e tirou a Ló do meio da destruição" (Gn 19:29) representa bem a segurança que os salvos desfrutam por causa da justiça de Cristo. Portanto, se a passagem reforça alguma doutrina, reforça as chamadas doutrinas da graça.


Soli Deo Gloria

Posts da Série: [Gn 3:15] [Gn 12:3

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