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sexta-feira, 24 de junho de 2011
Ele castiga a minha rudeza, digo a mim mesmo, não a mim. Ele odeia o pecado, mas ama o pecador. Eis uma frase que deve ser verdadeira na sua substância, se é que deve haver alguma esperança para os pecadores. Todavia, ela engana e é perigosa, se me sugere que o meu pecado não sou eu mesmo, mas sim algo separável. Pois isso é o que Satanás mais deseja que eu acredite, e geralmente me faz acreditar. Segundo Satanás, e aos meus olhos, meus pecados ocorrem durante férias morais, quando meu eu sóbrio e batalhador está de folga. Se o demônio me achar muito crédulo, chega até a me dizer que não estou absolutamente envolvido, que meu pecado não é o ato nem de um eu de férias; é uma brincadeira de ratos morais tolerados sem prejuízo, enquanto eu, o majestoso gato, finjo estar dormindo.

Austin Farrer
In: Lord, I believe.

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