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terça-feira, 28 de junho de 2011
Depois disse Deus: “Haja [...]”. E disse Deus: [...]. E Deus viu que ficou bom. Gn 1:6, 9-10
Muitos alegam que há paralelos surpreendentes entre os mitos da criação do antigo Oriente Próximo (especialmente o épico babilônico conhecido como “Enuma Elish”) e o relato bíblico da criação citado em Gênesis 1. Porém, o que é mais notável em relação aos babilônios e às histórias bíblicas não são suas semelhanças, mas suas diferenças. Longe de copiar a narrativa babilônica, Gênesis 1 critica e faz objeção a sua teologia básica. Na mitologia babilônica, os deuses, amorais e caprichosos, disputam e brigam uns com os outros. Marduk, o mais soberbo dos deuses, ataca e mata Tiamat, a deusa-mãe. Em seguida, ele divide o corpo dela em duas metades, sendo que uma delas se transforma no céu e a outra, na terra. A julgar por este cruel politeísmo, é um alívio retornar à ética monoteísta de Gênesis 1, segundo a qual toda a criação é atribuída ao comando do único e verdadeiro Deus.
De acordo com o livro do Apocalipse, a adoração eterna no céu concentra-se no Criador:
Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória,
a honra e o poder, porque criaste todas as coisas,
e por tua vontade elas existem e foram criadas. Ap 4:11
Os cientistas continuarão a investigar a origem, a natureza e o desenvolvimento do universo. Porém, teologicamente falando, para nós basta saber que Deus criou todas as coisas por sua própria vontade, como expressão de sua simples e majestosa Palavra. Por isso é que se repete o refrão de Gênesis 1: “E Deus disse...”. Além disso, quando Deus contemplou sua criação, ele “viu que ficou bom”. Devemos, portanto, nos alegrar por tudo que Deus criou — tanto pela comida e bebida como pelo casamento e pela família, ou pela arte e pela música, pelos pássaros, pelos animais, pelas borboletas e por muitas outras coisas.
Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças. 1Tm 4:4
Para saber mais: Jeremias 10.12-16
John Stott
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