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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Rm 8:29

O propósito da graça de Deus vem exposto nos versículos 29 e 30 por meio da proposição chamada "sorites", na qual o predicado lógico de uma cláusula torna-se o sujeito lógico da seguinte. Aqui, a nova criação — uma comunidade de homens e mulheres conformes à imagem de Cris­to (que é, Ele próprio, "a imagem de Deus", 2Co 4:4; Cl 1:15), é vista como sendo desde o princípio o objetivo da presciencia de Deus e de Sua misericórdia que se expressa na predestinação. Para os escritores do Novo Testamento, o cumprimento desse propósito está incluído nas palavras criadoras de Gênesis 1:26: "Façamos o homem à nossa imagem, confor­me a nossa semelhança." A velha criação é, por si mesma, insuficiente para tornar essa meta uma realidade: precisa da obra redentora de Cristo e da Sua conseqüente posição de Cabeça da nova criação, "a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos". Aquele que é "o primogênito de toda a criação" na velha ordem porque "tudo foi criado por meio dele e para ele", é também, pela ressurreição, a cabeça de uma nova ordem, "o princípio, o primogênito de entre os mortos" (Cl 1:15-18, RS-V, AA).

Com relação às palavras "aos que de antemão conheceu", têm aquela conotação da graça motivadora da eleição muitas vezes presente no verbo "conhecer", no Velho Testamento. Quando Deus toma conhe­cimento das pessoas desta maneira especial, faz recair nelas a Sua es­colha. Ver Amós 3:2 ("De todas as famílias da terra somente a vós outros vos conheci", AV); Oséias 13:5 ("Eu te conheci no deserto"). Podemos também usar para comparação a própria linguagem de Paulo em 1 Coríntios 8:3 ("Mas se alguém ama a Deus esse é conhecido por ele"); Gálatas 4:9 ("agora que conheceis a Deus, ou antes sendo conhecidos por Deus"). Este aspecto do conhecimento divino é também salientado no Regulamento da Comunidade, de Qumran: "Do Deus de Conhecimento provém tudo o que é e que será. Antes de existirem, Ele estabeleceu todo o desígnio para eles, e quando, conforme foi determinado para eles, vêm à existência, é de acordo com o Seu glorioso desígnio que eles realizam as suas obras".

F. F. Bruce
In: Romanos: introdução e comentário

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