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quarta-feira, 31 de março de 2010
O que segue é uma revisão do que comentei na série de artigos intitulada "Refletindo sobre um blog cristão". e publicada pela Nani. Acrescento pouca coisa, reviso alguma e publico para análise, complementação e correção dos leitores deste blog.
Apologética é basicamente uma marca de todos os blogs. Em maior ou menor grau, defendemos alguma coisa. Mas alguns são assumidamente apologéticos, e eu tenho uma crítica ao modo de fazer apologia em geral, que acaba sendo refletida nos blogs: se ataca mais os erros que se expõe a verdade. Se diz que tal caminho é errado, que não se deve andar por ele, mas pouco se aponta o caminho correto. Creio que trabalhar desta forma é deixar a obra inacabada. Apologética é, primariamente defesa da verdade, embora para esse fim seja necessário atacar a mentira.
Se você treinar pessoas em reconhecer as notas verdadeiras, e avisá-la que existem as falsas, elas identificarão uma assim que a virem. Se a sã doutrina for pregada, a heresia fica descoberta. Porém, falamos mais contra profetadas do que explicamos o dom de profecia. Um outro aspecto ruim na apologética se dirige a um único alvo, demonstra interesse maior em combater algo ou alguém e não expor a verdade. Não é raro encontrarmos sites e blogs que expõe as heresias de movimentos sectários mas não contém nenhuma declaração de fé.
Outra coisa difícil é saber dosar é o humor. Os blogs mais visitados da blogsfera são os de humor. No meio evangélico também. Por isso, a tentação é grande de se fazer "humortadelas" evangélicas. Alguns conseguem o equilíbrio, usam o "humor apologético" com competência, porém muitos conseguem apenas ser engraçados. Além de errar na dose, às vezes erramos no tipo, fazendo caricaturas daquilo que é combatido . Aqui no Cinco Solas tenho intenção de ser mais bem humorado, fugir da pecha de calvinista carrancudo, até tenho um marcador "Humor". Mas acho que é o menos utilizado, pois algumas tentativas que fiz pareceram mais ridicularização que arte de fazer rir. Ou seja, embora goste, não me saio bem com anedotas.
Minha crítica não é contra a denúncias em si, que havendo motivos quanto mais tiver e mais veemente for, melhor. Também não é tanto ao uso do humor como estilo. Mas à falta de uma direção àqueles que avisados do erro perguntam, "então, para onde iremos". E sinto que isto falta à apologética evangélica brasileira em geral e não é remediada pelos blogs apologéticos em particular.
Creio que devemos mostrar a verdade, conforme encontrada na Bíblia e expressa nos documentos da igreja antes de apontarmos a mentira. Do contrário, parece que estamos esperando que outros enganem, ou sejam enganados, para então apontarmos o erro, além do que falhamos em mostrar o caminho de volta para a sã doutrina.
Soli Deo Gloria
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terça-feira, 30 de março de 2010
A intenção no coração de Deus ao ter trazido este universo à existência era que, ao final, toda a criação pudesse apresentar a glória e a supremacia de Seu Filho, Jesus Cristo. E este específico pequeno fragmento “e nele tudo subsiste” diz muito claramente que, se não fosse o Senhor Jesus Cristo, o universo inteiro se desintegraria, desmembrar-se-ia; ele estaria sem seu fator unificador; ele cessaria de ter uma razão para ser mantido como uma completa e concreta unidade. Seu subsistir, sua falha em se desintegrar e acabar é por causa disto: Deus tem determinado que o Senhor Jesus será o centro – o centro governante – deste universo inteiro, e Ele, o Filho de Deus, é a explicação da criação. Se não fosse por Ele, nunca teria havido uma criação. Tire-o fora e a criação perde seu propósito e seu objeto, e não precisa mais ir adiante. “Cristo é tudo, e em todos” era o pensamento – o pensamento dominante – na mente de Deus durante a criação do universo.
Theodore Austin Sparks
In: Cristo, tudo em todos
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segunda-feira, 29 de março de 2010
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus (Ef 2:8)
INTRODUÇÃO
Na primeira mensagem dessa série, lemos que Paulo escreveu a santos e fiéis em Cristo. Santos significa separados para Deus e fiéis quer dizer crentes em Jesus. Porém, a Bíblia diz que "todos pecaram e separados estão da glória de Deus" (Rm 3:23). Diz também que "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23). Como então pecadores mortos passam a ser santos vivos? É esse processo que Paulo explica na passagem que iremos meditar nesta noite.
Na primeira parte do capítulo primeiro, Paulo fala do planejamento da nossa salvação pelo Pai, do provimento dos meios para nossa salvação pelo Filho e da execução dessa salvação pelo Espírito Santo. Agora Paulo se detém a explicar o que aconteceu na prática com cada pessoa que experimentou a salvação de Deus, de como elas passaram de defuntos espirituais a novas criaturas em Cristo.
Você precisa apreciar, valorizar o que recebeu de Cristo. Mas para isso, precisa considerar tr~es coisas: que você estava morto e separado de Deus, que você foi vivificado em Cristo e que tudo isso foi feito exclusivamente pelo Espírito Santo.
I ESTANDO VÓS MORTOS EM OFENSAS E PECADOS, 2:1
Tudo começou com nosso primeiro pai, Adão. Ele recebeu uma ordem de Deus, não poderia comer do fruto da árvore no meio do jardim. Deus havia sido bem claro: "De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2:16-17). Desde Adão, todos os homens nascem mortos espiritualmente, pois "como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram" (Rm 5:12).
Paulo apresenta as provas dessa morte espiritual, ao dizer que
1. Andávamos "segundo o curso deste mundo", 2:2a
Os padrões do mundo são opostos à Lei de Deus. Existe uma incompatibilidade, que a Bíblia chama de inimizade entre o mundo e Deus, a ponto de que se alguém quer ser amigo do mundo, torna-se inimigo de Deus. E de fato, a forma como andávamos anteriormente fazia de nós inimigos de Deus (Rm 5:10)
2. Andávamos "segundo o príncipe das potestades do ar", 2:2b
Como "todo o mundo está no maligno" (1Jo 5:19), andar segundo os rudimentos do mundo é, em última análise, fazer a vontade do Diabo. Mesmo sem saber, quem está no mundo faz a vontade do Diabo e não a vontade de Deus. Pois quem opera neles não é o Espírito santo, mas "espírito que agora opera nos filhos da desobediência" (2:2).
3. Andávamos "nos desejos da nossa carne", 2:3
Além de nos conformar com o mundo separado de Deus, de agir sob influência do Diabo, também nos entregávamos à concupiscência de nossa carne, "fazendo a vontade da carne e dos pensamentos" (2:3). Quando Adão pecou, ele arruinou a nossa natureza, que ficou corrompida pelo pecado. Passamos a ter uma vontade contrária á vontade de Deus, de modo que até mesmo nossos pensamentos tornaram-se pecaminosos.
Era assim que andávamos, como amantes do mundo e inimigos de Deus, dominados pelo espírito maligno e não pelo Espírito Santo e servos de nossa vontade caída e não da vontade santa de Deus. Isso fazia de nós "filhos da desobediência" e "filhos da ira". Por nossa desobediência estávamos destinados à ira, se Deus não fizesse algo por nós. Mas Ele fez!
II NOS VIVIFICOU JUNTAMENTE COM CRISTO, 2:5
1. Motivado "pelo seu muito amor com que nos amou", 2:4
Paulo se refere a Deus como "riquíssimo em misericórdia" (2:4). Não fosse Seu grande amor para com pecadores irremediáveis, nós permaneceríamos mortos até finalmente experimentarmos a segunda morte, a condenação e tormento eterno. Mas movido por grande amor, foi misericordioso e nos deu vida com Cristo, livrando-nos das algemas da morte.
2. Ele "nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus", 2:6
Mais que apenas nos vivificar, o Senhor nos exaltou às regiões celestiais, em Cristo. Como a igreja é o Corpo de Cristo, que está assentado nos céus, desde agora ela está assentada nos lugares celestiais na pessoa de Jesus. De defuntos espirituais jogados nas profundezas da terra e separados de Deus, fomos transportados para as alturas celestiais, na presença de Deus!
3. Para mostrar as "as abundantes riquezas da sua graça", 2:7
Para que Deus fez tudo isso? Paulo nos diz que foi para mostrar "nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus". Deus é glorificado por Sua justiça quando aplica a justa condenação àqueles que rejeitam seu Filho Jesus Cristo. Mas muito mais Ele é glorificado ao exibir, por toda a eternidade, a riqueza de sua graça com pecadores redimidos e ressuscitados com Seu Filho!
III ISTO NÃO VEM DE VÓS, É DOM DE DEUS, 2:8
Agora precisamos abordar um ponto fundamental e que muitas vezes é ignorado. Tranformar pecadores mortos em pessoas nascidas de novo é uma obra exclusiva de Deus. Um morto não pode fazer nada por si mesmo. Somente depois de ser vivificado é que alguém pode esboçar qualquer reação. Paulo faz questão de deixar isso claro na passagem que estamos analisando.
1. "Estando nós ainda mortos em nossas ofensas", 2:5
Nunca é demais relembrar este ponto: nós ainda estávamos mortos quando fomos renovados em nossa vontade, mente e coração. Um morto não tem fé, então precisar viver antes de crer. Um morto não se arrepende, então precisa viver antes de confessar seus pecados. Por isso, os que nasceram de novo "não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1:13). Deus usa de misericórdia e vem até nós quando estamos mortos e incapazes de fazer qualquer coisa para cooperar com Sua obra em nós.
2. "Não vem das obras, para que ninguém se glorie", 2:9
A nossa ressurreição com Cristo não vem de algo que possamos fazer. Obras são coisas que o homem faz. E não há nada que o homem possa fazer para ajudar na sua salvação. Se o homem operasse ou cooperasse com sua salvação, teria motivos para se orgulhar disso. O glória não seria toda de Deus, que pelo menos uma parte teria que dividir com o homem. Mas a Bíblia é taxativa: a salvação não vem de obras humanas, logo não há motivo para ele se gloriar.
3. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé", 2:8
A salvação é uma obra divina, do começo ao fim. Paulo diz que somos salvos pela graça. O fundamento de nossa salvação é a graça de Deus, é porque Deus quis nos salvar, mesmo sem mérito algum, que somos salvos. Tudo o que é necessário para nossa salvação é provido por Deus, até mesmo a fé. A fé é necessária para a salvação, pois somente quem crê é salvo por Deus. Mas é Deus quem nos capacita a crer, em outras palavras, a fé também é um dom de Deus!
CONCLUSÃO
Um erro comum é pensar que como a salvação é pela graça somente e não pelas obras, não precisamos viver uma vida de santidade ou fazer o bem. O ensino de Paulo é bastante claro. Embora o novo nascimento não dependa de boas obras, estas tem o seu lugar na vida daqueles que nasceram de novo. Primeiro, que "fomos criados para boas obras" (2:10). Não realizamos boas obras para sermos salvos, mas somos salvos para realizá-las. As boas obras não são a causa, mas a consequência da salvação. Em segundo lugar, as boas obras "Deus preparou para que andássemos nela" (2:10). Isto significa que mesmo quando realizamos boas obras, e devemos realizá-las, não devemos nos orgulhar disso, "porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2:13).
Na primeira mensagem dessa série, lemos que Paulo escreveu a santos e fiéis em Cristo. Santos significa separados para Deus e fiéis quer dizer crentes em Jesus. Porém, a Bíblia diz que "todos pecaram e separados estão da glória de Deus" (Rm 3:23). Diz também que "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23). Como então pecadores mortos passam a ser santos vivos? É esse processo que Paulo explica na passagem que iremos meditar nesta noite.
Na primeira parte do capítulo primeiro, Paulo fala do planejamento da nossa salvação pelo Pai, do provimento dos meios para nossa salvação pelo Filho e da execução dessa salvação pelo Espírito Santo. Agora Paulo se detém a explicar o que aconteceu na prática com cada pessoa que experimentou a salvação de Deus, de como elas passaram de defuntos espirituais a novas criaturas em Cristo.
Você precisa apreciar, valorizar o que recebeu de Cristo. Mas para isso, precisa considerar tr~es coisas: que você estava morto e separado de Deus, que você foi vivificado em Cristo e que tudo isso foi feito exclusivamente pelo Espírito Santo.
I ESTANDO VÓS MORTOS EM OFENSAS E PECADOS, 2:1
Tudo começou com nosso primeiro pai, Adão. Ele recebeu uma ordem de Deus, não poderia comer do fruto da árvore no meio do jardim. Deus havia sido bem claro: "De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2:16-17). Desde Adão, todos os homens nascem mortos espiritualmente, pois "como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram" (Rm 5:12).
Paulo apresenta as provas dessa morte espiritual, ao dizer que
1. Andávamos "segundo o curso deste mundo", 2:2a
Os padrões do mundo são opostos à Lei de Deus. Existe uma incompatibilidade, que a Bíblia chama de inimizade entre o mundo e Deus, a ponto de que se alguém quer ser amigo do mundo, torna-se inimigo de Deus. E de fato, a forma como andávamos anteriormente fazia de nós inimigos de Deus (Rm 5:10)
2. Andávamos "segundo o príncipe das potestades do ar", 2:2b
Como "todo o mundo está no maligno" (1Jo 5:19), andar segundo os rudimentos do mundo é, em última análise, fazer a vontade do Diabo. Mesmo sem saber, quem está no mundo faz a vontade do Diabo e não a vontade de Deus. Pois quem opera neles não é o Espírito santo, mas "espírito que agora opera nos filhos da desobediência" (2:2).
3. Andávamos "nos desejos da nossa carne", 2:3
Além de nos conformar com o mundo separado de Deus, de agir sob influência do Diabo, também nos entregávamos à concupiscência de nossa carne, "fazendo a vontade da carne e dos pensamentos" (2:3). Quando Adão pecou, ele arruinou a nossa natureza, que ficou corrompida pelo pecado. Passamos a ter uma vontade contrária á vontade de Deus, de modo que até mesmo nossos pensamentos tornaram-se pecaminosos.
Era assim que andávamos, como amantes do mundo e inimigos de Deus, dominados pelo espírito maligno e não pelo Espírito Santo e servos de nossa vontade caída e não da vontade santa de Deus. Isso fazia de nós "filhos da desobediência" e "filhos da ira". Por nossa desobediência estávamos destinados à ira, se Deus não fizesse algo por nós. Mas Ele fez!
II NOS VIVIFICOU JUNTAMENTE COM CRISTO, 2:5
1. Motivado "pelo seu muito amor com que nos amou", 2:4
Paulo se refere a Deus como "riquíssimo em misericórdia" (2:4). Não fosse Seu grande amor para com pecadores irremediáveis, nós permaneceríamos mortos até finalmente experimentarmos a segunda morte, a condenação e tormento eterno. Mas movido por grande amor, foi misericordioso e nos deu vida com Cristo, livrando-nos das algemas da morte.
2. Ele "nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus", 2:6
Mais que apenas nos vivificar, o Senhor nos exaltou às regiões celestiais, em Cristo. Como a igreja é o Corpo de Cristo, que está assentado nos céus, desde agora ela está assentada nos lugares celestiais na pessoa de Jesus. De defuntos espirituais jogados nas profundezas da terra e separados de Deus, fomos transportados para as alturas celestiais, na presença de Deus!
3. Para mostrar as "as abundantes riquezas da sua graça", 2:7
Para que Deus fez tudo isso? Paulo nos diz que foi para mostrar "nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus". Deus é glorificado por Sua justiça quando aplica a justa condenação àqueles que rejeitam seu Filho Jesus Cristo. Mas muito mais Ele é glorificado ao exibir, por toda a eternidade, a riqueza de sua graça com pecadores redimidos e ressuscitados com Seu Filho!
III ISTO NÃO VEM DE VÓS, É DOM DE DEUS, 2:8
Agora precisamos abordar um ponto fundamental e que muitas vezes é ignorado. Tranformar pecadores mortos em pessoas nascidas de novo é uma obra exclusiva de Deus. Um morto não pode fazer nada por si mesmo. Somente depois de ser vivificado é que alguém pode esboçar qualquer reação. Paulo faz questão de deixar isso claro na passagem que estamos analisando.
1. "Estando nós ainda mortos em nossas ofensas", 2:5
Nunca é demais relembrar este ponto: nós ainda estávamos mortos quando fomos renovados em nossa vontade, mente e coração. Um morto não tem fé, então precisar viver antes de crer. Um morto não se arrepende, então precisa viver antes de confessar seus pecados. Por isso, os que nasceram de novo "não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1:13). Deus usa de misericórdia e vem até nós quando estamos mortos e incapazes de fazer qualquer coisa para cooperar com Sua obra em nós.
2. "Não vem das obras, para que ninguém se glorie", 2:9
A nossa ressurreição com Cristo não vem de algo que possamos fazer. Obras são coisas que o homem faz. E não há nada que o homem possa fazer para ajudar na sua salvação. Se o homem operasse ou cooperasse com sua salvação, teria motivos para se orgulhar disso. O glória não seria toda de Deus, que pelo menos uma parte teria que dividir com o homem. Mas a Bíblia é taxativa: a salvação não vem de obras humanas, logo não há motivo para ele se gloriar.
3. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé", 2:8
A salvação é uma obra divina, do começo ao fim. Paulo diz que somos salvos pela graça. O fundamento de nossa salvação é a graça de Deus, é porque Deus quis nos salvar, mesmo sem mérito algum, que somos salvos. Tudo o que é necessário para nossa salvação é provido por Deus, até mesmo a fé. A fé é necessária para a salvação, pois somente quem crê é salvo por Deus. Mas é Deus quem nos capacita a crer, em outras palavras, a fé também é um dom de Deus!
CONCLUSÃO
Um erro comum é pensar que como a salvação é pela graça somente e não pelas obras, não precisamos viver uma vida de santidade ou fazer o bem. O ensino de Paulo é bastante claro. Embora o novo nascimento não dependa de boas obras, estas tem o seu lugar na vida daqueles que nasceram de novo. Primeiro, que "fomos criados para boas obras" (2:10). Não realizamos boas obras para sermos salvos, mas somos salvos para realizá-las. As boas obras não são a causa, mas a consequência da salvação. Em segundo lugar, as boas obras "Deus preparou para que andássemos nela" (2:10). Isto significa que mesmo quando realizamos boas obras, e devemos realizá-las, não devemos nos orgulhar disso, "porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2:13).
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domingo, 28 de março de 2010
Ensinando Adequadamente a Eleição
Exatamente como, pelo sábio plano de Deus, esta doutrina concernente à divina eleição foi proclamada através dos profetas, pelo próprio Cristo, e pelos apóstolos, nos tempos do Velho e do Novo Testamento, assim também deve ser proclamada hoje na igreja de Deus. Pois, como foi especificamente planejada, esta doutrina deve ser assim proclamada — com um espírito de discrição, de modo reverente e santo, no tempo e lugar apropriado, sem uma busca inquisitiva nos caminhos do Altíssimo. Isto deve ser feito para a glória do santíssimo nome de Deus, e para o vivificante consolo do seu povo.
Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus. At 20:27
Quem lhe prescreveu o seu caminho? Ou, quem lhe dirá: Tu cometeste maldade? Lembra-te de engrandecer a sua obra, que os homens contemplam. Todos os homens a vêem, e o homem a enxerga de longe. Eis que Deus é grande, e nós não o compreendemos, e o número dos seus anos não se pode esquadrinhar. Jó 36:23-26
O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Rm 11:33
Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Rm 12:3
E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro. 1Co 4:6
Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus. At 20:27
Quem lhe prescreveu o seu caminho? Ou, quem lhe dirá: Tu cometeste maldade? Lembra-te de engrandecer a sua obra, que os homens contemplam. Todos os homens a vêem, e o homem a enxerga de longe. Eis que Deus é grande, e nós não o compreendemos, e o número dos seus anos não se pode esquadrinhar. Jó 36:23-26
O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Rm 11:33
Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Rm 12:3
E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro. 1Co 4:6
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sábado, 27 de março de 2010
Ao orar por seus inimigos, Cristo não somente colocou diante de nós um exemplo perfeito de como devemos tratar aqueles que nos prejudicam e nos odeiam, mas ele também nos ensinou a nunca considerar algo como além do alcance da oração. Se Cristo orou por seus assassinos, então certamente temos encorajamento para orar agora pelo maior de todos os pecadores! Leitor cristão, nunca perca a esperança. Parece para você um desperdício de tempo continuar orando por aquele homem, por aquela mulher, por aquele seu filho obstinado? O caso deles parece se tornar mais sem esperança a cada dia? Parece como se eles estivem além do alcance da misericórdia divina? Talvez alguém por quem você tem orado por tanto tempo foi enlaçado por uma das seitas satânicas de hoje, ou ele pode ser agora um infiel declarado e desbragado; em resumo, um inimigo aberto de Cristo. Lembre-se então da cruz. Cristo orou por seus inimigos. Aprenda então a não olhar para nada como estando além do alcance da oração.
A. W. Pink
In: Sete brados do Salvador na cruz
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sexta-feira, 26 de março de 2010
Desafiando a crise, líderes evangélicos brasileiros investem na compra de aviões particulares.
Dizem que um homem pode ser medido pela grandiosidade dos seus sonhos. Se é mesmo assim, um seleto grupo de ministros do Evangelho anda sonhando alto – literalmente.
Dizem que um homem pode ser medido pela grandiosidade dos seus sonhos. Se é mesmo assim, um seleto grupo de ministros do Evangelho anda sonhando alto – literalmente. Desde o ano passado, diversos pastores brasileiros andam cruzando os céus em aviões próprios, um luxo antes somente reservado a altos executivos, atletas milionários e sheiks do petróleo. A justificativa para as aquisições, algumas na faixa das dezenas de milhões de dólares, é quase sempre a mesma: a necessidade de maior autonomia e disponibilidade para realizar a obra de Deus, o que, no caso dos grandes líderes, demanda constantes deslocamentos pelo país e exterior a fim de dar conta de pregações e participações em palestras e eventos de todo tipo. Eles realmente estão voando alto.
O empresário e bispo Edir Macedo, dirigente da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) tem feito a ponte aérea Brasil – Estados Unidos a bordo de um confortável Global Express, avaliado no mercado aeronáutico por US$ 50 milhões (cerca de R$ 85 milhões). Para comparar, o preço é semelhante ao do Rafale, o caça-bombardeiro francês que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sonha comprar para as Forças Armadas brasileiras. Equipado com sala de estar, dois banheiros, minibar e lavabo, além de um confortável sofá, o jato permite deslocamentos dos mais confortáveis até os EUA, onde Macedo mantém residência, e tem autonomia suficiente para levá-lo à Europa ou à África. O Global, adquirido em setembro numa troca por um modelo mais antigo, veio juntar-se à frota da Alliance Jet, empresa integrada ao grupo Universal e que já possuía um Falcon 2000 e um Citation X, juntos avaliados em 40 milhões de dólares.
Edir Macedo justifica o uso de aviões particulares dizendo que precisa levar a Palavra de Deus pelas nações onde a igreja atua, que já são mais de 120, e também para evitar transtornos aos passageiros dos aviões comerciais, pois sua pessoa costuma atrair muita atenção da mídia. Pode haver também outros motivos. Foi em voos particulares que a Polícia Federal descobriu, em 2005, que deputados e empresários ligados à Iurd transportavam dinheiro em espécie, no episódio que ficou conhecido como o caso das malas. Os valores, explicou a igreja na época, teriam sido arrecadados nos cultos e eram transportados dessa maneira por questão de segurança e praticidade até São Paulo e Rio de Janeiro, onde a denominação tem sua administração.
Já o missionário R.R.Soares, mais discreto que o cunhado Macedo, não fez alarde da aquisição do turboélice King Air 350, em novembro, fato noticiado pela revista Veja.. Avaliado em cerca de R$ 9 milhões, a aeronave transporta oito passageiros. Como tem uma agenda das mais apertadas, Soares viaja praticamente toda semana pelos mais de mil templos que sua Igreja Internacional da Graça de Deus tem no país, além de realizar cruzadas e gravar programas diários para a TV. Ele realmente tem pensado alto: a igreja também mantém parceria com a empresa de aviação Ocean Air, através da qual um percentual sobre cada passagem comprada por um membro da Graça reverte para a denominação.
“Conquista” – O que chama a atenção no aeroclube dos pastores são as justificativas espirituais para a compra das aeronaves. Renê Terra Nova, apóstolo do Ministério Internacional da Restauração em Manaus (AM) e um dos grandes divulgadores do movimento G12 no Brasil, conta que o seu Falcon é fruto de profecias de grandes homens de Deus como o pastor e conferencista americano Mike Murdock. Em abril de 2009, durante um evento em que ambos estavam, Murdock incentivou uma campanha de doações a fim de que Terra Nova pudesse realizar seu “sonho”. Após chamar Terra Nova à frente, ele mesmo anunciou que ofertaria R$ 10 mil reais, atitude logo seguida por dezenas de pessoas. O avião foi comprado em julho. Dizendo-se “constrangido” com a atitude, Terra Nova admitiu que aquele era seu desejo e que se submetia ao que considerava a vontade de Deus. “O Senhor é testemunha que este avião não é para vaidade, mas para estimular que outros ministérios a que também tenham aviões e, juntos, possamos voar para as nações da terra, pregando o evangelho de Jesus. Assim está estabelecido”, diz o líder em seu site.
“Conquista” e “resultado da fé” também foram as expressões usadas pelo pastor Samuel Câmara, da Assembleia de Deus de São José dos Campos (SP), para comemorar a compra de seu King Air C90, de quatro lugares. O religioso, que durante anos liderou a Assembleia de Deus em Belém (PA) – onde montou a Rede Boas Novas, conglomerado de rádio e TV que cobre vinte estados brasileiros –, se diz muito grato a Deus pela bênção, avaliada em R$ 8,5 milhões. Ele espera juntar-se a outros líderes para montar “uma esquadrilha de aviões para tocar o mundo todo”. Ano passado, Câmara também esteve no noticiário pelas denúncias que fez contra supostas irregularidades nas eleições para a presidência da Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB).
Mas a aquisição aérea que mais chamou a atenção, dentro e fora do meio evangélico, foi concretizada pelo famoso pastor e apresentador de TV Silas Malafaia, da Assembleia de Deus da Penha, no Rio. Possuir uma aeronave própria era um objetivo anunciado pelo líder já há algum tempo, inclusive em seu programa Vitória em Cristo, um dos campeões de audiência na telinha evangélica. Além dos insistentes pedidos por ofertas para manter-se no ar, Malafaia constantemente tocava no assunto avião em suas falas. O empurrão que faltava foi dado pelo pastor americano Morris Cerullo, outro profeta da prosperidade proprietário de um luxuoso Gulstream G4. Num dos programas, levado ao ar em agosto, Cerullo admoestou os telespectadores a desafiar a crise global e participar de uma campanha de doações ao colega brasileiro – um chamado “desafio profético”, no valor de 900 reais, estipulado graças a uma curiosa aritmética que associava a cifra ao ano de 2009.
Aparentemente surpreso, Silas Malafaia assentiu com o pedido. Não se sabe quanto foi arrecadado a partir dali, mas o fato é que em dezembro o pastor anunciou que o negócio foi fechado por cerca de US$ 12 milhões, cerca de 19 milhões de reais. Trata-se de um jato executivo modelo Cessna com pouco uso. Um “negócio espetacular”, na descrição do próprio. Bastante combatido pela maneira ostensiva com que pede ofertas para seu ministério, o pastor Malafaia, que dirige também a Editora Central Gospel, recorre à consagrada oratória para se defender: “Quem critica não faz nada. Você conhece alguma coisa que algum crítico construiu? Crítico é um recalcado com o sucesso da obra alheia.”
Fonte: Redação da Cristianismo Hoje
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quinta-feira, 25 de março de 2010
Que Deus tenha feito uso de mim é nada comparado à sua misericórdia em relação a mim. Quanto a mim mesmo não ouso vangloriar-me. Sempre me senti fraco e insignificante. Não possuía dons especiais nem santidade, não passando de um mineiro de carvão sem cultura. Que Deus pudesse usar-me hoje como tal, nada prova senão a verdade de que temos tesouros em vasos de barro, para que a excelência do poder possa ser de Deus e não nossa. Estou plenamente convencido que se alguém quiser ser usado pelo Senhor, basta que passe tempo em oração e em estudo bíblico; e a suo experiência poderia perfeitamente ultrapassar a minha. Nos últimos 46 anos, apesar de não possuir um registro minucioso de minha pregação, a média não deve ter sido menor do que 450 vezes por ano. Todavia, permitiam-me dizer com toda honestidade, as vezes que me ajoelhei diante de Deus em oração excederam de muito aquelas em que preguei de pé diante dos homens. Quero recomendar aos leitores que orem muito e estudem muito a Bíblia, jamais se apoiando em seus próprios talentos e dons, pois os que têm o dom de falar podem não possuir o poder do Espírito Santo. Algumas vezes esses dons se Tornam um impedimento e um laço na pregação, pois eles tornam a pessoa orgulhosa e independente de Deus. O homem que não ora não tem poder. Devemos, pois aprender e apoiar-nos absolutamente em Deus, obedecendo a Ele, e vivendo diante dEle. Desta maneira pode-remos dar frutos para Deus e nossa vida não terá sido inútil. Jamais permita que qualquer coisa ou alguém se coloque entre você e Deus. Você deve, ter um coração integro, sincero e fiel para com o Senhor Jesus Cristo, pois Ele merece que lhe dediquemos todo o nosso serviço.
James M'Kendrick
In: Seen and Heard
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quarta-feira, 24 de março de 2010
Regozijo-me com quaisquer evidências de vida espiritual, ainda que sejam entusiásticas e temporárias, e não sou precipitado em condenar qualquer movimento bem-intencionado. Contudo, tenho bastante receio de que muitos dos chamados avivamentos, em última análise, causaram mais danos do que benefícios.Uma espécie de loteria religiosa tem fascinado muitos homens, trazendo-lhes repúdio pelo bom senso da verdadeira piedade.
Não desejo menosprezar o ouro genuíno, ao desmascarar as falsificações. Longe disso. Acima de tudo, desejamos que o Senhor envie-nos um verdadeiro e duradouro avivamento espiritual.Precisamos de uma obra sobrenatural da parte do Espírito Santo, trazendo poder à pregação da Palavra, motivando com vigor celestial todos os crentes, afetando solenemente os corações dos indolentes, para que se convertam a Deus e vivam. Se este avivamento acontecesse, não seríamos embriagados pelo vinho do entusiasmo carnal, mas cheios do Espírito. Contemplaríamos o fogo dos céus manifestando-se em resposta às fervorosas orações de homens piedosos.
Não podemos rogar que o Senhor,nosso Deus, revele seu poderoso braço aos olhos de todos os homens nestes dias de declínio e vaidade?
Charles Spurgeon
In: O avivamento que precisamos
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terça-feira, 23 de março de 2010
Todo falso ensinamento deve ser odiado e combatido. O Novo Testamento nos diz que assim fez nosso Senhor e todos os apóstolos, e que eles se opuseram e advertiram as pessoas contra isso. Mas pergunto novamente: isto é realizado hoje? Qual sua atitude pessoal quanto a isso? Acaso é você uma daquelas pessoas que diz que não há necessidade dessas negativas, e que deveríamos estar contentes com uma apresentação positiva da verdade? Subscrevemos o ensinamento prevalecente que discorda de advertências e críticas ao falso ensinamento? Você concorda com aqueles que dizem que um espírito de amor é incompatível com a denúncia crítica e negativa dos erros gritantes, e que temos de ser sempre positivos? A resposta mais simples a tal atitude é que o Senhor Jesus Cristo denunciou o mal e os falsos mestres. Repito que Ele os denunciou como “lobos vorazes” e como “sepulcros caiados” e como “guias cegos”. O apóstolo Paulo disse de alguns deles: “… cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles”. (Fp 3:19). Esta é a linguagem das Escrituras.
Martin Lloyd-Jones
In: Jornal “Os Puritanos” Ano III Nº 3
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segunda-feira, 22 de março de 2010
"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" Rm 1:16
Hoje em dia é comum a expressão "deixei de ser evangélico". Levando-se em conta os escândalos em que se envolvem políticos evangélicos, a exploração religiosa de muito tele-evangelistas e do mau testemunho de pessoas que se dizem evangélicas, a reação é compreensível. Porém, considerando que o termo evangélico tem sua origem na palavra evangelho, o repúdio me soa como contrário à Paulo dizendo "não me envergonho do evangelho". E, parece-me que tentar "descolar" nossa pessoa daqueles que envergonham o evangelho, não é bem o exemplo bíblico a ser seguido, mas isto é uma outra questão, para uma outra hora. Interessa-nos, de momento, meditar na passagem acima.
O evangelho
Evangelho significa literalmente boas novas ou boas notícias. São, portanto, boas notícias de Deus para os pecadores. Esta é a quarta vez, em cinco, que Paulo faz referência a evangelho na introdução (1:1-17) de sua carta aos crentes de Roma. Isto demonstra a importância que ele dá à mensagem à qual foi incumbido pregar. Ao dizer que não se envergonhava do evangelho, não apenas referia-se à dignidade do mesmo, mas evidenciava a sua confiança de que o evangelho era a única solução para o problema da raça caída. O evangelho é a única coisa que os pecadores realmente precisam ouvir.
Precisamos fazer referência ao conteúdo do evangelho. Pois em meio a tantos evangelhos, corre-se o risco de se falar de uma coisa e ser entendida outra. O evangelho de que Paulo tinha em mente era a mensagem de que o Filho de Deus encarnarnou neste mundo e aqui viveu uma vida perfeita em nosso favor, que morreu em nosso lugar na cruz, expiando nossos pecados, que ressuscitou ao terceiro dia e subiu ao céu e que prometeu voltar para Seu povo. Cristo é a tanto a origem como o conteúdo do evangelho.
O poder do evangelho
É essa mensagem que Paulo diz ser o poder de Deus para a salvação. Ao referir-se ao evangelho como poder de Deus, fica implícito que para que o homem seja salvo, é necessária a ação de uma força, o realizar de uma obra. Esta necessidade é justificada quando vemos que Paulo representa o pecado em Romanos como sendo uma força que domina e escraviza o homem e a criação, sendo que ninguém é capaz de se livrar por si mesmo. Assim, é necessário poder da parte de Deus para que o poder do pecado seja vencido, e este poder é o evangelho de Cristo pregado por Paulo.
Nos púlpitos de hoje, o poder do evangelho é pouco enfatizado. Isso decorre do fato de que o poder do pecado é substimado. O homem é apresentado como capaz de, por si mesmo, fazer boas escolhas e aceitar a salvação de Deus, sem que se opere nele uma força maior e contrária à sua inclinação ao pecado. Entretanto, quando a absoluta incapacidade e a completa escravidão do homem são admitidas, a necessidade e a realidade do poder do evangelho são reconhecidas e experimentadas. Mas onde o homem precisa ser apenas informado e não transformado, evangelhos água-com-açúcar tomam o lugar da mensagem poderosa de Deus, mas então a salvação não é realizada.
A finalidade do evangelho é operar a salvação nos seus ouvintes. Estando todas as faculdades do homem afetadas, na verdade dominadas pelo pecado, para que o mesmo seja salvo é necessário uma transformação tão profunda que é chamada de regeneração, novo nascimento, vivificação. Esta renovação poderosa é operada pelo Espírito Santo através da pregação do evangelho e precede qualquer resposta do homem, mesmo a fé. Aliás, a fé é parte integrante do evangelho, como veremos a seguir.
A fé
A fé é tanto crença como confiança. Crer é aceitar a mensagem que está sendo pregada como verdadeira, mas também é confiar na pessoa de Cristo e em Sua obra em seu favor, abandonando qualquer tentativa de nos justificar diante de Deus por outros meios que não aqueles contidos na mensagem do evangelho.
Há uma idéia popular, porém errada, de que a fé é uma qualificação que alguns homens já possuem em si mesmo, antes que o evangelho chegue a eles. Porém, a verdade bíblica é de que fé não existe independente do evangelho, pelo contrário, a fé é gerada pela pregação. A fé só começa a existir como resposta ao evangelho, não antes dele. Pensar na fé como inerente à natureza humana ou mesmo pré-existente em alguns homens e que torna a mensagem do evangelho eficaz é atribuir, em última análise, a salvação à fé e não ao evangelho. Mas o poder está no evangelho.
A fé não é, enquanto resposta do homem ao evangelho, contribuição da parte dele, como se estivesse preenchendo uma condição estabelecida por Deus que capacita o evangelho para ser salvador. Fé é uma resposta, uma abertura ao evangelho, criada pelo próprio Deus. Ele não só dirige à mensagem ao ouvinte, mas também abre o coração dele à mensagem. A fé flui da obra de Cristo no Calvário e chega a nós pela mensagem do evangelho.
Para todo aquele que crê
Um questionamento pode surgir neste ponto. Se o que distingue os homens quanto à salvação é a fé e se esta é dada por Deus, então somente aqueles a quem Ele enviar a fé serão salvos. Não contradiz este fato o propósito universal da salvação, explicitado na frase "para todo aquele que crê"? É uma pergunta justa.
Creio que devemos considerar, primeiro, que embora a salvação seja sem distinção ("em primeiro lugar do judeu, mas também do grego"), não é, contudo, sem exceção. A própria cláusula "para todo aquele que crê" estabelece uma qualificação. Não são todos sem exceção, mas todos os que respondem com fé. Embora a proclamação do evangelho seja dirigida a todos, a operação do evangelho é apenas e para todos os que crêem. E crêem aqueles a quem Deus dá a fé.
Soli Deo Gloria
O evangelho
Evangelho significa literalmente boas novas ou boas notícias. São, portanto, boas notícias de Deus para os pecadores. Esta é a quarta vez, em cinco, que Paulo faz referência a evangelho na introdução (1:1-17) de sua carta aos crentes de Roma. Isto demonstra a importância que ele dá à mensagem à qual foi incumbido pregar. Ao dizer que não se envergonhava do evangelho, não apenas referia-se à dignidade do mesmo, mas evidenciava a sua confiança de que o evangelho era a única solução para o problema da raça caída. O evangelho é a única coisa que os pecadores realmente precisam ouvir.
Precisamos fazer referência ao conteúdo do evangelho. Pois em meio a tantos evangelhos, corre-se o risco de se falar de uma coisa e ser entendida outra. O evangelho de que Paulo tinha em mente era a mensagem de que o Filho de Deus encarnarnou neste mundo e aqui viveu uma vida perfeita em nosso favor, que morreu em nosso lugar na cruz, expiando nossos pecados, que ressuscitou ao terceiro dia e subiu ao céu e que prometeu voltar para Seu povo. Cristo é a tanto a origem como o conteúdo do evangelho.
O poder do evangelho
É essa mensagem que Paulo diz ser o poder de Deus para a salvação. Ao referir-se ao evangelho como poder de Deus, fica implícito que para que o homem seja salvo, é necessária a ação de uma força, o realizar de uma obra. Esta necessidade é justificada quando vemos que Paulo representa o pecado em Romanos como sendo uma força que domina e escraviza o homem e a criação, sendo que ninguém é capaz de se livrar por si mesmo. Assim, é necessário poder da parte de Deus para que o poder do pecado seja vencido, e este poder é o evangelho de Cristo pregado por Paulo.
Nos púlpitos de hoje, o poder do evangelho é pouco enfatizado. Isso decorre do fato de que o poder do pecado é substimado. O homem é apresentado como capaz de, por si mesmo, fazer boas escolhas e aceitar a salvação de Deus, sem que se opere nele uma força maior e contrária à sua inclinação ao pecado. Entretanto, quando a absoluta incapacidade e a completa escravidão do homem são admitidas, a necessidade e a realidade do poder do evangelho são reconhecidas e experimentadas. Mas onde o homem precisa ser apenas informado e não transformado, evangelhos água-com-açúcar tomam o lugar da mensagem poderosa de Deus, mas então a salvação não é realizada.
A finalidade do evangelho é operar a salvação nos seus ouvintes. Estando todas as faculdades do homem afetadas, na verdade dominadas pelo pecado, para que o mesmo seja salvo é necessário uma transformação tão profunda que é chamada de regeneração, novo nascimento, vivificação. Esta renovação poderosa é operada pelo Espírito Santo através da pregação do evangelho e precede qualquer resposta do homem, mesmo a fé. Aliás, a fé é parte integrante do evangelho, como veremos a seguir.
A fé
A fé é tanto crença como confiança. Crer é aceitar a mensagem que está sendo pregada como verdadeira, mas também é confiar na pessoa de Cristo e em Sua obra em seu favor, abandonando qualquer tentativa de nos justificar diante de Deus por outros meios que não aqueles contidos na mensagem do evangelho.
Há uma idéia popular, porém errada, de que a fé é uma qualificação que alguns homens já possuem em si mesmo, antes que o evangelho chegue a eles. Porém, a verdade bíblica é de que fé não existe independente do evangelho, pelo contrário, a fé é gerada pela pregação. A fé só começa a existir como resposta ao evangelho, não antes dele. Pensar na fé como inerente à natureza humana ou mesmo pré-existente em alguns homens e que torna a mensagem do evangelho eficaz é atribuir, em última análise, a salvação à fé e não ao evangelho. Mas o poder está no evangelho.
A fé não é, enquanto resposta do homem ao evangelho, contribuição da parte dele, como se estivesse preenchendo uma condição estabelecida por Deus que capacita o evangelho para ser salvador. Fé é uma resposta, uma abertura ao evangelho, criada pelo próprio Deus. Ele não só dirige à mensagem ao ouvinte, mas também abre o coração dele à mensagem. A fé flui da obra de Cristo no Calvário e chega a nós pela mensagem do evangelho.
Para todo aquele que crê
Um questionamento pode surgir neste ponto. Se o que distingue os homens quanto à salvação é a fé e se esta é dada por Deus, então somente aqueles a quem Ele enviar a fé serão salvos. Não contradiz este fato o propósito universal da salvação, explicitado na frase "para todo aquele que crê"? É uma pergunta justa.
Creio que devemos considerar, primeiro, que embora a salvação seja sem distinção ("em primeiro lugar do judeu, mas também do grego"), não é, contudo, sem exceção. A própria cláusula "para todo aquele que crê" estabelece uma qualificação. Não são todos sem exceção, mas todos os que respondem com fé. Embora a proclamação do evangelho seja dirigida a todos, a operação do evangelho é apenas e para todos os que crêem. E crêem aqueles a quem Deus dá a fé.
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domingo, 21 de março de 2010
O Fruto Desta Garantia
Por sua consciência e segurança desta eleição diariamente os filhos de Deus encontram enorme razão para se humilharem diante de Deus, para adorar a insondável profundidade de suas misericórdias, para se purificarem, e para retornarem fervoroso amor a ele que primeiro tão grandemente os amou. Isto está longe de dizer que esta doutrina concernente à eleição, e que a reflexão sobre ela, faça os filhos de Deus [se tornarem] negligentes em observar seus mandamentos ou carnalmente autoconfiantes. Pelo justo julgamento de Deus isto usualmente acontece àqueles que levianamente têm por concedida a graça da eleição e engajam-se em inútil e impudente discussão sobre ela, mas que relutam em andar no caminho dos escolhidos.
E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. 1 Jo 3:3
E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. 1 Jo 3:3
Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro. 1 Jo 4:19
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sábado, 20 de março de 2010
Mais ou menos cem anos atrás havia um crente na Inglaterra de nome Harvey Page. Seus olhos foram abertos pela especial graça do Senhor para ver que, embora ele fosse uma pessoa muito simples não tendo nenhum dom manifesto e incapaz de fazer muitas coisas ele podia contudo tratar com a pessoas uma por uma. Embora muitos cristãos tenham sido abençoa dos fazendo grandes obras, não era o seu caso. Mas ele podia concentrar sua atenção em uma pessoa e acompanhar tenazmente essa pessoa. Dizia então ao amigo escolhido que desde que ele, Harvey Page, estava salvo, o seu amigo poderia ser salvo também. Passava a orar e falar com o amigo até que este fosse realmente salvo. Na época em que harvey Page partia deste mundo, ele havia dessa forma levado mais de uma centena de. pessoas para o Senhor.
Watchman Nee
In: Testemunho cristão normal
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sexta-feira, 19 de março de 2010
A insistente tese do Arminianismo é de que o ser humano ainda é capaz de exercer livremente uma capacidade que, de forma auto-determinante, define o seu destino. Esta capacidade é chamada “livre arbítrio”. Segundo os Arminianos, pelo simples exercício do seu livre arbítrio, o ser humano determina o seu estado espiritual. Determina rejeitar e frustrar, ou aceitar o soberano propósito de Deus. Deus depende do livre arbítrio humano para poder agir. Logo, quando este pressuposto é aplicado à doutrina da Perseverança dos Santos, percebemos que os Arminianos são levados, por coerência, a negar a permanência na graça. Pois, se o ser humano é capaz, de modo auto-determinante, de resistir ou permitir-se ser influenciado pela graça, também pode ser capaz de mesmo depois de tê-la recebido, novamente desprezá-la, e assim decair da graça, e perder total e finalmente a sua salvação.
O pressuposto orientador do Calvinismo é que Deus é absolutamente soberano. Aplicando este princípio a doutrina da Perseverança dos Santos, entendemos que eles permanecem em estado de graça, porque Deus os preserva. Deus preserva imutável o seu eterno propósito (Rm 8:28), iniciando na predestinação e findando na glorificação (Rm 8:30). Pois “aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1:6).
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quinta-feira, 18 de março de 2010
Muitas vezes me pareceu que, se Deus permitisse que a iniqüidade ficasse marcada em mim, eu pareceria ser o pior dos seres humanos, de todos os que existiram desde a criação do mundo até hoje, e que eu teria, de longe, o lugar mais baixo no inferno. Minha malignidade, como eu sou por mim mesmo, há muito tempo me parece totalmente indescritível, consumindo todo pensamento e imaginação como um dilúvio infinito ou uma montanha sobre minha cabeça. Não sei como expressar melhor o que meus pecados significavam para mim do que acumulando infinitos sobre infinitos e multiplicando infinito por infinitos.
Jonathan Edwards
Apud: Russel Shedd, in Avivamento & renovação, Shedd Publicações
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quarta-feira, 17 de março de 2010
Tente não jogar fora nada do livro perfeito. O que você encontra nele permita que ali fique, e o faça seu para pregar conforme a analogia e o tamanho da fé. Aquilo que é digno de ser revelado por Deus é digno de nossa pregação - isso é o mínimo que posso dizer a respeito. "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mt 4.4; Dt 8.3). "Cada palavra de Deus é comprovadamente pura; ele é um escudo para quem nele se refugia" (Pv 30.5). Permita que cada verdade revelada seja apresentada a seu tempo. Não procure assunto em qualquer outro lugar, pois com tal infinitude de temas diante de você não há necessidade de assim fazer; com tão gloriosa verdade para pregar seria uma audaciosa crueldade fazer isso.
Charles Spurgeon
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segunda-feira, 15 de março de 2010
“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” Rm 1:19-20
Introdução
Deus colocou a eternidade no coração do homem. A idéia de Deus é um fato inescapável a todos, mesmo aqueles que negam sua existência pensam em Deus para poderem negá-lo. Isto acontece porque é impossível ao homem fugir da revelação de Deus que, num certo sentido, é universal.
O que queremos dizer por revelação? É a comunicação por parte de Deus aos homens de fatos que de outra forma ele não poderia conhecer. Revelar é retirar o véu para mostrar algo que estava encoberto, oculto. Quando se trata de fatos a respeito de Deus e de suas obras, revelação é a comunicação que Deus faz de si mesmo, da criação, de seu governo providencial e do destino dos seres morais (homens e anjos), coisas que o homem não pode descobrir apenas com a razão.
É comum a confusão entre revelação, inspiração e iluminação, por estarem relacionadas entre si. Contudo, em seus sentidos teológicos devemos manter a distinção entre elas. Já definimos revelação, como a comunicação divina de uma verdade. A inspiração é a operação sobrenatural pela qual Deus controla os homens no processo de registrar a revelação recebida. Por exemplo, quando Deus avisou José por sonho que Herodes queria matar o menino Jesus foi uma revelação, quando Lucas registrou o fato em seu Evangelho o fez por inspiração. Iluminação, por sua vez, é a operação do Espírito Santo sobre os que lêem a Palavra de Deus, ajudando-os na compreensão. Mais poderia ser dito sobre as relações entre revelação, inspiração e iluminação, mas para os propósitos deste artigo é o bastante.
Soberania de Deus na revelação
Precisamos reconhecer que a revelação é um ato livre de Deus. Se quisesse, Deus poderia deixar a humanidade às cegas acerca de sua existência, de seu poder e de suas obras. Eles jamais poderiam alcançar, por si mesmos, um conhecimento verdadeiro a respeito dEle. Mas aprouve a Deus mostrar-se às suas criaturas.
Ao escolher revelar-se, contudo, Deus não abriu mão de sua soberania e não dá a todos o mesmo tipo e grau de conhecimento acerta dEle. Jesus disse “graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado” (Mt 11:25-26). Embora afirmemos que ninguém há no mundo que não tenha algum tipo de revelação de Deus, não podemos afirmar que Ele se revela pelos mesmos meios e de igual forma a todos.
Além disso, ainda que a revelação seja suficiente para nossa vida na terra e morada no céu, não é exaustiva, mas limitada por Deus. “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre” (Dt 29:29). Até mesmo esta limitação que Deus impõe em sua revelação denota sua bondade para conosco, pois não poderíamos suportar tanto conhecimento: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora” (Jo 16:12). Creio que nem em toda eternidade conheceremos Deus completamente, posto que é infinito.
Revelação geral e especial
A revelação que Deus dá a todos os homens sem excessão é chamada de revelação comum ou geral. Esta é a revelação de Deus através da natureza (Criação) e da História (Providência), por exemplo.
“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor” (Sl 19:1-6). É a mesma revelação referida por Paulo quando escreveu que “os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” (Rm 1:19).
Em que pese o fato dessa revelação ser universal, ela é insuficiente para a salvação. Nada diz a respeito da morte de Jesus em nosso favor ou da justificação pela graça mediante a fé. Contudo, ela é suficiente para tornar os homens indesculpáveis perante Deus, como diz o texto: “tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Rm 1:20).
Para que o homem seja “sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2Tm 3:15) é necessário uma revelação que vá além da revelação natural, chamada de especial. Esta revelação nos foi dada na pessoa de Jesus Cristo e encontra-se registrada na Bíblia Sagrada.
“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hb 1:1-3).
Jesus é a revelação tão perfeita de Deus que podia dizer “quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14:9). E esta revelação de Jesus Cristo encontra-se registrada na Bíblia Sagrada, por isso o Senhor disse “examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5:39). Tudo o que precisamos saber para nossa vida na terra e para nos preparar para a vida no céu, encontra-se registrada na Escritura que “é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3:16-17).
Nossa atitude diante da revelação
A primeira atitude diante da revelação de Deus é aceitá-la. Paulo afirma que “a ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça” (Rm 1:18). Porém, como a revelação de Deus na Escritura revela a nossa impiedade e perversão, nossa reação natural é suprimir essa verdade. Daí a necessidade da graça de Deus, pois “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2:14). Sob a operação da graça de Deus chegamos à fé e mediante esta somos justificados.
Tendo recebido a revelação como vinda de Deus, devemos ser gratos a Deus por se mostrar a nós. Lembremos que Jesus referiu-se à revelação de Deus com expressão de gratidão, dizendo “graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11:25). Com nos era totalmente impossível descobrir Deus sem que se revelasse a nós, devemos agradecer sempre por tê-lo feito. Do contrário, passaríamos a vida inteira tateando no escuro.
Finalmente, devemos adorar a Deus. O grande erro denunciado em Romanos é que os homens “tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças” (Rm 1:21). Contemplar a glória de Deus revelada na natureza e nas Escrituras sempre deve nos levar a adoração. Paulo exulta dizendo “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11:33-36).
Conclusão
Como acabamos de ver todo homem recebe porção do conhecimento de Deus, suficiente para torná-lo inescusável. No juízo final, os homens serão julgados pelas suas obras, de acordo com a luz que receberam. Ninguém poderá alegar que foi injustiçado ou alegar desconhecer as bases de seu julgamento, pois a sua consciência será testemunha contra si. Entretanto, vimos também que a revelação de Deus como salvador veio através de Jesus Cristo, de quem a Bíblia é testemunha. Crendo nEle você não apenas escapa do juízo, mas é levado com segurança ao céu, podendo contemplar Aquele de quem temos apenas réstias de Sua glória.
Leia a Bíblia, creia em Cristo e viva!
Soli Deo Gloria
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domingo, 14 de março de 2010
Eleição Imutável
Exatamente como o próprio Deus é sumamente sábio, imutável, onisciente, e Todo-Poderoso, deste modo a eleição feita por ele não pode ser nem suspensa, nem alterada, revogada, ou anulada; nem seus escolhidos podem ser lançados fora, ou seu número ser reduzido.
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Jo 6:37
E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Jo 10:28
A Garantia da Eleição
A garantia dessa sua eterna e imutável eleição para salvação é dada aos escolhidos no tempo devido, ainda que em vários estágios e em diferentes medidas. Tal garantia não vem através de uma busca inquisitiva nas coisas ocultas e profundas de Deus, mas observando dentro deles mesmos, com alegria espiritual e santo deleite, os inconfundíveis frutos da eleição assinalados na Palavra de Deus — tais como: verdadeira fé em Cristo, temor filial de Deus, santo arrependimento por seus pecados, fome e sede de justiça, e assim por diante.
As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei. Dt 29:29
Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. 1Co 2:10-11
Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados. 2Co 13:5
Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte. 2Co 7:10
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos. Mt 5:6
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sábado, 13 de março de 2010
A preocupação com a escatologia tem tomado formas diferentes em grupos diferentes. Nos círculos cristãos conservadores, relacionase com a ordem dos acontecimentos concernentes à Segunda Vinda de Cristo. Os conservadores chegaram a um consenso nos pontos principais da escatologia por volta do início do século XX. Todos os seres humanos (exceto os que ainda estiverem vivos na volta do Senhor) devem passar pela morte física e, nesse momento, passam para um estado intermediário apropriado à sua condição espiritual.
Os que se entregaram à obra salvadora de Jesus Cristo irão para um lugar de bem-aventurança e galardão; mas os que não se entregaram irão para um lugar de castigo e tormento. Em algum tempo futuro, Cristo voltará de modo corpóreo. Então todos os mortos serão ressuscitados e entregues ao seu destino final — o céu ou o inferno. Lá permanecerão eternamente numa condição inalterável.
No entanto, nesse esquema geral, tem havido considerável variação. Primeiro, em relação à questão de haver um milênio (um reino de Jesus Cristo na terra por mil anos), e segundo em relação à posição dos que dizem “sim”, quanto à volta de Cristo acontecer no começo ou no fim do milênio. Entre os que sustentam que essa volta antecederá o milênio, alguns acreditam que a igreja passará por um período de intensa angústia chamado de “grande tribulação”; outros acreditam que a igreja será retirada do mundo ou “arrebatada” antes da tribulação. Nos anos recentes tem havido muito debate em torno dessas questões. Quer concordemos ou não com a relevância dessas questões devemos examiná-las, pois aqueles que as discutem as consideram importantes.
Millard J. Erikson
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quinta-feira, 11 de março de 2010
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Ef 2:8
Uma afirmação que incomoda alguns arminianos é a de que a fé é um dom de Deus. Pois sendo a fé um dom de Deus, torna sem sentido o argumento da eleição pela fé prevista: Deus escolheria para a salvação aqueles a quem decidiu dar a fé, o que o tornaria igualmente parcial ao não dar a fé a todos. Por isso, são forçados a afirmar que a fé não é um dom de Deus, e para demonstrar isso recorrem a Efésios 2:8.
O argumento é o seguinte: o pronome demonstrativo τουτο ("isto") é do gênero neutro e portanto não pode referir-se a πιστεως ("fé") que é do gênero feminino. E nisto eles estão cobertos de razão. Mas precisa ser dito, também, que "isto" não pode se referir tampouco à graça, pois χαριτι também é feminino. Até mesmo salvação não poderia ser a referência de "isto", porque σωτηριας é igualmente feminino, além de que a forma aqui é verbal. Claramente, então, "isto" se refere à ideia ou ato da salvação como um todo, incluindo a fé, expressa na cláusula "pela graça sois salvos, mediante a fé". Ou seja, embora o pronome não se refira diretamente a fé, a inclui com tudo o mais que é necessário para o "sois salvos", que é um dom de Deus.
Mesmo se dependêssemos apenas dessa passagem para afirmar que a fé é um dom de Deus, não estaríamos desamparados, como vimos. Porém, esta verdade é corroborada por outras passagens, formando uma doutrina consistente com o ensino geral das Escrituras.
Por exemplo, Tiago afirma que "toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes" (Tg 1:17), reforçado por Pedro que escreve "o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade" (2Pe 1:3) a ponto de Paulo perguntar "que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, porque te glorias como se não o houveras recebido?" (1Co 4:7). E isto certamente inclui a fé.
Ademais, a Bíblia afirma que "a fé vem pelo ouvir" (Jo 10:17), indicando que antes da pregação do evangelho não há fé no homem. Aos romanos Paulo fala "da fé que Deus repartiu a cada um" (Rm 12:3), aos efésios da "fé da parte de Deus Pai" (Ef 6:23) e aos filipenses disse "a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele" (Fl 1:29).
Concluímos que conceber a fé como um presente do homem a Deus e não um dom de Deus aos homens é desconsiderar o que a Bíblia diz a respeito do assunto é querer enquadrar a Escritura em nosso sistema teológico.
Soli Deo Gloria
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quarta-feira, 10 de março de 2010
Em Apocalipse 3.5, diz Jesus: “O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida”. Alguns sustentam que, dizendo isso, Jesus sugere que é possível que ele venha a apagar os nomes de algumas pessoas do Livro da Vida, pessoas que já tinham seus nomes escritos ali e que portanto já estavam salvas. Mas o fato de Jesus afirmar enfaticamente que não fará algo não pode ser usado para pregar que fará a mesma coisa nos outros casos! O mesmo tipo de construção grega é usada para exprimir uma negação enfática em João 10.28, onde Jesus diz: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão”. Isso não significa que algumas das ovelhas de Jesus não ouvem a sua voz nem o seguem, e por isso perecerão; afirma simplesmente que as suas ovelhas com certeza não perecerão. Do mesmo modo, quando Deus diz – “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13.5) – não sugere que deixará ou abandonará outras pessoas; apenas declara enfaticamente que não deixará nem abandonará o seu povo. Ou, numa analogia ainda mais próxima, de Mateus 12.32, Jesus diz: “Se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir”. Isso não significa que alguns pecados serão perdoados no porvir (como alegam os católicos romanos para sustentar a doutrina do purgatório) – isso não passa de um erro de raciocínio: dizer que algo não irá acontecer no porvir não implica que pode acontecer no porvir! Do mesmo modo, Apocalipse 3.5 é apenas uma firme garantia de que aqueles que estiverem trajando vestes brancas e que permanecerem fieis a Cristo não terão os seus nomes apagados do Livro da Vida.
Wayne Grudem
In: Teologia Sistemática
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terça-feira, 9 de março de 2010
Torna-se claro, em João 14.6, onde se lê que Jesus Cristo é o "caminho, e a verdade, e a vida", que a salvação só pode ser encontrada em sua pessoa. Sendo essa a verdade, tudo quanto está fora de Cristo só pode ser trevas, falsidade e morte. Qual necessidade haveria da vinda de Cristo a este mundo, se os homens, naturalmente, pudessem compreender o caminho de Deus, entender a verdade de Deus e compartilhar da vida de Deus?
Nossos opositores dizem que os homens perversos possuem "livre-arbítrio", embora abusem dele. Se isso fosse realmente assim, então haveria algo de bom no pior dos homens. E se isso fosse realmente verdade, então Deus seria injusto ao condená-los. Entretanto, João diz que aqueles que não crêem em Jesus Cristo já estão condenados (Jo 3.18). Todavia, se os homens fossem possuidores dessa coisa boa chamada "livre-arbítrio", então João deveria ter dito que os homens só estão condenados por causa de sua parte má, e não devido àquela boa parte neles existente. As Escrituras dizem: "...o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3.36). Sem dúvida está em pauta todo o homem. Pois, se assim não fosse, então haveria uma parte no homem capaz de impedi-lo de ser condenado, e ele poderia continuar pecando sem o menor temor, firmado no conhecimento que não poderia ser condenado.
Também lemos em João 3.27 que "o homem não pode receber cousa alguma se do céu não lhe for dada". Isso refere-se especialmente a capacidade da pessoa cumprir a vontade de Deus. Somente aquilo que vem do alto pode ajudar um homem a cumprir a vontade do Senhor. Mas o "livre-arbítrio" não vem do alto, o que significa que o "livre-arbítrio" é inútil.
Em João 3.31, diz ainda o mesmo apóstolo: "...quem vem da terra é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos". Ora, por certo o "livre-arbítrio" não tem origem celestial. Pertence à terra, não lhe havendo outra possibilidade. E, assim sendo, isso só pode significar que o "livre-arbítrio" nada tem a ver com as realidades celestiais; cogita somente das coisas terrenas. O Senhor Jesus afirma, em João 8.23: "Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou". Se essa afirmativa de Jesus quisesse dizer apenas que os corpos de seus ouvintes eram terrenos, tal declaração seria desnecessária, pois eles já sabiam disso. O que Jesus quis dizer é que aos seus ouvintes faltava, de modo absoluto, qualquer poder espiritual, e que este só poderia ser recebido de Deus.
Martinho Lutero
In: Nascido Escravo, Ed. Fiel, Cap. 1, Argumento 18.
Via: Márcio Melânia, no grupo Textos Reformados
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segunda-feira, 8 de março de 2010
"Dizem que mulher não gosta de teologia, mas que mentira absurda". Este poderia ser o primeiro verso de uma música sobre mulher e teologia. Embora pareça, teologia não é coisa de marmanjo, apenas. É bem verdade que numericamente elas estão em minoria, mas não a ponto de serem inexpressivas, pelo contrário, como em quase tudo que fazem, o fazem muito bem e não raro melhor do que os homens, destacando-se por isto.
Eu havia pensado em escrever sobre as mulheres da Bíblia, como Débora, Hulda, Priscila, Evódia, Eunice e tantas outras heroínas da fé. Ou sobre teólogas da história e do presente da igreja, tais como Hanah Adams, Jacqueline Arnaud, Madeleine Barot, Catherine Booth, Suzanne de Dietrich, Irene Foulkes, Madame Guyon, Georgia Harkness, Anne Hutchinson, Juliana de Norwich, Aimée Semple Mcpherson, Lucretia Mott, Rosvita, Ruth Rouse, Letty Russel, Tereza de Ávila, Katharina Zell entre outras. Mas resolvi falar de algumas mulheres da blogosfera teológica. Infelizmente, o que segue é apenas uma amostra.
A Nani diz de si mesmo que está azedando a blogsfera há dois anos. Prefiro pensar que ela pega os limões dos mercadores da palavra e novidadeiros que invadem o pomar de Deus e nos serve deliciosas limonadas. Em sua caminhada na graça, Marcia Gizella não abre mão da graça, batendo sem dó nos que tentam vilipendiá-la com suas doutrinas e práticas heréticas. Como estrangeira no mundo, mesmo estando de passagem aqui, Vera Siqueira denuncia cartazes e videos de mascates e estelionatários da fé. E R. Reis, ao redor de jabuticabeiras publica a verdade e denuncia a mentira dos falsificadores da Palavra.
Não poderia deixar de falar da admirável Norma Braga e seu esforço para recolocar o cristianismo na via dos debates intelectuais. É um dos meus escritores preferidos na net, especialmente naquilo que consigo acompanhar. E nem da Ivonete Silva, que como eu ama tirinhas, mas também é uma teóloga capaz e com seu bom humor desfaz o estereótipo do calvinista sizudo. E, como a cereja do bolo se coloca por último, encerro mencionando a fiore delicato entre as teólogas da blogosfera.
Parabéns a todas as mulheres, mas especialmente àquelas que somam forças com a homarada na defesa da fé uma vez entregue aos santos e santas.
PS.: Estou certo que cometi alguma injustiça, deixando de indicar blogs de mulheres virtuosas da net. Injustiça que pode ser reparada pelos leitores e leitoras, indicando o que me escapou.
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domingo, 7 de março de 2010
Eleição Baseada na Boa Vontade de Deus
Mas a causa desta eleição imerecida é exclusivamente a boa vontade de Deus. Isto não implica ele escolher certas qualidades ou ações humanas, entre todas aquelas possíveis, como condição para a salvação, mas ao contrário implica sua adoção de certas pessoas em particular dentre a massa comum de pecadores como sua própria possessão. Como dizem as Escrituras: Não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal... Foi dito a ela (Rebeca): O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú (Rm.9:11-13). Também: Creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna (At.13:48).
Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú. Rm 9:11-13
E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor. Gn 25:23
Eu vos tenho amado, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Em que nos tem amado? Não era Esaú irmão de Jacó? disse o Senhor; todavia amei a Jacó, e odiei a Esaú; e fiz dos seus montes uma desolação, e dei a sua herança aos chacais do deserto. Ml 1:2-3
E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. At 13:48
Leia o primeiro artigo da série: 1. O direito de Deus de condenar todas as pessoas
Leia o artigo anterior da série: 9. Eleição não baseada em presciência de fé
Leia o primeiro artigo da série: 1. O direito de Deus de condenar todas as pessoas
Leia o artigo anterior da série: 9. Eleição não baseada em presciência de fé
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sábado, 6 de março de 2010
Uma noite, quando um embaixador e seu assistente foram obrigados a dormir no mesmo quarto em um hotel, o assistente observou seu chefe se virar na cama, sem conseguir dormir.
- Senhor, o que o incomoda?, ele perguntou.
- Oh, eu tenho tantas coisas em minha mente. O peso da minha responsabilidade é difícil de suportar.
- Perdoe-me, senhor, mas o senhor acredita que Deus governou o mundo até agora?
- Claro.
- E o senhor acredita que ele vai governá-lo mesmo depois que o senhor deixar esta vida?
- Sem dúvida.
- Então, por que o Senhor não confia que Ele pode fazer o mesmo durante a sua vida?
Ouvindo isto, o embaixador aquietou-se e logo estava dormindo.
Fonte: Illustrations of Bible Truths
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sexta-feira, 5 de março de 2010
Nós realmente não acreditamos que tudo terminará, não é? Se Deus não nos tivesse dito o contrário, pensaríamos que este desfile da vida continuaria para sempre. Mas ela terminará. Esta vida não é para sempre; tampouco é a melhor vida que existe. O fato é que os crentes são direcionados para o céu. Isso é realidade. E o que fazemos aqui na Terra tem relação direta com a forma que viveremos lá. O céu pode estar tão perto quanto o ano ou a semana que vem; portanto, aqui na Terra, faz muito sentido dedicar algum tempo aos pensamentos sinceros sobre o maravilhoso futuro que nos está reservado.
Joni Eareckson Tada
In: Céu - nosso verdadeiro lar
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quinta-feira, 4 de março de 2010
Quando a mente está desocupada, ou é mal empregada, o demônio não precisa de uma grande vantagem; quando ele encontra os pensamentos voltados à cobiça, à revanche, à ambição ou ao dolo, que oportunidade ele tem para passar para a execução e levar o pecador a praticar aquilo em que seus pensamentos estão imersos! Mais ainda, se ele encontra a mente vazia, há espaço para qualquer coisa que ele queira trazer para ali depositar; mas, quando ele encontra o coração do homem no céu, que esperança ele pode ter de que quaisquer de seus movimentos sejam produtivos? Deixe-o tentar para que pegue qualquer caminho proibido, ou mostrar-nos a isca de algum prazer, a alma lhe responderá como Neemias: "Estou executando um grande projeto e não posso descer" (Ne 6.3).
Richard Baxter (1615-1691)
In: O Coração no céu
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