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sexta-feira, 19 de março de 2010
A insistente tese do Arminianismo é de que o ser humano ainda é capaz de exercer livremente uma capacidade que, de forma auto-determinante, define o seu destino. Esta capacidade é chamada “livre arbítrio”. Segundo os Arminianos, pelo simples exercício do seu livre arbítrio, o ser humano determina o seu estado espiritual. Determina rejeitar e frustrar, ou aceitar o soberano propósito de Deus. Deus depende do livre arbítrio humano para poder agir. Logo, quando este pressuposto é aplicado à doutrina da Perseverança dos Santos, percebemos que os Arminianos são levados, por coerência, a negar a permanência na graça. Pois, se o ser humano é capaz, de modo auto-determinante, de resistir ou permitir-se ser influenciado pela graça, também pode ser capaz de mesmo depois de tê-la recebido, novamente desprezá-la, e assim decair da graça, e perder total e finalmente a sua salvação.
 
O pressuposto orientador do Calvinismo é que Deus é absolutamente soberano. Aplicando este princípio a doutrina da Perseverança dos Santos, entendemos que eles permanecem em estado de graça, porque Deus os preserva. Deus preserva imutável o seu eterno propósito (Rm 8:28), iniciando na predestinação e findando na glorificação (Rm 8:30). Pois “aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1:6).

 

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