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segunda-feira, 30 de junho de 2008
"Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade." 1Tm 2:3-4
Reconheço que essa passagem apresenta dificuldades. Mas não apenas para os que aceitam a doutrina bíblica da predestinação, mas para todo estudante da Escritura. O texto diz que Deus "deseja que todos os homens sejam salvos", no entanto nós sabemos que nem todos os homens são salvos. A pergunta é por quê? Uma resposta apressada diria que os homens não querem ser salvos, mas aí nós temos que admitir que a vontade do homem prevalece sobre a vontade de Deus. O homem teria poder de veto sobre Deus, e isso é inaceitável. Outra possibilidade é que Deus não possa salvar todo mundo! Isso beira à blasfêmia, pois estaríamos dizendo que Ele não é Todo-Poderoso. Mas então, qual a saída para o dilema?
Eu acredito que embora o caráter bondoso de Deus deseje que todos os homens sejam salvos, há algo que Ele deseja mais do que salvar todo mundo. Sabemos que às vezes desejamos duas coisas, mas uma vontade é maior que a outra e acabamos escolhendo uma em lugar da outra. Creio então que há uma vontade prevalecente sobre a desejo de salvar a todos os homens. Mas o que seria?
Os defensores do livre arbítrio diriam que Deus deseja salvar a todos, mas acima disso deseja não violar o livre arbítrio do homem. Assim, a preservação do livre arbítrio seria algo maior que a salvação de toda a humanidade. Eu penso diferente, mesmo porque livre arbítrio é uma idéia humanista sem amparo na Bíblia, então não vejo porque Deus teria um compromisso com ele. Além disso, no inferno as pessoas desejariam que seu livre arbítrio tivesse sido violado e que eles fossem para o céu. Eu creio que o que Deus deseja mais que salvar a todos é a Sua glória. Quando Deus levar os seus para o céu será glorificado pela sua graça e misericórdia. Quando ele aplicar o justo castigo sobre os pecadores, será glorificado pela Sua justiça. Assim, Ele será glorificado tanto nos que são salvos como nos que se perdem. É assim que entendo esse versículo, mas reconheço que é uma passagem difícil e uma explicação melhor pode ser dada. Se alguém tiver, por favor poste.
Finalmente, gostaria de esclarecer uma idéia errada: a de que Deus predestina para o inferno. Não é verdade e a maioria absoluta dos que creem na predestinação creem na predestinação para a vida, tão somente. Sendo Deus a expressão da bondade, ele deixa todos os homens livres para serem salvos e nenhum obstáculo coloca diante dos homens. Quem quiser, vem e de maneira nenhuma é lançado fora. O problema é que ninguém, por si mesmo, vem. Então Ele atrai irresistivelmente alguns para Si.
Espero ter respondido a contento. Se não, é só pedir que esclareço melhor o que eu creio.
Eu acredito que embora o caráter bondoso de Deus deseje que todos os homens sejam salvos, há algo que Ele deseja mais do que salvar todo mundo. Sabemos que às vezes desejamos duas coisas, mas uma vontade é maior que a outra e acabamos escolhendo uma em lugar da outra. Creio então que há uma vontade prevalecente sobre a desejo de salvar a todos os homens. Mas o que seria?
Os defensores do livre arbítrio diriam que Deus deseja salvar a todos, mas acima disso deseja não violar o livre arbítrio do homem. Assim, a preservação do livre arbítrio seria algo maior que a salvação de toda a humanidade. Eu penso diferente, mesmo porque livre arbítrio é uma idéia humanista sem amparo na Bíblia, então não vejo porque Deus teria um compromisso com ele. Além disso, no inferno as pessoas desejariam que seu livre arbítrio tivesse sido violado e que eles fossem para o céu. Eu creio que o que Deus deseja mais que salvar a todos é a Sua glória. Quando Deus levar os seus para o céu será glorificado pela sua graça e misericórdia. Quando ele aplicar o justo castigo sobre os pecadores, será glorificado pela Sua justiça. Assim, Ele será glorificado tanto nos que são salvos como nos que se perdem. É assim que entendo esse versículo, mas reconheço que é uma passagem difícil e uma explicação melhor pode ser dada. Se alguém tiver, por favor poste.
Finalmente, gostaria de esclarecer uma idéia errada: a de que Deus predestina para o inferno. Não é verdade e a maioria absoluta dos que creem na predestinação creem na predestinação para a vida, tão somente. Sendo Deus a expressão da bondade, ele deixa todos os homens livres para serem salvos e nenhum obstáculo coloca diante dos homens. Quem quiser, vem e de maneira nenhuma é lançado fora. O problema é que ninguém, por si mesmo, vem. Então Ele atrai irresistivelmente alguns para Si.
Espero ter respondido a contento. Se não, é só pedir que esclareço melhor o que eu creio.
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sábado, 28 de junho de 2008
O estudante deve se lembrar que a história é uma “túnica inconsútil”. Com essa expressão, Maitland quis dizer que a história é uma seqüência contínua de eventos dentro da estrutura do tempo e do espaço. Por essa razão, a periodização da história da Igreja é apenas um recurso artificial para colocar os dados da história em segmentos facilmente perceptíveis e ajudar o estudante a guardar os fatos essenciais. O povo do Império Romano não foi dormir uma noite na Antiguidade e acordou na manhã seguinte na Idade Média. Existe uma transição gradual de uma certa visão da vida e atividade humana que caracteriza uma era da história para uma nova visão que caracteriza outra era. Como a divisão da história em períodos auxilia a memorização, ajuda a estudar um segmento de cada vez e apresenta a visão de mundo daquele período específico, é conveniente organizar a história cronologicamente.
História da Igreja Antiga, 5 a.C. — 590 d.C.
O primeiro período da história da Igreja revela a evolução da Igreja Apostólica para a Antiga Igreja Católica Imperial, e o início do sistema Católico Romano. O centro de atividade era a bacia do Mediterrâneo, que incluía regiões da Ásia, África e Europa. A Igreja operava dentro do ambiente cultural da civilização greco-romana e do ambiente político do Império Romano.
O Avanço do Cristianismo no Império até 100
Nessa seção, a atenção será dada ao ambiente em que a Igreja nasceu. A construção do alicerce da Igreja com base na vida, morte e ressurreição de Cristo e sua fundação entre os judeus são importantes para se compreender a gênese do cristianismo. O crescimento gradual do cristianismo nas fraldas do judaísmo e a ruptura desses laços no Concílio de Jerusalém antecedem a pregação do Evangelho aos gentios por Paulo e outros, e também a emergência do cristianismo como uma seita separada do judaísmo. Será ressaltado também o papel fundamental dos apóstolos nesse período.
A Luta pela sobrevivência da antiga Igreja Católica Imperial, 100-313
Nesse período, a Igreja teve sua existência constantemente ameaçada pela oposição de fora: a perseguição pelo Estado romano. Os mártires e os apologistas deram a resposta da Igreja a esse problema externo. A Igreja também enfrentou o problema interno da heresia, que teve uma resposta cristã por parte dos polemistas.
A Supremacia da antiga Igreja Católica Imperial, 313-590
A Igreja enfrentou os problemas decorrentes de sua conciliação com o Estado sob Constantino e sua união com o Estado na época de Teodósio. Logo ela se viu dominada pelo Estado. Os imperadores romanos queriam uma doutrina unificada a fim de unificar o Estado e salvar a cultura greco-romana. Os cristãos, porém, não tinham conseguido criar um corpo de doutrina no período da perseguição. Seguiu-se, então, um longo tempo de controvérsias doutrinárias. Os escritos dos Pais da Igreja de origem grega e latina, autores de inclinação mais científica, foram a conseqüência natural das disputas teológicas. O monasticismo surgiu, em parte, como reação e, em parte, como protesto contra a crescente mundanização da igreja institucional e visível. Nessa época, o ofício de bispo foi fortalecido, e o bispo de Roma tornou-se mais poderoso. Ao término do período, a Antiga Igreja Católica Imperial transformou-se na Igreja Católica Romana.
História da Igreja Medieval, 590 — 1517
O palco da ação nesse período muda do sul para o norte e oeste da Europa, isto é, para as margens do Atlântico. A Igreja Medieval, diante das levas migratórias das tribos teutônicas, lutou para trazê-las ao cristianismo e fundir a cultura greco-romana e o cristianismo com as instituições teutônicas. Ao fazer isso, a Igreja medieval centralizou ainda mais sua organização debaixo da supremacia papal, desenvolvendo o sistema sacramental-hierárquico que caracteriza a Igreja Católica Romana.
O surgimento do Império e do Cristianismo Latino-Teutônico, 590-800
Gregório I (540-604) empenhou-se muito na tarefa de evangelizar as tribos teutônicas invasoras do Império Romano. A Igreja Oriental nesse período enfrentou a ameaça de uma religião rival, o Islamismo, que tomou muitos de seus territórios na Ásia e na África. Lentamente, a aliança entre o papa e os teutões concretizou-se na organização da sucessão teutônica do velho Império Romano, o Império Carolíngio de Carlos Magno. Esse foi um período de pesadas perdas.
Avanços e retrocessos nas relações entre Igreja e Estado, 800-1054
O primeiro grande cisma da Igreja aconteceu nesse período. A Igreja Ortodoxa Grega, depois de 1054, seguiu seus próprios caminhos com base na teologia criada por João de Damasco (c. 675-c. 749), no século viii. A Igreja Ocidental nessa época feudalizou-se e procurou, sem muito sucesso, desenvolver uma política de relações entre a Igreja Romana e o Estado que fosse aceita tanto pelo papa quanto pelo Imperador. Por essa época, os reformadores de Cluny tentaram corrigir os males dentro da própria Igreja Romana.
A Supremacia do papado, 1054-1305
A Igreja Católica Romana medieval chegou ao clímax do poder sob a liderança de Gregório vii (Hildebrando, c. 1023-1085) e Inocêncio iii (1160-1216), conseguindo forçar uma supremacia sobre o Estado pela humilhação dos soberanos mais poderosos da Europa. As cruzadas trouxeram prestígio para o papado. Monges e frades espalharam a fé romana e reconverteram dissidentes. A filosofia grega de Aristóteles, levada à Europa pelos árabes da Espanha, foi integrada ao cristianismo por Tomás de Aquino (1224-1274) numa catedral intelectual que se tornaria a expressão máxima da teologia Católica Romana. A catedral gótica era a expressão da visão sobrenatural e transcendental do período e fornecia uma “Bíblia de pedra” para os fiéis. A Igreja Romana seria apeada desse poder no período seguinte.
O declínio medieval e o nascimento da Era Moderna, 1305-1517
Tentativas internas de reformar um papado corrupto foram feitas pelos místicos, que lutaram para personalizar uma religião que se tornara institucionalizada demais. Tentativas de reforma foram feitas também por reformadores primitivos, tais como os místicos João Wycliffe e João Huss, por concílios reformadores e por humanistas bíblicos. A expansão geográfica do mundo, a nova visão intelectual secular da realidade na Renascença, o surgimento das nações-estado e a emergência da classe média eram forças externas que não tolerariam mais uma Igreja corrupta e decadente. A recusa da Igreja Católica Romana em aceitar a reforma interna tornou possível a Reforma.
História da Igreja Moderna, 1517 e depois
Esse período foi iniciado por cismas que deram origem às igrejas oficiais protestantes e à divulgação universal da fé cristã pela grande onda missionária do século xix. O palco da ação não era mais o mar Mediterrâneo nem o oceano Atlântico, mas o mundo. O cristianismo tornou-se uma religião universal e global em 1995.
Reforma e Contra-Reforma, 1517-1648
As forças de revolta contidas pela Igreja Romana no período anterior irromperam nesse período, e novas igrejas protestantes nacionais surgiram: a luterana, anglicana, calvinista e anabatista. Como resultado, o papado foi obrigado a tratar da reforma. Por meio dos movimentos de contra-reforma do Concílio de Trento, dos jesuítas e da inquisição, o papado conseguiu deter o avanço do Protestantismo na Europa e ter vitórias nas Américas do Sul e Central, nas Filipinas e no Vietnã e experimentou uma renovação. Só depois do Tratado de Westfália (1648), que pôs fim à triste Guerra dos 30 anos, os dois lados se acalmaram para consolidar suas conquistas.
Racionalismo, Reavivamentismo e Denominacionalismo, 1648-1789
Durante esse período, as idéias calvinistas da Reforma chegaram à América do Norte através dos puritanos. A Inglaterra legou à Europa um racionalismo cuja expressão religiosa era o deísmo. Por outro lado, o pietismo na Europa continental mostrou ser a resposta à fria ortodoxia; sua expressão na Inglaterra foram os movimentos quacre e wesleyano. Embora alguns movimentos tivessem preferido permanecer o máximo possível dentro das igrejas nacionais, outros se separaram e se transformaram em denominações autônomas.
Tempos de Reavivamentos, Missões e Modernismo, 1789-1914
Na primeira parte do século xix, houve um reavivamento do catolicismo. Sua contraparte protestante foi um reavivamento que criou um amplo movimento missionário no estrangeiro e provocou uma reforma social interna nos países europeus. Mais tarde, as forças destrutivas do racionalismo e do evolucionismo levaram a uma “ruptura com a Bíblia” que se manifestou no liberalismo religioso.
A Igreja e a Sociedade em tensão desde 1914
A Igreja em grande parte do mundo enfrenta o problema do Estado secular e totalitário e, em alguns casos, o Estado sob uma forma democrática dividida entre a guerra e o bem-estar social. O liberalismo, uma força de 1875 a 1929, deu lugar à neo-ortodoxia e seus sucessores mais radicais. A reunião pela cooperação em agências não-denominacionais, a fusão orgânica de denominações e a confederação de igrejas estão gerando uma coordenação ecumênica mundial. Os evangélicos que concordam em aspectos teológicos gerais, mas divergem em outros menos importantes estão rapidamente substituindo as igrejas liberais dos ramos tradicionais. Está ocorrendo um grande crescimento da Igreja através da fundação de megaigrejas e da evangelização em nações asiáticas da região da borda do Pacífico, América Latina e África. Muitas denominações estão dando posições de maior destaque às mulheres, seja na ordenação ao ministério ou em missões.
História da Igreja Antiga, 5 a.C. — 590 d.C.
O primeiro período da história da Igreja revela a evolução da Igreja Apostólica para a Antiga Igreja Católica Imperial, e o início do sistema Católico Romano. O centro de atividade era a bacia do Mediterrâneo, que incluía regiões da Ásia, África e Europa. A Igreja operava dentro do ambiente cultural da civilização greco-romana e do ambiente político do Império Romano.
O Avanço do Cristianismo no Império até 100
Nessa seção, a atenção será dada ao ambiente em que a Igreja nasceu. A construção do alicerce da Igreja com base na vida, morte e ressurreição de Cristo e sua fundação entre os judeus são importantes para se compreender a gênese do cristianismo. O crescimento gradual do cristianismo nas fraldas do judaísmo e a ruptura desses laços no Concílio de Jerusalém antecedem a pregação do Evangelho aos gentios por Paulo e outros, e também a emergência do cristianismo como uma seita separada do judaísmo. Será ressaltado também o papel fundamental dos apóstolos nesse período.
A Luta pela sobrevivência da antiga Igreja Católica Imperial, 100-313
Nesse período, a Igreja teve sua existência constantemente ameaçada pela oposição de fora: a perseguição pelo Estado romano. Os mártires e os apologistas deram a resposta da Igreja a esse problema externo. A Igreja também enfrentou o problema interno da heresia, que teve uma resposta cristã por parte dos polemistas.
A Supremacia da antiga Igreja Católica Imperial, 313-590
A Igreja enfrentou os problemas decorrentes de sua conciliação com o Estado sob Constantino e sua união com o Estado na época de Teodósio. Logo ela se viu dominada pelo Estado. Os imperadores romanos queriam uma doutrina unificada a fim de unificar o Estado e salvar a cultura greco-romana. Os cristãos, porém, não tinham conseguido criar um corpo de doutrina no período da perseguição. Seguiu-se, então, um longo tempo de controvérsias doutrinárias. Os escritos dos Pais da Igreja de origem grega e latina, autores de inclinação mais científica, foram a conseqüência natural das disputas teológicas. O monasticismo surgiu, em parte, como reação e, em parte, como protesto contra a crescente mundanização da igreja institucional e visível. Nessa época, o ofício de bispo foi fortalecido, e o bispo de Roma tornou-se mais poderoso. Ao término do período, a Antiga Igreja Católica Imperial transformou-se na Igreja Católica Romana.
História da Igreja Medieval, 590 — 1517
O palco da ação nesse período muda do sul para o norte e oeste da Europa, isto é, para as margens do Atlântico. A Igreja Medieval, diante das levas migratórias das tribos teutônicas, lutou para trazê-las ao cristianismo e fundir a cultura greco-romana e o cristianismo com as instituições teutônicas. Ao fazer isso, a Igreja medieval centralizou ainda mais sua organização debaixo da supremacia papal, desenvolvendo o sistema sacramental-hierárquico que caracteriza a Igreja Católica Romana.
O surgimento do Império e do Cristianismo Latino-Teutônico, 590-800
Gregório I (540-604) empenhou-se muito na tarefa de evangelizar as tribos teutônicas invasoras do Império Romano. A Igreja Oriental nesse período enfrentou a ameaça de uma religião rival, o Islamismo, que tomou muitos de seus territórios na Ásia e na África. Lentamente, a aliança entre o papa e os teutões concretizou-se na organização da sucessão teutônica do velho Império Romano, o Império Carolíngio de Carlos Magno. Esse foi um período de pesadas perdas.
Avanços e retrocessos nas relações entre Igreja e Estado, 800-1054
O primeiro grande cisma da Igreja aconteceu nesse período. A Igreja Ortodoxa Grega, depois de 1054, seguiu seus próprios caminhos com base na teologia criada por João de Damasco (c. 675-c. 749), no século viii. A Igreja Ocidental nessa época feudalizou-se e procurou, sem muito sucesso, desenvolver uma política de relações entre a Igreja Romana e o Estado que fosse aceita tanto pelo papa quanto pelo Imperador. Por essa época, os reformadores de Cluny tentaram corrigir os males dentro da própria Igreja Romana.
A Supremacia do papado, 1054-1305
A Igreja Católica Romana medieval chegou ao clímax do poder sob a liderança de Gregório vii (Hildebrando, c. 1023-1085) e Inocêncio iii (1160-1216), conseguindo forçar uma supremacia sobre o Estado pela humilhação dos soberanos mais poderosos da Europa. As cruzadas trouxeram prestígio para o papado. Monges e frades espalharam a fé romana e reconverteram dissidentes. A filosofia grega de Aristóteles, levada à Europa pelos árabes da Espanha, foi integrada ao cristianismo por Tomás de Aquino (1224-1274) numa catedral intelectual que se tornaria a expressão máxima da teologia Católica Romana. A catedral gótica era a expressão da visão sobrenatural e transcendental do período e fornecia uma “Bíblia de pedra” para os fiéis. A Igreja Romana seria apeada desse poder no período seguinte.
O declínio medieval e o nascimento da Era Moderna, 1305-1517
Tentativas internas de reformar um papado corrupto foram feitas pelos místicos, que lutaram para personalizar uma religião que se tornara institucionalizada demais. Tentativas de reforma foram feitas também por reformadores primitivos, tais como os místicos João Wycliffe e João Huss, por concílios reformadores e por humanistas bíblicos. A expansão geográfica do mundo, a nova visão intelectual secular da realidade na Renascença, o surgimento das nações-estado e a emergência da classe média eram forças externas que não tolerariam mais uma Igreja corrupta e decadente. A recusa da Igreja Católica Romana em aceitar a reforma interna tornou possível a Reforma.
História da Igreja Moderna, 1517 e depois
Esse período foi iniciado por cismas que deram origem às igrejas oficiais protestantes e à divulgação universal da fé cristã pela grande onda missionária do século xix. O palco da ação não era mais o mar Mediterrâneo nem o oceano Atlântico, mas o mundo. O cristianismo tornou-se uma religião universal e global em 1995.
Reforma e Contra-Reforma, 1517-1648
As forças de revolta contidas pela Igreja Romana no período anterior irromperam nesse período, e novas igrejas protestantes nacionais surgiram: a luterana, anglicana, calvinista e anabatista. Como resultado, o papado foi obrigado a tratar da reforma. Por meio dos movimentos de contra-reforma do Concílio de Trento, dos jesuítas e da inquisição, o papado conseguiu deter o avanço do Protestantismo na Europa e ter vitórias nas Américas do Sul e Central, nas Filipinas e no Vietnã e experimentou uma renovação. Só depois do Tratado de Westfália (1648), que pôs fim à triste Guerra dos 30 anos, os dois lados se acalmaram para consolidar suas conquistas.
Racionalismo, Reavivamentismo e Denominacionalismo, 1648-1789
Durante esse período, as idéias calvinistas da Reforma chegaram à América do Norte através dos puritanos. A Inglaterra legou à Europa um racionalismo cuja expressão religiosa era o deísmo. Por outro lado, o pietismo na Europa continental mostrou ser a resposta à fria ortodoxia; sua expressão na Inglaterra foram os movimentos quacre e wesleyano. Embora alguns movimentos tivessem preferido permanecer o máximo possível dentro das igrejas nacionais, outros se separaram e se transformaram em denominações autônomas.
Tempos de Reavivamentos, Missões e Modernismo, 1789-1914
Na primeira parte do século xix, houve um reavivamento do catolicismo. Sua contraparte protestante foi um reavivamento que criou um amplo movimento missionário no estrangeiro e provocou uma reforma social interna nos países europeus. Mais tarde, as forças destrutivas do racionalismo e do evolucionismo levaram a uma “ruptura com a Bíblia” que se manifestou no liberalismo religioso.
A Igreja e a Sociedade em tensão desde 1914
A Igreja em grande parte do mundo enfrenta o problema do Estado secular e totalitário e, em alguns casos, o Estado sob uma forma democrática dividida entre a guerra e o bem-estar social. O liberalismo, uma força de 1875 a 1929, deu lugar à neo-ortodoxia e seus sucessores mais radicais. A reunião pela cooperação em agências não-denominacionais, a fusão orgânica de denominações e a confederação de igrejas estão gerando uma coordenação ecumênica mundial. Os evangélicos que concordam em aspectos teológicos gerais, mas divergem em outros menos importantes estão rapidamente substituindo as igrejas liberais dos ramos tradicionais. Está ocorrendo um grande crescimento da Igreja através da fundação de megaigrejas e da evangelização em nações asiáticas da região da borda do Pacífico, América Latina e África. Muitas denominações estão dando posições de maior destaque às mulheres, seja na ordenação ao ministério ou em missões.
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quarta-feira, 25 de junho de 2008
"Por que fui forçado a ouvir a sua voz
A entrar enquanto há lugar,
Quando milhares fazem uma escolha infeliz,
Morrendo de fome por não quererem aceitar?
Foi o amor divino que preparou o banquete,
E, com ternura, nos obrigou a entrar;
Se não, teríamos recusado tudo,
Para, perdidos, no pecado continuar."
A entrar enquanto há lugar,
Quando milhares fazem uma escolha infeliz,
Morrendo de fome por não quererem aceitar?
Foi o amor divino que preparou o banquete,
E, com ternura, nos obrigou a entrar;
Se não, teríamos recusado tudo,
Para, perdidos, no pecado continuar."
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domingo, 22 de junho de 2008
Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração
Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser ...
Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado a excelência perderá!
Refrão
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.
O evangelho mostra o homem morto em seu pecar
Sem condições de levantar-se por si só ...
A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está
E o justifique, e o apresente ao Pai.
Mostra ainda a justiça de um Deus
Que é bem maior que qualquer força ou ficção
Que não seria injusto se me deixasse perecer
Mas soberano em graça me escolheu
É por isso que não posso me esquecer
Sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer
Determinando ou marcando hora para acontecer
O que Sua vontade mostrará.
Refrão
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.
Grupo LogosEm constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser ...
Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado a excelência perderá!
Refrão
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.
O evangelho mostra o homem morto em seu pecar
Sem condições de levantar-se por si só ...
A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está
E o justifique, e o apresente ao Pai.
Mostra ainda a justiça de um Deus
Que é bem maior que qualquer força ou ficção
Que não seria injusto se me deixasse perecer
Mas soberano em graça me escolheu
É por isso que não posso me esquecer
Sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer
Determinando ou marcando hora para acontecer
O que Sua vontade mostrará.
Refrão
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.
Composição: Paulo Cezar
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sábado, 21 de junho de 2008
Respostas de Francisco Leonardo Schalkwijk, doutor em história e pastor emérito da Igreja Evangélica Reformada, por 40 anos missionário no Brasil. É autor de Confissão de Um Peregrino — para entender a eleição e o livre-arbítrio, que acaba de ser lançado pela Editora Ultimato.
A eleição está relacionada com a onisciência de Deus — Ele de antemão sabe quantos e quais vão ser atraídos pela graça e então os elege?
Esta é a opinião arminiana: Deus escolheu aquelas pessoas que Ele já sabia de antemão que seriam crentes. Portanto, a eleição não é real, mas somente condicional, como uma escolha de voluntários; e a predestinação é unicamente um tipo de previsão, uma presciência.
Parece a solução mais simples para certas perguntas difíceis a respeito da eleição.
Primeiro, há referências muito claras nas Escrituras que nos mostram que a eleição tem uma dimensão mais profunda. No livro missionário por excelência, por exemplo, se diz: “Os gentios […] glorificavam a Palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna” (At 13.48). A forma verbal no grego “não pode, espertamente, ser interpretada como ‘os que creram foram designados’. [Pois,] eles foram revelados como objetos da graça de Deus pela posição que tomaram para com o Senhor”, comenta o erudito professor batista A.T. Robertson, no Word Pictures.
Segundo, se não fosse o Senhor, onde estaria este peregrino cabeça-dura? Não estaria a caminho da perdição? Mas é “Deus quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13). Com razão, o conhecido apologista C.S. Lewis disse em O Grande Abismo: “Finalmente haverá somente dois tipos de pessoas: aquelas que dizem a Deus ‘Seja feita a Tua vontade’ e aquelas a quem Deus diz, no fim, ‘Seja feita a tua vontade’”.
Não podemos resolver esse problema logicamente. Sempre haverá um nó górdio em alguma altura do raciocínio humano. Mas, se aqui na terra alguém insistir muito que foi salvo por decisão própria, é provável que vá se contradizer no céu: “Sim, Senhor, fui eu, graças a Deus...” Com um sorriso gentil, de certo o Senhor lhe dirá: “É isso aí!”
Fonte: Ultimato
A eleição está relacionada com a onisciência de Deus — Ele de antemão sabe quantos e quais vão ser atraídos pela graça e então os elege?
Esta é a opinião arminiana: Deus escolheu aquelas pessoas que Ele já sabia de antemão que seriam crentes. Portanto, a eleição não é real, mas somente condicional, como uma escolha de voluntários; e a predestinação é unicamente um tipo de previsão, uma presciência.
Parece a solução mais simples para certas perguntas difíceis a respeito da eleição.
Primeiro, há referências muito claras nas Escrituras que nos mostram que a eleição tem uma dimensão mais profunda. No livro missionário por excelência, por exemplo, se diz: “Os gentios […] glorificavam a Palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna” (At 13.48). A forma verbal no grego “não pode, espertamente, ser interpretada como ‘os que creram foram designados’. [Pois,] eles foram revelados como objetos da graça de Deus pela posição que tomaram para com o Senhor”, comenta o erudito professor batista A.T. Robertson, no Word Pictures.
Segundo, se não fosse o Senhor, onde estaria este peregrino cabeça-dura? Não estaria a caminho da perdição? Mas é “Deus quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13). Com razão, o conhecido apologista C.S. Lewis disse em O Grande Abismo: “Finalmente haverá somente dois tipos de pessoas: aquelas que dizem a Deus ‘Seja feita a Tua vontade’ e aquelas a quem Deus diz, no fim, ‘Seja feita a tua vontade’”.
Não podemos resolver esse problema logicamente. Sempre haverá um nó górdio em alguma altura do raciocínio humano. Mas, se aqui na terra alguém insistir muito que foi salvo por decisão própria, é provável que vá se contradizer no céu: “Sim, Senhor, fui eu, graças a Deus...” Com um sorriso gentil, de certo o Senhor lhe dirá: “É isso aí!”
Fonte: Ultimato
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quinta-feira, 19 de junho de 2008
“Quando nos esforçamos e trabalhamos para fazermos com que as coisas aconteçam pela nossa própria força e poder, DEUS DESCANSA. Quando descansamos, e oramos, e dependemos de do Seu Espírito para que Ele opere poderosamente através de nós, ELE TRABALHA e nós descansamos”.
Fonte: Livro “Cajado do Pastor” dentro dos estudos “As sete festas do Senhor”, seção C10 – A Festa das Trombetas.
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quarta-feira, 18 de junho de 2008
De acordo com o cristianismo popular, Deus ama a todos, Jesus morreu para salvar a todos e o Espírito Santo está se empenhando em convencer a todos homens a aceitarem a oferta do evangelho. Ainda segundo esse mesmo cristianismo, porém, nem todos os homens se salvam, pelo contrário, aparentemente a grande maioria está indo para o inferno todos os dias.
Desses dois fatos amplamente aceitos no meio evangélico, decorre que Deus está frustrado, Jesus insatisfeito com o resultado de Sua obra e o Espírito Santo, apesar de todo esforço, está sendo derrotado. Dessa forma, parece que o Diabo está se saindo melhor que a Trindade em sua empreitada!
Algumas explicações são dadas. Uma delas é a de que, apesar de querer salvar a todos, Deus respeita o livre-arbítrio do homem. Isso não torna a decepção de Deus menor, pois se Sua vontade é vencida pela vontade do homem, de qualquer modo Ele vê aqueles que queria no céu indo para o tormento eterno. Outra explicação é que Jesus não salvou o homem na cruz, apenas proveu os meios para que ele salvasse a si mesmo, decidindo-se pelo evangelho. Isso me parece pior ainda, pois acusa Jesus de uma obra incompleta e ineficaz. Também se diz que o Espírito Santo não invade o coração, mas apenas bate na porta e aguarda que alguém abra. De qualquer modo, seus argumentos são neutralizados pelos apelos da carne e do mundo e Ele sai vencido da arena.
É claro que a Bíblia não ensina a impotência divina em salvar quem não quer ser salvo. Pelo contrário, a Bíblia ensina que todos quantos Deus pretendeu salvar serão finalmente salvos, inevitavelmente. A Trindade Santa não pode ser vencida por ninguém no céu, na terra ou no inferno. Ao invés de um Deus frustrado por ver Sua vontade contrariada, a Bíblia apresenta-O como Aquele que soberana e graciosamente escolhe aqueles que salvará. Paulo escreveu "Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2Ts 2:13).
A respeito da Sua obra, o próprio Filho declara: "Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer" (Jo 17:4). O profeta declarou que "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito" (Is 53:11), pois aqueles em favor de quem Ele realizou a obra expiatória "jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10:28). Jesus "veio buscar e salvar o perdido" (Lc 19:10) e Ele não fez nada menos que isso.
Sobre a obra do Espírito Santo, ao invés de ser mera influência persuasiva, a Bíblia diz que "Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" (Tt 3:5). O pecador está morto e antes que possa entender, desejar e aceitar qualquer oferta, precisa ser ressuscitado espiritualmente, pelo que se diz dos salvos "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados" (Ef 2:1). Esta obra regeneradora é realizada exclusivamente pelo Espírito Santo, visto que "o Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita" (Jo 6:63).
Deus não faz tentativas. Deus não tenta salvar a todos e é impedido pela má vontade do homem. Jesus não morreu para tentar salvar a todos e vê fracassado seu intento pela incredulidade da maioria dos homens. E o Espírito Santo não está agora tentando salvar o máximo que puder enquanto vê a maior parte dos homens resistindo à sua graça. Não! Este não é o Deus retratado nas Escrituras. O Deus da Bíblia escolheu a quem salvar, proveu salvação para eles na cruz e aplica essa salvação eficazmente em cada um de seus escolhidos. Por isso, a glória é dEle e só dEle!
Desses dois fatos amplamente aceitos no meio evangélico, decorre que Deus está frustrado, Jesus insatisfeito com o resultado de Sua obra e o Espírito Santo, apesar de todo esforço, está sendo derrotado. Dessa forma, parece que o Diabo está se saindo melhor que a Trindade em sua empreitada!
Algumas explicações são dadas. Uma delas é a de que, apesar de querer salvar a todos, Deus respeita o livre-arbítrio do homem. Isso não torna a decepção de Deus menor, pois se Sua vontade é vencida pela vontade do homem, de qualquer modo Ele vê aqueles que queria no céu indo para o tormento eterno. Outra explicação é que Jesus não salvou o homem na cruz, apenas proveu os meios para que ele salvasse a si mesmo, decidindo-se pelo evangelho. Isso me parece pior ainda, pois acusa Jesus de uma obra incompleta e ineficaz. Também se diz que o Espírito Santo não invade o coração, mas apenas bate na porta e aguarda que alguém abra. De qualquer modo, seus argumentos são neutralizados pelos apelos da carne e do mundo e Ele sai vencido da arena.
É claro que a Bíblia não ensina a impotência divina em salvar quem não quer ser salvo. Pelo contrário, a Bíblia ensina que todos quantos Deus pretendeu salvar serão finalmente salvos, inevitavelmente. A Trindade Santa não pode ser vencida por ninguém no céu, na terra ou no inferno. Ao invés de um Deus frustrado por ver Sua vontade contrariada, a Bíblia apresenta-O como Aquele que soberana e graciosamente escolhe aqueles que salvará. Paulo escreveu "Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2Ts 2:13).
A respeito da Sua obra, o próprio Filho declara: "Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer" (Jo 17:4). O profeta declarou que "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito" (Is 53:11), pois aqueles em favor de quem Ele realizou a obra expiatória "jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10:28). Jesus "veio buscar e salvar o perdido" (Lc 19:10) e Ele não fez nada menos que isso.
Sobre a obra do Espírito Santo, ao invés de ser mera influência persuasiva, a Bíblia diz que "Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" (Tt 3:5). O pecador está morto e antes que possa entender, desejar e aceitar qualquer oferta, precisa ser ressuscitado espiritualmente, pelo que se diz dos salvos "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados" (Ef 2:1). Esta obra regeneradora é realizada exclusivamente pelo Espírito Santo, visto que "o Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita" (Jo 6:63).
Deus não faz tentativas. Deus não tenta salvar a todos e é impedido pela má vontade do homem. Jesus não morreu para tentar salvar a todos e vê fracassado seu intento pela incredulidade da maioria dos homens. E o Espírito Santo não está agora tentando salvar o máximo que puder enquanto vê a maior parte dos homens resistindo à sua graça. Não! Este não é o Deus retratado nas Escrituras. O Deus da Bíblia escolheu a quem salvar, proveu salvação para eles na cruz e aplica essa salvação eficazmente em cada um de seus escolhidos. Por isso, a glória é dEle e só dEle!
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segunda-feira, 16 de junho de 2008
“A condição do homem depois da queda de Adão é tal que ele não pode converter-se e preparar-se a si mesmo por sua própria força natural e boas obras, para a fé e invocação a Deus. Portanto não temos o poder de fazer boas agradáveis e aceitáveis a Deus, sem que a graça de Deus por Cristo nos previna, para que tenhamos boa vontade, e coopere conosco enquanto temos essa boa vontade.” (39 Artigos de Religião da Igreja Anglicana)
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"De acordo com o esquema do livre-arbítrio, o Senhor tem boas intenções, mas precisa aguardar como um servo, a iniciativa de sua criatura, para saber qual é a intenção dela. Deus quer o bem e o faria, mas não pode, por causa de um homem indisposto, o qual não deseja que sejam realizadas as boas coisas de Deus. O que os senhores fazem, senão destronar o Eterno e colocar em seu lugar a criatura caída, o homem? Pois, de acordo com essa teoria, o homem aprova, e o que ele aprova torna-se o seu destino. Tem de existir um destino em algum lugar; ou é Deus ou é o homem quem decide. Se for Deus Quem decide, então Jeová se assenta soberano em seu trono de glória, e todas as hostes Lhe obedecem, e o mundo está seguro. Em caso contrário, os senhores colocam o homem em posição de dizer: “Eu quero” ou “Eu não quero. Se eu quiser, entro no céu; se quiser, desprezarei a graça de Deus. Se quiser, conquistarei o Espírito Santo, pois sou mais forte do que Deus e mais forte que a onipotência. Se eu decidir, tornarei ineficaz o sangue de Cristo, pois sou mais poderoso que o sangue, o sangue do próprio Filho de Deus. Embora Deus estipule seu propósito, me rirei desse propósito; será o meu propósito que fará o dEle realizar-se ou não”. (...) Senhores, [isto] é colocar o homem onde Deus deveria estar. Eu me retraio, com solene temor e horror, dessa doutrina que faz a maior das obras de Deus — a salvação do homem — depender da vontade da criatura, para que se realize ou não. Posso e hei de me gloriar neste texto da Palavra, em seu mais amplo sentido: “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16)."
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sexta-feira, 13 de junho de 2008
"Admitido isto, fica fora de qualquer dúvida que o homem não possui livre arbítrio para as boas obras, a não ser que seja assistido pela graça, e essa graça especial concedida aos eleitos na regeneração" (Institutas da Religião Cristã, Livro 2, 2:16)
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quarta-feira, 11 de junho de 2008
Respostas de Francisco Leonardo Schalkwijk, doutor em história e pastor emérito da Igreja Evangélica Reformada, por 40 anos missionário no Brasil. É autor de Confissão de Um Peregrino — para entender a eleição e o livre-arbítrio, que acaba de ser lançado pela Editora Ultimato.
Algumas vezes, o apóstolo menciona em suas epístolas “os eleitos de Deus” (Rm 8.33; Cl 3.12; Tt 1.1). Quem são eles?
Na Bíblia, a palavra “eleito” pode se referir a vários assuntos. Pode ser um lugar (como Jerusalém, 1 Rs 11.13), ou um povo (como Israel, Sl 33.12) ou uma pessoa (Sl 65.4), eleita para uma tarefa especial (Lc 6.13), para que seja um instrumento da sua graça para outros, até na linha messiânica (como Jacó, Rm 9). Além disso há a eleição em relação à salvação eterna, sempre com um alvo supremo: para sermos algo para a glória de Deus (Ef 1.4-6). Ora, sobre os nomes desses eleitos, ninguém tem informação específica aqui e agora, pois nenhuma criatura tem acesso ao Livro da Vida do Cordeiro, eleito antes da fundação do mundo, pois será aberto somente no futuro (Ap 21.27). Mas, graças a Deus, dá para perceber algo desse segredo aqui na terra, pois é sobre esses “eleitos” que o apóstolo Pedro diz que foram “regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a Palavra de Deus” (1 Pe 1.1, 2 e 23). Pela planta se conhece a semente.
Fonte: Ultimato
Algumas vezes, o apóstolo menciona em suas epístolas “os eleitos de Deus” (Rm 8.33; Cl 3.12; Tt 1.1). Quem são eles?
Na Bíblia, a palavra “eleito” pode se referir a vários assuntos. Pode ser um lugar (como Jerusalém, 1 Rs 11.13), ou um povo (como Israel, Sl 33.12) ou uma pessoa (Sl 65.4), eleita para uma tarefa especial (Lc 6.13), para que seja um instrumento da sua graça para outros, até na linha messiânica (como Jacó, Rm 9). Além disso há a eleição em relação à salvação eterna, sempre com um alvo supremo: para sermos algo para a glória de Deus (Ef 1.4-6). Ora, sobre os nomes desses eleitos, ninguém tem informação específica aqui e agora, pois nenhuma criatura tem acesso ao Livro da Vida do Cordeiro, eleito antes da fundação do mundo, pois será aberto somente no futuro (Ap 21.27). Mas, graças a Deus, dá para perceber algo desse segredo aqui na terra, pois é sobre esses “eleitos” que o apóstolo Pedro diz que foram “regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a Palavra de Deus” (1 Pe 1.1, 2 e 23). Pela planta se conhece a semente.
Fonte: Ultimato
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domingo, 8 de junho de 2008
De fato, vemos que sob o Papado uma diabólica opinião prevalece, que somos obrigados a duvidar de nossa perseverança final, pois somos incertos de que se poderemos estar amanhã em algum estado de graça. Mas, Pedro não nos conduz em suspense, pois ele testifica que somos mantidos pelo poder de Deus, a fim de que nenhuma dúvida surja de uma consciência de nossa própria fraqueza, que pudesse inquietar-nos. Por mais fracos que possamos ser, nossa salvação não é incerta, pois ela é sustentada pelo poder de Deus. Assim, somos iniciados pela fé, e a própria fé recebe a sua estabilidade do poder de Deus. Conseqüentemente é sua segurança, não apenas para o presente, mas também para o futuro.
Extraído de John Calvin, in loci, The Works of John Calvin.in: Ages Digital Library
Fonte: Traductione Reformata
Extraído de John Calvin, in loci, The Works of John Calvin.in: Ages Digital Library
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sexta-feira, 6 de junho de 2008
"Vocês têm ouvido muitos sermões arminianos, mas nunca ouviram uma oração arminiana – pois os santos em oração se parecem iguais em palavra, oração e mente. O Arminiano não pode orar a respeito do livre-arbítrio; não há lugar para isso. Imagine-o orando: "Senhor eu te agradeço porque não sou como estes pobres calvinistas presunçosos. Senhor eu nasci com um glorioso livre-arbítrio; eu nasci com o poder pelo qual posso me voltar para ti por conta própria; tenho melhorado sua graça. Se todos tivessem feito o mesmo que eu fiz com a Tua graça, poderiam ter sido salvos. Senhor, eu sei que tu não nos fazes espiritualmente propensos se nós mesmo não quisermos. Tu dá graça a todos; alguns não melhoram, mas eu sim. Haverá muitos que irão para o inferno, tantos quantos foram comprados pelo sangue de Jesus como eu fui; eles tinham tanto do Espírito Santo quanto me foi dado; tiveram uma boa chance, e foram tão abençoados como eu sou. Não foi a tua graça que nos diferenciou; eu sei que ela faz muito, mas eu cheguei ao ponto desejado; eu usei o que me foi dado e os outros não – essa é a diferença entre eu e eles.”
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quarta-feira, 4 de junho de 2008
Os escritores sacros foram movidos e inspirados pelo Espírito Santo, envolvendo tanto os pensamentos, como a linguagem, e que eles foram preservados livres de todo erro, fazendo com que os seus escritos fossem plenamente autênticos e divinos.
Extraído de William G.T. Shedd, Dogmatic Theology, vol. 1, pág. 72
Fonte: Traductione Reformata
Extraído de William G.T. Shedd, Dogmatic Theology, vol. 1, pág. 72
Fonte: Traductione Reformata
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domingo, 1 de junho de 2008
Respostas de Francisco Leonardo Schalkwijk, doutor em história e pastor emérito da Igreja Evangélica Reformada, por 40 anos missionário no Brasil. É autor de Confissão de Um Peregrino — para entender a eleição e o livre-arbítrio, que acaba de ser lançado pela Editora Ultimato.
O que Paulo quer dizer quando escreve que Deus é o Salvador “de todos os homens, especialmente dos fiéis” (1 Tm 4.10)?
Creio que aí o apóstolo se refere ao que, na teologia cristã, chegou a ser chamado de “graça geral e graça especial”. Desde a criação, Deus, na sua providência, sustenta o mundo com seu divino poder. Mas quando o homem, seu vice-rei sobre a criação terrestre, se rebelou, Deus não abandonou o planeta azul, mas guardou-o da desintegração. Dessa forma, sua providência foi vestida de graça geral, pela qual Ele refreia o desenvolvimento completo do vírus do pecado para que este mundo fique habitável. Assim, por exemplo, um pouco antes do versículo citado na pergunta (1 Tm 4.10), Paulo aponta para o fato de que os alimentos, o casamento e até mesmo os esportes, estes tão importantes no mundo grego, podem ser desfrutados com alegria. Mas, infelizmente, nem todos reconhecem que essas coisas são privilégios, bênçãos de Deus. Alguns fazem de conta que são direitos que o homem pode proibir ou, por outro lado, deles abusar. Mas os “fiéis […] que (re)conhecem a verdade”, estes sim, louvam ao seu Deus, Criador e Salvador, “recebendo-os com ações de graça” (1 Tm 4.3, 4). A palavra “Salvador” não se refere unicamente à salvação no sentido especial, à bênção do perdão dos pecados individuais, mas também à natureza e ao mundo em geral. É graça geral e graça especial, tudo pelo sangue do Cordeiro de Deus (Jo 1.29). As pétalas rosadas das cerejeiras são superabundantes, mas não são desperdiçadas, nem quando caem por terra e cobrem o chão, pois sempre alegram o coração dos homens e louvam seu Pintor consumado. A faixa central da Luz do mundo (Jo 1.9) penetra a escuridão como a de um holofote solar e, ao redor desse facho de luz, resta uma luz difusa. Felizmente. Senão, o que seria deste mundo tenebroso? Deus é o Salvador “de todos os homens, especialmente dos fiéis” (1 Tm 4.10).
Fonte: Ultimato
O que Paulo quer dizer quando escreve que Deus é o Salvador “de todos os homens, especialmente dos fiéis” (1 Tm 4.10)?
Creio que aí o apóstolo se refere ao que, na teologia cristã, chegou a ser chamado de “graça geral e graça especial”. Desde a criação, Deus, na sua providência, sustenta o mundo com seu divino poder. Mas quando o homem, seu vice-rei sobre a criação terrestre, se rebelou, Deus não abandonou o planeta azul, mas guardou-o da desintegração. Dessa forma, sua providência foi vestida de graça geral, pela qual Ele refreia o desenvolvimento completo do vírus do pecado para que este mundo fique habitável. Assim, por exemplo, um pouco antes do versículo citado na pergunta (1 Tm 4.10), Paulo aponta para o fato de que os alimentos, o casamento e até mesmo os esportes, estes tão importantes no mundo grego, podem ser desfrutados com alegria. Mas, infelizmente, nem todos reconhecem que essas coisas são privilégios, bênçãos de Deus. Alguns fazem de conta que são direitos que o homem pode proibir ou, por outro lado, deles abusar. Mas os “fiéis […] que (re)conhecem a verdade”, estes sim, louvam ao seu Deus, Criador e Salvador, “recebendo-os com ações de graça” (1 Tm 4.3, 4). A palavra “Salvador” não se refere unicamente à salvação no sentido especial, à bênção do perdão dos pecados individuais, mas também à natureza e ao mundo em geral. É graça geral e graça especial, tudo pelo sangue do Cordeiro de Deus (Jo 1.29). As pétalas rosadas das cerejeiras são superabundantes, mas não são desperdiçadas, nem quando caem por terra e cobrem o chão, pois sempre alegram o coração dos homens e louvam seu Pintor consumado. A faixa central da Luz do mundo (Jo 1.9) penetra a escuridão como a de um holofote solar e, ao redor desse facho de luz, resta uma luz difusa. Felizmente. Senão, o que seria deste mundo tenebroso? Deus é o Salvador “de todos os homens, especialmente dos fiéis” (1 Tm 4.10).
Fonte: Ultimato
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