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sábado, 26 de janeiro de 2008
O hipismo é conhecido como esporte de reis. O esporte do “atiralama”, porém, possui mais ampla adesão. Ridicularizar os Puritanos, em particular, há muito é passatempo popular nos dois lados do Atlântico, e a imagem que a maioria das pessoas tem do Puritanismo ainda contém bastante da deformadora sujeira que necessita ser raspada. “Puritano”, como um nome, era, de fato, lama desde o começo. Cunhado cedo, nos anos 1560, sempre foi um palavra satírica e ofensiva, subentendendo mau humor, censura, presunção e certa medida de hipocrisia, acima e além da sua implicação básica de descontentamento, motivado pela religião, para com aquilo que era visto como a laodicense e comprometedora Igreja da Inglaterra, de Elizabeth. Mais tarde, a palavra ganhou a conotação política adicional de ser contra a monarquia Stuart e a favor de algum tipo de republicanismo; sua primeira referência, no entanto, ainda era ao que se via como um forma estranha, furiosa e feia de religião protestante.
Na Inglaterra, o sentimento antipuritano disparou no tempo da Restauração e tem fluído livremente desde então; na América do Norte edificou-se lentamente, após os dias de Jonathan Edwards, para atingir seu zênite há cem anos atrás na Nova Inglaterra pós-Puritana. No último meio século, porém, estudiosos têm limpado a lama meticulosamente. E, como os afrescos de Michelangelo na Capela Sistina têm cores pouco familiares depois que os restauradores removeram o verniz escuro, assim a imagem convencional dos Puritanos foi radicalmente recuperada, ao menos para os informados. (Aliás, o conhecimento hoje viaja devagar em certas regiões.)
Ensinados por Perry Miller, William Haller, Marshall Knappen, Percy Scholes, Edmund Morgan e uma série de pesquisadores mais recentes, pessoas bem informadas agora reconhecem que os Puritanos típicos não eram homens selvagens, ferozes e monstruosos fanáticos religiosos, e extremistas sociais, mas sóbrios, conscienciosos, cidadãos de cultura, pessoas de princípio, decididas e disciplinadas, excepcionais nas virtudes domésticas e sem grandes defeitos, exceto a tendência de usar muitas palavras ao dizer qualquer coisa importante, a Deus ou ao homem. Afinal está sendo consertado o engano.
Mas, mesmo assim, a sugestão de que necessitamos dos Puritanos — nós, ocidentais do final do século vinte, com toda nossa sofisticação e maestria de técnica tanto no campo secular como no sagrado — poderá erguer algumas sobrancelhas. Resiste a crença de que os Puritanos, mesmo se fossem de fato cidadãos responsáveis, eram ao mesmo tempo cômicos e patéticos, sendo ingênuos e supersticiosos, super-escrupulosos, mestres em detalhes e incapazes ou relutantes em relaxarem. Pergunta-se: O que estes zelotes nos poderiam dar do que precisamos? A resposta é, em uma palavra, maturidade.
A maturidade é uma composição de sabedoria, boa vontade, maleabilidade e criatividade. Os Puritanos exemplificavam a maturidade; nós não. Um líder bem viajado, um americano nativo, declarou que o protestantismo norte-americano — centrado no homem, manipulativo, orientado pelo sucesso, auto-indulgente e sentimental como é, patentemente — mede cinco mil quilômetros de largura e um centímetro de profundidade. Somos anões espirituais. Os Puritanos, em contraste, como um corpo eram gigantes. Eram grandes almas servindo a um grande Deus. Neles, a paixão sóbria e a terna compaixão combinavam. Visionários e práticos, idealistas e também realistas, dirigidos por objetivos e metódicos, eram grandes crentes, grandes esperançosos, grandes realizadores e grandes sofredores.
Mas seus sofrimentos, de ambos os lados do oceano (na velha Inglaterra pelas autoridades e na Nova Inglaterra pelo clima), os temperaram e amadureceram até que ganharam uma estatura nada menos do que heróica. Conforto e luxo, tais como nossa afluência hoje nos traz, não levam à maturidade; dureza e luta, sim, e as batalhas dos Puritanos contra os desertos evangélico e climático onde Deus os colocou produziram uma virilidade de caráter, inviolável e invencível, erguendo-se acima de desânimo e temores, para os quais os verdadeiros precedentes e modelos são homens como Moisés e Neemias, Pedro, depois do Pentecoste, e o apóstolo Paulo.
A guerra espiritual fez dos Puritanos o que eles foram. Eles aceitaram o antagonismo como seu chamado, vendo a si mesmos como os soldados peregrinos do seu Senhor, exatamente como na alegoria de Bunyan, sem esperarem poder avançar um só passo sem oposição de uma espécie ou outra. John Geree, no seu folheto “O Caráter de um Velho Puritano Inglês ou Inconformista” (1646), afirma: “Toda sua vida ele a tinha como uma guerra onde Cristo era seu capitão; suas armas: orações e lágrimas. A cruz, seu estandarte; e sua palavra [lema], Vincit qui patitur [o que sofre, conquista]”.
Os Puritanos perderam, em certa medida, toda batalha pública em que lutaram. Aqueles que ficaram na Inglaterra não mudaram a igreja da Inglaterra como esperavam fazer, nem reavivaram mais do que uma minoria dos seus partidários e eventualmente foram conduzidos para fora do anglicanismo por meio de calculada pressão sobre suas consciências. Aqueles que atravessaram o Atlântico falharam em estabelecer Nova Jerusalém na Nova Inglaterra; durante os primeiros cinqüenta anos suas pequenas colônias mal sobreviveram, segurando-se por um fio. Mas a vitória moral e a espiritual que os Puritanos conquistaram permanecendo dóceis, pacíficos, pacientes, obedientes e esperançosos sob contínuas e aparentemente intoleráveis pressões e frustrações, dão-lhes lugar de alta honra no “hall” de fama dos crentes, onde Hebreus 11 é a primeira galeria.
Foi desta constante experiência de forno que forjou-se sua maturidade, e sua sabedoria relativa ao discipulado foi refinada. George Whitefield, o evangelista, escreveu sobre eles como se segue:
Ministros nunca escrevem ou pregam tão bem como quando debaixo da cruz; o Espírito de Cristo e de glória paira então sobre eles. Foi isto sem dúvida que fez dos Puritanos... as lâmpadas ardentes e brilhantes. Quando expulsos pelo sombrio Ato Bartolomeu (o Ato de Uniformidade de 1662) e removidos dos seus respectivos cargos para irem pregar em celeiros e nos campos, nas rodovias e sebes, eles escreveram e pregaram como homens de autoridade. Embora mortos, pelos seus escritos eles ainda falam; uma unção peculiar lhes atende nesta mesma hora...
Estas palavras vêm do prefácio de uma reedição dos trabalhos de Bunyan que surgiu em 1767; mas a unção continua, a autoridade ainda é sentida, e a amadurecida sabedoria permanece empolgante, como todos os modernos leitores do Puritanismo cedo descobrem por si mesmos. Através do legado desta literatura, os Puritanos podem nos ajudar hoje na direção da maturidade que eles conheceram e que precisamos.
Continua na Parte 2
J. I. Packer
Extraído de RYKEN, Leland. Santos no mundo. Editora Fiel, 1992
Na Inglaterra, o sentimento antipuritano disparou no tempo da Restauração e tem fluído livremente desde então; na América do Norte edificou-se lentamente, após os dias de Jonathan Edwards, para atingir seu zênite há cem anos atrás na Nova Inglaterra pós-Puritana. No último meio século, porém, estudiosos têm limpado a lama meticulosamente. E, como os afrescos de Michelangelo na Capela Sistina têm cores pouco familiares depois que os restauradores removeram o verniz escuro, assim a imagem convencional dos Puritanos foi radicalmente recuperada, ao menos para os informados. (Aliás, o conhecimento hoje viaja devagar em certas regiões.)
Ensinados por Perry Miller, William Haller, Marshall Knappen, Percy Scholes, Edmund Morgan e uma série de pesquisadores mais recentes, pessoas bem informadas agora reconhecem que os Puritanos típicos não eram homens selvagens, ferozes e monstruosos fanáticos religiosos, e extremistas sociais, mas sóbrios, conscienciosos, cidadãos de cultura, pessoas de princípio, decididas e disciplinadas, excepcionais nas virtudes domésticas e sem grandes defeitos, exceto a tendência de usar muitas palavras ao dizer qualquer coisa importante, a Deus ou ao homem. Afinal está sendo consertado o engano.
Mas, mesmo assim, a sugestão de que necessitamos dos Puritanos — nós, ocidentais do final do século vinte, com toda nossa sofisticação e maestria de técnica tanto no campo secular como no sagrado — poderá erguer algumas sobrancelhas. Resiste a crença de que os Puritanos, mesmo se fossem de fato cidadãos responsáveis, eram ao mesmo tempo cômicos e patéticos, sendo ingênuos e supersticiosos, super-escrupulosos, mestres em detalhes e incapazes ou relutantes em relaxarem. Pergunta-se: O que estes zelotes nos poderiam dar do que precisamos? A resposta é, em uma palavra, maturidade.
A maturidade é uma composição de sabedoria, boa vontade, maleabilidade e criatividade. Os Puritanos exemplificavam a maturidade; nós não. Um líder bem viajado, um americano nativo, declarou que o protestantismo norte-americano — centrado no homem, manipulativo, orientado pelo sucesso, auto-indulgente e sentimental como é, patentemente — mede cinco mil quilômetros de largura e um centímetro de profundidade. Somos anões espirituais. Os Puritanos, em contraste, como um corpo eram gigantes. Eram grandes almas servindo a um grande Deus. Neles, a paixão sóbria e a terna compaixão combinavam. Visionários e práticos, idealistas e também realistas, dirigidos por objetivos e metódicos, eram grandes crentes, grandes esperançosos, grandes realizadores e grandes sofredores.
Mas seus sofrimentos, de ambos os lados do oceano (na velha Inglaterra pelas autoridades e na Nova Inglaterra pelo clima), os temperaram e amadureceram até que ganharam uma estatura nada menos do que heróica. Conforto e luxo, tais como nossa afluência hoje nos traz, não levam à maturidade; dureza e luta, sim, e as batalhas dos Puritanos contra os desertos evangélico e climático onde Deus os colocou produziram uma virilidade de caráter, inviolável e invencível, erguendo-se acima de desânimo e temores, para os quais os verdadeiros precedentes e modelos são homens como Moisés e Neemias, Pedro, depois do Pentecoste, e o apóstolo Paulo.
A guerra espiritual fez dos Puritanos o que eles foram. Eles aceitaram o antagonismo como seu chamado, vendo a si mesmos como os soldados peregrinos do seu Senhor, exatamente como na alegoria de Bunyan, sem esperarem poder avançar um só passo sem oposição de uma espécie ou outra. John Geree, no seu folheto “O Caráter de um Velho Puritano Inglês ou Inconformista” (1646), afirma: “Toda sua vida ele a tinha como uma guerra onde Cristo era seu capitão; suas armas: orações e lágrimas. A cruz, seu estandarte; e sua palavra [lema], Vincit qui patitur [o que sofre, conquista]”.
Os Puritanos perderam, em certa medida, toda batalha pública em que lutaram. Aqueles que ficaram na Inglaterra não mudaram a igreja da Inglaterra como esperavam fazer, nem reavivaram mais do que uma minoria dos seus partidários e eventualmente foram conduzidos para fora do anglicanismo por meio de calculada pressão sobre suas consciências. Aqueles que atravessaram o Atlântico falharam em estabelecer Nova Jerusalém na Nova Inglaterra; durante os primeiros cinqüenta anos suas pequenas colônias mal sobreviveram, segurando-se por um fio. Mas a vitória moral e a espiritual que os Puritanos conquistaram permanecendo dóceis, pacíficos, pacientes, obedientes e esperançosos sob contínuas e aparentemente intoleráveis pressões e frustrações, dão-lhes lugar de alta honra no “hall” de fama dos crentes, onde Hebreus 11 é a primeira galeria.
Foi desta constante experiência de forno que forjou-se sua maturidade, e sua sabedoria relativa ao discipulado foi refinada. George Whitefield, o evangelista, escreveu sobre eles como se segue:
Ministros nunca escrevem ou pregam tão bem como quando debaixo da cruz; o Espírito de Cristo e de glória paira então sobre eles. Foi isto sem dúvida que fez dos Puritanos... as lâmpadas ardentes e brilhantes. Quando expulsos pelo sombrio Ato Bartolomeu (o Ato de Uniformidade de 1662) e removidos dos seus respectivos cargos para irem pregar em celeiros e nos campos, nas rodovias e sebes, eles escreveram e pregaram como homens de autoridade. Embora mortos, pelos seus escritos eles ainda falam; uma unção peculiar lhes atende nesta mesma hora...
Estas palavras vêm do prefácio de uma reedição dos trabalhos de Bunyan que surgiu em 1767; mas a unção continua, a autoridade ainda é sentida, e a amadurecida sabedoria permanece empolgante, como todos os modernos leitores do Puritanismo cedo descobrem por si mesmos. Através do legado desta literatura, os Puritanos podem nos ajudar hoje na direção da maturidade que eles conheceram e que precisamos.
Continua na Parte 2
J. I. Packer
Extraído de RYKEN, Leland. Santos no mundo. Editora Fiel, 1992
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2 comentários:
Excelente post sobre os puritanos!
Ver o quanto eles honravam grandemente um Deus grande e perceber como temos vivido e presenciado nosso cristianimso hoje, creio que podemos dizer que isso nos faz corar de vergonha!
Não digo que devamos copiar suas espiritualidades, até porque, entendo que a espiritualidade não se copia! E tentar vivenciar o que eles viveram, tentando buscar o "como isso aconteceu", creio ser muito anti-cristão, e totalmente um pensamento mecânico!
Entretanto, se basear nas condutas, nas confissões de fé e no amor incondicional por Cristo, isso sim deve ser imitado e vivenciado por nós!
Realmente concordo que temos muito o que aprender com esses queridos irmãos do passado, gigantes, heróis da fé!
Parabéns pelo post!
Sara,
Que Deus te aençoe pela sua visita e seu valioso comentário.
Em Cristo,
Clóvis
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