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terça-feira, 17 de julho de 2012

O que mais a igreja necessita neste momento é de homens, homens do tipo certo, corajosos. O que se fala é que precisamos de um avivamento, que temos necessidade de um novo batismo no Espírito Santo - e Deus bem sabe que dessas duas coisas necessitamos - mas Deus não trará um avivamento para os ratos. Nem encherá os coelhos com o Espírito Santo.

Ansiamos por homens que se sintam prescindíveis na guerra da alma por já terem morrido para com as tentações deste mundo. Tais homens são os que foram libertos das compulsões que controlam os que são mais fracos. Eles não serão forçados a fazer coisas pela imposição das circunstâncias. Sua única compulsão virá do seu próprio interior - ou de cima.

Essa liberdade é necessária, se é que queremos ter profetas em nossos púlpitos novamente, em vez de mascotes. Esses homens libertos servirão a Deus e aos homens com uma motivação ao elevada que não será compreendida pelas pessoas comuns religiosas que entram e saem do santuário. Eles nada decidirão compelidos pelo medo, nada farão simplesmente para agradar, não aceitarão serviço algum por razões financeiras, não realizam nenhum ato religioso simplesmente por ser um hábito, nem se deixarão ser influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo de alcançarem uma boa reputação.

Muito do que a igreja - até mesmo a igreja evangélica está fazendo hoje em dia está sendo feito porque ela tem medo caso não faça. Associações ministeriais assumem projetos por terem sido levadas pelo medo a assumilos. Seja o que o seu reconhecimento bisbilhoteiro e o seu medo os levar a acreditar - ou a temer, crendo que é o que o mundo espera que eles façam, isso estarão fazendo na segunda-feira seguinte com todo tipo de zelo forjado e de demonstração de piedade. E a pressão da opinião pública que chama esses profetas, não a voz do Senhor.

A verdadeira igreja nunca sonda quais são as expectativas das pessoas em geral, antes de se lançar a realizar alguma campanha. Seus líderes ouvem a voz de Deus e vão em frente, quer tenham apoio popular
quer não o tenham. Agem por saberem que é a vontade de Deus, e os que com eles estão os seguem - às vezes para o triunfo, mas com frequência para o recebimento de insultos e perseguição pública - sendo a sua única recompensa a satisfação de estarem fazendo o que é certo num mundo errado.

A. W. Tozer
In: Este mundo: lugar de lazer ou campo de batalha?

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