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quarta-feira, 6 de junho de 2012

A lei não justifica o pecador por três razões:

Primeira: A justificação não decorre de obras, mas do sacrifício vicário de Cristo. O homem não se salva pelo cumprimento de um conjunto de normas; salva-se pela graça de Deus realizada em Cristo Jesus (Ef. 2:8-9) em benefício dos eleitos. A obediência decorre da regeneração, que cria no regenerado uma natureza consentânea à de Cristo, impulsionando o filho de Deus à submissão ao Pai à servitude cristã. O amor a Deus e ao próximo emana de um coração dominado pela graça e dirigido pelo Espírito Santo.

Segunda: O papel da lei é diagnosticar e mostrar o pecado e sua malignidade, não eliminá-lo ou livrar o pecador de suas conseqüências. A cura está em Cristo (Rm 3:20). Ele assumiu o ônus da culpa original e as penas de todas as rebeldias fatuais de cada um de seus escolhidos. A lei sem a graça é um peso insuportável, um jugo intolerável. O homem, em virtude de sua liberdade natural, não se deixa controlar, sem resistência, por normas externas, estereotipadas. Deus governa os seus eleitos por meio de harmonização da vontade do Governante à do governado (Fp 2:13), e isto de maneira tão natural, que a liberdade individual de ação e escolha fica preservada e até sublimada.

Terceira: O homem não foi e não é capaz de guardar integralmente os preceitos mosaicos, e a quebra de um mandamento implica a ab-rogação de todos, pois o código divino é um corpo orgânico. Atinge o supremo Legislador aquele que fere qualquer de seus preceitos mandamentais. Como todos os eleitos o fazem, todos somos pecadores, passíveis de condenação. O Homem Jesus, porém, assume os pecados dos escolhidos, devidamente chamados e justificados, para expiá-los vicariamente na cruz, apresentando-os ao Pai isentos de qualquer imputação de culpa. O pecador não possui meios de eliminar os seus pecados; somente Cristo o faz por ele, e graciosamente por obras da estrita complacência divina.

Por Cristo Jesus, a lei do amor bilateral, a Deus e ao próximo, implantou-se; e somente ama quem tem vínculos naturais, essenciais, emocionais, sentimentais e espirituais com a pessoa amada. Tais vínculos foram estabelecidos com Deus e entre os redimidos pela misericórdia da reconciliação e pela graça da regeneração.

Autor Desconhecido

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