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terça-feira, 12 de junho de 2012

Há uma ideia circulando por aí que lutar em oração sempre é uma boa coisa, mas isso certamente não é verdade. Exercícios religiosos extremos podem ter sido realizados com uma motivação não maior do que a de alcançar as coisas do nosso modo. A qualidade espiritual de uma oração é determinada não por sua intensidade, mas sim por sua origem. Na avaliação de uma oração deveríamos verificar quem está orando: o nosso coração com um propósito, ou o Espírito Santo? Se a oração tem a sua origem no Espírito Santo, então a luta espiritual pode ser bela e maravilhosa; mas se somos vítimas de desejos profundamente alimentados em nosso coração, a nossa oração pode tornar-se tão carnal quanto qualquer outro ato.

Dois exemplos são dados no Antigo Testamento, o de Jacó e o dos profetas de Baal. A luta de Jacó foi literal. O texto diz: Ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia. Obviamente o "homem" era o agressor, não Jacó, mas quando Jacó foi atingido ele tornou-se o agressor e clamou: "Não te deixarei ir, se me não abençoares". A luta foi de origem divina, e as bênçãos que resultaram são conhecidas de todo estudante da Bíblia.

O outro exemplo não termina assim tão bem. Os profetas de Baal também lutaram, com muito mais violência do que Jacó, mas lutaram na carne. Seus escritos provinham da ignorância e da superstição e não os levaram a nada. Tudo era errado - o zelo deles, suas orações com autoflagelo, e o que pretendiam. Eles incorriam em erro, apesar de toda a sua zelosa prática de orações. E esse erro não morreu com eles.

Apenas o Espírito pode orar eficazmente. "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis."

A. W. Tozer
In: Este mundo: lugar de lazer ou campo de batalha?

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