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segunda-feira, 16 de abril de 2012
Dos elementos do culto, o louvor recebe especial destaque. É como se a Bíblia ordenasse "cantai sem cessar" e "cante quer seja oportuno, quer não". Infelizmente, o problema não é apenas de quantidade, nem só de ênfase, mas principalmente de qualidade. Embora muitos discordem de que os louvores cantados na igreja sofram de uma pobreza espartana, isto se dá porque não pensaram o bastante sob qual prisma os louvores devem ser avaliados. Este texto é um convite à reflexão, a partir de três perguntas básicas.
1. A quem o louvor é dirigido? Todos concordam que louvor é adoração, como o são os demais elementos do culto. E sendo adoração, tem Deus como objeto, uma vez que louvar outro ser é idolatria. Assim, todos os cânticos são oferecidos a Deus, mesmo aqueles que visam edificar a igreja, pois diz a Bíblia "instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus" (Cl 3:16). Acredito também que todos concordam que sendo oferecido a Deus, o nosso louvor deve ser o melhor que podermos oferecer. Não podemos oferecer animais cegos, doentes ou aleijados ao Senhor, esperando que Ele seja menos exigente que um governador. "Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? —diz o SENHOR dos Exércitos" (Ml 1:8). Somente o nosso melhor é aceitável.
2. Mas quem define o que é melhor em matéria de louvor? Na antiga dispensação, Deus definia como deveria ser o sacrifício oferecido a Ele. "Quando alguém oferecer sacrifício pacífico ao SENHOR, quer em cumprimento de voto ou como oferta voluntária, do gado ou do rebanho, o animal deve ser sem defeito para ser aceitável; nele, não haverá defeito nenhum" (Lv 22:21). Na Nova aliança, o sacrifício de animais foi substituído pelo perfeito sacrifício de Jesus, porém ainda é ordenado aos crentes "que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm 12:1). Como uma oferta a Deus, nosso louvor deve ser "como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus" (Fp 4:18). O Senhor nosso Deus é que decide o louvor que Lhe é agradável.
3. Como podemos saber qual é o louvor que agrada a Deus? Deus não nos abandonou à sorte, para descobrirmos por tentativa e erro, que tipo de louvor lhe é agradável. Temos na Sua Palavra, instruções claras e exemplos práticos de como deve ser o cântico que entoamos no culto. Basta-nos salientar neste artigo o seguinte ponto: a quem o louvor que cantamos exalta, a Deus ou ao homem? "Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem" (Is 42:8) é a reivindicação de Jeová. "Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade" (Sl 115:1) deve ser nossa resposta. Acima de qualquer qualidade técnica ou melódica, nosso louvor deve refletir esse princípio.
É possível, triste mas possível, que você acredite que apesar do que a Bíblia diz, você pode cantar louvores que sejam clara ou sutilmente anti-bíblicos. Talvez você pense que seus gostos musicais vem antes da glória de Deus ou quem sabe Deus prefira o seu prazer ao dEle. Se este for o caso, permita-se ouvir o que Deus diz através de Isaías: "Parem de trazer ofertas inúteis! O incenso de vocês é repugnante para mim. Luas novas, sábados e reuniões! Não consigo suportar suas assembléias cheias de iniqüidade. Suas festas da lua nova e suas festas fixas, eu as odeio. Tornaram-se um fardo para mim; não as suporto mais!" (Is 1:13-14, NVI)
Soli Deo Gloria
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Autoria Clóvis,
Música
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