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terça-feira, 13 de março de 2012
O Novo Testamento fala frequentemente do valor da morte de Cristo, com qual Ele pode comprar e obter certas coisas. Exemplo: é dito que a redenção eterna é obtida “por seu próprio sangue” (Hebreus 9:12); é dito que a Igreja de Deus foi resgatada “com seu próprio sangue” (Atos 20:28); os cristãos são chamados “povo adquirido” (1 Pedro 2:9).
Cristo por Sua morte, então, comprou para todos aqueles por quem Ele morreu, todas aquelas coisas que a Bíblia saliente como resultado de Sua morte. O valor de Sua morte comprou a libertação do poder do pecado e da ira de Deus, da morte e do poder do diabo, da maldição da lei e da culpa do pecado.
O valor de Sua morte obteve reconciliação com Deus, paz e redenção eterna. Essas coisas são agora dons gratuitos de Deus, porque Cristo as comprou. Se Cristo morreu por todos os homens, porque então todos os homens não tem essas coisas? Será que o valor de sua morte não é o suficiente? Será que Deus não é injusto por não dar a todos aquilo que Cristo comprou? Tem que ser óbvio que Cristo não pode ter morrido para adquirir todas essas coisas para todos os homens, e sim somente para aqueles que realmente desfrutam delas.
Há frases que são frequentemente empregadas para se fazer referencia à morte de Cristo, tais como: morrendo por nós, suportando nossos pecados, sendo nossa segurança. O significado evidente de tais frases é que Cristo, nem Sua morte, foi um substituto de outros para que eles pudessem ser livres.
Se, em Sua morte, Cristo foi substituto de outros, como podem eles mesmos morrerem também, carregando ainda seus próprios pecados? Assim sendo, Cristo não pode ter sido um substituto através deles. Daí, fica claro que Ele não pode ter morrido por todos os homens.
De fato, dizer que Cristo morreu por todos os homens é uma maneira rápida de provar que Ele não morreu por ninguém. Porque se ele morreu em lugar de todos, e, contudo, nem todos são salvos, então Ele falhou em Seu propósito.
John Owen
In: Por quem Cristo morreu?
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