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segunda-feira, 26 de março de 2012

O professor Leandro escreveu um texto extremamente longo para defender seus dois pontos adventistas:

1 - Toda a humanidade sem exceção está predestinada para a salvação.
2 - Todos os homens tem o livre-arbítrio e podem usá-lo para deixar de ser predestinado.


e para discordar dos Cinco Pontos Calvinistas:

1 - Todos os homens estão perdidos por causa de seus pecados e são naturalmente incapazes de ouvir, entender, desejar e aceitar o evangelho por si mesmos.
2 - Deus soberana e graciosamente escolheu na eternidade, os que seriam feitos recipientes da salvação.
3 - Jesus morreu na cruz para salvar aqueles que foram eleitos pelo Pai.
4 - O Espírito Santo chama eficazmente os que foram eleitos pelo Pai e remidos por Cristo.
5 - Todos os que foram eleitos pelo Pai, comprados por Cristo e regenerados pelo Espírito perseverarão até o fim.


No seu longo e digressivo texto ele diz mencionar 48 (eu contei 56) passagens bíblicas que supostamente apoiam a predestinação universal e anulam as doutrinas da graça. Num outro texto com as mesmas características reclamou que em resposta a ele o irmão Helder Nozima citou apenas 12 passagens bíblicas e insinuou que eu não tinha lido as passagens citadas por ele.

Não pretendo entrar numa guerra de versículos com a estratégia de seleção da amostra. Tenho para mim que a quantidade de textos-prova utilizados não decide uma questão, pois as citações podem ter sido feitas fora de seus contextos ou utilizando-se passagens irrelevantes para o tema. O melhor é analisar cada passagem para ver se servem ao uso que se pretende. Principiarei isso e não a outras passagens, exceto o contexto imediato, quando for o caso.

Para cada texto mencionado pelo professor, deve-se perguntar ao texto:

1. Ensina, nega ou não diz respeito aos dois pontos do professor?
2. Ensina, nega ou não dizem respeito aos cinco pontos dos calvinistas?
1. Gn 3:15


"E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar"

A passagem afirma a inimizade entre a mulher e a serpente e que Cristo esmagaria a cabeça de Satanás enquanto este lhe feriria o calcanhar. O texto é a primeira promessa messiânica, por isso chamada de proto-evangelho, e nada diz sobre eleição, predestinação ou livre-arbítrio. Portanto, a passagem não diz respeito aos pontos defendidos pelo professor. Embora faça referência ao ato da expiação, não permite conclusões sobre a extensão da mesma. Assim, a passagem não tem relevância no debate em curso.

Posts da Série: [Gn 3:15] [Gn 12:3

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