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terça-feira, 8 de novembro de 2011
Esta é uma doutrina detestada. Alguém naturalmente pensaria que uma verdade que honra tanto a Deus, que exalta tanto a Cristo, e tão abençoada, tenha sido cordialmente sustentada por todos cristãos professantes que tenham tido ela claramente apresentada diante deles. Devido aos termos “predestinados”, “eleitos”, e “escolhidos”, ocorrem tão freqüentemente na Palavra, alguém certamente concluirá que todos que reivindicam aceitar as Escrituras como divinamente inspiradas receberiam com implícita fé esta grande verdade, referindo ao ato por si mesmo - como tornando pecadores e ignorantes as criaturas que assim façam - diante da soberana boa vontade de Deus. Mas tal está longe, muito longe de ser a situação real. Nenhuma doutrina é tão detestada pelo orgulhoso homem natural como esta, que faz da criatura nada e do Criador tudo; sim, em nenhum outro ponto a inimizade da mente carnal é tão patente e vigorosamente evidente.

Nós começamos nossas palestras na Austrália dizendo: “Eu vou falar esta noite sobre uma das doutrinas mais odiadas da Bíblia, a saber, a da soberana eleição de Deus”. Desde então temos rodeado este globo, e chegado à um contato próximo com milhares de pessoas pertencentes a muitas denominações, e milhares destes cristãos professos não aceitaram esta declaração; e hoje a única mudança que fazemos naquela declaração é que enquanto a verdade do castigo eterno é uma das mais desagradáveis aos não professos, a da soberana eleição de Deus é a verdade mais odiada e insultada pela maioria daqueles que reivindicam ser crentes. Anuncie claramente que a salvação não é originada na vontade do homem, mas na vontade de Deus (veja João 1:13; Romanos 9:16), que não há ninguém que queira ou possa ser salvo - porque como resultado da queda do homem, todo desejo e vontade para o que é bom foi perdido (João 5:40; Romanos 3:11) - e que até mesmo os eleitos precisam serem feitos dispostos (Salmos 110:3), e estrondosos gritos de indignação se levantarão contra tal ensino.

Neste ponto a questão é tensa. Comerciantes de méritos não permitirão a supremacia da divina vontade e a impotência para o bem da vontade humana, conseqüentemente eles são aqueles mais amargos em denunciar a eleição pelo soberano prazer de Deus, são os mais entusiasmados em gritar pelo livre-arbítrio do homem caído. Nos decretos do concílio de Trento - no qual o Papado definitivamente determinou sua posição sobre os pontos levantados pelos Reformados, e que Roma nunca rescindiu - aparece o seguinte: “Se qualquer um afirmar que desde a queda de Adão, a vontade do homem foi eliminada, que seja amaldiçoado”. Foi devido a sua fiel aderência à verdade da eleição, com tudo o que ela envolve, que Bradford e centenas de outros foram queimados pelos agentes do Papa. Indizivelmente triste é ver tantos Protestantes professos concordarem com a mãe das meretrizes neste erro fundamental.

Mas seja qual for a aversão que os homens possam agora ter à esta bendita doutrina, eles serão compelidos a ouvi-la no último dia, ouvi-la como a voz da final, inalterável e eterna decisão. Quando a morte e o inferno, o mar e a terra, derem os mortos, então o Livro da Vida - o registro no qual foram gravados antes da fundação do mundo toda a eleição da graça - será aberto na presença de anjos e demônios, na presença de salvos e perdidos, e esta voz soará às alturas do Céu, às profundezas do inferno e aos extremos finais do universo - “E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo” (Apocalipse 20:15). Assim, esta verdade que é odiada pelos não eleitos acima de todos os outros, é uma que soará nos ouvidos dos perdidos a medida que eles entrarem na sua eterna perdição! Ah, meu leitor, a razão pela qual o povo não recebe e devidamente prezam pela verdade da eleição, é porque eles não sentem a devida necessidade dela. 

A. W. Pink

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