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quarta-feira, 15 de junho de 2011
Como podemos amar um Deus santo? A resposta mais simples que posso dar a essa questão vital é que não podemos. Isso está além de nossa capacidade moral. Por causa de nossa natureza pecaminosa, só conseguimos amar um Deus não-santo, um ídolo que nós mesmos fabricamos. A menos que sejamos nascidos do Espírito, a menos que Deus derrame seu amor santo em nosso coração, a menos que ele desça em sua graça para mudar-nos, não o amaremos. Ele é quem toma a iniciativa de restaurar nossa alma. Sem ele, não somos capazes de fazer nenhuma justiça. Sem o auxílio dele, estaríamos condenados à alienação eterna da sua santidade. Só podemos amá-lo porque ele nos amou primeiro. Amar a um Deus santo requer graça. Uma graça tão forte que penetre nosso coração endurecido e desperte nossa alma moribunda.
Se estamos em Cristo, já fomos despertados. Fomos ressuscitados da morte para a vida espiritual. No entanto, ainda estamos meio sonolentos e, às vezes, andamos como sonâmbulos. Conservamos um certo temor de nos aproximar de Deus. Ainda trememos aos pés da montanha santa.
Contudo, à medida que aprofundamos nosso conhecimento dele, passamos a apreciar mais sua pureza e a sentir uma dependência mais profunda da sua graça. Aprendemos que ele é totalmente digno da nossa adoração. O fruto do amor crescente por ele é o aumento da reverência pelo seu nome. Nós o amamos agora porque reconhecemos seu amor. E porque vemos sua majestade que o adoramos. E só o obedecemos agora porque seu Santo Espírito habita em nós.
R. C. Sproul
In: Josemar Bessa
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