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quarta-feira, 30 de março de 2011
É interessante notar que Deus inspirou Moisés a registrar que as esposas amadas pelos três pais da fé — os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó — foram todas lindas. Sara era sobremaneira formosa ao ponto de ser cobiçada por reis, Rebeca mui formosa de aparência e Raquel formosa de porte e de semblante (Gn 12.14; 24.16; 29.17). Enquanto isso, Lia tinha os olhos baços e a diferença na beleza física é a única razão (registrada, pelo menos) para o fato de que Jacó amou mais a Raquel do que a Lia — a quem até desprezou (Gn 29.17, 30, 31). Deus também deixou registrada a importância e o impacto que a beleza física de mulheres, esposas e noivas teve nos reis, como Davi e Salomão (1 Sm 25.3; 2 Sm 11.2; 1 Rs 11; Ct 1.10). Tudo concorre para indicar que os homens realmente refletem a capacidade divina de apreciar a harmonia e a estética da beleza externa e, também, que tendem a procurar e apreciar companheiras belas.

Na sua palavra, Deus usa o contraste entre a perfeição e a imperfeição física, tanto a estética quanto a corpórea, para ilustrar não somente a miséria do nosso pecado mas especialmente a beleza da nossa restauração espiritual. Já vimos a passagem em Ezequiel 16 em que Deus descreve como ele vestiu e adornou a mulher representando Judá, e como ele a deixou feia e nua por causa do seu pecado. E Paulo foi divinamente inspirado, na sua carta aos Efésios, a comparar a igreja que Cristo está preparando para si à maneira como muitas mulheres sonham ser na sua aparência externa, e que muitos homens almejam encontrar nas suas companheiras — "gloriosa, sem mácula, sem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito" (Ef 5.27).

Elizabeth Portela
In: O adorno da mulher cristã

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