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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou. Rm 8:29-30
Ao privilégio de serem conhecidos de antemão, Deus acrescenta aos eleitos o de serem predestinados. É triste notar que muitos ao invés de glorificar a Deus por terem sido predestinados, procuram não apenas negar este fato bíblico como o combatem como uma heresia ou ensino diabólico. Talvez isso se dê pelo fato de que não compreenderem a doutrina, como crida historicamente pela igreja.

A palavra predestinar, em seu sentido mais simples, significa destinar de antemão. Teologicamente falando, refere-se ao propósito divino de levar seus eleitos à fé e preservá-los fiéis até à volta do Senhor. O termo proorizo significa, literalmente, “predeterminar, decidir de antemão, preordenar, designar de antemão” (Strong) e ocorre, além da passagem acima em At 4:28; 1Co 2:7; Ef 1:5 e Ef 1:11. Nestas passagens refere-se a um decreto eterno de Deus e que diz respeito ao Seu povo.

Notemos, reverentemente, que quem predestina é Deus. Devemos ser cuidadosos e não atribuir alguma coisa que Deus faz como sendo criação do Diabo, apenas porque não compreendemos ou nos parece contrário ao senso comum. Para os que creem no ensino bíblico da predestinação, saber ser ela um decreto de Deus inspira louvor e segurança, pois não apenas para esta vida, mas especialmente para a futura, “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8:28).

Olhemos mais um vez para o texto e vejamos que os predestinados são os mesmos que foram conhecidos de antemão. Isto torna impossível a tese de que os conhecidos de antemão são todas as pessoas de todos os tempos, pois se assim fosse, todas as pessoas de todos os tempos seriam predestinadas e infalivelmente salvas. A menos que se avilte o propósito divino, reduzindo-o a mera intenção, destituída de poder para realizar-se. Como tal pensamento é indigno de Deus, ficamos com a verdade de que a predestinação diz respeito àqueles que Deus escolheu graciosa e soberanamente na eternidade passada.

Resta-nos ainda observar a finalidade da predestinação. Alguns se apressam a rejeitá-la, dizendo que um Deus de amor não predestinaria ninguém para o inferno. Porém, o termo predestinar diz respeito aos eleitos, pois indica o propósito de Deus de assegurar a chegada deles à glória. As expressões “para serem conformes à imagem de Seu Filho” (Rm 8:29), “desde a eternidade para nossa glória” (1Co 2:7) e “para adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo” (Ef 1:5) só podem dizer respeito aos escolhidos de Deus. Portanto, a condenação dos incrédulos pode levar a outros questionamentos, (todos respondíveis), mas não é uma objeção à doutrina da predestinação, pois a mesma não diz respeito a eles.

Disso conclui-se que a doutrina da predestinação é primeiramente bíblica e que não se pode negá-la e manter a integridade das Escrituras. Mas também que não é uma doutrina amarga, a qual devemos aceitar mas que podemos não gostar. Devemos amar a doutrina da predestinação, pois ela está de “acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo” (Ef 1:9), pela qual “nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça” (2Tm 1:9).

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