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segunda-feira, 29 de novembro de 2010
"Que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos" 2Tm 1:9
Matias Borba é um jovem assembleiano de 28 anos, que mantem o blog Encontro com a Bíblia, no qual apresenta os "princípios do verdadeiro evangelho de Jesus Cristo". Não o conheço pessoalmente, mas lembro-me de cruzar com ele nos corredores do blogspot. Em 2009 ele publicou um sucinto mas interessante artigo sob o título "Predestinação e Livre-Arbítrio". O tom do artigo não é polêmico, e portanto minhas considerações aqui não tem a intenção de polemizar, mas analisar algumas afirmações feitas por ele, sem com isso desmerecer o trabalho que ele faz ou descaracterizar o todo de sua doutrina, que em boa parte é a minha também.
Diferentemente do usual em artigos dessa natureza, Matias apresenta uma definição clara, tanto de livre-arbítrio como de predestinação. Sobre o primeiro, ele diz que é "capacidade de escolha, decidir entre uma coisa e outra" e que por isso "poder da escolha está com o homem, e que Deus não interfere nisto". Este é, seguramente, o maior equívoco de seu artigo, como abordarei mais adiante. Sobre o outro termo ele afirma que a "palavra predestinação procede do grego "proorizo"" e que "o termo significa "destinar por antecipação", no que acerta em cheio.
Voltemos à idéia de livre-arbítrio expressa por Matias. Ele o concebe como poder irrestrito de escolha, no qual "Deus não interfere", se por não poder ou não querer não somos informados. Dessa forma, não fica lugar para a graça de Deus, embora ele a mencione. Pois se Deus não interfere na escolha do homem, que tem a capacidade de escolher igualmente entre a morte e a vida, entre a salvação e a perdição, qual o papel do Espírito Santo no processo de conversão? A idéia se parece tanto com pelagianismo que não seria de se ofender caso alguém a classificasse assim.
Contudo, o ensinamento da Bíblia vai em direção oposta. Jesus disse de forma inequívoca que "ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer" (Jo 6:44) e outra vez "por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido" (Jo 6:65). Isto está em perfeita harmonia com a avaliação do apóstolo, de que "não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus" (Rm 3:11). Mesmo após sua conversão Paulo continuava reconhecendo "não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus" (2Co 3:5). Se a capacidade do crente de pensar em alguma coisa proveitosa vem de Deus, como dizer que Deus não interfere na escolha que o pecador faz? Também neste caso é verdade que "Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2:13).
Quando trata da predestinação, Matias define proorizo corretamente, mas penso que desvia um pouco o foco do objeto da predestinação ao explicar o que "segundo a Bíblia o que é determinado por antecipação". Ele afirma que predestinado é "meio pelo qual deveríamos ser salvos", citando em apoio Ef 1:5: "e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade". Notemos aqui que os objetos da predestinação somos nós ("nos predestinou") e a finalidade foi a adoção para si mesmo, o que não pode ser distinguido da salvação, pois nenhum salvo deixará de ser adotado e nenhum filho de adoção deixará de ser salvo. Lembrando, ainda, que a mesma passagem afirma que fomos "predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade" (Ef 1:11).
Ele afirma, ainda, que fomos "predestinados para sermos conforme a imagem de Deus: (Rm. 8.29)", no que acerta novamente. Mas aqui também precisa ser dito que aqueles que foram predestinados para serem conformados à imagem de Jesus são indistinguíveis dos que foram predestinados para serem salvos. Além disso, este não é todo o propósito de Deus para os predestinados, pois o apóstolo segue descrevendo as ações de Deus no predestinado até que ele seja glorificado, ou seja, introduzido na glória.
Uma palavra final precisa ser dita sobre a expressão utilizada por Matias para descrever a predestinação crida pelos reformados: predestinação fatalista. Esta expressão, recorrente em escritos arminianos, jamais é utilizada por calvinistas, mas é intencionalmente utilizada por aqueles que procuram mal-representar nossa fé. Não sei se é o caso do Matias, mas o fato é que predestinação e fatalismo são conceitos diferentes. O que os dois conceitos tem em comum é o elemento de certeza. Tanto o fatalismo, como o determinismo cristão tem como certo alguns fatos. Mas a causação de um e outro são totalmente diferentes.
O fatalismo presume que há uma força impessoal, mecânica ou até aleatória por trás de todos os eventos. Assim, tudo o que acontece, ocorre de acordo com uma necessidade cega. Já a predestinação presume que existe um Deus pessoal, infinitamente sábio para planejar todos os eventos para Seu propósito e todo poderoso para executar todas as coisas planejadas, para Sua glória. Rotular a predestinação conforme crida historicamente pela igreja e defendida pelos reformadores e calvinistas modernos de fatalista é acusá-los de ateísmo. E ateus não somos.
Soli Deo Glória
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