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sábado, 10 de abril de 2010

Problemas do pedobatismo

Um problema do pedobatismo é que pessoas podem fazer parte da igreja sem fé consciente. Por serem incluídas na igreja quando criança, quando crescerem podem permanecer incrédulas e continuarem pertencendo à igreja. O pedobatismo consistente terá que aceitar que uma pessoa batizada na infância deve ser considerada cristã até que dê evidência em contrário. Ao invés de se buscar frutos dignos de arrependimento, busca-se evidências de apostasia. Porém, o que se espera com a pregação do evangelho é a conversão e não o desvio dos ouvintes.

Uma segunda consideração, ligada à primeira, é que o pedobatismo baseado na aliança requer duas maneiras de proclamar o evangelho: aos não batizados para crerem e se juntarem ao povo da aliança e aos batizados para se arrependerem porque já fazem parte da aliança. A implicação é que se teria dois evangelhos, uma para batizados e outros para não batizados. Como fica a unidade do evangelho, uma vez que o conteúdo da pregação deve ser sempre o mesmo? 

Um terceiro ponto é que, ao contrário do ensinou Calvino, o batismo infantil desvaloriza a graça de Deus, por reduzir o cristianismo a um fenômeno puramente social. Na prática, ocorre uma secularização do batismo, onde pais descrentes "aprontam o bebê" para o batismo por mero costume ou convenção social. Sem contar que em alguns países a pessoa se torna cidadã por ser batizado numa igreja estatal. Ou seja, o batismo infantil pode ser praticado sem referência alguma à graça de Deus.

A resposta à objeção acima nos leva ao quarto item da nossa lista de problemas provocados pela prática do batismo infantil. Afirma-se que o batismo infantil só é administrado a filhos de pais crentes. Isto significa que o batismo de uma criança não se baseia no amor de Deus, nem no fato de que Jesus abençoou as crianças e nem mesmo na certeza de que a graça precede a fé, mas no fato de que tem determinados pais. E na prática, decidir quais pais são cristãos é mais difícil do que avaliar quem pede o batismo alegando fé consciente.

O quinto problema de nossa lista tem a ver com a pedocomunhão. A maoria das igrejas que batizam os filhos de crentes por considerar que o batismo é sucedâneo da circuncisão não recebem esses mesmos filhos à mesa da comunhão. Ora, mais certo que o batismo substitui a circuncisão é de que a ceia do Senhor substitui a páscoa. E a família inteira comia da páscoa, o único requisito era que todos os homens tivessem sido circuncidados. Portanto, por que não administrar a ceia a quem já recebeu a "circuncisão cristã"?

Novamente, a resposta oferecida, que a ceia do Senhor requer capacidade de discernimento, o que é definido a partir da cerimônia chamada de confirmação, traz seus problemas a reboque. A prática tem fundamento bíblico igual a zero e entrou no protestantismo da mesma forma que o batismo infantil: via catolicismo romano. A origem da confirmação ou crisma vem do fato que o batismo era essencial para a salvação e deveria ser realizado por um bispo, o que nem sempre era possível. Então o batismo era administrado por outra pessoa e quando o bispo visitasse a paróquia confirmava o mesmo, ocasião em que a pessoa "recebia" o Espírito Santo. Os reformadores não compreenderam ou não ligaram para essa origem torta da prática, mas a adotaram como um rito de iniciação à mesa do Senhor.

Conclusão

Em conclusão artigo, reafirmo que por não estar fundamentado em proposições bíblicas, por ter se estabelecido não antes do terceiro século como prática da igreja e ainda assim amalgamadao com erros soteriológicos, por ter sido questionado, embora mantido pelos reformadores magisteriais, por depender de argumentos teológicos baseados em premissas que não levam necessariamente à conclusão que o confirmem e por apresentar mais dificuldades que soluções é que eu não adoto o batismo infantil.

Contudo, isto não significa que eu não aceito como irmão em Cristo ou que defenda o rabatismo aqueles que foram batizados em uma igreja evangélica quando crianças, muito pelo contrário. O batismo de adulto para mim é uma prática bíblica, mas não um dogma de fé que deva separar irmão em Cristo.

Soli Deo Gloria

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