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terça-feira, 13 de abril de 2010
Romanos 8:30: “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”.
Ao declarar-se a eterna segurança do povo de Deus, talvez seja mais claro falar de sua preservação que – como se costuma fazer – de sua perseverança. Perseverança significa contínuo apego a uma crença apesar do desencorajamento da oposição. A razão por que os crentes perseveram na fé e na obediência, contundo, não está na força de sua própria dedicação, mas em que Jesus Cristo, através do Espírito Santo, os preserva.
João nos diz que Jesus Cristo se comprometeu com o Pai (Jo 6.37-40) e diretamente com seu povo (Jo 10.28-29), no sentido de guardá-lo, de modo que esse povo nunca perecerá. Na sua oração por seus discípulos, depois de terminar a Última Ceia, Jesus pediu que aqueles que o Pai lhe tinha dado (Jo 17.2, 6, 9, 24) fossem preservados para a glória. Cristo continua a interceder por seu povo (Rm 8.34; Hb 7.25), e é inconcebível que sua oração em favor deles fique sem resposta.
Paulo celebra a presente e futura segurança dos santos no amor onipotente de Deus (Rm 8.31-39). Ele se regozija na certeza de que Deus completará a boa obra que começou na vida dos crentes (Fp 1.6; conforme 1Co 1.8-9; 1Ts 5.23-24, 2Ts 3.3; 2Tm 1.12; 4.18).
A Confissão de Westminster diz:
“Os que Deus aceitou em seu Bem-amado, eficazmente chamados e santificados pelo seu Espírito, não podem cair do estado de graça, nem total nem finalmente; mas, com toda certeza, hão de perseverar nesse estado até o fim e estarão eternamente salvos” (XVII.1).
Os regenerados são salvos perseverando na fé e na vida cristã até o fim (Hb 3.6; 6.11; 10.35-39), como Deus os preserva. Esta doutrina não significa que todos aqueles que já professaram ser cristãos serão salvos. Os que tentam viver a vida cristã baseados em sua própria capacidade decairão (Mt 13.20-22). A falsa profissão de fé por parte de muitos que dizem a Deus “Senhor, Senhor” não será reconhecida (Mt 7.21-23). Os que buscam a santidade do coração e o amor ao próximo e, assim, mostram terem sido regenerados por Deus, adquirem o direito de se considerarem crentes seguros em Cristo. A crença na perseverança propriamente entendida não nos leva a uma vida descuidada e à presunção arrogante.
Os regenerados podem mostrar-se relapsos e cair em pecado. Quando isso ocorre, eles se opõe à sua nova natureza e o Espírito Santo os convence do seu pecado (conforme Jo 16.8) e os compele a arrepender-se e a serem restaurados à sua condição de justificados. Quando os crentes regenerados mostram o desejo humilde e grato de agradar a Deus, que os salvou, o reconhecimento de que Deus se comprometeu a guardá-los salvos para sempre aumenta esse desejo.
Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 1331.
Via: Marcio Melânia, do grupo Textos Reformados
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Preservação dos santos
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