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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Eu tenho minha própria opinião particular de que não há tal coisa como pregar Cristo e Ele crucificado, a menos que nós preguemos que nos dias de hoje isto é chamado de Calvinismo. É um apelido chamar a isto de Calvinismo; o Calvinismo é o evangelho, e nada mais. Eu não creio que podemos pregar o evangelho, se não pregarmos a justificação pela fé, sem obras; nem sem pregarmos a soberania de Deus e Sua dispensação de graça; nem sem exaltarmos a eleição, pelo inalterável, eterno, imutável, conquistador amor do SENHOR; nem penso que podemos pregar o evangelho, a menos que o baseemos sobre a especial e particular redenção de Seu povo eleito e escolhido o qual Cristo formou sobre a cruz; nem posso eu compreender um evangelho que deixa santos decaírem após serem chamados, e sujeitar os filhos de Deus a serem queimados no fogo da condenação após terem uma vez crido em Jesus. Tal evangelho eu abomino.


Não há alma viva que defenda mais firmemente as doutrinas da graça que eu, e se algum homem me pergunta se porventura me envergonho de ser chamado Calvinista, respondo que eu não quero ser chamado de nada além de Cristão; mas se você me perguntar, eu defendo a visão doutrinária que foi defendida por João Calvino, eu replico, estou no centro de sua defesa, e estou feliz por professá-la.

Mas, longe de mim, sequer imaginar que Sião não contém nada além de Cristãos Calvinistas dentro de seus muros, ou que não há ninguém salvo que não defenda nossa visão. Creio que há multidões de homens que não conseguem ver estas verdades, ou, pelo menos, não conseguem vê-las do modo em que nós as colocamos, mas que não obstante, têm recebido a Cristo como seu Salvador, e são tão queridos do coração do Deus de graça como o mais ruidoso Calvinista dentro ou fora do Céu.

Charles Spurgeon
In: Uma defesa do calvinismo

24 comentários:

Ricardo Mamedes disse...

Clóvis,

É exatamente o que eu penso e tenho dito por aí e no meu blog: nenhuma doutrina tem a exclusividade da salvação. Por isso, o debate é saudável, mas o embate não, especialmente quando agressivo, tanto do lado dos arminianos como dos calvinistas. É claro que quando somos provocados, nem sempre resistimos à troca de farpas, o que é péssimo ( e faço aqui também o meu 'mea-culpa'). Deus é que tem de ser glorificado em todas as oportunidades, mesmo no debate. Somos que ser sal e luz sempre!

Grande abraço.

Em Cristo,

Ricardo

Ricardo Mamedes disse...

Corrigindo: "temos de ser sal e luz sempre!"

Clóvis disse...

Ricardo,

O texto do Pr. Esli, aplicando a experiência de Israel à realidade da igreja de hoje é muito oportuna e exata.

Lembro-me, a propósito do texto, de uma frase do salmista:

"Fez notório os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel" (citação de memória).

Também nos dias de hoje poucos são os que se interessam e a quem Deus revela os Seus caminhos, já por feitos, obras, milagres, há uma multidão interessada.

Em Cristo,

Clóvis

Neto disse...

Spurgeon, onde eu assino?

Clóvis, aconteceu algo engraçado..

Quando ví o título do post, e ví "4 comentários", já cliquei pensando "Vige... Vamos ver o que os ataques do Zwinglio"... rs rs rs

E pra minha surpresa, os 4 comentários (5 com esse) não tiveram nenhum ataque, só elogio (por enquanto! rs)

Deus os abençoe tremendamente, e a todos os que lerem.

zwinglio rodrigues disse...

Neto,

Como eu, por várias razões, muito rápido vou deixando de lado algumas pessoas com quem acabo interagindo na blogosfera cristã, solicitaria que você fizesse o mesmo com o meu nome... agradeço pelo favor!

Neto disse...

Rapaz do comentário acima:

Eu, sinceramente, não teria razões para "deixar de lado" a sua pessoa...

A não ser, claro, se assim for da sua vontade, farei o que me pede.

Até mais, "........" Rodrigues...

Roberto Vargas Jr. disse...

Clóvis,
Esta declaração do Spurgeon aí é a minha. A sua é um pouquinho diferente! rsrsrs
Uau! Ora, vejam! O Gal. Figueiredo fez escola! rsrsrs
Estou um tanto espirituoso hoje! rsrsrsrsrsr
No Senhor,
Roberto

Clóvis disse...

Pessoal,

Já que fui provocado/acusado pelo Roberto, esclareço:

Eu creio que o calvinismo é a melhor expressão do evangelho, mas não é O evangelho. Em outras palavras, calvinismo e evangelho não são termos intercambiáveis. A relação entre eles é de semelhança e não de equivalência ou congruência.

Uma outra maneira de expressar isso é que o calvinismo é uma interpretação, na verdade a melhor interpretação do evangelho, mas não é o evangelho. Importando os concietos da bilbiologia, eu diria que o evangelho é o autógrafo e o calvinismo é uma cópia.

Em Cristo,

Clóvis

Clóvis disse...

Roberto,

Detalhe: o João não foi atendido, o que me leva a pensar que a escola dele não é a melhor... quem sabe a do Jânio Quadros?

Em Cristo,

Clóvis

Roberto Vargas Jr. disse...

rsrsrsr
Melhorou bastante, Clóvis!
Mesmo assim, eu ainda digo que o calvinismo é o Evangelho (mas aceito sua figura autógrafo/cópia: foi boa!). Agora, esse negócio de "melhor" dá muita abertura! rs

Jânio? Deixe-me ver: o que ele diz?
"Saio com um agradecimento, e um apelo. O agradecimento, é aos companheiros que, comigo, lutaram e me sustentaram, dentro e fora do Governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade.
O apelo, é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios para todos; de todos para cada um.
Somente, assim, seremos dignos deste País, e do Mundo.
Somente, assim, seremos dignos da nossa herança e da nossa predestinação cristã".
Opa! Esta escola é mesmo boa! rsrsrssr

No Senhor,
Roberto

Clóvis disse...

Eita, Roberto!

Que pérola! Num é que o cara era calvinista?

rsrsrsrs

Clóvis

Helder Nozima disse...

Clóvis e Roberto,

A julgar pela vida do Jànio, ele é arminiano mesmo ou um leandrino, defensor da predestinação cristã de todos os homens...heheh.

Helder.

Helder Nozima disse...

Clóvis,

Agora falando sério...eu concordo com o Spurgeon. E, se o calvinismo é melhor, ou uma cópia...fica uma pergunta. Em que pontos o calvinismo não é o Evangelho? Onde, de modo bem específico e preciso, Spurgeon erra em sua afirmação?

Helder Nozima
Barro nas mãos do Oleiro

Clóvis disse...

Puxa, Helder, assim você complica minha vida.

Vamos lá, tentativa 1:

Se o calvinismo é o evangelho, e pessoas que não crêem no calvinismo são salvas, decorre que alguns podem ser salvos desacreditando do evangelho.

Clóvis

Helder Nozima disse...

Clóvis,

Refutação 1: Descrer do Evangelho ou de uma parte dele? Afinal, a eleição faz parte do Evangelho...arminianos descreem disso, mas são salvos. Logo, descrer de uma parte do calvinismo é igual a descrer de uma parte do Evangelho e não compromete a salvação.

Helder.

Anônimo disse...

Tenho uma leve impressão que a doutrina verdadeira ( = evangelho = calvinismo ) é um teste para os fieis...veja João 6.65,66.
ass Luciano

Georges Nogueira disse...

Excelente último parágrafo de post, meu irmão.
Glória a Deus pela compreensão tão acima da média que Ele deu a Spurgeon. E a você, pela escolha do texto.

Esli Soares disse...

Clóvis...

Precisamos de homens que não tenha medo de afirma a sua fé. Nesse tempo de tolerância e mediocridade, precisamos de coragem para sermos revolucionários e nadar contra a corrente do igualitarismo (leia-se ecumenismo).

"O Evangelho contém o calvinismo, mas é maior que o calvinismo"

Em nada, ao meu ver, isso é diferente de Spurgeon. Tudo que o calvinismo (que é só o apelido do que já conhecemos da Verdade) apresenta é a Bíblia, mas o tudo que a Bíblia apresenta é a Verdade (O Evangelho). Inevitavelmente o calvinismo será todo Verdade, mas não, necessariamente, toda a Verdade.
Compete-nos estudar, conhecer e nos aprofundar em toda a Verdade, nesse processo, mais e mais, o calvinismo que é todo Verdade se tornará toda a Verdade.

Em Cristo que é toda a Verdade.

zwinglio rodrigues disse...

Clap, clap, clap!!
*
É evidente que existe uma diferença entre ser espirituoso e ser um palhaço [digo palhaço não em um sentido artístico, pois aqui há uma nobreza... mas com uma conotação relacionada à região onde moro...]... infelizmente, alguns, por uma inabilidade conceitual, acabam por pensar que uma coisa é a mesma coisa que a outra coisa... com isso, não se tocam... e passam vergonha diante dos mais perspicazes e dos que conhecem o mínimo de história... pra piorar, ainda gastam tempo digitando linhas em um espaço que deveria ser mais original e mais inteligente... fazer o que não é? Esse negócio de originalidade e de inteligência não é para os eleitos...
*
Clap, clap, clap!!

Roberto Vargas Jr. disse...

Quem conhece o homem senão o espírito do próprio homem? Que belíssima nota autobiográfica!

Roberto Vargas Jr. disse...

Mas Clóvis, meu caro, devemos reconhecer. Nós, calvinistas, somos de fato os carrancudos mal humorados que nos pintam. O Allen disse bem: os currupiras eclesiásticos!
Abraço, no Senhor,
Roberto

Anônimo disse...

Arminianos tem que ter orgulho de terem em suas fileiras homens como John Wesley ( bem q o arminianismo dele é superior da atual campanha de deificação do ego ) além dele Billy Grahn, Moody e outros... mas nas fileiras calvinista não temos menos bala na agulha. O maior deles é Paulo, calvinista supralapsariano! Se não concorda é melhor pensar como um pr falou..."Romanos 9 não precisaca estar na bíblia".

Ricardo Mamedes disse...

Amigos,

Não resisti a um grande sorriso por aqui...

Em Cristo,

Ricardo

Esli Soares disse...

Amigos...

Eu poderia começar com um exagerado... O QUE?

Mas o Roberto é que tem razão! Serei, então, mais profano: Freud diz algo sobre ver nos outros aspectos de si mesmo... talvez seja isso, Freud explica! Juntando a suas explicações com todo o resto que o humanismo dá, nós teremos a inteligencia e originalidade desejada, infelizmente não teremos nada de Bílbia, a não ser o motivo para a condenação do soberbo coração do homem, que muda a veradede de Deus e a chama de loucura.

Em Cristo,

Esli Soares