Popular Posts

Blogger templates

Blogger news

Blogroll

About

Blog Archive

Tecnologia do Blogger.

Seguidores

Pesquisar

sábado, 17 de outubro de 2009
Uma coisa boa de ser calvinista é que se crê na graça comum e por ela se tem um conceito elevado da arte, como dom de Deus. Assim, ouvimos boa música e vemos bons filmes sem crises de consciência, dando graças a Deus por tudo. Podemos admirar, por exemplo, a música Gracias a la Vida, na voz de Mercedez Sosa, recentemente falecida.




Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me dio dos luceros que cuando los abro
perfecto distingo lo negro del blanco
y en el alto cielo su fondo estrellado
y en las multitudes el hombre que yo amo.

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
me ha dado el oido que en todo su ancho
graba noche y dia grillos y canarios
martillos, turbinas, ladridos, chubascos
y la voz tan tierna de mi bien amado.

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me ha dado el sonido y el abedecedario
con él las palabras que pienso y declaro
madre amigo hermano y luz alumbrando,
la ruta del alma del que estoy amando.

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me ha dado la marcha de mis pies cansados
con ellos anduve ciudades y charcos,
playas y desiertos montañas y llanos
y la casa tuya, tu calle y tu patio.

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me dio el corazón que agita su marco
cuando miro el fruto del cerebro humano,
cuando miro el bueno tan lejos del malo,
cuando miro el fondo de tus ojos claros.

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me ha dado la risa y me ha dado el llanto,
asi yo distingo dicha de quebranto
los dos materiales que forman mi canto
y el canto de ustedes que es el mismo canto
y el canto de todos que es mi propio canto.

Gracias a la Vida...


Via: Raiz Duma Terra Seca

6 comentários:

Monja disse...

Gracias a la vida de Mercedes y de Violeta Parra

Clóvis disse...

Monja,

Bem lembrada, graças pela vida da autora da música.

Em Cristo,

Clóvis

Saulo R. do Amaral disse...

Engraçado que hoje de manhã estava pensando sobre a graça comum. Gosto muito de alguns contos do Oscar Wilde, apesar de ele ter sido um homem bem depravado. Os contos dele, como O Príncipe Feliz, são lindos demais. E, por incrível que pareça, sempre têm uma lição cristã. Outra artista cristão, Phil Keaggy (um dos maiores violonistas da atualidade) gravou, ultimamente, o cd Acoustic Cafe, com músicas famosas como de Bob Dylan, Beatles... Um cd excelente! Vale a pena. Abraços!

Roberto Vargas Jr. disse...

Meu caro,
Não há o que me faça gostar da música de Mercedes Sosa. Mas você tem toda a razão quanto à Graça Comum!
Aliás, este é um tema que muito perturba minha mente, a questão estética. Haveria um padrão estético como há um padrão moral? O desvio deste padrão, se há, consistiria em pecado? Ainda pretendo me debruçar sobre o assunto!
No amor do Senhor,
Roberto

Clóvis disse...

Roberto,

Conforme se diz, gosto não se discute. Meu gosto musical é bem eclético, vai de música de viola, desvia do fank e pagode e chega no fado português, parando um tempão em MPB.

Dizem por aí que Deus odeia o pecado mas ama o pecador, eu não aprovo a modo de vida de alguns cantores mas aprecio, e muito, sua obra. Mas é bem verdade que algumas músicas são frutos da "desgraça comum" que a humanidade compartilha.

Não creio que haja um padrão estético, mesmo porque a arte é multifacetada. O que haveria de comum entre a beleza de uma música e a beleza de um quadro? A não ser a própria beleza, indefinível em palavras.

Eu também tenho pensado, não metódica ou precisamente, mas somente pensado, o que me faz ver beleza onde outros só vêem feiúra. Como sou visual, meu gosto é determinado por imagens, mesmo na música ou na dança. E beleza para mim é simetria, proporcionalidade, harmonia entre as formas. Não sou atraído, por exemplo, pelo exótico, por aquilo que não consigo divisar uma relação harmônica entre as partes.

Eu acho que você deveria escrever algo em seu blog sobre estética, para conversarmos a respeito.

Em Cristo,

Clóvis

Helder Nozima disse...

Roberto,

Creio que há sim algum tipo de padrão estético. Quando é elogiada a forma como Davi toca a harpa, nota-se a preocupação simétrica no tabernáculo e no templo...acho que são indícios.

Há até em relação às pessoas. Afinal, como dizia um amigo meu, a Bíblia conta o essencial, não o desnecessário. E, se ela falava da formosura de Sara, Rebeca, Raquel, Davi e Absalão, por exemplo, alguma razão existia.