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sábado, 7 de fevereiro de 2009
Com o passar dos dias e dos anos eu estou cada vez mais e mais apaixonado com a SOBERANIA DO NOSSO DEUS na salvação dos homens. Quando encontro um livro sério que aborda com clareza essa Soberania e ao mesmo tempo mostra a responsabilidade do homem, sem cair em extremos, eu fico grato a Deus, na certeza de que Ele vai usar esse livro para clarear a mente de muitos, desafiando-os a levar Deus e Sua Palavra a sério, o que talvez seja uma das maiores necessidades do nosso povo hoje.

Newton Bernardi, em A ILUSÃO DO LIVRE-ARBÍTRIO, levanta e responde uma série de indagações que muitos têm sobre a Predestinação e a Liberdade do homem. Nós nos achamos lógicos e precisos no nosso raciocínio e o autor nos mostra que nem sempre podemos descansar na nossa sabedoria. Diz ele:

“Ainda assim, não são raras as tentativas de ‘encaixar’ a revelação de Deus dentro da lógica humana, ou de interpretá-la de modo que possa se adaptar ao nosso limitado entendimento.”

E continua:

“Por exemplo, são comuns argumentações que tentam negar ou diminuir a soberania de Deus dizendo que, se assim é, então o homem não é responsável. Esse tipo de postura sempre tenta, de um lado, atrofiar a responsabilidade do homem e, do outro, mutilar a soberania de Deus. Uma delas precisa ser hipertrofiada e a outra diminuída para que se encaixem na nossa lógica”.

“Isso nos leva, inevitavelmente, a extremos. A Bíblia afirma que Deus é soberano absoluto sobre a Sua criação e afirma que o homem é responsável por suas ações. Todos parecem concordar em que a Bíblia, realmente, afirma isso. Todavia, são dadas ênfases diferentes a essas verdades. A diminuição da responsabilidade humana leva ao hipercalvinismo e a diminuição da soberania de Deus leva ao arminianismo”.

Sabiamente, na medida em que vamos lendo e estudando cuidadosamente o livro, vai ficando claro para o leitor que o pecado não é uma realidade que possa ser descoberta como tal pela razão e discernimento humanos independentemente da revelação divina e da fé. A queda do homem cegou a humanidade de tal maneira que até mesmo o pecado para ele não parece ser algo tão letal como realmente é. Daí, ouvir-se com freqüência: “Claro que sou pecador, sou humano”, não percebendo contudo que esse pecado o aliena e afasta totalmente de Deus.

No livro, há perguntas como: A quem foi dado o Livre-Arbítrio? Somos realmente responsáveis? E a esta, com firmeza e clareza, o autor assim responde:

“A resposta só pode ser: sim, absolutamente, sim.”

E continua:

“A filosofia diz que o homem é moralmente responsável pelo fato de ser um agente livre, e é um agente livre porque suas escolhas são determinadas pela sua própria vontade e não por nenhum fator fora dele mesmo”.

“Todavia, a resposta definitiva a essa pergunta não pode advir apenas da razão ou do raciocínio lógico da mente humana. A resposta de que o homem é moralmente responsável por suas escolhas e pelos seus atos só pode, com absoluta certeza, ser positiva simplesmente porque Deus diz que assim é (Rm 14.12; II Co 5.10; Hb 4.13)”.

Nesta declaração a implicação de Bernardi é que temos que pregar o Evangelho e, no todo do livro, a mensagem é a de que somos responsáveis pela evangelização, pois, Deus tem os seus eleitos e quando Ele os elegeu, fazia parte dos planos Dele os meios pelos quais os eleitos seriam atingidos e abraçados pela graça salvadora do Senhor Jesus Cristo. Portanto, a idéia de que a eleição mata o incentivo para pregar o Evangelho é falsa e deve ser veementemente repudiada.

O autor diz: "a Bíblia nos mostra, com clareza, tanto a absoluta soberania de Deus sobre a Sua criação como a liberdade e a responsabilidade moral dos homens por todas as suas escolhas, decisões e atitudes".

Gosto da honestidade do autor, quando diz:

“Não somos capazes de compreender logicamente como essas duas verdades bíblicas possam ser conciliadas, pois nos são aparentemente excludentes entre si. Todavia, não podemos enfatizar uma delas, diminuindo ou mutilando a outra, apenas para que ambas possam se encaixar na nossa limitada compreensão.”

Este livro constitui, na verdade, uma leitura importante para todos aqueles que desejam entender este assunto sério e de implicações múltiplas. Logo no inicio do livro o autor comenta:

“Infelizmente, grande parte dos cristãos nunca chega a dedicar, ainda que superficialmente, algum tempo à análise desse tema, embora, paradoxalmente, quase todos tenham uma opinião formada a respeito dele, na maioria dos casos, talvez, apenas por ouvir falar, por aceitar sem discernimento o que ouve, por simples intuição, ou ainda porque algum tipo de colocação possa lhe parecer aversivo.”

Que o leitor amigo, não esteja entre estes mencionados acima. Todavia, estando ou não nessa situação, leia com atenção este livro para que seu coração seja agraciado, vendo o grande amor de Deus para com você, eleito do Senhor.

Pr. Ary Velloso
Pastor Batista, Fundador da Igreja Batista do Morumbi - SP; Missionário da SEPAL e pastor da Igreja Batista Catuai, em Londrina- PR

4 comentários:

Roger disse...

Legal o texto de Ary Veloso!
Evidentente que entamos entre aqueles que não têm deixado este tema para as superfícies. E o Cinco Solas tem tido o seu bom papel nisso.

Abrçs!!

Lucas Louback disse...

Muito bom.
Foi publicado pela Vida? to interessado

Clóvis disse...

Roger,

Obrigado pela parte que toca ao Cinco Solas. Mas são pessoas pensantes como vocês que dão o tom deste blog.

Em Cristo,

Clóvis

Clóvis disse...

Lucas,

O livro é publicado pela Abba Press. Mas não se deixe enganar pelo título nem pela espessura do livro.

Apesar do título espantar potenciais leitores arminianos, o livro não é um pontapé na santo arbítrio arminiano. Mas mesmo sem chutar a santa, ele coloca de forma bastante precisa que o livre-arbítrio é uma ilusão de nossa mente.

Quanto á espessura, o livro é quase um livreto. Daí a gente ser levado a pensar que o autor tratou do assunto com superficialidade. Pelo contrário, é espantoso como ele conseguiu colocar tantas coisas relevantes ao tema, de forma organizada e numa linguagem simples.

A propósito: li o livro de um fôlego só.

Em Cristo,

Clóvis

PS.: Apesar de tudo, é baratinho, peguei uma promoção de 9,90.