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segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Antes de apresentar as diferenças, é necessário salientar que este é um debate intramuros de irmãos em Cristo. Não se levanta a questão para se saber quem é salvo e quem não é, tampouco para descobrir quem é o mais espiritual, pois em ambos os lados há pessoas verdadeiramente convertidas e de vida piedosa. Porém, não se pode dizer que o tema é irrelevante, haja vista que nossa vida diária, o culto que oferecemos ao Senhor e o serviço que prestamos em Sua Obra são influenciados pela maneira como entendemos essas questões. Os parágrafos seguintes apresentam as duas opções teológicas da forma mais imparcial possível.

O calvinismo entende que o homem é absolutamente incapaz de ir a Cristo, pois está morto espiritualmente e precisa antes de qualquer ação de sua parte ser vivificado em seu espírito e renovado em sua vontade. O arminianismo entende que o homem tem livre-arbítrio pelo qual pode crer e aceitar a Cristo, para depois ser regenerado.

O calvinismo crê que Deus escolheu de forma soberana e graciosa aqueles a quem iria salvar, sem que nada neles os habilitasse a isso, nem mesmo fé antevista. Os arminianos crêem que Deus escolheu aqueles que Ele pela Sua presciência viu que iriam responder com fé à oferta do evangelho.

Os calvinistas afirmam que Jesus Cristo morreu para tornar certa a salvação daqueles que Deus havia escolhido na eternidade. O arminianismo ensina que Jesus morreu para tornar possível a salvação de todos e cada um dos homens.

O calvinismo crê que os eleitos são chamados de forma eficaz, de modo que todos sejam salvos. O arminianismo crê que a graça pode ser resisistida e de fato é por aqueles que não crêem.

Os calvinistas crêem que todos os que foram verdadeiramente regenerados irão perseverar certamente. Os arminianos acreditam que crentes nascidos de novo podem vir a cair da fé e perder a salvação.

Apresentadas estas diferenças, convém esclarecer alguns mal entendidos de parte a parte.

Não é certo dizer que os calvinistas acreditam que o homem é como um robô ou fantoche, pois eles acreditam que os homens sãos erem morais livres. E não é correto afirmar que os arminianos ensinam que o homem pode ser salvo apenas pela sua vontade, sem a assistência da graça.

Não é verdade que os calvinistas defendem uma eleição arbitrária, tipo um sorteio cósmico, pois fazem a eleição depender de um Deus que é soberano, sábio e bom. Também não é certo afirmar que os arminianos negam a doutrina da eleição, pois afirmam a eleição ou pela presciência ou de forma corporativa.

Não e correto afirmar que os calvinistas limitam o valor da morte de Cristo, pois eles afirmam que ela é suficiente para salvação de todos os homens. E não é verdade que os arminianos defendem o universalismo, pois a fé é ressaltada como necessária à salvação e nem todos crêem.

Não é verdade que os calvinistas crêem que Deus obriga as pessoas a amá-lo, pois o que Deus faz é mudar a disposição do coração do homem, para que o ame voluntariamente. Também não é verdade que os arminianos ensinam que a graça ajuda mas não é imprescindível à salvação.

Finalmente, não é verdade que os calvinistas defendem que os crentes serão salvos de qualquer jeito, mesmos que percam a fé. E é mentira que os arminianos afirmam que a salvação depende totalmente do crente.

Nestes pontos, o que é comum aos dois sistemas é que ambos admitem os efeitos da queda, variando o grau e a extensão desses efeitos, que ao final nem todos os homens são salvos, sendo que a fé a incredulidade caracterizarão os salvos e os perdidos, respectivamente, que a salvação do homem depende da obra de Cristo em seu favor na cruz, que a chamada pelo Espírito Santo é necessária e que todos dos que forem salvos terão perseverado. É em detalhes, pequenos mas fundamentais, que estão as diferenças que distinguem os dois sistemas.

Finalmente, não se pode afirmar que os dois sistemas estão certos. Nem que um deles está 100% certo e o outro 100% errado. Contudo, um deles conta com o testemunho mais abrangente, profundo e consistente das Escrituras. E portanto, deve ser aceito como o que mais se aproxima da verdade revelada. O estudo cuidadoso e com disposição para abandonar pressupostos em nome da verdade bíblica revelerá qual deve receber nossa aprovação.

Soli Deo Gloria

8 comentários:

Mateus Lucas disse...

"Não é verdade que os calvinistas crêem que Deus obriga as pessoas a amá-lo, pois o que Deus faz é mudar a disposição do coração do homem, para que o ame voluntariamente."

E os que não amam a Deus? como funciona?
Se Deus não muda a disposição do coração deles para que o ame voluntariamente,
eles odeiam voluntariamente?
Antes de que Deus mude a nossa disposição do coração, nós o odiamos voluntariamente?
Queria conseguir compreender porque o meu grande problema do calvinismo não é sobre a classe favorecida dos
eleitos mas sim a classe dos não-eleitos, ou não-predestinados-ao-céu, ou predestinados-ao-inferno.
Não vejo amor nisto, e esta não é a melhor compreensão de soberania.

José Soares disse...

Jesus disse:
"Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscite no último dia." ( Jo 6.37,39,40)
No mesmo capítulo no versículo 44 Jesus diz: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia." E no versículo 65 ele afirma: " Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido."
No livro de Mateus, capítulo 19 a partir no versículo 16 temos a passagem do jovem rico. Após o relato de Jesus sobre o quão díficil é um rico salvar-se, os discípulos perguntaram admirados sobre quem poderia salvar-se. Jesus respondeu: "Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível."
Á luz destes textos e de muitos outros, fica claro que só converte a Jesus aquele que por Deus é determinado de acordo com a sua SOBERANA VONTADE. Apesar de haver textos na Bíblia que chame o homem ao arrependimento, sabemos que esse arrependimento é produzido por Deus: "... e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna." (At 13.48b)
O homem está morto e, por si só, não pode se achegar a Deus sem que Deus o regenere pois: "Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, MAS DE DEUS." (Jo 1.13)
Dessa forma Deus não fica devendo nada ao homen quando o salva, pois esta escrito: "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a SUA MISERICÓRDIA, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO." (Tt. 2.5)
Que a graça seja com todos.
José Soares.
28 de Agosto de 2007 10:51

Clovis Gonçalves disse...

Mateus Lucas,

Paz!

Sim, os que odeiam a Deus o fazem voluntariamente. Nossa disposição do coração, antes de sermos regenerados, é de ódio ao Criador, pois muito embora alguns digam "eu amo a Deus" todo homem não regenerado é inimigo de Deus.

De fato, a doutrina da eleição, conquanto apresente grande gozo aos salvos, não é palatável no aspecto da reprovação. Porém, devemos levar em conta que a eleição e a reprovação descansam em bases diferentes. A eleição é um ato da graça, enquanto que a reprovação é um ato da justiça de Deus. Pela eleição, Deus nos dá o que não merecemos, pela reprovação Deus não deixa de dar o que o pecador merece. Num caso e no outro não há injustiça em Deus.

Um juiz justo pode com pesar condenar um criminoso à prisão perétua sem deixar, por isso, de ser amoroso. Esse mesmo juiz amoroso pode aceitar que outra pessoa pague a dívida de um criminoso e declare sem culpa, sem deixar de ser justo.

Assim, a eleição e a reprovação revelam o amor e a justiça de Deus, sem que uma exclua a outra.

Giba disse...

A sua graça me basta!

gilberto disse...

Recebi durante mais de sessenta anos recebendo só doutrinamentos sobre a eleição incondicional sem nunca ter a iniciativa de examinar as bases bíblicas daqueles que se opoem a essa incondicionalidade. Hoje enxergo alguns conflitos redundantes dessa crença os quais interferem na logicidade intelegível do homem, entre esses conflitos saliento o que me vem á tona neste momento: "qual o sentido de punir os que já estão punidos e ao mesmo tempo salvar aqueles que já estão salvos pelo decreto determinista de Deus independente do bem ou mal neles previsto"?
Entrementes, graças ao nosso bom DEUS independente de uma ou outra vertente no tocante à eleição incondicional, a sua graça me basta.
Só fico triste quando vejo aquele debate em que um ou outro dos contendores considera-se ferido em seus brios como se fosse dono da verdade passando a considerar o oponente como uum herege, e assim destruindo o amor que deveria ser a base de todo relacionamento.

Saudações em Cristo Jesus.

Georges disse...

Muito interessante e esclarecedor este tópico, entretanto, também não é verdade que "Os arminianos acreditam que crentes nascidos de novo podem vir a cair da fé e perder a salvação".
Tal afirmação não se aplica ao arminianismo, pois é uma flagrante heresia. É o típico argumento que alguns calvinistas fazem sobre os arminianos somente para tentar desacreditá-los. Um abraço, em Cristo.
Georges

Clóvis disse...

Georges,

Se crer que um crente nascido de novo pode vir a cair da fé e perder a salvação é "uma flagrante heresia", então você e não os calvinistas chamam a maioria dos arminianos de hereges.

Veja bem, Jacó Armínio deixou a questão aberta, dizendo que o assunto merecia melhor investigação. Já os remonstrantes avançaram um pouco mais e hoje a expressão "uma vez salvo, sempre salvo" provoca reações alérgicas em muitos crentes. E todos os que ficam empolados ao ouvir essa expressão são declaradamente arminianos.

A bem da verdade, existem alguns arminianos que seguiram o conselho de Armínio e investigaram melhor, concluindo pela segurança eterna dos salvos. Mas estes são uma minoria, infelizmente.

Em Cristo,

Clóvis

Israel disse...

Discussões
discussões
e mais dicussões...
2000 anos de discussões....

O Evangelho é tão simples!

O que Jesus pregava?

Mateus nos diz:

Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer:
ARREPENDEI-VOS,
porque é chegado o reino dos céus. (Mateus 4.17)

O Que Jesus nos ensinou?

Em Mateus 22.36-40 temos a resposta:

Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: AMARÁS o Senhor teu Deus de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de
todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.

E o segundo, semelhante a este, é: AMARÁS o teu
próximo como a ti mesmo.

Destes dois mandamentos dependem toda a lei e
os profetas.

É Simples não é?


Fratenalmente, em Cristo Jesus,

Israel