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segunda-feira, 9 de abril de 2007
"Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? - diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel". Jeremias 18.6

No presente, existe grande controvérsia a respeito da vontade de Deus. Sobre este assunto surgem muitas perguntas. A principal delas refere-se à conexão entre a vontade de Deus e a vontade do homem. Qual a relação entre elas? Qual a ordem que uma ocupa em relação a outra? Qual delas está em primeiro lugar?

Não existe qualquer debate sobre a existência dessas duas vontades. Deus possui uma vontade, e, igualmente, o homem. Elas se encontram em constante exercício - Deus quer, e o homem quer. Nada ocorre no universo sem a vontade de Deus. Todos admitem isso; mas surge a pergunta: a vontade de Deus é o primeiro fator em todas as coisas? Eu respondo "sim". Não pode haver qualquer coisa boa que Deus não desejou que existisse; não pode haver qualquer coisa má que Deus não desejou permitir.

A vontade de Deus vem antes de todas as outras vontades. Aquela não depende destas, mas estas dependem daquela. O exercício da vontade de Deus regula as outras vontades. O "Eu quero" de Jeová é aquilo que põe em atividade todas as coisas no céu e na terra; é a fonte e a origem de tudo que, grande ou pequeno, ocorre no universo, entre as coisas animadas ou inanimadas. Este "Eu quero" trouxe os anjos à existência e os sustem até agora. Este "Eu quero" originou a salvação para um mundo perdido, providenciou um Redentor e realizou a redenção. Este "Eu quero" começa, desenvolve e conclui a salvação de cada alma redimida; abre os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos; desperta aquele que dorme e ressuscita os mortos.

Horatius Bonar

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