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sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Este vídeo eu vi no Blog -V-. Não resisti e postei aqui. Achei-o impactante.



"Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês" Cl 3:5
terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Puritanismo e o calvinismo mais comumente consideravam o trabalho como o meio pelo qual as pessoas conquistam seu próprio sucesso e riqueza? É normalmente afirmado que sim, mas procuro em vão pela substanciação da afirmativa. O calvinismo não ensina uma ética de autoconfiança, como ensina nossa ética moderna do trabalho. É, ao contrário, uma ética da graça: quaisquer recompensas tangíveis advindas do trabalho, são o dom da graça de Deus.

Calvino mesmo havia negado que o sucesso material é sempre o resultado do trabalho. Era Benjamin Franklin, e não os primeiros protestantes, que tinha a confiança que "cedo dormir e cedo levantar tornam um homem saudável, abastado e sábio". Na visão calvinista, apenas trabalho não garante sucesso; mesmo quando Deus abençoa o trabalho com prosperidade, é sua graça e não mérito humano que produz a bênção. Nas palavras de Calvino: "Os homens em vão desgastam-se com labuta, e desperdiçam a si mesmos para adquirir riquezas, visto que estas também são um benefício somente através de Deus". E novamente: "Longe de nós pensar que temos qualquer direito à vã confiança.

Conseqüentemente, sempre que encontrarmos a palavra 'recompensa', ou ela passar por nossa mente, compreendamos que é a extrema grandeza da bondade divina em relação a nós".

O mesmo espírito permeia o pensamento Puritano na relação entre o esforço humano e a bênção divina. Cotton Mather afirmou: "Em nossas ocupações estendemos nossas redes; mas é Deus quem põe nas nossas redes tudo que vem nelas". Robert Crowley disse a uma audiência em London Guildhall que nem a cobiça nem o trabalho árduo poderiam torná-los ricos, visto que só Deus abençoa as pessoas com o sucesso. De acordo com George Swinnock, o homem de negócios bem-sucedido nunca pode dizer que seus próprios esforços foram responsáveis pelo seu sucesso; muito embora os humanos façam a sua parte ativa, "não há a menor roda na engrenagem da natureza que não dependa de Deus para seu movimento a cada instante".

"Os Puritanos nunca conceberam o trabalho à parte do contexto espiritual e moral do serviço a Deus e ao homem."

É verdade que o estilo de vida Puritano, uma mistura de diligência e frugalidade, tendia a fazer as pessoas relativamente prósperas, ao menos parte do tempo. A coisa importante, porém, é como os Puritanos viam sua riqueza. A atitude Puritana era de que riqueza era um bem social, não uma propriedade pessoal — um dom de Deus, não o resultado de esforço humano somente ou um sinal da aprovação de Deus. A maciça pesquisa de fontes primárias de Richard L. Greaves revela que os Puritanos afirmavam que "nenhuma correlação direta existe entre riqueza e santidade... Não riquezas, mas fé e sofrimento por causa do evangelho são sinais de eleição".

Os Puritanos nunca conceberam o trabalho à parte do contexto espiritual e moral do serviço a Deus e ao homem. A mensagem muito citada de Richard M. Nixon, no Dia do Trabalho (1971), provavelmente resumiu a concepção popular da "ética Puritana do trabalho", mas se podemos dizer, é um quadro impreciso:

"A "ética do trabalho" sustenta que o trabalho é bom em si; que um homem ou mulher tornam-se uma pessoa melhor em virtude do ato de trabalhar. O espírito competitivo americano, a "ética do trabalho" deste povo,... o valor da realização, a moralidade da autoconfiança — nenhum destes sai de moda."

Acredito ter mostrado que os Puritanos não estariam contentes com tal teoria do trabalho. Seus ideais eram obediência a Deus, serviço à humanidade e confiança na graça de Deus. Na ética Puritana, a virtude do trabalho dependia quase completamente dos motivos com que as pessoas o realizavam.

Fonte: Santos No Mundo - Leland Ryken - Editora Fiel.


A propósito do tema, recomendo a leitura de Lutero e a vocação do crente, no blog Isaias Lobão.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Respostas de Francisco Leonardo Schalkwijk, doutor em história e pastor emérito da Igreja Evangélica Reformada, por 40 anos missionário no Brasil. É autor de Confissão de Um Peregrino — para entender a eleição e o livre-arbítrio, que acaba de ser lançado pela Editora Ultimato.

Antes de sua ascensão aos céus, Jesus determinou a evangelização mundial e garantiu que todo aquele que “crer e for batizado será salvo” (Mc 16.16). Como relacionar o trabalho missionário com a eleição?

Sempre me lembro da ilustração feita por nosso idoso pastor na Holanda. Segundo ele, a eleição é como um portão. Do lado de fora do portão está escrito: “Vinde a mim”. Do lado de dentro está escrito: “Eu te chamei”. Por isso, como missionários, insistimos: “Entre pela porta da graça, meu amigo”. E depois, invariavelmente, o novo convertido reconhece: “Foi Ele quem me chamou, senão eu ainda estaria no mundo!”

Um dos primeiros pastores presbiterianos orava: “Senhor mostra-me os teus eleitos”. Aprendi com ele a orar pedindo que o Senhor me guie até aquela pessoa em cujo coração o Espírito Santo já está trabalhando. Daí aquele convite sincero e insistente: “Não fique na arquibancada, entre na seleção celestial!” Depois você vai descobrir: foi Ele quem me escolheu; foi Ele quem me amou antes de eu o amar. Para mim isso é o resumo da eleição (1 Jo 4.10, 19).

Fonte: Ultimato
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Do mesmo modo que que o corpo humano tem glóbulos brancos no sangue para repelir a doença, o Corpo de Cristo necessita de homens e mulheres de convicção para mostrar onde nos desviamos do puro evangelho e nos levar de volta ao caminho reto e estreito.
Stephen Strang
In: BEVERE, John. Assim diz o Senhor? Belo Horizonte: Editora Atos, 2003.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. 2Co 12:7


Na tentativa de identificar o que seja este espinho na carne do apóstolo Paulo, vale a máxima de Lutero: o que as escrituras não afirmam com clareza, não devemos afirmar com certeza. Seguindo este conselho, o que segue são apenas conjecturas e opinião mais ou menos embasadas.

Podemos, inicialmente, supor que o espinho na carne era espiritual ou físico em sua manifestação. No primeiro caso, a primeira hipótese é de que o mensageiro de Satanás seja, de fato, um espírito maligno que o tormentava. Porém, o paralelo com a experiência de seu homônimo do Antigo Testamento, Saul, de "quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul" (1Sm 16:23) soa insultuoso ao Paulo que disse "o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus" (1Co 6:19).

Outra possibilidade de espinho espiritual é que seriam as tentações de maneira geral, ou de natureza sexual em particular. Porém, os termos mensageiro, no original angelos e esbofetear, do original kolaphizê, sugerem um ser pessoal e atividades pessoais. Embora Paulo pudesse ter uma tendência para o orgulho, pecados sexuais não deve ter sido um problema para ele, que aliás disse a este respeito: "quero que todos os homens sejam tais como também eu sou" (1Co 7:7).

Resta a alternativa de que o sofrimento seja físico e a primeira possibilidade a ser aventada é a perseguição que o apóstolo sofria por parte dos seus adversários. Em favor desta hipótese, há o precedente do Antigo Testamento, onde Deus diz "para a casa de Israel já não haverá espinho que a pique, nem abrolho que cause dor, entre todos os vizinhos que a tratam com desprezo" (Ez 28:24). A palavra traduzida por espinho na LXX foi a mesma utilizada por Paulo na passagem em tela e significa pedaço de madeira afiado, estaca pontiaguda, farpa.

Outro ponto que fortalece esta tese é o fato de que Paulo escreveu sobre o espinho no contexto das perseguições vindas de seus adversários. No capítulo anterior ele fala contra os "falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo" (2Co 11:13), lembra que "cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um" (2Co 11:24) e que "em Damasco, o governador preposto do rei Aretas montou guarda na cidade dos damascenos, para me prender" (2Co 11:32).

Porém, essa explicação também tem sua dose de dificuldades. Paulo recebeu as visões que poderiam levá-lo a se orgulhar bem antes desses adversários terem se levantado contra ele. Além disso, quando fala de seus adversários, diz que "o próprio Satanás se transforma em anjo de luz" (2Co 11:14) e que "não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça" (2Co 11:15). A idéia é de ministros de Satanás travestidos de apóstolos de Cristo e não de homens transformados em emissários de Satanás. Além disso, as expressões "um espinho" e "mensageiro de Satanás" apontam para um indivíduo e não para um grupo de pessoas.

A maioria dos que se debruçaram sobre a questão entende que o espinho na carne refere-se a uma doença física. No texto, fortalece esta posição a espressão "na carne", que aqui deve ser tomada como significando "corpo de uma pessoa". Os diagnósticos são variados e incluem, entre outras doenças, epilepsia, histeria, depressão, reumatismo, má audição, lepra, malária, gagueira e retinite solar.

Embora eu entenda que podemos apenas supor a natureza do espinho na carne de Paulo, tenho uma opinião a respeito. Inclino-me a pensar que o espinho de Paulo seja de fato uma dificuldade de visão. Cito como apoio algumas passagens, das quais podemos fazer inferências. Em Gálatas 6:11 o apóstolo diz "vede com que letras grandes vos escrevi de meu próprio punho". É bem verdade que o motivo de ter escrito com o próprio punho esta parte era para dar ênfase à recomendação que faz, mas permanece o fato de que utilizou letras grandes como pessoas com dificuldade visual. Ele também diz "dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar" (Gl 4:15). Novamente, a passagem não é decisiva, mas o fato de Paulo ter dito "se possível fora" e não "se necessário fora" me parece indicação de que Paulo não estava apenas sendo hiperbólico, mas que tinha mesmo essa necessidade.

Finalmente, um alerta. Muitas vezes, no estudo da Bíblia, nos perdemos em detalhes desimportantes e pouco claros e deixamos de ver a mensagem principal, aquilo que Deus intencionou nos ensinar. Se você está preocupado com a identificação do espinho na carne de Paulo a ponto de não ter prestado atenção no que a passagem diz de forma clara, sugiro que volte lá, não mais para investigar sobre o que seria o espinho, mas para aprender o que Deus quer te ensinar através dela.

Soli Deo Gloria
domingo, 17 de agosto de 2008
Dir-se-á que o homem possui livre arbítrio neste sentido, não o de escolher livre e igualmente o bem e o mal, mas porque faz o mal voluntariamente, e não por coação. Isto, com efeito, é muito verdade. Mas o que adianta enfeitar uma coisa tão diminuta com um título tão pomposo? Bonita liberdade essa: o homem não é compelido a servir o pecado, mas é um escravo por tal forma voluntário que sua vontade se mantém na servidão, agrilhoada por esse pecado.
In: Institutas da Religião Cristã, Livro 2:7, ii, iii
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Sermão pregado no culto de Missões, dia 20/07/2008
Igreja O Brasil Para Cristo em Medianeira

Introdução

O pavão é uma das aves mais lindas que existe. Suas penas tem um colorido e formam desenhos que impressionam à vista. Por isso, desde a antigüidade foi um símbolo de status e poder. Salomão mandava trazer carregamentos de pavões de Társis, junto com prata e ouro (1Rs 10:22). Na índia, era considerado animal sagrado, e quem matasse um pavão, pagava com a própria vida. Os reis e rainhas enfeitavam os seus jardins com pavões, e quanto mais aves tivessem, mais importantes eram considerados. Enfim, o pavão sempre foi uma ave linda e cobiçada, pois está associado ao poder e à vaidade. Porém, o pavão tem um ponto fraco. Seus pés são feios, distorcidos, quase aleijados. Destoam da beleza formada pelas suas penas. Os pés do pavão não combinam com seu porte e com o colorido de sua plumagem. "Pé de pavão" significa feiúra, defeito.

Agora, não se ofendam se eu lhes disser que muitos na igreja tem pés de pavão. Tem muita coisa bonita para apresentar e que realmente impressionam, mas quando olham para os pés devem ficar envergonhados. Sei que agora, as mulheres especialmente, estão olhando para seus pés e discordando de mim, pois seus pés são bem cuidados e os calçados que usam combinam com a roupa. Mas eu estou falando num sentido espiritual e me proponho a demonstrar que nossos pés podem ser feios como os do pavão. Mas não me limitarei a apontar o defeito, a feiúra, mas darei a receita para que você tenha pés bonitos, que combinem com a beleza do restante do seu corpo.

Antes porém, vamos ler a respeito de uma importante promessa em Romanos 10:13-15:

"Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!"

I. UMA PROMESSA UNIVERSAL

"...Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." (13)

1. A promessa pressupõe necessidade universal

A possibilidade de ser salvo pressupõe que todos os homens precisam da salvação. De fato, a Bíblia diz que "todos pecaram e separados estão da glória de Deus" (Rm 3:23) e acrescenta que "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23). Não há uma só pessoa no mundo, nem mesmo no país mais distante, que não se encontre numa situação desesperadora, vendida ao pecado e merecedora do inferno. O pecado começou com Adão e se estendeu a todos os homens, de forma que mesmo um recém nascido está marcado para a morte, por causa do pecado contra Deus. Ninguém, mas ninguém mesmo, está livre dessa condenação que paira sobre todos. O agricultor e o empresário, o doutor e o analfabeto, o brasileiro e o esquimó do Alaska, todos tem em comum a necessidade de serem salvos, pois "não há nenhum justo, nenhum sequer".

2. A promessa pressupõe a incapacidade universal

A necessidade de ser salvo por Jesus, implica que o homem é incapaz de salvar a si mesmo. A Bíblia descreve os homens como estando "mortos em pecados e delitos". Esforço próprio é inútil, pois é mais fácil um leopardo mudar a cor de sua pele que um pecador viver em santidade, estando acostumado ao pecado. Querer compensar o mal que que faz através de esmolas também não é de nenhum proveito, pois nossas justiças são como trapos de imundícia. E qualquer penitência ou sacrifício religioso apenas acrescenta aos nossos pecados o de espezinhar o sangue derramado por Jesus. Da mesma maneira que o debater-se de um afogado dificulta o salvamento, as tentativas do homem de justificar-se diante de Deus, além de inúteis, cegam os seus olhos para ver o método simples de Deus: pedir ajuda a Jesus.

3. A promessa resulta numa certeza inabalável

A promessa é de todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Invocar nessa passagem significa clamar por socorro, por ajuda. Invocar o nome do Senhor é pedir a Ele que nos salve, ao mesmo tempo que reconhecemos que precisamos e não podemos nos salvar. Para todos que invocam o nome do Senhor há uma certeza: será salvo. Jesus prometeu "todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora" (Jo 6:37). O que prometeu é fiel, por isso, todos os que invocaram o nome do Senhor podem ter certeza de estarem salvos e seguros pelo Senhor.

Mas nem todos invocam o nome do Senhor. E por isso passam ao largo da única maneira de obter a salvação, encontrando a condenação ao final da sua vida. Por que isso acontece? A Bíblia nos apresenta alguns obstáculos pelos quais muitos deixam de clamar ao nome do Senhor. Vejamos alguns deles.

II. OS OBSTÁCULOS À SALVAÇÃO (14-15)

1. Primeiro obstáculo: a incredulidade

"Como, porém, invocarão aquele em quem não creram?" (14a)

Para que se invoque ao Senhor, é necessário crer nele. O escritor de Hebreus deixou isto bem claro: "De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam." (Hb 11:6). As pessoas somente irão clamar por ajuda do Senhor se tiverem fé nEle. É um engano pensar que os homens já nascem com fé. A fé é algo gerado no homem, é um dom de Deus. O homem precisa primeiro receber a fé, para depois invocar o Senhor no qual creram.

A razão, portanto, que muitos não invocam o nome do Senhor para serem salvos é que eles não tem fé para isso. É preciso crer antes de invocar.

2. O segundo obstáculo: a ignorância

"E como crerão naquele de quem nada ouviram?" (14b)

O conhecimento é um elemento essencial à fé. Não há como crer em algo que desconhecemos. Por isso, é necessário que as pessoas tomem conhecimento de Jesus, ouçam falar de Sua pessoa e de Sua obra na cruz, para que depositem nEle a confiança da salvação de suas almas. Paulo afirmou: "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rm 10:17 RC). Para que a fé seja gerada no coração do pecador, é preciso que eles ouçam falar de Jesus, pois o ouvir vem antes do crer.

3. O terceiro obstáculo: a falta de proclamadores

"E como ouvirão, se não há quem pregue?" (14c)

Já vimos que para a pessoa invocar ela precisa crer, para crer precisa ouvir sobre Jesus. E para que ela ouça, alguém precisa pregar, anunciar a mensagem do evangelho. Se ninguém pregar não tem como as pessoas serem salvas, pois o evangelho "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16). O pregador é o portador das boas novas de salvação. Pesa sobre ele uma grande responsabilidade, a de ser fiel à mensagem. Nessa passagem, a palavra pregar define o pregador como um arauto, um embaixador de Deus, aquele que entrega uma mensagem oficial na forma de uma intimação pública. Sem pessoas que sejam proclamadoras do reino, as pessoas não ouvirão a boa nova da salvação e não serão salvas.

4. O quarto obstáculo: a falta de envio

"E como pregarão, se não forem enviados?" (15a)

Agora estamos chegando ao ponto que tem a ver com pés bonitos. Para que todas as pessoas do mundo tenham oportunidade de invocar o nome do Senhor é preciso que pregadores sejam enviados até elas. Pois muitos tem desejo em seus corações de serem arautos de Deus, proclamando nos lugares mais distantes a mensagem da salvação, mas faltam os meios para irem até lá. Se não forem enviados, não terão como pregar e almas ficarão sem saber a quem clamar por salvação. É necessário que a igreja prepare, envie e sustente missionários, para que a luz do evangelho chegue no cantos mais escuros do mundo, onde a idolatria, a superstição tomam o lugar da verdade de Deus.

Os enviados são primeiro chamados por Deus, que coloca em seus corações a vontade e a coragem de deixar a sua família e a sua pátria para tornar o nome de Jesus conhecido. Mas essa disposição será frustrada se a igreja não investir na obra missionária, se a igreja não colocar como prioridade número um a expansão do reino de Deus na face da terra. Infelizmente, os crentes gastam mais com coca-cola do que com missões! Enquanto boa parte do mundo permanece nas trevas do paganismo.

Conclusão

"Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!" (15b)

Finalmente, agora descobriremos como ter pés formosos. Você não terá pés bonitos diante de Deus se investir alguns reais numa pedicure que cortará e pintará as unhas de seus pés. Não adianta comprar sapatos da moda. A bem da verdade, quanto mais dinheiro você gastar nestas coisas, mais o seus pés se parecerão com os de um pavão.

Para que você tenha pés cada vez mais bonitos, você precisa investir na obra missionária. Pois são formosíssimos os pés dos que se tornam anunciadores de boas novas. Se você não pode ir e pregar pessoalmente, você pode enviar, através de suas ofertas missionárias, outros que pregarão o evangelho, possibilitando que muitos clamem ao Senhor e sejam salvos. Ofertar generosamente para o envio e sustento de missionários, é embelezar os pés, é ter um andar gracioso diante de Deus.

Se você canta na igreja, se você ora e vive em santidade, você está se embelezando para o noivo, que espera encontrar uma noiva "gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito" (Ef 5:27). Imagino que nenhuma noiva gostaria que seu esposo descobrisse que apesar da beleza do seu rosto e da elegância de seu corpo, seus pés são horrivelmente feios. Que o Senhor não veja feiúra em seus pés! Contribua generosamente para enviar missionários aos perdidos.

Soli Deo Gloria

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Há alguns que queiram dar à palavra eleição um novo significado. O objetivo é de alinharem alguns textos bíblicos com suas próprias idéias. Eles dizem que na salvação, a eleição é uma resposta de Deus à fé de uma pessoa que creu. Eles empregam o conceito da justificação à palavra eleição, dando assim ao homem a decisão determinativa e final da sua própria salvação.

Em nenhum lugar (nem na Bíblia, nem nos dicionários) eleição significa uma resposta, ela sempre é a causa de alguma coisa. Eleição no dicionário português significa escolha, arbítrio e opção. Sendo assim nenhum versículo da Bíblia que cita a palavra eleição no contexto de salvação pode significar outra coisa que não seja Deus escolher livremente os pecadores que quer salvar. A nossa eleição é de Deus (1 Tess. 1:4) e não nossa.

Não faz nenhum sentido dizer que Deus escolhe alguém que escolheu a salvação primeiro. Se alguém já creu em Cristo, e a eleição de Deus é uma resposta a isso, Deus não tem nenhuma escolha real, Ele é obrigado a salvar o crente. Isso faz a palavra eleição perder totalmente seu significado.

É lógico que isso implica que à alguns pecadores Ele escolhe não salvar; mas esse é claramente o ensino bíblico. Romanos 9 e 11 falam sobre essa questão, mostrando que Deus escolhe alguns pelo seu amor, bondade e misericórdia, e não escolhe outros de acordo com seu livre arbítrio soberano, mantendo impecável a sua justiça, santidade e retidão; possibilitando o esplendor perfeito da Sua glória, que é a totalidade dos seus atributos.

Autor: Isaac Barcellos
Fonte: Fórum Monergismo
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
“Quando a chuva descer e o deserto florescer (Toque no altar); Uma chuva diferente está se formando no céu (Cassiane); Faz chover (Fernandinho); Chuva de avivamento (Alda Célia); Som da chuva (Soraya Moraes); Quero ver chuva de poder, eu quero ver chuva de unção (Pâmela); Chove, chove chuva, chuva de poder (Eyshila); to na benção é chuva de amor (Unção Ágape).

Ufa, nem mesmo o pajé pediu tanta chuva assim!

Aliais o que se tem pedido de chuva em nossos cultos não está no gibi. Cantores diferentes, com ritmos distintos e variados, mediante intermináveis repetições imploram ao Senhor dos Céus que derrame um enorme aguaceiro sobre essa terra tupiniquim. Como bem afirmou João Alexandre em sua canção “É proibido pensar”, essa geração procura alguém que possa resolver seus problemas entoando canções do mesmo tema, meras repetições... Reflitamos irmãos com sinceridade, será que como dizem as nossas canções estamos vivendo a plenitude de um grande avivamento? Será que a tão profetizada chuva de bençãos e poder tem caído sobre a igreja brasileira?

Assim como o compositor Paulo Cezar do grupo Logos, eu também nestes dias sinto um verdadeiro espanto em meu coração, em constatar que o evangelho já mudou. Quem ontem era servo agora acha-se Senhor e diz a Deus como Ele tem que ser ... Pois é, parece que nos últimos anos, a igreja brasileira se perdeu no caminho em direção ao trono da graça. Isto porque, as letras de algumas de muitas de nossas composições, além de empobrecidas teologicamente, são simplistas, repetitivas e sem óleo.

Faço coro as palavras de Paulo Cesar, eu quero de volta o verdadeiro evangelho que exalta a Deus. O evangelho que desvenda os nossos olhos, que desamarra todo nó que já se fez. Eu quero o evangelho que mostra o homem morto em seu pecar sem condições de levantar-se por si só, a menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está. Eu quero o evangelho que o servo não diz ao seu Senhor o que fazer, determinando ou marcando hora para acontecer.

Soli Deo Gloria
Renato Vargens
In: Nem o pajé pediu tanta chuva assim...
quarta-feira, 6 de agosto de 2008

2. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor

"Deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!" Rm 9:5

Crer em Jesus Cristo não é apenas assentir intelectualmente que existiu um judeu chamado Jesus no primeiro século da era cristã. Nem mesmo apenas acreditar que esse judeu chamado Jesus foi um mestre sábio, que deixou um legado de sabedoria e moral, além de uma coleção de palavras de paz e amor. Tampouco é suficiente, para afirmar-se que se crê em Jesus Cristo, que Ele foi de alguma forma um líder religioso iluminado.

Crer em Jesus Cristo é afirmar a Sua divindade, é reconhecê-lo como o unigênito de Deus, o Filho que é consubstancial ao Pai. É afirmar que Ele não apenas era divino, mas que era o próprio Deus bendito para todo o sempre!

Crer em Jesus Cristo é reconhecê-lo como Senhor, no sentido mais elevado que esta palavra possa ter. É declarar que Ele é soberano sobre todas as coisas, que foram criadas por Ele e que são sustentadas pelo seu poder.

Crer em Jesus Cristo é confiar unicamente nEle e em Sua obra perfeita para nossa salvação. Crer em Jesus é exclamar "Senhor meu e Deus meu!" (Jo 20:28)
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
A posição evangélica dominante nos dias de hoje identifica-se com o teólogo holandês Jacó Armínio, pelo que nos debates teológicos é designada como arminianismo. O que muitos não sabem é que Armínio era bem mais "calvinista" que os arminianos atuais imaginam ou gostariam de saber. Se eles soubessem o que ele escreveu a respeito de alguns assuntos importantes no debate sobre a salvação, poderiam não se tornar calvinistas, mas pelo menos seriam arminianos melhores.

Descobririam, por exemplo:

a) Que ele recomendava a leitura da obra de Calvino

"Depois da leitura das Escrituras..., e mais do que qualquer outra coisa,... eu recomendo a leitura dos Comentários de Calvino ... Pois afirmo que na interpretação das Escrituras Calvino é incomparável, e que seus Comentários são mais valiosos do que qualquer coisa que nos tenha sido legada nos escritos dos pais — tanto assim que atribuo a ele um certo espírito de profecia no qual ele se encontra em uma posição distinta acima de outros, acima da maioria, na verdade, acima de todos." (Carta escrita a Sebastian Egbertsz, publicada em P. van Limborch e C. Hartsoeker, Praestantium ac Eruditorum Virorum Epistolae Ecclesiasticae et Theologicae (Amsterdam, 1704), nº 101).

b) Que ele cria na doutrina da providência

"Nesta definição de Providência Divina, eu de forma alguma a privo de qualquer partícula daquelas propriedades que concordam ou pertencem a ela; mas eu declaro que ela preserva, regula, governa e dirige todas as coisas e que nada no mundo acontece acidentalmente ou por acaso. Além disto, eu coloco em sujeição à Providência Divina tanto o livre-arbítrio quanto até mesmo as ações de uma criatura racional, de modo que nada pode ser feito sem a vontade de Deus, nem mesmo as que são feitas em oposição a ela , somente devemos observar uma distinção entre as boas e as más ações, ao dizer, que "Deus tanto deseja e executa boas ações," quanto que "Ele apenas livremente permite as que são más." Além disto ainda, eu muito prontamente admito, que até mesmo todas as ações, sejam quais forem, relativas ao mal, que possam possivelmente ser imaginadas ou criadas, podem ser atribuídas ao Emprego da Divina Providência, tendo apenas um cuidado, "não concluir deste reconhecimento que Deus seja a causa do pecado." (Works, vol 1: The providence of God)

c) Que ele cria nos decretos divinos

"Os decretos de Deus são os atos extrínsecos de Deus, ainda que sejam internos, e, por essa razão, feitos pelo livre-arbítrio de Deus, sem qualquer necessidade absoluta . Todavia um decreto parece exigir a suposição de outro, a bem de uma certa conveniência de igualdade; como o decreto relativo à criação de uma criatura racional, e o decreto relativo à salvação ou condenação [dessa criatura] sob a condição de obediência ou desobediência. A ação da criatura também, quando considerada por Deus desde a eternidade, pode algumas vezes ser a ocasião, e algumas vezes a causa motriz externa de criar algum decreto; e isto de tal forma que sem tal ação [da criatura] o decreto não seria nem poderia ser feito. (...) Embora todos os decretos de Deus foram feitos desde a eternidade, todavia uma certa ordem de prioridade e posterioridade deve ser formulada, de acordo com sua natureza, e a relação mútua entre elas." (Works, vol 2: On decree of God)

d) Que ele cria na predestinação

"O primeiro na ordem dos decretos divinos não é o da predestinação, pela qual Deus preordenou para fins sobrenaturais, e pela qual ele resolveu salvar e condenar, declarar sua misericórdia e sua justiça punitiva, e ilustrar a glória de sua graça salvadora , e de sua sabedoria e poder que concordam com aquela mais livre graça.(...) Os eleitos não são chamados "vasos de misericórdia" na relação de meios para o fim, mas porque a misericórdia é a única causa motriz, pela qual é feito o próprio decreto da predestinação para salvação." (Works, vol 2: On predestination to salvation)

e) Que ele cria na imperdibilidade da salvação

"Embora eu aqui, aberta e sinceramente, afirmo que eu nunca ensinei que um verdadeiro crente pode, total ou finalmente, abandonar a fé, e perecer; todavia não nego que haja passagens da Escritura que me parecem apresentar este aspecto; e as respostas a elas que tive a oportunidade de ver não se mostraram, em minha opinião, convincentes em todos os pontos. Por outro lado, certas passagens são fornecidas para a doutrina contrária [da perseverança incondicional] que merecem especial consideração." (Works, vol 1: The perseverance of the saints).

De minha parte, ficaria muito feliz se os atuais arminianos firmassem posição com Jacó Armínio. Pois já estaríamos no lucro.
sábado, 2 de agosto de 2008

Referência de vida

Vivemos entre extremos. Ou somos defensores do conhecimento doutrinário ortodoxo, intelectual (e poucos são), porém sem estar aliado à piedade, à prática Cristã, sem quebrantamento, sem humilhação (um evangelho que fica na cabeça e não desce ao coração), ou ficamos (como muitos) no extremo de deturpar grandemente a doutrina reformada, defensora da soberania de Deus, para aderir a um emocionalismo esquisito, sem fundamento bíblico, cheio de promessas de prosperidade e solução fácil para todos os problemas, onde a ênfase é no homem e não na glória de Deus. Estamos esquecidos do que os reformadores, iluminados pelo Espírito Santo, defendiam: SOLA SCRIPTURA, SOLA GRACIA, SOLA FIDE, SOLI DEO GLORIA, SOLUS CHRISTUS.

Exemplo de história

A história mostra que Deus no passado sempre atuou na Igreja, a Sua igreja, o “conjunto de predestinados para a glória” (Rm 8.29,30), como dizia John Wycliff, Igreja a quem amou e por ela se entregou (Mt 1.21; Ef 5.25). Num determinado período da história, no século XVII, em meio à decadência moral e espiritual, homens de Deus, que amavam a pureza doutrinária (reformada), mas viviam o evangelho da piedade, da humilhação, do quebrantamento profundo, buscando em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, clamavam por LITURGIA PURA, DOUTRINA PURA, GOVERNO PURO E VIDA PURA, tornando-se conhecidos como OS PURITANOS.

OS PURITANOS são nossas raízes espirituais, doutrinárias e eclesiásticas. Fizeram a Confissão de Fé de Westminster e seus Catecismos; escreveram a mais extensa biblioteca Teológico-Sacra-Devocional do mundo protestante; lutaram pela liberdade de consciência e religião; forneceram fundamentos para as aspirações democráticas; foram os pioneiros do movimento missionário moderno.

Estilo de vida

O Puritanismo não foi uma denominação, mas um estilo de vida cristã, uma cosmovisão cristã, uma interpretação da fé que via toda a vida do cristão como sendo SANTIDADE AO SENHOR. Pessoas que não viam nenhuma divisão entre o sagrado e o secular, que lutavam a todo custo para praticar a verdade da Palavra de Deus.

extraído da Revista OS PURITANOS, Ano XV: n°I pg 9 e 10.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008