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quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Em muitas igrejas, a mensagem de justificação — como ter uma relação certa com Deus — é pregada inúmeras vezes. Todavia, muito pouco é dito sobre a santificação — como viver depois que você se converte. Nas igrejas luteranas em que fui criada, parecia que sempre estávamos lidando com a Reforma — todo sermão era sobre a justificação pela fé. Logo após minha conversão, falando com minha tia-avó Alice, mulher temente a Deus e inteligente, comentei em tom de frustração que não precisávamos ouvir a mensagem básica da salvação pela fé todos os domingos.
Seus olhos se iluminaram ao me encarar por trás dos óculos de aro de arame, quando respondeu pacientemente: "Mas sempre precisamos nos lembrar, querida, por que a graça é tão contrária às nossas tendências humanas".
Claro que ela tinha razão, mas ainda é verdade que a maioria das igrejas é forte em ensinar acerca da conversão, mas fraca em ensinar sobre como viver depois da conversão. Pense na analogia: Em certo sentido, nosso nascimento físico é o acontecimento mais importante de nossa vida, porque é o começo de tudo. Ainda em outro sentido, é o acontecimento menos importante, porque é apenas o ponto de partida. Se alguém falasse todos os dias sobre a tremenda importância de termos nascido, acharíamos muito estranho. Já que entramos no mundo, a tarefa essencial é crescer e amadurecer. E é por isso mesmo que nascer de novo é o primeiro passo necessário em nossa vida espiritual, porém não deveríamos focar nossa mensagem constantemente em como ser salvo. É crucial que as igrejas incentivem as pessoas à maturidade espiritual e equipem os santos para cumprir a missão que Deus nos deu no mandato cultural.
Cada um de nós tem um papel a desempenhar no cultivo da criação e na execução das normas de Deus para uma sociedade justa e humanitária. Por pura necessidade, grande porcentagem de nosso tempo é dedicada a administrar negócios, lecionar em escolas, publicar jornais, tocar em orquestras e tudo que for necessário para manter uma civilização em desenvolvimento. Mesmo quem trabalha no "serviço cristão em tempo integral" precisa limpar a casa, cuidar dos filhos e cortar a grama. E imperativo que entendamos que ao realizarmos estas tarefas, não estamos fazendo trabalho inferior ou de segunda categoria em prol do Reino. Somos agentes da graça comum de Deus quando fazemos seu trabalho no mundo.
Nancy Pearsey
In: Verdade Absoluta
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